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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

03.11.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024.

Um dos aspetos mais marcantes dos anos 90 foi o seu inconfundível sentido estético e de moda. Em sextas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das marcas e modas mais memoráveis entre os jovens da ‘nossa’ década.

Os anos 90 e 2000 em Portugal ficaram, mais do que qualquer das décadas precedentes, marcada pela divisão e estratificação da juventude em 'tribos urbanas', de forma semelhante ao que ia acontecendo um pouco por todo o Mundo. E de entre as muitas sub-culturas juvenis a surgirem no nosso País nesse período, um grupo em particular (ou classe social, pois era disso que se tratava) dividia opiniões entre os restantes 'mortais', havendo tanto quem os desprezasse como quem quisesse ser como eles: os chamados 'betos', denominação ainda hoje aplicada a jovens bem apresentados, de classe média-alta e provenientes de famílias endinheiradas. E se, hoje, este grupo se vai cada vez mais 'assimilando' em termos de estilo e postura, nos anos da viragem de milénio, passava-se precisamente o oposto, havendo um esforço concertado por parte dos 'betos' para se destacaram da restante 'maralha', sobretudo no tocante ao vestuário, onde prevaleciam camisas de marcas como Sacoor e Amarras (artigo genuíno, ao contrário do que sucedia com a maioria dos restantes jovens, que as adquiriam na feira), t-shirts Quebramar, 'sweats' da Gap ou Gant, 'pullovers' em tons pastel e, claro, os icónicos sapatos eternamente associados com esta demografia – os 'velas'.

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De facto, apesar de não serem propriedade exclusiva dos 'betos' (muitos jovens do sexo masculino tinham na gaveta um par, para ocasiões que exigissem algum apuro adicional no vestuário) era mesmo com estes que o referido calçado era mais vezes conotado, por fazer parte integrante da indumentária-padrão de um membro do grupo em causa, normalmente combinado com uns calções e pólo, e vestido sem meias. Já quem não fosse 'betinho', mas quisesse ou precisasse de vestir uns sapatos deste tipo, combiná-los-ia com umas calças de ganga de bom corte (ou calças semi-formais, embora não de fato) e um pólo ou camisa – o tipo de indumentária utilizado para eventos familiares, por exemplo. E se, tal como sucede com a maioria das peças em análise nesta secção, também os 'velas' acabaram por dar lugar a outras variantes do mesmo tipo de calçado – nomeadamente os 'moccassins' – é também inegável que, para toda uma geração de portugueses, os mesmos se afirmaram como parte icónica do processo de auto-descoberta típico da juventude, mais do que justificando a sua presença nesta secção.

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