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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

14.09.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sexta-feira, 13 de Setembro de 2024.

NOTA: Por motivos de relevância, esta será novamente uma Sessão de Sexta. As Sextas com Style voltarão na próxima semana.

Os anos 90 estiveram entre as melhores décadas no que toca à produção de filmes de interesse para crianças e jovens. Às sextas, recordamos aqui alguns dos mais marcantes.

Um dos muitos elementos definidores da década de 80 no tocante ao cinema foram as séries de filmes de terror que, após um primeiro capítulo bem conseguido e muitas vezes inovador, entraram numa espiral descendente de infinitas sequelas, cada uma pior do que a outra, até darem um 'último suspiro' inglório, ignorados ou ridicularizados pelos mesmos fãs que tão entusiasticamente haviam acolhido o primeiro capítulo. Os exemplos deste paradigma são inúmeros, mas qualquer fã de terror da época imediatamente identificará três franquias que perfeitamente o exemplificam: 'Halloween', 'Pesadelo em Elm Street' e 'Sexta-Feira, 13'. Normalmente agrupadas numa só categoria, pelas suas semelhanças, todas as três séries possuem vilões do mais icónico que o género do terror 'slasher' ofereceu ao cinema, e todas seguiram o padrão descrito no início deste texto, vindo a ter fim já em meados dos anos 90, com filmes variavelmente péssimos, antes de serem 'revitalizadas' com 'reinícios', já no Novo Milénio. E porque esta Sexta-feira calhou, precisamente, num dia 13, nada melhor do que relembrar o único filme de Jason Voorhees produzido nos anos 90.

Jason_Goes_ToHell_Poster.jpg

Infelizmente, essa memória será, mais do que provavelmente, negativa, já que 'Jason Goes To Hell: The Final Friday' (que não parece ter sido lançado em Portugal, nem mesmo no habitual formato VHS) é universalmente considerado fraquíssimo, ainda pior do que as continuações de 'Halloween' e 'Pesadelo em Elm Street' e ao nível das últimas de 'Hellraiser' – ou seja, recomendado apenas a quem gosta da vertente mais 'noventista' dos filmes de série B de orçamento baixíssimo e feitos às 'três pancadas' para tentar fazer algum dinheiro com o nome a eles associado. Porque é isso, nem mais nem menos, que esta 'Sexta-feira Final' apresenta, com a absurda história sobre Jason Voorhees a possuir o corpo do médico legista que come o seu coração (!!!) a tirar desde logo de cena o icónico vilão (cujo corpo é destruído logo no início do filme) removendo assim o único ponto de interesse para os fãs da série! O que sobra é um 'slasher' vulgar, com enredo absurdo e realização técnica abaixo da média, que nem tão-pouco cumpre a promessa, feita pelo título, de mostrar Jason no Inferno a combater demónios, e que mais parece feito para o mercado do vídeo do que para exibição nas salas de cinema. De facto, sem a lucrativa e chamativa ligação à franquia 'Sexta-Feira 13', o filme de Adam Marcus certamente passaria despercebido – embora tal situação fosse, talvez, mais desejável do que a 'barragem' de críticas negativas (bem merecidas) de que o filme foi, e continua a ser, alvo.

Em suma, a nona (!) parte de 'Sexta-feira 13' constitui um final ainda mais inglório para Jason Voorhees do que os vividos por Freddy Krueger e Michael Myers nas suas franquias; felizmente, todos os três carismáticos assassinos veriam a sua credibilidade reinstaurada com uma série de bons filmes no século XXI – entre eles aquele em que Krueger e Voorhees se enfrentam directamente, num duelo que entusiasmou muitos fãs do género em inícios do século XXI. Quanto ao filme de 1993, o esquecimento é mesmo o destino que mais merece, e ao qual foi votado pelos fãs da franquia 'Sexta-feira 13', e do seu personagem principal.

08.01.24

NOTA: Por motivos de relevância com 'posts' recentes e futuros, esta Segunda será de Séries. Regressaremos aos Sucessos na próxima semana.

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Os finais da década de 80 e inícios da seguinte representaram uma 'época áurea' para Steven Spielberg. De 'E.T.', 'Os Goonies' e 'Poltergeist', ainda nos 'oitentas', a 'Parque Jurássico' e 'Hook', na década seguinte, o realizador parecia ter o 'toque mágico' que transformava tudo aquilo em que tocava num sucesso instantâneo entre o público mais jovem. Não é, pois, de admirar que o cineasta se tenha sentido à vontade para explorar novas avenidas, entre elas o meio televisivo, no qual se adentrava logo em inícios dos anos 90; e, tendo em conta a sua pouca familiaridade com o meio em causa, tão-pouco é de admirar que esta penetração tenha sido feita ao lado do parceiro de sempre, George Lucas – à época 'entre' trilogias d''A Guerra das Estrelas' – e 'às costas' de um dos seus personagens mais reconhecíveis e mediáticos, o arqueólogo e aventureiro Henry Jones Jr., mais conhecido no meio cinematográfico como Indiana Jones.

Apesar desta adesão a um nome reconhecido e reconhecível, no entanto, Spielberg e Lucas não queriam apenas 'transitar' Indiana do grande para o pequeno ecrã; os dois génios do cinema queriam oferecer algo de novo ao público televisivo, que justificasse o regresso para cada novo episódio semanal. A solução encontrada foi a criação de uma prequela para as aventuras de 'Indy' (numa altura em que o termo e prática eram, ainda, pouco comuns) que procurasse demonstrar as raízes da veia aventureira do mesmo; estava dado o mote para o nascimento de 'The Young Indiana Jones Chronicles', que viria a estrear em 1992, e a ser transmitida em Portugal pouco depois, na RTP, com o título 'Indiana Jones – Crónicas da Juventude'.

indiana-jones-cronicas-da-juventude.jpg

Como o próprio nome nacional indica, a série tem como premissa o relato das aventuras vividas por Henry Jones Jr. durante os seus tempos de juventude, primeiro acompanhando o pai (Henry Jones Sr., memoravelmente interpretado por Sean Connery no segundo filme do herói) em viagens ao redor do Mundo, para disputar tesouros com malfeitores, caçadores de prémios, ou simplesmente outros arqueólogos gananciosos e ambiciosos, e depois em desafio directo ao mesmo, como membro do exército belga (sim, belga) na I Guerra Mundial. Cada episódio era formatado como uma história contada por Indiana Jones, já idoso, a um grupo de jovens (tendo Harrison Ford surgido mesmo neste papel num dos episódios, embora o actor recorrente fosse George Hall) e possuía uma vertente educativa, pretendendo apresentar ao público-alvo factos e figuras históricas relativas às duas épocas em que a acção se desenrolava.

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As várias fases da vida do jovem Indy.

Ao todo, foram duas temporadas, num total de vinte e oito episódios (dos quais apenas seis perfaziam a primeira temporada), transmitidas originalmente entre a Primavera de 1992 e o Verão de 1993, aos quais acrescem ainda quatro telefilmes realizados entre 1994 e 1996, com o fito de tentar 'ressuscitar' a franquia, já depois da combinação dos elevados custos de cada episódio com as fracas audiências ter forçado a ABC a cancelar prematuramente as aventuras do jovem 'Indy'. Posteriormente - há sensivelmente um quarto de século, no último ano do Segundo Milénio – a série seria novamente 'repescada', 'retalhada', e transformada numa série de vinte e dois telefilmes, embora esta versão já não tenha chegado a terras lusitanas, cujos jovens exploravam já, à época, interesses bem diferentes dos de 1993 no tocante à programação televisiva.

Ainda assim, e apesar do relativo falhanço que constituíram – tanto nos seus EUA natais como em Portugal – as 'Crónicas da Juventude' de Indiana Jones deixaram, ainda assim, alguma 'pegada' cultural no nosso País, nomeadamente através da tradução e publicação da BD oficial por parte da TeleBD – braço editorial da TV Guia – e de diversos livros com as aventuras do herói, pela mão da Europa-América. Apesar deste singelo 'legado', no entanto, a série encontra-se, hoje em dia, totalmente 'Esquecida Pela Net' portuguesa, não tendo, aparentemente, deixado suficiente nostalgia entre os jovens da época para merecer destaque ou páginas próprias, como acontece com muitas outras franquias da altura. Assim, e à semelhança do que tantas vezes vem acontecendo com este nosso 'blog', esta página arrisca mesmo tornar-se a principal referência nacional para fãs da série em causa, além, claro, de principal registo e homenagem à passagem da mesma pelos televisores lusos...

 

08.10.21

Hoje, a nossa Sessão não vai recordar qualquer filme nostálgico, mas sim dar a conhecer uma série de filmes modernos cuja temática certamente não deixará de interessar aos leitores deste blog.

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Trata-se da saga ‘Rouronin Kenshin’, uma adaptação em imagem real do nosso bem conhecido (e querido) ‘Samurai X’, produzida e lançada pela Netflix e que se estende, até agora, ao longo de cinco de filmes, ao longo dos quais podemos seguir todo o percurso de Kenshin Himura, desde os seus inícios como assassino profissional até à época da sua vida retratada no ‘anime’ original. E embora os personagens não falem com as icónicas vozes da dobragem portuguesa, e nem todos os elementos estejam cem por cento correctos ou bem conseguidos – é estranho, por exemplo, ver Kenshin de cabelo preto, embora o penteado em si esteja perfeitamente retratado – não deixa de ser uma boa aposta para quem era fã do mítico ‘anime’ e quer travar conhecimento com uma nova versão dos seus heróis de infância. Recomenda-se é que reservem algum tempo para o fazer, pois cada um dos filmes dura perto de duas horas e meia…

Ainda assim, fica a dica, para quem quiser fazer uma ‘maratona’ de Netflix e não souber o que ver!

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