12.07.25
NOTA: Este 'post' é respeitante a Quinta-feira, 10 de Julho de 2025.
Todas as crianças gostam de comer (desde que não seja peixe nem vegetais), e os anos 90 foram uma das melhores épocas para se crescer no que toca a comidas apelativas para crianças e jovens. Em quintas-feiras alternadas, recordamos aqui alguns dos mais memoráveis ‘snacks’ daquela época.
Um dos pontos altos do Verão de qualquer português é (ou, pelo menos, era) o aparecimento do novo cartaz da Olá. Pode parecer surpreendente que algo tão simples quanto novas opções de gelado para consumir possa entusiasmar genuinamente um ser humano, mas é precisamente isso que se passa, todas as épocas balneares, quando a principal companhia do ramo a operar em Portugal traz a lume as suas novidades, bem como alguns 'velhos conhecidos' já com estatuto quase perene – o que pode fazer esquecer o facto de que, algures em tempo, também eles foram novidades.
Foi, precisamente, esse o caso, no primeiro Verão da década de 90, com um hoje 'decano' das arcas congeladoras nacionais, e escolha sólida para quem quer apreciar um gelado sem gastar muito dinheiro: o Feast, um dos 'clássicos' da companhia, ao lado dos inescapáveis Magnum, Cornetto, Calippo, Mini Milk, Solero (ele próprio uma 'invenção' dos anos 90) e da 'trilogia de mascotes' composta por Epá, Perna de Pau e pelo regressado Super Maxi. E se, ao contrário destes, o Feast não se afirma como 'gelado preferido' de ninguém, a verdade é que este clássico leva já três décadas e meia como melhor 'opção de recurso' para quem tem pouca imaginação ou dinheiro – talvez atrás apenas do referido Super Maxi.
Não que o gelado em si seja mau – antes pelo contrário, a combinação de 'crosta' crocante com interior achocolatado (por oposição à habitual baunilha) e mais duro do que o esperado proporciona uma experiência degustativa interessante. No entanto, a falta de uma 'mascote' de apoio e de um conceito mais interessante e apelativo do que 'gelado com interior duro' fazem com que o Feast fique, por vezes, um pouco 'esquecido' naquele seu eterno canto do cartaz, agora já sem mesmo a companhia do Krisspi, seu 'comparsa' naqueles idos anos de finais do século XX. Por aqui, no entanto, não o esquecemos (é mesmo dos mais consumidos entre os gelados da Olá) e fazemos questão de celebrar os trinta e cinco anos de um 'clássico eterno' da geladaria industrial portuguesa.