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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

01.11.22

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

Das muitas figuras que fizeram, e continuam a fazer, parte integrante da História da televisão portuguesa, Herman José Krippahl é, sem dúvida, uma das mais emblemáticas e incontornáveis, não só pela enorme variedade de programas de grande sucesso pelos quais deu a cara, mas também por ter conseguido a façanha de se afirmar como nome maior de duas áreas distintas do entretenimento – o humor e a apresentação. De facto, enquanto as primeiras décadas da carreira do luso-alemão o viram movimentar-se, sobretudo, na área do humor (à qual nunca se deixou verdadeiramente de dedicar) a passagem para os anos 90 revelou-o, também, como prodigioso anfitrião de concursos e outros programas semelhantes, campo com o qual viria, subsequentemente, a ser conotado durante as duas décadas seguintes. E se 'A Roda da Sorte' é, quiçá, a mais memorável dessas incursões pelo formato, o seu sucessor imediato também não lhe fica muito atrás em termos de memorabilidade e nostalgia.

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Falamos de 'Parabéns', formato que comemorou há poucas semanas os trinta anos sobre a sua emissão de estreia na RTP1, a 19 de Setembro de 1992 (quase exactamente dois anos depois de outro bastião da programação da emissora, 'O Preço Certo'), e que se viria a manter no ar por uns respeitáveis quatro anos, até 3 de Agosto de 1996. Apostando num formato mais de entretenimento geral do que de concurso puro e duro, o programa tinha como objectivo declarado celebrar os aniversariantes de cada semana (daí o título) mas acabava por se afirmar como uma mistura entre entrevistas a personalidades de vulto da época, tanto nacionais como internacionais (passaram pelo programa nomes como Amália, Artur Albarran, José Cid, Carlos Lopes, Rui Reininho, Cher, Kylie Minogue ou Roxette), segmentos de interesse humano, passatempos, números musicais e, claro, inevitáveis rábulas humorísticas protagonizadas pela habitual 'troupe' de amigos de Herman.

Cher foi uma das muitas personalidades internacionais a passar pelo programa.

Uma proposta que se adequava perfeitamente ao estilo convivial e carismático de Herman e que, apesar de mais variada do que era habitual na televisão da época (ou talvez, precisamente, por causa disso) 'caiu no gosto' dos portugueses de todas as idades, que o tornaram líder de audiências durante todo o período em que foi exibido – um feito para um programa que, em 'tempo televisivo', durou uma verdadeira eternidade. E apesar de, hoje em dia, ser principalmente recordado pelo seu icónico genérico, a verdade é que esta segunda incursão de Herman pelo ramo dos programas de entretenimento o ajudou, à época, a consolidar como valor emergente nesse campo, merecendo, por isso, os nossos 'Parabéns', mesmo que já muito atrasados...

O genérico do programa era icónico.

 

 

 

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