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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

15.12.24

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Hoje em dia, a venda de réplicas de armamento a crianças é bastante mais regulada do que há trinta anos, por razões óbvias; no entanto, em finais do século XX, era ainda não só possível como aceitável comprar a um menor de idade uma versão 'a fingir' de uma arma de fogo ou equipamento de guerra autêntico – e, numa altura em que tanto os índios e 'cowboys' como Robin dos Bosques gozavam ainda de alguma popularidade entre o público jovem, não é de admirar que um arco com flechas de borracha figurasse entre as muitas escolhas disponíveis neste aspecto.

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Com um fio feito de cordel – mas, ainda assim, com tensão suficiente para fazer voar as flechas que o acompanhavam – e projécteis de ventosa aderente, o brinquedo em causa permitia a quem o empunhava imaginar-se a cavalo nas planícies do Faroeste, defendendo a sua aldeia das investidas dos colonos, na Floresta de Sherwood, roubando sacos de dinheiro, ou mesmo apenas em competições de arco e flecha, podendo estas últimas ser facilmente recriadas se, além do arco, se tivesse também uma réplica de um alvo. Fosse qual fosse a brincadeira, no entanto, a posse desta pseudo-arma bastava para proporcionar muitos e bons momentos, sozinho ou com os amigos, durante um Sábado aos Saltos.

Tal como acima mencionado, dificilmente um brinquedo deste tipo será visto numa loja de brinquedos, drogaria ou hipermercado actual – não só pela sua natureza rudimentar e quase artesanal (sem luzes LED ou quaisquer outros efeitos) como também pela mudança acentuada de mentalidades relativamente às armas, sejam elas de que natureza forem. Ainda assim, as gerações 'X' e 'millennial' – e até mesmo algumas das anteriores – não terão decerto deixado de criar memórias nostálgicas ligadas a este 'produto do seu tempo', hoje obsoleto e quase extinto, mas que em tempos fez a felicidade de muitos jovens no decurso de um Sábado aos Saltos.

26.07.24

NOTA: Este post é respeitante a Quinta-feira, 25 de Julho de 2024.

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Eram um dos brindes mais populares entre os jovens portugueses dos anos 90 e, apesar de estarem longe de ser consensuais junto dos pais, adornavam muitas vezes a pele da demografia em causa ao longo daqueles últimos anos do século XX, surgindo frequentemente em locais algo invulgares, como as costas da mão, onde podiam ser devidamente admiradas por pares invejosos. Falamos das tatuagens temporárias, uma categoria de quinquilharia que nunca retinha esse estatuto durante muito tempo, mas que não deixa, ainda assim, de ser elegível para esta categoria.

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Adquiríveis em folhas completas na tabacaria ou, frequentemente, como brindes de produtos alimentares (como no caso das tatuagens das Tartarugas Ninja oferecidas pela Panrico no auge da popularidade das mesmas) estes desenhos, normalmente consistentes de personagens populares entre a 'pequenada' ou desenhos e símbolos universalmente considerados 'fixes', eram transferidos da folha adesiva para a pele (ou para qualquer superfície onde se desejasse colocá-las, já que serviam 'função dupla' como uma espécie de autocolante) por meio da aplicação de uma esponja ou pano húmido no reverso da tatuagem, criando assim uma espécie de 'cópia-borrão' da mesma, que podia depois ser removida com água ou álcool quando a criança se 'fartasse' – algo que muitas pessoas certamente desejariam ser possível com tatuagens reais! A desvantagem – e principal razão da natureza polémica destes brindes junto dos adultos – prendia-se com o risco de doenças de pele resultantes do processo, como a urticária, o que fazia com que muitos pais proibíssem o uso deste tipo de tatuagem na pele dos filhos.

Quer se pertencesse a este último grupo ou à percentagem da demografia que orgulhosamente exibia o seu desenho de uma caveira ou Tartaruga Ninja no braço ou nas costas da mão, uma coisa é certa: as tatuagens temporárias marcaram época junto de toda uma geração, em Portugal e não só. E embora este tipo de brinde tenha caido em desuso no mais informado mundo de inícios do século XXI, não é por isso que passa a ter menos nostalgia para quem, há duas ou três décadas atrás, vibrava com a ideia de transferir o recém-adquirido padrão para o seu braço, e causar inveja aos amigos no pátio da escola, no dia seguinte...

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