11.10.25
NOTA: Este 'post' é parcialmente respeitante a Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025.
Um dos aspetos mais marcantes dos anos 90 foi o seu inconfundível sentido estético e de moda. Em sextas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das marcas e modas mais memoráveis entre os jovens da ‘nossa’ década.
As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais e momentos.
Uma das primeiras edições desta rubrica recordou os primeiros 'shoppings' surgidos em Portugal, já na ponta final do século XX. No entanto, nessa ocasião, a análise ficou-se pelos exemplos mais 'generalistas' deste tipo de grande superfície, dado todos os centros comerciais daquela 'primeira vaga' se inserirem nessa categoria. No entanto, logo no dealbar do Novo Milénjo, Portugal veria ser inaugurado em território nacional o primeiro exemplo de um outro tipo de 'shopping', mais voltado ao vestuário (embora não exclusivamente dedicado ao mesmo) e cujo foco se centrava, sobretudo, na revenda de artigos de marcas conhecidas a preços extremamente reduzidos, ainda mais do que num comum período de saldos – no fundo, um conceito equivalente a ter 'últimas rebaixas' ao longo de todo o ano, e não apenas em alturas específicas do mesmo.
Falamos, claro está, dos 'outlets', um tipo de espaço que tem nos 'shoppings' Freeport e Dolce Vita o seu expoente máximo na mente de muitos portugueses. No entanto, nenhum destes dois centros tem a honra de ter sido o primeiro do seu género no País; esse título pertence a um outro espaço, também localizado na Margem Sul do Tejo, e que, por alguma razão, é bastante menos falado do que os seus congéneres, apesar de continuar ainda em actividade após um quarto de século.

Era, de facto, algures no ano 2000 que a zona do Carregado, em Alenquer, no Ribatejo – área já favorecida por uma grande variedade de empresas – via ser inaugurado o Campera Outlet, primeiro complexo do género em Portugal, que reunia quase cento e vinte e cinco lojas nos seus vinte e três mil metros quadrados, a maioria de vestuário, e subordinadas a uma marca específica. Além desta enorme variedade de pontos de venda para nomes conhecidos do sector, o 'outlet' abrangia ainda uma área exterior, e as habituais opções alimentares, como o McDonald's ou a Telepizza, propiciando assim aos visitantes todos os elementos necessários para um dia bem passado a aproveitar as compras de ocasião inerentes ao próprio conceito do centro. Aliada à facilidade de acessos a partir de Lisboa, esta versatilidade garantia clientela ao novo espaço, o qual não tardou a atingir o potencial que lhe era previsto, e a abrir caminho para os outros nomes mencionados neste 'post', além de muitos outros, de Norte a Sul do País.
Vinte e cinco anos após esse momento, no entanto – e apesar do importante patrocínio financeiro do Novo Banco, que apenas recentemente vendeu o espaço, agora propriedade do empresário bracarense Domingos Névoa – o Campera Outlet acabou por 'ficar para trás' relativamente aos seus concorrentes mais 'jovens', sendo hoje o mais esquecido dos três espaços do género situados do outro lado do Tejo. Ainda assim, com cento e vinte das suas cento e vinte e quatro lojas iniciais ainda em actividade este 'decano' dos 'outlets' nacionais não deixa de reunir todas as condições para ser destino preferencial de quem pretender passar uma Saída de Sábado a comprar roupa de marca (ou perfumes, ou óculos) a preços bem mais 'convidativos' do que o habitual.












