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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

25.06.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Terça-feira, 24 de Junho de 2025.

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

De entre todos os 'veteranos' da televisão portuguesa de finais do século XX, um, em particular, destacava-se pela sua capacidade de comunicar com as crianças e jovens ao seu nível, sem paternalismos, bem como de criar formatos televisivos apelativos para essa mesma demografia, que ele próprio se encarregava de apresentar. Falamos, claro, de Júlio Isidro, o já então 'decano' dos pequenos ecrãs (levava, à época, quase três décadas de actividade) responsável por clássicos infanto-juvenis em décadas anteriores (de 'O Passeio dos Alegres' a 'Clube Amigos Disney') e que, à entrada para os últimos dez anos do Segundo Milénio, procurava manter esse estatuto com mais um formato com tudo para agradar ao seu público-alvo. É desse programa, sobre cuja se celebram na próxima semana trinta e cinco anos, que falamos nas linhas abaixo.

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Na linha de propostas semelhantes da mesma época, mas mais ambicioso do que estas, 'Oito e Oitenta' propunha um conceito mais baseado na perícia, destreza e habilidade do que nas capacidades mentais ou conhecimentos, destacando-se assim, desde logo, da concorrência. As equipas participantes eram formadas por alunos de dois estabelecimentos de ensino distintos e sem qualquer relação entre si, que se 'degladiavam' em confronto directo pela oportunidade de ganhar os habituais prémios patrocinados, neste caso pela Coca-Cola. Por entre provas, havia também lugar aos quase obrigatórios momentos musicais, protagonizados pelos artistas mais 'na berra' (os GNR, por exemplo, partilharam nas redes sociais um vídeo da sua actuação no programa).

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Uma fórmula, portanto, que tinha tudo para agradar à demografia a que apontava, mas que, infelizmente, acabou por não ir além dos treze episódios (o equivalente a uma 'temporada', em termos televisivos) nem tendo chegado a terminar o ano no ar – um desempenho desapontante, numa época em que os concursos ficavam no ar durante períodos bastante mais prolongados, e que terá deixado o veterano Isidro a ponderar o que havia corrido mal; felizmente, a carreira do apresentador não viria a sofrer em consequência desta aposta menos ganha, continuando o mesmo a entreter os espectadores portugueses até aos dias de hoje. Já 'Oito e Oitenta' permanece 'eternizado' nos Arquivos RTP, pronto a ser 'redescoberto' por quem na altura o via - ou quem não sabia da existência, mas ficou interessado após ler as linhas acima...

17.06.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Segunda-feira, 16 de Junho de 2025.

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

Apesar de se encontrar ainda em estado extremamente embrionário relativamente a mercados como os Estados Unidos ou a Inglaterra, a produção televisiva portuguesa atravessava, nos anos 80 e 90, um período de expansão, não só no tocante a séries de acção real, como também a animações ou projectos mais experimentais, abstractos ou diferentes. E depois de já aqui termos abordado vários exemplos das duas primeiras categorias, chega agora a altura de falarmos de uma série que se enquadra na última, destacando-se vincadamente da restante produção da época e, por esse meio, tornando-se memorável.

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Falamos de 'No Tempo dos Afonsinhos', série educativa que, como o próprio nome indica, pretendia oferecer uma versão ficcionalizada e 'artística' da vida quotidiana dos portugueses primitivos (os Afonsinhos do título) nos castros onde residiam; no fundo, uma espécie de 'Astérix à portuguesa', mas com menor ênfase nos elementos fantásticos e maior preocupação com a veracidade histórica, ainda que com as devidas e compreensíveis 'licenças artísticas' destinadas a captar a atenção do público-alvo. Ainda assim, e mesmo com estes elementos ficcionalizados, a série não deixava de retratar verdadeiras ocupações dos castrenses, como a olaria ou o fabrico artesanal do pão.

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Para além desta abordagem diferenciada, 'No Tempo dos Afonsinhos' destacava-se, ainda, pelo uso exclusivo de marionetas para criar e retratar os seus personagens e histórias – um método que já não era novidade para as crianças portuguesas na fase pós-'Rua Sésamo', mas que, aqui, é utilizada de forma talvez até mais extensa do que no supracitado programa, constituindo meio único de veicular as aventuras dos Afonsinhos, eles mesmos inspirados nos tradicionais 'cabeçudos' presentes em festas populares, e nos personagens de cerâmica típicos do Norte português. E ainda que esta escolha visual não seja para todos – lá por casa, por exemplo, evitava-se activamente esta série – o mesmo não deixa, ainda assim, de ser original o suficiente para se tornar memorável, e trazer lembranças tão logo se veja mencionado o título do programa.

Apesar da sua curta duração, a série produzida pela RTP-Porto em 1993 fez, pois, durante os seus poucos meses no ar, o suficiente para 'cravar' um lugar na memória remota das gerações 'X' e 'Millennial' portuguesas, e deixar na mesma imagens e recordações, sejam mais ou menos positivas. Para quem quiser reviver algumas dessas memórias, aqui fica o link para uma playlist do YouTube com alguns episódios.

10.06.25

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

Os anos 90 representaram, na televisão portuguesa, a era por excelência dos programas de variedades para crianças. Já parte integrante da cultura infantil em outros países, foi apenas nos últimos anos do século XX que este tipo de programas verdadeiramente penetrou na consciência colectiva juvenil do nosso País, muito graças a uma série de icónicos e ainda hoje saudosos representantes, com os 'rivais' da SIC e TVI – 'Buereré' e 'Batatoon' – à cabeça, mas também 'A Casa do Tio Carlos', 'Mix Max', 'A Hora do Lecas', 'Clube Disney', 'Oh! Hanna-Barbera', 'Um-Dó-Li-Tá' ou as diversas permutações de 'Brinca Brincando' a conseguirem captar a atenção do público-alvo.

Com tanta e tão ilustre concorrência, não é, no entanto, de admirar que alguns programas deste tipo tenham acabado por 'perder a corrida' pelos corações dos jovens lusitanos, e ficado um pouco mais 'esquecidos' na memória nostálgica dos 'millennials' nacionais. É, precisamente, sobre um desses programas, estreado há pouco mais de três décadas na RTP1, que versam as próximas linhas.

Emitido pela primeira vez a 5 de Junho de 1995, 'Sempre A Abrir' tinha tudo para agradar à sua demografia, do título 'radical' (ou não estivéssemos em meados da década 'bué da fixe' por excelência) a um apresentador carismático, no caso Victor Emanuel, e uma selecção apelativa de desenhos animados, com destaque para a insólita adaptação em 'anime' de 'Música No Coração', à qual já aqui dedicámos espaço. O horário das tardes era, também, conducente ao sucesso, sendo ideal para quem chegava da escola e procurava desenhos animados para acompanharem o seu pão com Tulicreme e copo de leite com chocolate.

É, pois, difícil de perceber a razão pela qual 'Sempre A Abrir' falhou enquanto espaço infantil na era pré-hegemonia de Ana Malhoa e Batatinha. O programa tinha tudo para 'dar certo', e, no entanto, é hoje muito menos lembrado pela demografia que então constituía o seu público do que qualquer dos exemplos acima elencados – isto apesar de se ter logrado manter no ar durante três anos, uma eternidade no contexto em causa, e ocupado tanto a faixa das tardes de semana quanto o não menos apetecível bloco dos Sábados de manhã. A verdade, no entanto, é que, seja por que razão fôr, este bloco infantil se encontra, hoje, praticamente Esquecido Pela Net, sendo difícil conseguir informações ou material relativo ao mesmo, ou mesmo uma imagem ou vídeo para complementar este 'post'; de facto, passe o trocadilho, quase parece que o programa foi 'Sempre A Abrir' rumo ao esquecimento total. Nada que invalide que, na medida do possível, lhe procuremos dedicar algumas linhas nesta nossa rubrica dedicada à televisão nacional noventista.

01.06.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sábado, 31 de Maio e Domingo, 1 de Junho de 2025.

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais e momentos.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

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Muitos programas infantis assinalavam a data com emissões especiais

O dia 1 de Junho assinala, desde a década de 60, o Dia Mundial da Criança, e, como tal, não é de admirar que, a cada ano, se organizem um pouco por todo o Mundo uma série de eventos, actividades e festividades para assinalar essa data. O Portugal dos anos 90 não era, de todo, excepção a esta regra, podendo as crianças lusitanas de finais do século XX desfrutar de uma série de eventos alusivos à data, fossem mais localizados e 'de bairro' ou de âmbito mais global, abrangendo toda uma localidade ou até região.

Para além destas possibilidades de Saídas de Sábado que permitiam passar, simultaneamente, um Sábado aos Saltos e um Domingo Divertido, também os programas televisivos dirigidos à demografia mais jovem assinalavam a data, fosse apenas através de menções no decurso de um episódio 'normal', ou mediante uma emissão especial (mais longa ou até num dia em que normalmente não passava o programa) especificamente dedicada a este fim. É, pois, fácil de perceber que, apesar de viverem numa época mais simples e de menores recursos, as crianças dos anos 90 em nada ficavam a perder face às suas congéneres actuais no que ao dia 1 de Junho dizia respeito. A elas, e aos potenciais filhos que possam, entretanto, já ter, resta-nos desejar o resto de um excelente Dia Mundial das Crianças.

 

04.02.25

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

Já aqui anteriormente nos referimos aos anos 90 como a 'era de ouro' dos concursos televisivos em Portugal, com um cada vez maior número de programas deste género a fazer 'concorrência' aos velhos sobreviventes de décadas transactas; e a verdade é que, destes, uma parcela significativa era directa e explicitamente dirigida a um público infanto-juvenil, procurando explorar a apetência por actividades competitivas típica daquela demografia. E se este novo 'nicho' apenas deu azo a um verdadeiro clássico intemporal – a lendária 'Arca de Noé' – não é menos verdade que, em redor desse ícone da televisão nacional noventista se perfilavam uma série de outros programas que, apesar de menos memoráveis, não deixaram ainda assim de proporcionar suficientes bons momentos ao seu público-alvo para merecerem uma menção nestas nossas páginas. É o caso do programa que recordamos esta Terça-feira, o qual comemora este mês os exactos trinta anos sobre a sua estreia, em Fevereiro de 1995.

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Produzido pela portuense Miragem e exibido pela RTP, 'Gugu Dadá' tinha, em relação aos seus congéneres, a particularidade de se destinar a um público (ainda) mais novo – como, aliás, era dado a entender não só pelo título como também pelo logotipo criado a partir de cubos; de facto, enquanto a maioria dos concursos infantis da época eram dirigidos a crianças em idade de instrução primária ou preparatória, 'Gugu Dadá' era, literalmente, um programa para bebés. Isto porque o conceito central do concurso postulava que nenhum dos concorrentes infantis poderia ter mais de quatro anos, fazendo com que os participantes fossem, invariavelmente, crianças muito pequenas, ainda em idade de desenvolvimento cognitivo, psicomotor, pessoal e social.

E porque não se poderia pedir a bebés nesta etapa do crescimento que respondessem a perguntas ou cumprissem o tipo de prova habitual nestes concursos, o regulamento do programa previa também a presença de um adulto em cada uma das 'equipas', cuja função era guiar a criança através dos requisitos da competição – uma oportunidade 'de ouro' para criar laços com os filhos ou familiares, embora haja lugar a questões sobre se um programa transmitido a nível nacional será o melhor local para esse tipo de experiência partilhada e de entrosamento. Felizmente, no final, todos ganhavam, levando para casa um certificado de participação e um saco de brinquedos da Tomy (marca infantil então em alta) incluindo um expressamente escolhido pela própria criança, proporcionando-lhe assim uma experiência tão divertida como gratificante, e colocando o ênfase na diversão e brincadeira, por oposição à competição – apesar de, novamente, haver razões para ponderar quanto ao efeito do ambiente de um estúdio de televisão no humor e saúde mental de crianças tão pequenas.

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O apresentador José Jorge Duarte. (Crédito das fotos: Desenhos Animados Anos 90)

Talvez por essas e outras questões éticas o programa apresentado pelo sempre carismático José Jorge Duarte (à época figura inescapável do panorama televisivo nacional, por conta do sucesso d''A Hora do Lecas' e de outro concurso infantil de relativo sucesso, 'Tal Pai, Tal Filho') apenas tenha logrado chegar às duas dezenas e meia de episódios, após os quais caiu no relativo esquecimento até o advento da Internet o vir 'resgatar' da obscuridade. E é nesse sentido que o Anos 90 procura, também, deixar a sua contribuição para o 'arquivo' de fontes sobre este concurso que, apesar de hoje algo obscuro, apresenta interesse suficiente para, à distância de quase exactos trinta anos, merecer ainda algumas linhas a si alusivas.

28.01.25

NOTA: Este 'post' é parcialmente respeitante a Segunda-feira, 27 de Janeiro de 2025.

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

A década de 90 viu surgirem e popularizarem-se algumas das mais mirabolantes inovações tecnológicas da segunda metade do século XX, muitas das quais foram aplicadas a jogos e brinquedos. Às terças, o Portugal Anos 90 recorda algumas das mais memoráveis a aterrar em terras lusitanas.

Os anos intermédios da década de 90 foram palco de um dos mais significativos avanços da História da tecnologia moderna, a saber, o surgimento e popularização de computação gráfica e efeitos digitais a três dimensões. Aparentemente de um dia para o outro, o grande público – até então habituado a métodos de animação mais tradicionais e programas de computador com gráficos cada vez mais detalhados, mas sempre limitados às duas dimensões então possíveis – era confrontado com jogos, programas de 'software' e mesmo filmes ou séries de televisão povoadas por personagens poligonais, que habitavam cenários com tanta profundidade como eles próprios – algo, à época, perfeitamente impensável, e suficiente para deixar de 'queixo caído' qualquer cidadão comum. E se, no campo dos jogos de computador e consola, esta mudança foi 'anunciada' por títulos como 'V.R. Racing' ou 'Virtua Fighter', e no cinema por 'Toy Story' (que aqui em breve terá o seu espaço) no tocante a programas televisivos a referência é uma única, e incontornável: 'ReBoot'.

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Estreada na RTP1 em 1997, três anos depois de surgir pela primeira vez no seu Canadá natal e um par de anos depois de os portugueses terem pela primeira vez visto gráficos em 3D, a série não deixou, ainda assim, de ter impacto, e de representar na perfeição o momento vivido naqueles últimos anos do século XX. Isto porque, tradicionalmente, os 'saltos' tecnológicos do sector da televisão tendem a dar-se com algum atraso relativamente aos dos campos da informática ou cinema, devido aos reduzidos orçamentos disponíveis: assim, ainda que os PC's e consolas como a PlayStation ou Sega Saturn já apresentassem gráficos bem melhores que os da série da Mainframe Entertainment, esta continuava, paradoxalmente, a representar o padrão máximo do que se podia fazer com tecnologias 3D num contexto televisivo, não deixando assim de impressionar os jovens telespectadores nacionais.

Além desta vantagem contextual, 'ReBoot' era, também, bastante inteligente na forma como posicionava a sua trama de forma a tirar o melhor partido possível da tecnologia ao seu dispôr e, ao mesmo tempo, 'disfarçar' as lacunas da mesma. Isto porque a série era ambientada dentro da 'mainframe' de um computador (representada como uma cidade futurista) o que permitia justificar a aparência angulosa dos cenários e personagens, já que os mesmos se tratavam, literalmente, de gráficos computorizados! De facto, o grupo central da série distingue-se por ser constituído por algumas das poucas personagens humanóides daquele Mundo, conhecidas como Sprites (quase todas com tons de pele pouco ortodoxos, a fazer lembrar 'Doug', da Disney) cuja função é proteger os Game Cubes (nada a ver com a posterior consola da Nintendo!) enviados pelo Utilizador, de vírus como Megabye e Hexadecimal, os principais vilões da série, numa incorporação inteligente de alguns dos principais termos de informática da época, que permitia aos jovens espectadores familiarizarem-se com o vocabulário digital então em ascensão, ao mesmo tempo que se divertiam com as aventuras de Bob, Dot e restantes heróis da série - e que, pela primeira vez, qualifica uma série para inclusão tanto na rubrica Segundas de Séries como nas Terças Tecnológicas!

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Alguns dos personagens principais da série.

Apesar de mais famosa nos EUA e Canadá, onde continua a ser lembrada com nostálgico carinho, 'ReBoot' logrou também deixar a sua marca em Portugal, sobretudo pelo seu aspecto distinto, imediatamente reconhecível e diferente de tudo o que se havia feito e viria a fazer em termos de televisão animada. De facto, mesmo depois da popularização da tecnologia CGI, poucas séries haveria que se assemelhassem, visualmente, a esta pioneira, cujos gráficos ficam mais próximos dos de um jogo de PC ou PlayStation da época do que da tradicional série animada de Sábado de manhã, o que permitiu que, num País cuja demografia infanto-juvenil se encontrava completamente rendida a Dragon Ball Z, Power Rangers, Tomb Raider e Quake II, 'ReBoot' conseguisse, ainda assim, afirmar-se como memorável o suficiente para ainda hoje ser lembrada por certos sectores do seu público-alvo.

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O jogo alusivo à série.

E porque toda e qualquer propriedade infanto-juvenil bem sucedida dos anos 90 e 2000 tinha direito a um jogo de vídeo, também 'ReBoot' viu sair um título interactivo a si alusivo, lançado exclusivamente para a consola da Sony, na Primavera de 1998; infelizmente, o jogo foi mal recebido tanto pela crítica como pelo público 'gamer', acabando, ao contrário do seu material de base, por não deixar qualquer rasto na memória nostálgica dos 'X' e 'millennials' portugueses. No respeitante à série em si, no entanto, passou-se precisamente o oposto: quem alguma vez se cruzou com ela num dos muitos blocos televisivos infantis da época, decerto recorda até hoje, senão a trama ou personagens, pelo menos alguns dos elementos visuais da mesma, de forma semelhante ao que sucede ao recordar o primeiro contacto com outros pioneiros das tecnologias 3D. Motivo mais do que suficiente para aqui lhe dedicarmos um 'post' duplo, que a celebra tanto enquanto produto televisivo como na vertente digital e tecnológica...



 

30.07.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Segunda-feira, 29 de Julho de 2024.

NOTA: Este 'post' não teria sido possível sem o André Alonso, que não só recordou o nome da série abordada como providenciou 'links' para a única fonte onde a mesma surge mencionada. Obrigado, André!

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

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O elenco de personagens da série. (Crédito da foto: RTP)

Já aqui por várias vezes mencionámos produtos ou criações mediáticas das décadas de 80, 90 e até 2000 que, por uma razão ou por outra, têm pouca ou nenhuma presença nos supostamente omniscientes motores de pesquisa da Internet actual. No entanto, enquanto que as BD's da Hanna-Barbera ou a revista Ultra Som possuem pelo menos uma imagem ou menção no Google, outros tópicos que abordámos aqui no 'blog', como o sumo do Astérix da Libby'sa bebida B Cool da Danone ou a pasta de dentes do Super Mario, encontram-se totalmente esquecidos e dependentes da memória de quem com eles conviveu. O tema desta Segunda de Séries situa-se precisamente a meio caminho entre estes dois paradigmas, encontrando-se todos os seus episódios disponíveis para visualização (mas apenas em uma única fonte, e sabendo como os procurar) mas sendo funcionalmente impossível precisar criadores ou quaisquer outros dados técnicos. É, pois, com naturalidade que 'Histórias de Corpo Inteiro' integra o crescente grupo de tópicos Esquecidos Pela Net do Portugal anos 90 – o que não deixa de ser uma pena, dado tratar-se de uma série bem conseguida e de produção cem por cento nacional, o que torna ainda mais curioso o facto de nenhuma das várias fontes nostálgicas produzidas em solo português se lembrar dela.

De facto, à parte o aspecto perturbador de algumas das marionetas usadas para dar vida aos personagens – sobretudo as hiper-realistas, que lembravam uma versão demoníaca dos 'Thunderbirds' – a série estreada na RTP1 em Novembro de 1991 e exibida diariamente até ao final do referido ano mostrava aspectos técnicos cuidados (alguns até inovadores, como a fusão de acção real com fantoches) e tirava o máximo proveito do seu presumivelmente reduzido orçamento, apostando numa apresentação ao estilo peça de teatro, com cenários de fundo estáticos sobre os quais os personagens se moviam e levavam a cabo a trama de cada episódio. Uma abordagem talvez muito distante de produções contemporâneas como 'Rua Sésamo', mas que resultava em pleno no contexto da série em causa, dando-lhe um aspecto e características distintas, que a deveriam ter tornado consideravelmente mais memorável para a geração 'millennial', à época a demografia-alvo destas 'Histórias' passadas no interior de uma cavidade bucal humana, e destinadas a educar o público-alvo sobre a higiene oral, um dos temas mais em voga naquele início dos anos 90.

Outro elemento que deveria ter ficado indelevelmente gravado na psique de toda uma geração, mas que em vez disso se viu vetado ao esquecimento, era o inesquecível genérico da série, uma 'malha' que, sem qualquer hipérbole, pode e deve ser posta ao mesmo nível das que iniciavam a supramencionada 'Rua Sésamo' ou o concurso 'Arca de Noé', e que (por experiência própria) tinha potencial para se 'colar' ao cérebro durante décadas. Infelizmente, conforme acima mencionado, o total desaparecimento da série da memória colectiva levou consigo o referido tema – o que ajuda a justificar ainda mais o esforço de recuperação da mesma que pretendemos levar a cabo com este 'post'. Infelizmente, não nos é possível colocar qualquer destas 'Histórias' directamente nesta publicação, já que os episódios apenas se encontram disponíveis nos Arquivos RTP, que não permitem ligações externas; assim, temos de nos contentar em partilhar o 'link' para a página da série no 'site' da emissora estatal, e confiar que os nossos leitores tenham suficiente interesse para irem reviver mais esta memória esquecida da infância remota e – quem sabe – trazer a série de volta à consciência popular da geração 'millennial' nacional...

09.07.24

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

Já aqui por várias vezes nos referimos aos anos 90 como a época áurea para os programas televisivos infantis que apostavam numa mistura de desenhos animados e entretenimento, e comandados por apresentadores jovens, carismáticos e dinâmicos o suficiente para 'entreter' tanto as crianças e jovens presentes em estúdio como os muitos espectadores que assistiam a partir de casa. De facto, embora este género seja, hoje em dia, lembrado sobretudo pelo icónico e incontornável duo do 'Buereré' (da SIC) e 'Batatoon' (da TVI), existiram, durante a década em causa, vários outros exemplos bem-sucedidos do formato, alguns dos quais já aqui abordados, como é o caso de 'A Hora do Lecas', 'Os Segredos do Mimix', 'A Casa do Tio Carlos' ou 'Clube Disney'. A essa lista, há agora que juntar um programa contemporâneo deste último, e que constituía uma espécie de 'irmão gémeo' do mesmo, tendo sido exibido pela mesma emissora (a então hegemónica RTP) na mesma época (inícios dos anos 90), com as únicas diferenças dignas de nota a serem a produtora de conteúdos em foco e a própria longevidade do programa.

De facto, enquanto o 'Clube Disney' atravessaria a totalidade da década de 90, chegando mesmo a penetrar no Novo Milénio, e viveria várias fases distintas, tanto em termos de conteúdo como de grafismo, 'Oh! Hanna-Barbera' duraria pouco mais de um ano, tendo saído do ar ainda antes do final de 1992 – um paradigma que não deixa de ser algo estranho, dadas as vastas e intencionais semelhanças entre os dois programas. Senão, veja-se: ambos apostavam no formato acima delineado, com público ao vivo e apresentadores que não se limitavam a introduzir cada novo desenho animado, mas também dinamizavam os segmentos interinos, que compreendiam uma mistura de jogos e actividades, números musicais a cargo de grupos convidados, e espaços onde eram lidas cartas e mostradas 'obras de arte' dos jovens espectadores. 'Oh! Hanna-Barbera' ganhava mesmo ao seu congénere no tocante à presença de mascotes em estúdio, estando Fred Flintstone ou Manda-Chuva sempre disponíveis para dançar ou 'fazer claque' em conjunto com os jovens escolhidos para visitar o programa, algo de que o 'Clube Disney' nunca se pudera gabar.

Também a selecção de desenhos animados era razoavelmente equilibrada no que toca à popularidade junto do público-alvo, sendo que 'Oh! Hanna-Barbera' contrapunha os desenhos mais modernos e 'excitantes' da Disney com os clássicos e intemporais 'Flintstones', 'Jetsons' e 'Manda-Chuva', todos, à época, ainda suficientemente 'na berra' para fazer frente a Donald, Pateta e restantes personagens do 'rival'. Quem ganhava com esta pseudo-'guerra' eram, claro, os espectadores, que viam assim ser-lhes dirigidos dois espaços infanto-juvenis de enorme qualidade na mesma semana, a juntar a todos os outros concursos, séries e blocos de desenhos animados com que a fabulosa grelha de televisão portuguesa de primórdios dos anos 90 os brindava. E, ainda que menos longevo do que o seu congénere das 'orelhas de Mickey', não é de duvidar que 'Oh! Hanna-Barbera' seja tão calorosamente lembrado como aquele por quem, naqueles idos de 1991, se sentava frente à televisão para desfrutar de um par de horas de animação, nos dois sentidos da palavra. Quem tiver feito parte dessa demografia, pode encontrar abaixo alguns excertos do programa, para recordar e 'matar saudades' daqueles bons tempos de infância, em que a televisão parecia 'feita à medida' para quem era jovem...

11.06.24

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

Numa era em que todo e qualquer programa está disponível nas plataformas de 'streaming', à distância de um par de cliques, o conceito de um bloco de várias horas de televisão inteiramente dedicado a apresentar um determinado tipo de conteúdo, rodeando-o ainda de inúmeros e diversos jogos, passatempos, interlúdios musicais e interacções com uma audiência presente em estúdio pode parecer desnecessária, e até arcaica. Nos anos 90, no entanto – quando a Internet era ainda incipiente, e a televisão o principal modo de transmissão de conteúdos – este era mesmo um dos formatos mais populares, sobretudo no tocante ao público infanto-juvenil, sempre predisposto a 'apadrinhar' qualquer conceito que transcendesse a simples sucessão de séries de desenhos animados; basta, por exemplo, falar na icónica 'parelha' de 'Buereré' (na SIC) e 'Batatoon' (na TVI) ou ainda em programas como a 'Hora do Lecas', o 'Mix Max', a 'Casa do Tio Carlos' ou o 'Brinca Brincando', para perceber a importância que este tipo de formato tinha no contexto da televisão infantil portuguesa de finais do século XX. A esta lista, há ainda que juntar dois programas concomitantes, ambos veiculados pela RTP, e que fizeram sucesso entre a faixa mais velha da geração 'millennial' (e mais nova da 'X') aquando da sua transmissão em inícios da década de 90. De um deles, falaremos na próxima Terça de TV; ao outro, dedicaremos as próximas linhas.

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Os dois logotipos do programa.

Nascido das 'cinzas' do não menos popular 'Clube Amigos Disney', apresentado por Júlio Isidro e com ligações a um verdadeiro clube de fãs oficial veiculado pela Abril Jovem, editora das revistas de BD da Walt Disney em Portugal, o agora apenas chamado 'Clube Disney' estreava no 'primeiro canal' logo em 1991, apresentando desde logo o formato que viria a manter pelos quatro anos seguintes, e que se assemelhava ao dos seus supracitados 'sucessores'. Num cenário colorido, com toques de fantasia (ou não fosse este um programa da Disney) e dominado por um ecrã gigante, um duo de apresentadores de natureza rotativa – constituído ora por Pedro Gabriel e Vítor Emanuel, ora por um deles ao lado de Anabela Brígida – preenchia os espaços entre cada rubrica de ficção com passatempos, provas de habilidade física disputadas pelas crianças em estúdio, leitura de carta e mostra de desenhos feitos pelos jovens fãs do programa, entrevistas a convidados musicais - alguns deles inusitados para a demografia em causa, como era o caso dos Censurados – e, naquele que era um dos momentos-chave de cada programa, segmentos sobre as atracções da então recém-inaugurada Eurodisney, que apenas faziam aumentar a já considerável vontade de visitar o espaço parisiense. Uma fórmula já com bastas provas dadas, e que aqui tornava a funcionar muito bem, tanto devido ao carisma e química exibidos pelos apresentadores como à própria selecção de material, sendo este o programa responsável por apresentar à juventude portuguesa clássicos como 'DuckTales' (inexplicavelmente chamado de 'Novas Aventuras Disney'), 'Tico e Teco: Comando Salvador', 'O Pato da Capa Preta', 'A Pandilha do Pateta' ou 'O Jovem Anjo', esta última a mais destacada das séries de acção real também exibidas no programa. Em cada emissão, havia também lugar para uma das clássicas 'curtas' produzidas pelos Estúdios Disney em inícios do século XX, que constituía mais um dos muitos motivos para sintonizar a RTP durante aquele horário.

Esta primeira fase do Clube duraria até 1994, altura em que o programa entraria em hiato durante dois anos, ressurgindo apenas em 1996, de 'cara lavada' e com um formato tão semelhante como diferente do clássico: mantinha-se o trio de apresentação com dois 'rapazes' e uma 'rapariga' (agora constituído por Carla Salgueiro, Pedro Penim e Alexandre Personne, todos os quais se tornariam bem conhecidos do público infanto-juvenil da época), a audiência infantil presente em estúdio e os segmentos de passatempos e provas, mas o local das gravações era agora uma moradia da Linha de Cascais, em Lisboa, e passava a ser possível aos espectadores em casa participarem no programa por via telefónica, uma medida adoptada pela maioria dos programas infantis da época. A selecção de programas, essa, mantinha-se excelente, e surgia mais focada e centralizada em séries de desenhos animados, com as curtas clássicas e propostas em acção real a desaparecerem para dar lugar a clássicos como Pepper Ann, Recreio, Doug, Quack Pack e – mais tarde – séries baseadas em filmes da companhia, como 'Hércules'. Este formato do programa conseguiria a proeza de sobreviver à viragem do Milénio, mantendo-se no ar até ao Verão de 2001, então já com novos apresentadores, na pessoa de Sílvia Alberto e José Fidalgo. Um feito notável para um 'decano' deste tipo de programa, que se afirmava assim como mais longevo do que emissões como o supracitado 'Buereré'. E embora a mudança de paradigmas televisivos tenha inevitavelmente terminado a 'era' do 'Clube Disney', a sua extinção esteve longe de vetar este programa ao esquecimento, tornando-o, pelo contrário, numa das emissões infanto-juvenis mais carinhosamente lembradas por um certo sector da população portuguesa, para quem aquelas duas horas constituíam um ritual quase 'sagrado' do seu quotidiano semanal. Para esses, ficam abaixo alguns excertos do programa em causa, os quais não deixarão, certamente, de reavivar memórias nostálgicas de tempos mais simples...

Excertos de ambas as fases do programa.

 

07.05.24

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

Já aqui por diversas vezes nos referimos aos anos 90 como a época áurea dos concursos na televisão portuguesa. Com cada novo programa deste tipo a constituir um sucesso de audiências, era com naturalidade que se viam surgir (ou importar) conceitos cada vez mais originais, e afastados dos formatos clássicos de um 'Um, Dois, Três', 'O Preço Certo' ou 'A Roda da Sorte'. Não era, tão-pouco, de estranhar que o referido género televisivo acabasse, paulatinamente, por procurar outros públicos que não apenas o adulto; de facto, ainda nos primeiros anos da referida década, já a RTP exibia concursos explicitamente dirigidos ao público infantil, como 'Arca de Noé', 'Tal Pai, Tal Filho' ou o programa de que falamos esta Terça-feira.

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Exibido pela primeira vez há exactos trinta e três anos, em Maio de 1991, 'Sim ou Sopas' trazia como principal atractivo a temática culinária, fomentada e enfatizada pela escolha de apresentador, já que Manuel Luís Goucha era, à época, conhecido pelos seus programas e livros de culinária, por oposição à vertente mais voltada para os 'talk-shows' que assumiria nas décadas subsequentes. Cada emissão trazia uma competição entre duas equipas, cada um deles constituído por uma criança entre os oito e os doze anos e um 'chaperone' de idade adulta, ou seja, com mais de dezoito anos.

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Goucha e os seus jovens coadjuvantes com as equipas participantes de um dos episódios.

Ao contrário do que se poderia esperar, no entanto – e à semelhança do que sucedia com os outros concursos acima elencados – eram as crianças quem assumia o comando das 'operações', sendo os adultos meros coadjuvantes em cada uma das seis provas que perfaziam o desafio (nenhuma das quais, apesar da temática culinária, pressupunha a preparação directa de pratos, ainda que várias envolvessem o contacto com alimentos e ingredientes), e que se desdobravam entre eventos de agilidade física, como a prova de pontaria ou as 'Tarefas' rotativas, e outros de cariz mais mental ou intelectual, com base em perguntas ou 'sopas de letras' que era necessário decifrar a caminho do jogo final, que testava a comunicação entre os participantes da equipa vencedora, e que dava acesso ao inevitável grande prémio, no caso um computador e uma série de livros em disquete, precursores dos actuais 'e-books' e 'audiobooks'. Em caso de empate, a vitória era decidida por meio de dois cartões que davam o nome ao programa, ganhando a equipa que tirasse o cartão de 'Sim', por oposição ao de 'Sopas'.

Apesar de só uma equipa poder ganhar, no entanto, ninguém saía do 'Sim ou Sopas' de mãos a abanar, sendo que todos os participantes recebiam bicicletas e livros de culinária infantil da autoria do próprio Goucha. Além destes prémios de consolação mais do que atractivos, era ainda possível amealhar prémios específicos a cada uma das provas, que iam dos habituais elementos electrónicos, como Walkmans, Discmans e jogos electrónicos, a estiradores (!!) e canetas de feltro - uma proposta irresistível para qualquer criança ou jovem, e que terá certamente aguçado a vontade de muitos espectadores em tomar parte no programa.

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Dois dos atractivos prémios de consolação do programa.

Apesar do relativo sucesso que fazia entre a demografia-alvo, no entanto – e da afável apresentação do já carismático Goucha – 'Sim ou Sopas' apenas almejou um total de vinte episódios, emitidos ao longo de pouco menos de seis meses, até Outubro daquele mesmo ano de 1991. Sem ter sido o mais memorável dos concursos infantis da altura, no entanto – antes pelo contrário – o programa terá, ainda assim, tido suficiente impacto junto do seu público-alvo para ficar retido nos 'bancos' de memória remota, dos quais foi certamente 'desbloqueado' ao ler este 'post', de forma semelhante ao que sucedeu com o autor deste 'blog' enquanto pesquisava para o mesmo...

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