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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

11.03.25

NOTA: Este 'post' é correspondente a Segunda-feira, 10 de Março de 2025.

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

De entre os muitos géneros televisivos a florescer nos anos 90, o drama adolescente foi um dos que mais séries de sucesso gerou (a par da vertente mais cómica dirigida ao mesmo público). Encabeçado por séries como 'Beverly Hills 90210', 'Melrose Place' ou 'Dawson's Creek', este estilo de produção viu, durante os últimos anos do século XX, um sem-fim de outros representantes (entre eles a produção nacional 'Riscos') conseguir relativo sucesso entre os jovens de todo o Mundo, e catapultar para o sucesso um grande número de novas 'mini-estrelas', à semelhança do que, na década seguinte, fariam as séries de comédia do Canal Disney. Um exemplo perfeito deste fenómeno foi a série responsável por apresentar ao mundo Neve Campbell (futura estrela da franquia 'Gritos'), Jennifer Love Hewitt (também ela estrela principal de uma franquia de terror em finais do século, no caso 'Sei O Que Fizeste No Verão Passado', além de várias comédias românticas) Lacey Chabert (a icónica Gretchen Wieners de 'Giras e Terríveis') ou Matthew Fox, o futuro Jack de 'Perdidos'.

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Falamos de 'Adultos À Força' (ou 'Party Of Five', no original), a história de cinco irmãos órfãos (após a morte dos pais num acidente de viação) que são obrigados a enfrentar, prematuramente, as responsabilidades, os desafios e as agruras da vida adulta, em particular no caso dos mais velhos, Charlie (Fox) e Bailey (Scott Wolff), a quem cabe providenciar para as duas irmãs mais novas (Campbell e Chabert) e para o irmão bebé. Uma fórmula mais séria do que o habitual para o género do drama adolescente, cujo foco costumava incidir, sobretudo, sobre as relações interpessoais, romances, ou problemas com a lei, que demorou a 'carburar' (as duas primeiras temporadas tiveram audiências diametralmente opostas à boa recepção crítica de que gozaram, numa inversão da habitual tendência) mas que, uma vez 'engatada', conseguiu cativar a demografia-alvo, a ponto de ficar no ar nos seus EUA natais durante seis temporadas, entre 1994 e 2000, conseguindo mesmo afirmar-se como mais longeva do que algumas das 'concorrentes' mais famosas, e tendo até direito a uma 'actualização' em plena era 'pandémica', vinte anos após a sua conclusão, e mais de um quarto de século após a sua estreia.

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O elenco original da série.

Já em Portugal, a série teve uma 'estadia' bastante menos prolongada, mas conseguiu ainda assim granjear alguma atenção aquando da sua estreia na TVI, há exactos trinta anos, em Março de 1995 – muito por conta dos constantes 'spots' publicitários a darem conta da transmissão da mesma nos intervalos dos programas da estação de Queluz. Assim, embora consideravelmente atrás de outras séries veiculadas na mesma altura, como a supramencionada 'Beverly Hills 90210', as cómicas 'Já Tocou!' e 'Parker Lewis', ou mesmo 'O Anjo Adolescente', exibido na RTP como parte do 'Clube Disney', o programa conseguiu ainda assim ter os olhos de bastantes elementos da geração 'rasca' (os 'millennials' eram ainda algo novos para se interessarem por um drama deste tipo) colados às peripécias dos titulares 'Adultos À Força', e terá deixado memórias nostálgicas a pelo menos um segmento da população jovem da época, justificando assim estas breves linhas recordatórias por ocasião do trigésimo aniversário da sua estreia nacional.

18.02.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2025.

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Uma das primeiras séries a que dedicámos espaço nesta rubrica foi 'Já Tocou!', uma das emissões favoritas das crianças e jovens, em Portugal e não só, no início dos anos 90; nada mais justo, portanto, do que falarmos agora das suas duas sequelas, no mês em que uma delas completa trinta anos sobre a sua estreia nacional, e a outra trinta e um.

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Começando por esta última, 'Já Tocou! Na Faculdade' ('Saved By The Bell: The College Years' no original) segue à risca a premissa definida no título, acompanhando o já familiar grupo de protagonistas (com duas adições femininas à mistura, nos lugares de Jessie e Lisa da série anterior) em novas aventuras em ambiente universitário. E lá porque embarcaram nesta nova fase da sua vida académica e pessoal, não significa que os mesmos tenham deixado de se envolver em toda a espécie de peripécias, semelhantes às que viviam na série original, com 'namoricos', esquemas, desentendimentos, 'partidas', lições sobre companheirismo, amizade e espírito de grupo e, claro, muitos dichotes à partida. E se a 'vítima' principal do grupo, Mr. Belding, foi finalmente deixado em paz para gerir a sua escola secundária, esta série introduz uma nova antagonista, a Reitora McMann, que rapidamente se vê na 'mira' de Zack, Slater, Screech, Kelly e das duas novas amigas, Leslie e Alex, em tramas bastante próximas às do 'Já Tocou!' original.

Apesar das semelhanças, no entanto, 'Já Tocou! Na Faculdade' (que substituiu directamente o original na grelha da TVI em Fevereiro de 1994) nunca almejou, pelo menos em Portugal, o mesmo nível de impacto ou sucesso, passando relativamente despercebido, mesmo a quem era fã confesso do original. Talvez por o tema da faculdade ser algo mais 'distante' do que o da anterior escola secundária, talvez por algum 'cansaço' da fórmula ou talvez por o público-alvo ter passado à próxima nova 'febre' televisiva, a verdade é que esta continuação de 'Já Tocou!' teve 'vida curta' na televisão portuguesa, desaparecendo da grelha da 'Quatro' ao fim de apenas um ano, para dar lugar à sua sucessora, e segunda 'sequela' do original, 'Já Tocou! Os Caloiros'.

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Estreada há exactos trinta anos, em Fevereiro de 1995, esta nova série trazia, como o nome original indicava, a nova turma ('The New Class') da Secundária de Bayside, a qual prometia envolver-se em tantos 'sarilhos' quanto os seus predecessores. À cabeça deste novo grupo estava Scott Erickson, interpretado por Robert Sutherland Telfer, um aluno transferido de uma escola rival e que tomava o lugar do lendário Zack Morris como principal 'atormentador' do director Belding (ainda interpretado por Dennis Haskins) e interlocutor com a audiência. Ao lado do protagonista estavam Barton Wyzell, o 'novo Screech' (intepretado por Isaac Lidsky) e Tommy DeLuca, ou 'Tommy D' (Jonathan Angel) o 'atleta de serviço' e 'novo Slater'; os três faziam-se ainda acompanhar da 'crânia' Megan Jones (Bianca Lawson) e da sua neurótica amiga Vicki Needleman (Bonnie Russavage), bem como da popular Lindsay Warner (Natalia Cigliuti), que formavam o obrigatório 'contingente feminino' e serviam de contraponto mais sério às peripécias dos rapazes.

Como se pode facilmente aferir pelo parágrafo anterior, 'Os Caloiros' nada fazia ou experimentava de novo, sendo, pelo contrário, uma réplica quase 'um para um' do original; e se isto explica a sua quase inexistente repercussão em Portugal (ainda menor do que 'Na Faculdade', e a léguas da série de origem) mais difícil é perceber como e porque teve direito a nada menos do que sete temporadas nos seus EUA originais, batendo o recorde das duas séries anteriores! Apesar deste facto, no entanto, a presença nostálgica da 'nova turma' de 'Caloiros' é praticamente nula, ao passo que Zack, Slater, Screech, Kelly, Jessie e Lisa continuam a dominar o imaginário de quem cresceu a acompanhar as suas aventuras – um testamento à afirmação feita pela Kellogg's relativamente aos seus Corn Flakes, que postula que 'o original é sempre o melhor'.

Ainda assim, no mês em que ambas as continuações dessa primeira série celebram aniversários sobre a sua estreia nacional, nada se perde em recordar aquelas que acabaram por redundar em duas tentativas falhadas de voltar a capturar o sucesso de uma série que soube, como poucas outras, fazer uso do 'momento' cultural e social à sua época de estreia para cativar e reter um público-alvo que, por alturas destas duas continuações, já há muito tinha crescido, amadurecido e 'abalado para outras paragens'...

22.10.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Segunda-feira, 21 de Outubro de 2024.

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Já aqui anteriormente dedicámos algumas linhas a 'Beverly Hills 90210', talvez a mais bem sucedida série dramática para adolescentes da sua época, não só em Portugal como um pouco por todo o Mundo, e que lançou bases ainda hoje utilizadas e copiadas por programas do mesmo género. O que muitos dos que acompanhavam a série na altura talvez não recordem é que o criador da mesma, Darren Star, foi responsável por outro programa do mesmo estilo, este de teor algo mais sofisticado e adulto e que, talvez por isso, não conseguiu o mesmo grau de sucesso, mas que é ainda assim relembrado com carinho por uma grande parcela da população jovem da época.

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Falamos de 'Melrose Place', série conceptualmente muito semelhante a 'Beverly Hills 90210' (e que, tal como a mesma, seria transmitida em Portugal pela RTP) mas que transpõe o cenário de uma escola secundária para um prédio de apartamentos, obtendo assim a justificação ideal para explorar a vida de personagens algo mais velhos (na casa dos vinte anos) e com situações pessoais e profissionais algo mais assentes – o que, claro, não impede que a emoção se manifeste de forma contínua e ininterrupta, seja através das habituais relações interpessoais, seja de enredos mais abertamente dramáticos e inverosímeis, ao mais puro estilo telenovela (género, aliás, em que 'Melrose' é normalmente inserido nos seus EUA natais).

No centro da trama estão oito residentes do condomínio em questão, alguns deles interpretados por actores e actrizes já famosos (como Heather Locklear, adicionada como 'chamariz' para aumentar as audiências da série) ou que o viriam a ser posteriormente (como Vanessa Williams, a Wilhelmina Slater de 'Betty Feia'). É entre este núcleo central que se desenrolam os típicos triângulos amorosos, traições, problemas quotidianos e, como já referimos, algumas situações que obrigam a muita boa-vontade, como uma ameaça de bomba que ocorre numa das últimas temporadas. No cômputo geral, um 'prato cheio' para fãs de '90210', embora sem a vertente identificativa que aquele programa tinha para a sua audiência. Ainda assim, esta 'segunda tentativa' de Darren Star é bem merecedora de algumas linhas neste nosso 'blog' nostálgico, sobretudo por ser bem possível que alguém que o leia tenha memórias nostálgicas de a ver aquando da transmissão na RTP, mesmo à distância de mais de três décadas...

17.06.24

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Na passada Terça-feira, recordámos neste espaço o Clube Disney, um dos mais emblemáticos programas infantis de inícios dos anos 90, e responsável por apresentar aos 'X' e 'millennials' portugueses aquelas que viriam a ser algumas das suas séries favoritas no imediato; nada mais justo, portanto, do que dedicar agora algumas linhas aos icónicos desenhos animados e produções em acção real veiculados pelas duas 'encarnações' do programa da RTP.

Primeira Fase (1991-1994)

A primeira fase do Clube Disney foi, também, a mais memorável para grande parte das crianças e jovens portugueses, não só pelo conceito divertido e carisma dos apresentadores, mas, sobretudo, pela qualidade das séries que apresentava. De facto, esta encarnação do Clube foi responsável por dar a conhecer aos jovens da época séries tão icónicas quanto 'Novas Aventuras Disney' (o inexplicável título traduzido de 'DuckTales'), 'Tico e Teco: Comando Salvador', 'O Pato da Capa Preta' e 'A Pandilha do Pateta', além de séries de acção real como 'Anjo Adolescente' e 'Match Point', todas transmitidas na versão original legendada. E se estas últimas nunca lograram notabilizar-se – sobretudo face à concorrência 'de respeito' de 'Beverly Hills 90210' e 'Melrose Place' – as suas congéneres animadas, 'importadas' do bloco 'Disney Afternoon' da cadeia norte-americana, rapidamente se afirmaram como sucessos, sobretudo devido à mistura perfeita de acção e aventura com o humor típico da companhia, e à capacidade que demonstravam em apresentar personagens já sobejamente conhecidas dos filmes, 'curtas' e bandas desenhadas Disney em novos e entusiasmantes contextos.

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O bloco 'The Disney Afternoon' fornecia a totalidade das séries da primeira fase do programa.

Curiosamente, neste aspecto, 'A Pandilha do Pateta' (que substituiu 'Tico e Teco' após a conclusão desta última, fazendo parelha com 'O Pato da Capa Preta') acabava por destoar, focando-se mais nas histórias quotidianas de Pateta e da sua família do que nas tramas épicas oferecidas pelas restantes séries do bloco; também curiosamente, 'TaleSpin – As Aventuras de Baloo', única série da Disney Afternoon não exibida em Portugal, ter-se-ia encaixado melhor nesse particular. Ainda assim, é difícil 'pôr defeito' à primeira selecção de séries do Clube Disney, sendo a maioria delas ainda hoje saudosamente lembradas por quem a elas pôde assistir.

Segunda Fase (1996-2001)

Após um hiato de dois anos, o Clube Disney surgia de 'cara lavada', com novo visual 'radical' (ou não estivéssemos na segunda metade da década de 90) e com uma nova selecção de desenhos animados, agora trazidos da One Saturday Morning da norte-americana ABC, e transmitidos em versão dobrada, por oposição às legendas que marcaram a primeira fase do programa. Foi a era de 'Timon e Pumba', 'Doug', 'Pepper Ann' e 'Recreio' – um alinhamento sem dúvida tão forte quanto o do Clube Disney 'original', ainda que, curiosamente, muito mais centrado nas histórias estilo 'slice of life', e com protagonistas inteiramente originais, por oposição às aventuras vividas por Tio Patinhas, Tico e Teco ou Pateta nas séries anteriores.

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As séries da segunda fase eram retiradas do bloco 'One Saturday Morning', da cadeia norte-americana ABC.

De fora, em relação à One Saturday Morning original, ficava apenas 'Gárgulas', que viria a ser transmitida separadamente (no caso, pela SIC, por oposição à RTP) e que, coincidentemente, teria trazido o elemento de aventura a este novo alinhamento, ainda que também contribuísse com um tom consideravelmente mais sombrio e sério do que o das séries que a rodeavam, o que poderá ter contribuído para a decisão de não a exibir. Mesmo sem este elemento 'de peso', no entanto, a segunda fase do Clube Disney soube 'evoluir na continuidade', sem perder um pingo de qualidade desde o seu retorno até à sua eventual extinção, já nos primeiros anos do Novo Milénio.

Ao sair do ar, no entanto, o Clube português deixava para trás um legado de qualidade, evidenciado não só na dinâmica apresentação e animação de cada episódio, mas também no 'outro' tipo de animação, que ajudava a dar vida às excelentes séries exibidas em cada uma das duas fases do programa, e ainda hoje recordadas com carinho por toda uma faixa da população portuguesa.

15.04.24

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Já aqui numa ocasião passada falámos de 'Arrepios', a série de contos de terror para crianças que pôs grande parte dos 'millennials' portugueses a ler quando 'aterrou' no nosso País em meados da década de 90. Naturalmente, esta popularidade quase instantânea motivou a importação para Portugal de outros elementos ligados à franquia – nomeadamente, a série de televisão em acção real baseada nos primeiros livros da colecção, a qual recebia o habitual tratamento de dobragem típico dos programas infantis da época e tinha honras de estreia no 'Super Buereré' da SIC - à época o programa infantil por excelência da televisão portuguesa – há quase exactos vinte e sete anos, a 20 de Abril de 1997.

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Produzida originalmente em 1995, no Canadá (então, como hoje, opção 'em conta' para a filmagem de conteúdos norte-americanos, pelas parecenças entre as suas paisagens e as dos EUA) a série adaptava para o formato televisivo, de forma extremamente fiel, alguns dos mais conhecidos e populares contos da colecção 'Arrepios', de 'Máscara de Monstro' à famosa trilogia d''A Noite do Boneco Vivo', passando pela duologia inicial de 'Bem-Vindos à Casa da Morte' e 'A Cave do Terror'. No total, eram dezoito os volumes de 'Arrepios' a receber este tratamento, divididos entre duas temporadas – as quais, é claro, passaram juntas em Portugal, onde a série chegava já um par de anos depois da transmissão nos EUA. Quem era fã da série recebia assim, pois, um 'prato cheio', podendo revisitar as suas histórias favoritas neste novo formato, ou até ficar a conhecer contos de volumes que não constassem ainda da sua colecção – atractivo suficiente para sintonizar a SIC aos fins-de-semana de manhã e acompanhar cada novo episódio da série.

Apesar do relativo sucesso (ao qual também ajudava o seu posicionamento próximo a algumas das mais populares séries infantis de sempre em Portugal) a série 'Arrepios' não deixava, no entanto, de ser um produto do seu tempo, pelo que se afigurou natural que, após o fim do período áureo da popularidade dos livros, a adaptação televisiva não mais voltasse a passar em Portugal, nem mesmo numa SIC Sempre Gold ou RTP Memória. A inesperada popularidade da adaptação cinematográfica de 'Arrepios', com Jack Black no papel principal, pode, no entanto, vir a mudar esse paradigma, já que despertou em toda uma nova geração o interessa na franquia, despoletando mesmo planos para um inevitável 'remake', a cargo da Netflix; é, pois, perfeitamente possível que ainda venhamos a ver a série que tantos 'Arrepios' causou aos 'millennials' portugueses voltar ao ar, agora pronta a fazer gelar o coração dos membros da 'geração Z'...

08.01.24

NOTA: Por motivos de relevância com 'posts' recentes e futuros, esta Segunda será de Séries. Regressaremos aos Sucessos na próxima semana.

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Os finais da década de 80 e inícios da seguinte representaram uma 'época áurea' para Steven Spielberg. De 'E.T.', 'Os Goonies' e 'Poltergeist', ainda nos 'oitentas', a 'Parque Jurássico' e 'Hook', na década seguinte, o realizador parecia ter o 'toque mágico' que transformava tudo aquilo em que tocava num sucesso instantâneo entre o público mais jovem. Não é, pois, de admirar que o cineasta se tenha sentido à vontade para explorar novas avenidas, entre elas o meio televisivo, no qual se adentrava logo em inícios dos anos 90; e, tendo em conta a sua pouca familiaridade com o meio em causa, tão-pouco é de admirar que esta penetração tenha sido feita ao lado do parceiro de sempre, George Lucas – à época 'entre' trilogias d''A Guerra das Estrelas' – e 'às costas' de um dos seus personagens mais reconhecíveis e mediáticos, o arqueólogo e aventureiro Henry Jones Jr., mais conhecido no meio cinematográfico como Indiana Jones.

Apesar desta adesão a um nome reconhecido e reconhecível, no entanto, Spielberg e Lucas não queriam apenas 'transitar' Indiana do grande para o pequeno ecrã; os dois génios do cinema queriam oferecer algo de novo ao público televisivo, que justificasse o regresso para cada novo episódio semanal. A solução encontrada foi a criação de uma prequela para as aventuras de 'Indy' (numa altura em que o termo e prática eram, ainda, pouco comuns) que procurasse demonstrar as raízes da veia aventureira do mesmo; estava dado o mote para o nascimento de 'The Young Indiana Jones Chronicles', que viria a estrear em 1992, e a ser transmitida em Portugal pouco depois, na RTP, com o título 'Indiana Jones – Crónicas da Juventude'.

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Como o próprio nome nacional indica, a série tem como premissa o relato das aventuras vividas por Henry Jones Jr. durante os seus tempos de juventude, primeiro acompanhando o pai (Henry Jones Sr., memoravelmente interpretado por Sean Connery no segundo filme do herói) em viagens ao redor do Mundo, para disputar tesouros com malfeitores, caçadores de prémios, ou simplesmente outros arqueólogos gananciosos e ambiciosos, e depois em desafio directo ao mesmo, como membro do exército belga (sim, belga) na I Guerra Mundial. Cada episódio era formatado como uma história contada por Indiana Jones, já idoso, a um grupo de jovens (tendo Harrison Ford surgido mesmo neste papel num dos episódios, embora o actor recorrente fosse George Hall) e possuía uma vertente educativa, pretendendo apresentar ao público-alvo factos e figuras históricas relativas às duas épocas em que a acção se desenrolava.

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As várias fases da vida do jovem Indy.

Ao todo, foram duas temporadas, num total de vinte e oito episódios (dos quais apenas seis perfaziam a primeira temporada), transmitidas originalmente entre a Primavera de 1992 e o Verão de 1993, aos quais acrescem ainda quatro telefilmes realizados entre 1994 e 1996, com o fito de tentar 'ressuscitar' a franquia, já depois da combinação dos elevados custos de cada episódio com as fracas audiências ter forçado a ABC a cancelar prematuramente as aventuras do jovem 'Indy'. Posteriormente - há sensivelmente um quarto de século, no último ano do Segundo Milénio – a série seria novamente 'repescada', 'retalhada', e transformada numa série de vinte e dois telefilmes, embora esta versão já não tenha chegado a terras lusitanas, cujos jovens exploravam já, à época, interesses bem diferentes dos de 1993 no tocante à programação televisiva.

Ainda assim, e apesar do relativo falhanço que constituíram – tanto nos seus EUA natais como em Portugal – as 'Crónicas da Juventude' de Indiana Jones deixaram, ainda assim, alguma 'pegada' cultural no nosso País, nomeadamente através da tradução e publicação da BD oficial por parte da TeleBD – braço editorial da TV Guia – e de diversos livros com as aventuras do herói, pela mão da Europa-América. Apesar deste singelo 'legado', no entanto, a série encontra-se, hoje em dia, totalmente 'Esquecida Pela Net' portuguesa, não tendo, aparentemente, deixado suficiente nostalgia entre os jovens da época para merecer destaque ou páginas próprias, como acontece com muitas outras franquias da altura. Assim, e à semelhança do que tantas vezes vem acontecendo com este nosso 'blog', esta página arrisca mesmo tornar-se a principal referência nacional para fãs da série em causa, além, claro, de principal registo e homenagem à passagem da mesma pelos televisores lusos...

 

27.11.23

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

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Apesar de a chamada 'Japanimação' não ser, de todo, estranha à juventude portuguesa dos anos 90 – a década anterior tinha feito chegar aos televisores lusitanos séries tão icónicas e bem sucedidas como 'Tom Sawyer', 'Heidi e Marco', 'Nils Holgersson' ou 'Fábulas da Floresta Verde', e os primeiros anos da seguinte tinham visto estrear 'Cavaleiros do Zodíaco', 'Noeli', 'Esquadrão Águia', 'Capitão Falcão' ou 'Henbei' – a verdade é que a mesma não estava, ainda, preparada para receber e acolher todo e qualquer produto vindo do Japão.

De facto, à entrada para o século XXI, a 'revolução' causada pela trilogia Dragon Ball (e, em menor escala, por séries como 'Navegantes da Lua') estava, ainda, em curso, e a maioria dos fãs das referidas animações tendia a procurar, sobretudo, mais do mesmo – ou seja, séries que ofereciam uma mistura de acção e humor, e que podiam ser desfrutadas por toda a família. Seria apenas no dealbar do Novo Milénio que as famosas OVAs (Original Video Animations) e filmes da Manga Vídeo seriam descobertos por uma nova geração de adolescentes, a quem programas como 'Samurai X' tinham apresentado o lado mais adulto e sofisticado do meio.

Serve este preâmbulo para explicar o relativo insucesso de 'Tenchi Muyo', o conceituado 'anime' que a RTP adquiriu há cerca de um quarto de século, mas que não conseguiu gozar, em Portugal, do mesmo sucesso que fizera em outros países mais versados em 'Japanimação'. Isto porque, apesar de a nível superficial se parecer inserir no mesmo nicho das aventuras de Goku ou Bunny, esta série punha, na verdade, maior foco nas relações interpessoais do personagem titular com as duas extraterrestres que lhe 'invadem' a vida e que, separadamente, acabam por se apaixonar por ele; ou seja, apesar de envolver beldades de outros planetas com naves e armas 'laser', 'Tenchi Muyo' não é uma série de acção ou artes marciais, mas sim uma comédia romântica, em que a ficção científica é um mero 'disfarce'. E apesar de haver público para este tipo de 'anime', o mesmo tende a ser um pouco mais velho, o que, em Portugal, criava uma dicotomia difícil de ultrapassar: quem estava interessado em batalhas de artes marciais e superpoderes, rapidamente iria 'desligar' desta série, enquanto que quem dela podia gostar não tinha por hábito ver 'anime', o que deixava 'Tenchi Muyo' praticamente sem audiência.

O facto de a RTP também não saber muito bem a quem o programa que comprara se dirigia ('Tenchi' era exibido em versão dobrada e aos Domingos de manhã, horário tipicamente infantil, numa jogada apenas igualada pela inclusão de 'Samurai X' no 'Batatoon') também não ajudava a série a encontrar a sua audiência, pelo que foi sem surpresas que os poucos interessados viram desaparecer a mesma da grelha de programação da emissora estatal, que não voltaria a 'arriscar' qualquer animação deste tipo durante vários anos, deixando a divisão do espólio de 'anime' exibido em Portugal para as rivais SIC e TVI - o que não deixa de ser uma pena, já que, para aquilo que é, 'Tenchi Muyo' apresenta considerável qualidade, tendo a sua transmissão em Portugal sido, tão somente, um caso de 'lugar errado na altura errada'.

06.11.23

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Já aqui anteriormente debatemos o relativo atraso com que Portugal acolheu o estilo então conhecido como 'Japanimação'. Apesar de séries como 'Heidi e Marco' ou 'Tom Sawyer' terem penetrado na cultura infantil nacional ainda na década de 80, grande parte do que os jovens da época viam nos diferentes canais, quer abertos quer a cabo, tinha já entre uma a duas décadas de vida, o que ajudava a explicar a falta de argumentos técnicos por comparação com as séries ocidentais. Até mesmo 'animes' tão famosos e icónicos como os da saga Dragon Ball, 'Tenchi Muyo', 'Navegantes da Lua' ou 'Samurai X' chegavam a Portugal com cerca de uma década de atraso, tendo outras, como 'Cavaleiros do Zodíaco', 'Esquadrão Águia', 'Hembei', 'Capitão Falcão' ou a série de que falamos hoje, uma 'décalage' ainda maior.

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De facto, quando chegou aos ecrãs portugueses, em 1997, 'Voltron' parecia perfeitamente arcaico em comparação não só com os restantes 'animes' então em exibição, como com a produção ocidental da mesma altura; tal devia-se ao facto de a referida série ser, originalmente, um produto de meados da década de 80, que – por razões que se desconhecem – demorou uma dúzia de anos a atravessar o oceano, e saiu do ar já com quase quinze anos de atraso em relação ao original japonês, uma autêntica criação 'fora de tempo' no mundo animado expressivo e 'elástico' da viragem do Milénio.

Perceptíveis carências técnicas à parte, no entanto, 'Voltron' tinha tudo para agradar ao seu público-alvo de fãs de acção e robôs, já que oferecia, precisamente, uma mistura de ambos. Os pilotos adolescentes e o seu 'mech' em forma de leão remetiam tanto a 'Power Rangers' (eles mesmos baseados em séries japonesas dos anos 80) como a 'Esquadrão Águia', garantindo o interesse da demografia-alvo, pelo menos durante a meia hora que durava cada episódio. Isto porque, apesar de ter passado dois anos no ar, 'Voltron' nunca conseguiu atrair o mesmo culto de Son Goku, Kenshin Himura, Bunny Tsukino ou Tom Sawyer, tendo sido poucas ou nulas as instâncias de 'merchandise' baseado nesta série; para além do próprio robô e respectivas cópias da 'loja dos trezentos', não há memória de qualquer produto com a 'marca' Voltron ter feito parte da 'lista de desejos' dos jovens portugueses para os anos ou Natal.

Em suma, a série era daquelas que se via e se apreciava, mas não o suficiente para comprar produtos alusivos à mesma. Ainda assim, vale a pena recordar esta série que muitos se lembram de ver na TVI nos últimos anos do século e Milénio passados, como uma espécie de 'relíquia' de tempos não muito longínquos, como que a fazer recordar aquilo que, durante muito tempo, foi o padrão do 'anime' em Portugal...

 

13.02.23

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Hoje em dia, a chamada 'ficção nacional' é parte integrante da grelha televisiva dos canais portugueses, seja sob a forma das famosas telenovelas ou no registo mais sério e dramático de séries como 'Conta-me Como Foi'; até inícios do Novo Milénio, no entanto, a situação era diametralmente oposta, centrando-se a maioria da ficção televisiva portuguesa no géneros do humor em 'sketch', com digressões infrequentes para os campos da reconstituição histórica ou para conteúdos infanto-juvenis. Há pouco mais de vinte e cinco anos (em Outubro de 1997) a RTP quis, no entanto, mudar esse paradigma, através de uma série que, ainda que pouco lembrada hoje em dia, acabou por dar o mote para várias tendências durante as mais de duas décadas de televisão nacional que se seguiram.

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Falamos de 'Riscos', um programa que, à época, se destacou por ser pioneira no ramo da ficção serializada nacional dirigida especificamente a um público jovem – um 'nicho' que, nos Estados Unidos, era já uma forma de arte, e que já havia rendido um mega-sucesso 'falado em português', no caso a telenovela brasileira 'Malhação'. A 'versão portuguesa' deste conceito inseria-se, precisamente, entre as da América do Norte e do Sul, apresentando uma espécie de cruzamento entre a referida 'Malhação' e algo como 'Beverly Hills 90210', com as devidas adaptações à realidade portuguesa.

De facto, o conceito-base da série era praticamente idêntico ao dos exemplos supracitados - bem como de outras séries internacionais, como a britãnica 'Grange Hill' - propondo ao espectador 'entrar' na vida quotidiana de um grupo de estudantes do ensino secundário, no caso de um colégio privado, e acompanhar em 'tempo real' os seus variados dramas, que iam das habituais complicações amorosas (aqui, do casal Bruno e Mariana) a temas mais sérios, como as drogas. E se este parece um conceito familiar, é porque o é: a proposta de 'Riscos' é exactamente a mesma que, poucos anos mais tarde, granjearia mais de uma década de sucesso a uma aposta da 'concorrente' TVI – uma pequena produção independente, de que talvez já tenham ouvido falar, chamada 'Morangos com Açúcar'...

(Sim, quando dissemos no início deste 'post' que 'Riscos' abrira um precedente importante na produção televisiva nacional, tratava-se de mais do que uma força de expressão...)

A diferença entre a série da RTP e a perene telenovela juvenil da TVI (esta, sim, uma localização directa de 'Malhação') é, sobretudo, o menor enfoque no dramatismo barato, em favor de uma abordagem mais séria a assuntos relevantes para a vida dos jovens, não só do Portugal daquela época, mas da sociedade ocidental em geral, os quais eram tratados de forma directa, frontal e sem grandes 'mariquices', com a preciosa ajuda de um elenco que misturava 'veteranos' como Alexandra Lencastre e Diogo Infante com jovens actores da idade dos seus personagens, entre os quais se destacava Paula Neves, também ela a poucos anos de atingir a imortalidade 'noveleira' do 'outro lado da estrada', em Queluz.

Assim, e embora não tenha passado de uma única temporada (ao contrário do que sucedeu com os seus sucessores directos) é fácil perceber porque é que 'Riscos' é, hoje em dia, considerado um marco na História da televisão portuguesa, e da ficção nacional em particular – e porque era premente que corrigíssemos a nossa desatenção de Outubro passado, e celebrássemos devidamente os vinte e cinco anos da sua estreia.

Genérico e excerto da série.

16.08.22

NOTA: Este post é respeitante a Segunda-feira, 15 de Agosto de 2022.

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Nas últimas semanas, este blog debruçou-se numerosas vezes sobre a carreira de Will Smith, um dos mais populares actores e 'rappers' das décadas de 90 e 2000; assim, era inevitável que, mais cedo ou mais tarde, a nossa atenção se voltasse para a série que lhe permitiu começar o seu percurso em direcção a esse estatuto - a lendária 'sitcom' 'O Príncipe de Bel-Air'.

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Este post podia bem terminar aqui, e a maioria dos nossos leitores seriam capazes de criar a sua própria versão das próximas linhas; TODA a gente viu pelo menos um episódio d''O Príncipe de Bel-Air', senão aquando da sua transmissão original na embrionária SIC, em 1992, então na re-exibição no canal mais Radical da estação de Carnaxide, na década seguinte, ou até na Internet, onde é uma das comédias favoritas da geração 'nerd'. Do estatuto de culto da música de abertura - que grande parte das duas últimas gerações saberá de cor, ou pelo menos quase - aos 'GIFs' de Carlton Banks a fazer a sua dança característica (obviamente apelidada de 'The Carlton') a influência desta série na cultura 'pop' actual é quase inescapável, tornando qualquer contextualização redundante.

Quem não sabe esta letra, certamente, viveu debaixo de uma pedra nos últimos trinta anos...

Tentemos, ainda assim, dedicar algumas linhas a esse objectivo: 'The Fresh Prince' estreou nos primeiros meses da década de 90, na cadeia americana NBC, como forma de capitalizar sobre a fama musical da dupla protagonista, Smith e o seu parceiro Jazzy Jeff; enquanto que a carreira de ambos como criadores de 'hip-hop' entraria em trajectória decrescente, no entanto, seria como actores de comédia que ambos ficariam conhecidos entre toda uma nova geração de jovens, tendo a nova série ultrapassado até os já elevados níveis de sucesso da música da dupla.

No total, foram seis temporadas de aventuras e desventuras de Will (uma versão ficcionalizada do próprio Smith) no ambiente estranho que era a casa dos seus tios ricos, no titular bairro de luxo em Los Angeles, na Califórnia, as quais renderam personagens tão memoráveis quanto Will, Jazz (Jazzy Jeff, também basicamente a fazer dele mesmo), o mordaz mordomo Geoffrey, o iirascível mas compreensivo Tio Phil ou o supracitado Carlton, primo 'betinho' de Will que servia magnificamente a função de contrastar completamente com o mesmo - todos interpretados por actores talentosos, e cuja química mútua constituía um dos pontos fortes da série.

Como se tal não bastasse, 'O Príncipe...' contou ainda com participações especiais de alguns dos maiores nomes da cultura 'pop' norte-americana da época, de Tyra Banks a Naomi Campbell, Whoopi Goldberg, Jay Leno, e até o futuro presidente Donald Trump (que, aliás, era presença assídua em filmes e séries à época) - uma estratégia, aliás, adoptada anos mais tarde pela RTP para a adaptação televisiva de 'As Lições do Tonecas', embora a uma escala bem menor e mais local. Apenas mais um factor de atracção para um público-alvo, na sua larga maioria, já 'rendido' ao lendário charme de Smith e às mirabolantes peripécias engendradas pelos argumentistas da série, que, em conjunto, a ajudaram a tornar num dos maiores e mais memoráveis sucessos de televisão internacionais da década - estatuto que, aliás, a cultura nostálgica e 'nerd' (de que este blog faz parte) lhe permite continuar a manter, precisamente três décadas depois da sua transmissão inicial por terras lusas...

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