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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

18.05.24

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais e momentos.

No Portugal de meados dos anos 90, a educação e interacção com animais em cativeiro era ainda, sobretudo, sinónima com o Jardim Zoológico de Lisboa, o Aquário Vasco da Gama (também em Lisboa) e o Zoomarine, no Algarve. Durante este mesmo período, começaram, no entanto, a surgir novas alternativas a estes tradicionais locais de 'romaria' para os amantes de animais lusitanos, a começar pelas Quintinhas Pedagógicas (a primeira das quais na zona dos Olivais, em pleno centro urbano da capital), e com o apogeu naqueles que são, ainda hoje, dois espaços privilegiados para ver animais em 'habitat' 'quase' natural: o Oceanário de Lisboa, construído durante a Expo '98 e que já teve direito a 'post' próprio nesta rubrica, e o espaço a que diz respeito a Saída deste Sábado, e que acaba de completar na semana que ora finda vinte e cinco anos - o Badoca Safari Park, em Vila Nova de Santo André, no Alentejo.

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Inaugurado a 14 de Maio de 1999, mesmo a tempo de se afirmar como espaço de referência entre os zoófilos portugueses do século XXI, o espaço em causa propunha-se, como o próprio nome indica, a ser o primeiro parque natural português a oferecer uma experiência ao estilo 'safari', à maneira do que vinham já fazendo outras instalações do mesmo tipo um pouco por todo o Mundo. Uma missão ambiciosa, mas que os fundadores do espaço conseguiram levar a bom porto, tirando o máximo partido da vasta planície alentejana para, em cerca de 90 hectares, reunirem algumas das mais populares espécies exóticas em regime de 'semi-liberdade' e partilhando instalações comuns, algo que, desde logo, demarcava o parque do 'concorrente' Jardim Zoológico, que fazia uso de mais tradicionais jaulas ou espaços individuais para cada espécie – um paradigma que, no Badoca Park, fica restrito aos primatas e araras, que dispõem de zonas próprias separadas da área central. Tal disposição permitia, também, levar a cabo a vertente de 'safari', que continua até hoje a levar os visitantes pelo meio desta 'savana' artificial, permitindo-lhes contacto quase directo com os animais, ao mesmo tempo que se aprende sobre eles – uma proposta, decerto, tão irresistível para os jovens amantes de animais da Geração Z como foi para os 'millennials'.

Ainda que fosse este o principal ponto de interesse e motivação para uma visita ao Badoca Park, no entanto, estava longe de ser o único, já que o espaço levava e leva também a cabo iniciativas mais tradicionais, como a apresentação de aves carnívoras, alimentação de diferentes espécies ou encontros 'um para um' com diferentes animais, além de acções de conservação, à semelhança do que sucede com o Jardim Zoológico. Razões mais que suficientes para os 'millennials' entretanto crescidos reviverem (ou, finalmente, realizarem) a experiência de visitar a inusitada instalação, e celebrarem juntamente com os seus filhos os vinte e cinco anos de uma atracção ainda hoje única no contexto português.

 

30.07.23

NOTA: Este post é respeitante a Sábado, 29 de Julho de 2023.

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais e momentos.

Para qualquer criança ou jovem português, tanto dos anos 90 como de hoje em dia, o Verão é sinónimo de uma coisa: férias grandes. E, para a grande maioria dessa demografia, as férias grandes eram (são), por sua vez, sinónimo de uma região: o Algarve. De facto, antes da globalização e normalização das viagens para destinos no estrangeiro, o Sul de Portugal era o grande 'pólo aglutinador' de veraneantes (tanto locais como oriundos de outras partes do País ou do Mundo) devido à sua irresistível combinação de clima ameno, mar calmo, e uma infraestrutura turística suficientemente vasta para ninguém se aborrecer – infraestrutura essa que, a partir da década de 90, passou a contar com mais um ponto de interesse, em particular para o público infanto-juvenil: o Zoomarine.

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De facto, o parque zoológico inaugurado em 1989 na Guia, nos arredores de Albufeira, apresentava uma proposta de valor absolutamente irresistível, permitindo aos visitantes não só desfrutar de todas as atracções típicas de um parque temático do seu tipo como também ver de perto uma grande variedade de animais marinhos – à semelhança do que fazia o Aquário Vasco da Gama, em Lisboa, e do que mais tarde faria o Oceanário da Expo '98 – observá-los 'em acção' no espectáculo de acrobacias (característica partilhada com o Jardim Zoológico de Lisboa) e, sobretudo, interagir com eles, dentro da própria piscina.

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A oportunidade de nadar com golfinhos continua a ser a grande atracção do Zoomarine.

Escusado será dizer que foi esta última vertente – que, em Lisboa, ficava restrita a umas quantas crianças 'sortudas' por espectáculo – que cimentou a reputação do Zoomarine, e o tornou um destino quase tão cobiçado como uma Eurodisney pelas crianças e jovens portugueses, que desejavam ferventemente nadar com golfinhos e ver de perto as orcas, animal que não existia em mais nenhum parque zoológico ou aquático na Península Ibérica. Já no Novo Milénio, o sucesso e a natureza icónica do parque entre a referida demografia fizeram, mesmo, dele um dos locais de filmagem para a lendária telenovela juvenil 'Morangos com Açúcar', onde foi rebaptizado como 'Zoomarinho' – um nome, aliás, que muitos visitantes já pensavam ser o seu...

Naturalmente, a própria natureza do Zoomarine não o deixou imune a controvérsias; antes pelo contrário, as mesmas continuam a suceder-se com bastante regularidade até aos dias de hoje, sobretudo por parte de associações e grupos de defesa dos animais, que consideram o tratamento dos animais do parque abusivo, devido ao reduzido tamanho das instalações de descanso e até das próprias piscinas, já para não falar das referidas interacções com o público, um tópico eternamente controverso. Simultaneamente, no entanto, a atracção é respeitada do ponto de vista da conservação, âmbito no qual desenvolve vários programas, bem como na vertente turística, ganhando anualmente uma série de prémios e figurando no Top 10 de parques de fauna aquática na Europa promovido pelo 'site' TripAdvisor, onde ocupa o sétimo lugar.

Assim, é muito pouco provável que o Zoomarine venha a fechar num futuro próximo – embora tenha sido esse, precisamente, o caso com o 'congénere' americano SeaWorld. Até lá, a atracção algarvia continuará, certamente, a atrair milhares de visitantes todos os Verões, e a afirmar-se como fonte de cobiça e inveja para quem – como foi o caso do autor deste blog durante a época áurea de promoção do parque – nunca teve ensejo de lá ir...

 

18.06.23

NOTA: Este post é respeitante a Sábado, 17 de Junho de 2023.

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais e momentos.

Numa edição recente desta rubrica, falámos das feiras de diversões itinerantes, que surgiam numa área a determinada altura do ano e ali permaneciam durante algumas semanas, dando aos habitantes da região a possibilidade de gozarem a 'experiência de feira' antes de a mesma seguir caminho rumo a novas paragens. No entanto, os habitantes de certas partes do País podiam,em finais do século XX, usufruir dessa mesma experiência a 'tempo inteiro', mediante a visita a um dos poucos, mas ainda assim existentes, parques de diversões 'fixos' em território nacional.

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O icónico frontispício da Feira Popular

O exemplo mais óbvio deste tipo de recinto era, obviamente, a Feira Popular de Lisboa, de onde deriva o nome ainda hoje informalmente utilizado para todos os parques deste tipo, e onde também 'aterrava' anualmente um dos Circos de Natal da capital. Este foi um espaço que deixou saudades aquando do seu encerramento em inícios do século XX, dada a forma como combinava, num só recinto, as diversões habituais de um parque de diversões – como o comboio-fantasma, a montanha-russa, a roda gigante ou as barraquinhas de jogos de habilidade 'a prémio' – um sem-número de salões de jogos equipados com a 'nata' dos videojogos de arcada noventistas (além das tradicionais máquinas de 'garra') os tradicionais fornecedores de churros e outras iguarias altamente calóricas, e ainda alguns divertimentos mais elaborados, como os 'Póneis Vivos' – operação extremamente problemática do ponto de vista da crueldade animal, mas que, à época, fazia as delícias dos mais pequenos – ou a 'Casa do Terror', uma mansão 'assombrada' por actores de carne e osso, e inspirada num conceito popularizado nos parques temáticos Disney. Tudo isto pelo preço de um só bilhete, ainda que – talvez evidentemente – fosse depois também necessário pagar por certas diversões, bem como pelas máquinas de jogo e comes e bebes, o que tornava a visita algo dispendiosa e a colocava na categoria de 'Saída de Sábado especial', por oposição a algo corriqueiro.

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Vista panorâmica da antiga Feira.

Ainda assim, quem visitou na infância esse marco da antiga cidade de Lisboa, situado na zona de Entrecampos-Campo Grande, certamente guardará dele boas memórias nostálgicas, e sentirá um aperto no coração ao vê-lo, hoje, transformado num descampado para sempre à espera que um suposto projecto de renovação 'saia do papel'...

Ainda na zona de Lisboa, e 'acoplado' a outra atracção especial que em breve aqui merecerá a nossa atenção – o Jardim Zoológico – existia, também, uma mini-feira, inicialmente constituída apenas por um carrossel, carrinhos de choque, casas em miniatura e os habituais jogos de habilidade e videojogos, e mais tarde expandida para incluir também o tradicional 'barco pirata' oscilante, e a tradicional diversão em que os participantes deslizavam, dentro de um barco, para uma piscina, apanhando assim um 'banho'.

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O tradicional carrossel do Zoo de Lisboa.

Infelizmente, em anos subsequentes, muitas destas atracções foram forçadas a fechar ou deixadas ao abandono, tendo a mais recente remodelação do espaço adjacente ao Jardim Zoológico eliminado os últimos vestígios dos mesmos, além de outras características arquitectónicas bem mais clássicas. Uma pena, pois a referida mini-feira (tal como a sua antecessora, com a pista de 'karts' e a boneca do corpo humano) era um excelente complemento ao dia especial que invariavelmente se passava no 'Zoo'.

E como quase todas as localizações 'especiais' existentes na capital têm um equivalente mais 'a Norte', também no caso das feiras de diversões se verificava este paradigma. No caso, a representante nortenha deste conceito era a Bracalândia, situada não no Porto mas, como o nome indica, na zona de Braga.

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O recinto da antiga Bracalândia, a 'resposta' nortenha à Feira Popular.

Relativamente à Feira Popular, o parque nortenho apostava numa abordagem mais diversificada, dividida em 'zonas' temáticas alusivas a várias culturas existentes ou fictícias, dos 'cowboys' do Faroeste ao continente africano, passando pela terra dos contos de fadas. Ainda assim, e apesar desta divergência, não faltavam na Bracalândia os divertimentos tradicionais de feira acima elencados, e que, quando combinados com a referida abordagem conceitual, a tornavam num dia muito bem passado para os jovens residentes no Norte do País. Melhor – apesar de ter encerrado actividades em finais da década de 2000, e novamente no início da seguinte, a Bracalândia conseguiu, ao contrário da Feira Popular, gozar de uma 'segunda vida', agora na zona de Penafiel, no distrito do Porto, e sob o nome algo mais genérico de Magikland, identidade sob a qual pode, ainda hoje, ser visitada.

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Aspecto da actual Magikland.

Em suma, apesar de serem poucas, e de não terem a dimensão ou projecção de uma Eurodisney ou mesmo do Parque Astérix, as feiras de diversões 'fixas' do Portugal de finais do século XX não deixavam, ainda assim, de constituir excelentes Saídas de Sábado para toda a família, justificando plenamente a sua inclusão nesta nossa rubrica.

 

29.10.22

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais.

Nos anos 90, quando as viagens internacionais estavam longe de apresentar as mesmas facilidades do que na actualidade, umas férias no estrangeiro pouco passavam de uma ambição (ou miragem) para muitas crianças e jovens portugueses; os mais 'sortudos' talvez fossem até Espanha, os mais ricos esquiar a França, mas no cômputo geral, os períodos de lazer da geração que cresceu em finais do século XX tendiam a desenrolar-se 'dentro de portas', em destinos como a Serra da Estrela, o Alentejo ou o sempre popular Algarve. Tal não impedia, no entanto, a dita geração de sonhar, e um dos maiores sonhos para qualquer 'puto' que tivesse a idade certa em inícios dos anos 90 era visitar um dos dois grandes parques temáticos da altura, curiosamente, ambos localizados em França; e se de um deles (o Parque Astérix) já aqui falámos na última Saída de Sábado, chega esta semana a altura de recordarmos o outro, talvez 'O' destino de sonho por excelência dos jovens portugueses da época – a Eurodisney.

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Fundado com 'pompa e circunstância' há pouco mais de trinta anos, a 12 de Abril de 1992, o parque hoje conhecido como Disneyland Paris foi um sucesso quase instantâneo, quer entre a juventude local, quer entre as dos países vizinhos, para quem a ligação à perenemente popular companhia do Rato Mickey, aliada à variada gama de atracções e 'zonas' propostas pelo recinto, serviam como principal chamariz. Em Portugal, em concreto, esse desejo foi, ainda, exacerbado por um conjunto de artigos incluídos, no ano seguinte, nos primeiros números da recém-lançada revista Super Jovem, em que os apresentadores do também mega-popular programa 'Clube Disney' visitavam as diferentes áreas (uma por edição) dando a conhecer as suas principais atracções.

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Ilustração de época que dava a conhecer todas as diferentes zonas e atracções do parque

A verdade, no entanto, é que o preço proibitivo não só da viagem até França como também da própria entrada na Eurodisney – ou não fosse a mesma um parque Disney, categoria conhecida pelas quantias exorbitantes pedidas por todo e qualquer bem ou serviço – colocavam uma ida à mesma fora do alcance da maioria das crianças portuguesas, sendo poucas (ainda que existentes) as famílias dispostas a fazer o sacrifício económico necessário para proporcionar essa experiência aos seus filhos; assim, para a quase totalidade dos jovens da época, a Eurodisney continuava (e continuou) a resumir-se a um simples sonho, representado em fotografias, alguma ou outra peça videográfica mostrada na televisão - a única maneira de ver imagens em movimento na época pré-YouTube – e ocasional brinde ou produto licenciado. Já quem foi, não deixou certamente de ser alvo de inveja extrema por parte dos colegas, e 'rei' (ou 'rainha') do recreio durante pelo menos o tempo que levou a resumir e relatar a experiência.

Hoje em dia – graças quer à relativa liberdade de movimentos descrita no início deste texto, quer ao próprio declínio de popularidade do parque – a Eurodisney é 'apenas' mais um destino de férias, muito longe da desejabilidade dos seus congéneres norte-americanos, ou de outros parques em outros locais do planeta; quem 'esteve lá' durante os primeiros anos da atracção, no entanto, decerto se recordará do entusiasmo que a mesma causava entre toda uma geração de jovens fãs dos eternos personagens de desenhos animados e BD da Disney, para quem poucas coisas se afiguravam tão desejáveis como uma semana de férias naquele local de sonho nos arredores de Paris...

15.10.22

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais.

Durante a passada semana, temos aqui vindo a falar do herói de BD franco-belga Astérix, personagem criado em finais dos anos 50, mas que quatro décadas depois gozou de um ressurgimento de popularidade em vários países, incluindo Portugal; e depois de já aqui termos analisado os álbuns, filmes, jogos de vídeo, jogos de tabuleiro e até sumos de frutas alusivos ao guerreiro gaulês lançados durante essa época, nada melhor do que terminar esta pequena incursão temática com uma alusão a um local que – apesar de não ficar situado em Portugal, e muito menos ser uma Saída de Sábado frequente – constituía uma de duas ou três atracções estrangeiras que qualquer jovem português dos anos 90 sonharia poder visitar.

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A entrada do Parque

Falamos do Parque Astérix, inaugurado em 1989 (mesmo a tempo de ter impacto sobre a geração que lê este blog) no Norte de França - sensivelmente no mesmo local onde a verdadeira aldeia gaulesa teria ficado situada, segundo o clássico mapa apresentado no início de todos os álbuns de Astérix - e ainda hoje extremamente popular, afirmando-se como o segundo maior parque temático da França (apenas atrás de outro destino mítico de que aqui paulatinamente falaremos) e contando com cerca de 2.3 milhões de visitantes por ano. As razões para tal sucesso são óbvias, sendo que o parque não só se baseia num 'herói de culto' do país onde se localiza, como também oferece uma enorme variedade de atracções, com destaque para as diversas montanhas-russas baseadas em diferentes culturas antigas (o espectáculo de golfinhos, semelhante ao existente no Jardim Zoológico de Lisboa, foi recentemente descontinuado). De facto, a popularidade do parque é tal que até mesmo a abertura do 'outro' grande parque temático, na região de Paris, apenas causou uma queda temporária no volume de visitas ao local no ano imediato, tendo as mesmas rapidamente voltado a estabilizar em números mais do que honrosos.

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O Parque é conhecido pela sua variedade de montanhas-russas tematizadas

Ainda assim, o Parque Astérix não ficou imune a controvérsias, destacando-se duas, já no novo milénio, que resultaram no falecimento de duas crianças, uma de onze anos e a outra de apenas seis, tendo esta última sido vítima de um acidente muito semelhante ao que levara ao encerramento do Aquaparque português, uma década antes. Ainda assim, tendo em conta o elevado número de atracções com base na velocidade e altura, o nível de segurança do Parque como um todo não deixa de ser louvável, tornando-o uma opção extremamente segura para os fãs da adrenalina. E ainda que, hoje em dia, muita da sua mística se tenha esbatido, não deixa de ser fácil ver porque é que esta atracção a cerca de quarenta minutos de Paris causava tanto entusiasmo entre os jovens fãs dos irredutíveis gauleses de finais do século XX, e tornava automaticamente quem tinha a sorte de a visitar num 'herói' do recreio, invejado pelos colegas cuja viagem à Gália Antiga ficava limitada às páginas dos álbuns de BD...

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