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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

03.02.22

Todas as crianças gostam de comer (desde que não seja peixe nem vegetais), e os anos 90 foram uma das melhores épocas para se crescer no que toca a comidas apelativas para crianças e jovens. Em quintas-feiras alternadas, recordamos aqui alguns dos mais memoráveis ‘snacks’ daquela época.

No esquema global dos doces dirigidos a crianças, os simples quadrados de fruta mastigáveis podem, a princípio, parecer não ocupar lugar de grande destaque; no entanto, como os rebuçados da Penha continuam, cabalmente, a provar, existe mesmo um mercado para este tipo de guloseima entre o público infanto-juvenil – quanto mais não seja, como presença perene, indiscutível e indispensável das mesas de festa de anos (e, nos anos 90, também dos respectivos saquinhos de recordação.)

O doce que hoje abordamos, no entanto, nem carecia da justificação ou contexto de um aniversário para ser atractivo para o seu público-alvo; tão clássicos quanto os rebuçados da Penha (e, tal como estes, ainda largamente disponíveis nos dias de hoje) os Sugus eram, e continuam a ser, simultaneamente uma das mais simples e mais bem sucedidas guloseimas comercializadas em Portugal, havendo pouco quem desdenhe destes quadradinhos de fruta a meio caminho entre o rebuçado e a pastilha elástica.

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O que grande parte dos consumidores de Sugus, tanto à época como actuais, talvez não saiba é que estes doces têm já quase um século de História, tendo sido primeiramente comercializados na sua Suíça natal em inícios dos anos 30. Não menos espantoso é o facto de, desde essa altura, a sua essência pouco se ter alterado, tendo os Sugus resistido a inúmeras mudanças no mercado em que se inserem com pouco mais do que uma mudança de embalagem ou mascote (antes do macaquinho que todos conhecemos, a linha era representada por dois jovens cuja estilização étnica levantaria hoje, sem dúvida, vários pares de sobrancelhas.)

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Errrrmmm...pois...eram outros tempos...

O produto, esse, continua a ser exactamente o mesmo – mais sabor, menos sabor – e a fazer as delícias de geração após geração de crianças, as quais, por muito que a sociedade avance, continuam a ter enorme dificuldade em resistir ao chamamento de um quadrado de puro açúcar com vago sabor a laranja ou cereja, e embrulhado num papel da cor da fruta a que supostamente sabe. Uma receita simples, mas que prova - se tal ainda fosse necessário - que nem sempre um produto tem de ser muito elaborado ou sofisticado para ganhar tracção no mercado: por vezes - como estes quadradinhos de fruta tão bem demonstram - é mesmo na simplicidade que reside o segredo do sucesso...

 

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