Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

19.09.24

NOTA: Este post é respeitante a Quarta-feira, 18 de Setembro de 2024.

A banda desenhada fez, desde sempre, parte da vida das crianças e jovens portugueses. Às quartas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos títulos e séries mais marcantes lançados em território nacional.

Já aqui anteriormente dedicámos algum espaço à carreira e obra de Luís Louro, um dos principais nomes da BD nacional contemporânea; e visto que uma das suas obras mais conhecidas completa este ano três décadas sobre o seu lançamento (além de ter temática e nome semelhantes à do filme abordado na nossa última Sessão de Sexta) nada melhor do que gastar agora algumas linhas a falar da mesma.

Corvo-Luis-Louro.jpg

Lançado algures em 1994 (a data de 1 de Janeiro veiculada pelo Goodreads não é, necessariamente, fidedigna), 'O Corvo' quase parece uma paródia da BD americana do mesmo nome que viria a inspirar uma série de filmes de acção com clima gótico. Isto porque, em comum com os heróis torturados mas 'durões' d''O Corvo' americano, o protagonista de Luís Louro – carteiro de profissão, introvertido e meio 'xoninhas' – só tem mesmo o nome de código e o estatuto de vigilante mascarado, no caso das ruas de Lisboa. Em tudo o restante, o Corvo português falha em toda a linha, muitas vezes causando problemas e situações mais graves do que aquelas que tentava, à partida, resolver, nas quais se vê, ele próprio, frequentemente envolvido. Uma abordagem puramente cómica, portanto, sem quaisquer pretensões a tornar Vicente num herói 'sério', ficando o mesmo mais próximo do Pato da Capa Preta do que do 'outro' Corvo ou de Batman, inspiração inevitável para qualquer história deste tipo.

É possível que quem não souber à partida que se trata de uma paródia se deixe 'enganar', no entanto, já que as ilustrações dos já sete tomos desta colecção (o último dos quais lançado já este ano) poderiam perfeitamente fazer parte de um 'comic' independente americano, ou de um álbum de BD franco-belga dos mais 'sérios', em nenhum momento dando a entender que tanto o herói como as suas aventuras têm teor cómico. Talvez por isso o produto final resulte tão bem, extraindo o habitual humor inerente a dicotomias deste tipo, e criando um super-herói 'à portuguesa' - com tudo o que isso acarreta – que, apesar da pouca sorte e ainda menor aptidão, se tem conseguido manter no activo há já três décadas, motivo mais que suficiente para que celebremos as suas origens nas páginas deste nosso blog nostálgico.

12.09.24

A década de 90 viu surgirem e popularizarem-se algumas das mais mirabolantes inovações tecnológicas da segunda metade do século XX, muitas das quais foram aplicadas a jogos e brinquedos. Às terças, o Portugal Anos 90 recorda algumas das mais memoráveis a aterrar em terras lusitanas.

Uma das grandes máximas de qualquer propriedade intelectual dirigida ao público infanto-juvenil das últimas cinco décadas é que haverá pelo menos um videojogo licenciado alusivo à mesma. De facto,desde o aparecimento e popularização dos sistemas electrónicos caseiros, em finais dos anos 70, poucos foram os produtos dirigidos a um público mais jovem a não marcar presença numa qualquer consola ou computador pessoal, tendo até as franquias mais insuspeitas – como 'Rua Sésamo', 'Teletubbies' ou 'Artur' – aderido a este paradigma. Infelizmente, a esmagadora maioria destes títulos pauta-se pela mediania, tendo mesmo dado origem a um 'meme' entre os fãs de videojogos, que postula que um título licenciado jamais poderá ter qualidade; e ainda que vários jogos ao longo dos anos tenham conseguido negar essa afirmação (bastando recordar os jogos da Disney publicados pela Virgin Interactive e Capcom durante os anos 90), muitos continuam a dar razão a quem torce o nariz a qualquer jogo 'oficial' de uma franquia. O título que abordamos neste 'post' faz parte deste último grupo, sendo até hoje lendário pela sua (falta de) qualidade, que lhe vale um lugar na lista dos piores jogos alguma vez lançados.

Falamos da adaptação interactiva de 'The Crow: City of Angels', primeira das três sequelas da franquia de acção gótica noventista 'O Corvo', editada pela Acclaim (de 'Mortal Kombat') para PC, Sega Saturn e Playstation nos primeiros meses de 1997, tendo a consola da SEGA acolhido o lançamento europeu em Fevereiro, e os restantes dois sistemas em Abril. E a verdade é que, com os seus argumentos centrados em histórias de vingança e ambientes escuros e atmosféricos, a série de filmes em causa prestava-se magnificamente a uma transição para um formato interactivo, o que leva a questionar o que se terá passado para o único jogo d''O Corvo' alguma vez lançado ser tão irremediavelmente fraco.

À primeira vista, 'The Crow: City of Angels', o videojogo, até não tem nada de particularmente errado: o título aposta num formato não só adequado ao material que adapta, mas também extremamente em voga à época de lançamento (concretamente, a mistura de acção e luta em ambientes 3D popularizada por títulos como 'Nightmare Creatures' ou o posterior 'Fighting Force') e procura recriar a ambientação que torna 'O Corvo' distinto de qualquer outra franquia de acção. Infelizmente, os problemas rapidamente se revelam uma vez iniciado o jogo, ficando o mesmo mais próximo de um protótipo ou versão 'beta' do que de um jogo finalizado e lançado comercialmente a 'preço completo'. De facto, os aspectos técnicos são tão pobres que a Revista Playstation original inglesa atribuiu ao jogo uma inaudita nota de 1% (UM POR CENTO) na sua análise oficial – a qual, sem dúvida, terá mais tarde sido 'copiada' pela versão portuguesa, quiçá com o mesmo texto, apenas traduzido. E se esta recepção extremamente pobre fez com que o jogo caísse no esquecimento no imediato, a falta de qualidade do mesmo acabou por se revelar uma 'faca de dois gumes' no dealbar da era digital, quando vários analistas de videojogos no YouTube (com James Rolfe, o Angry Video Game Nerd, à cabeça) redescobriram o título e o utilizaram como 'alvo fácil' para alguns dos seus vídeos.

Mesmo este reavivar de interesse, no entanto, não foi suficiente para colocar 'City of Angels' no panteão de jogos 'tão maus que são bons', ao lado das versões para NES de 'Back to the Future' ou 'Bill and Ted's Excellent Adventure', ou do infame 'Bubsy 3D', para PlayStation. Pelo contrário, o jogo voltou a cair no esquecimento, subsistindo sobretudo como prova do rápido declínio da Acclaim após a série que a notabilizou no mundo dos videojogos. Uma pena para os fãs da franquia, que viram assim o único título alusivo à mesma alguma vez lançado virar (merecidamente) objecto de escárnio da comunidade em geral, afirmando-se como ainda mais medíocre do que o filme que o inspirou – algo que, para quem viu 'O Corvo: Cidade dos Anjos', poderá parecer uma proeza e tanto, mas uma que a versão electrónica consegue, de alguma maneira, almejar. Quem não acreditar, que comprove por si mesmo no vídeo abaixo, que deixa a nu todos os defeitos e carências desta desapontante adaptação.

07.09.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sexta-feira, 06 de Setembro de 2024.

Os anos 90 estiveram entre as melhores décadas no que toca à produção de filmes de interesse para crianças e jovens. Às sextas, recordamos aqui alguns dos mais marcantes.

Numa era em que os 'remakes' e 'reboots' se contam entre os géneros de filme mais produtivos em Hollywood e não só, e em que todas as maiores propriedades nostálgicas já viram ser-lhes aplicado tal tratamento, não é de admirar que toque a vez a franquias e personagens menos lembrados, ou com estatuto de culto. O mais recente exemplo desta mesma tendência estreou em Portugal há cerca de duas semanas, pouco mais de trinta anos após o original que o inspirou, e ao qual presta homenagem; e visto que tal data recaiu durante o período de férias do Anos 90, nada melhor do que aproveitar esta primeira Sessão após o hiato para recordar, oportunamente, esse primeiro filme, enquanto o seu sucessor ainda se encontra em cartaz nas salas lusitanas.

download.jfif

Chegado ao nosso País em pleno Verão de 1994 – estreou a 15 de Julho – a primeira adaptação oficial da banda desenhada 'The Crow' trazia um ambiente tudo menos estival, fielmente passado das páginas do material de base para o grande ecrã. Talvez por isso 'O Corvo' tenha rapidamente assumido contornos de culto entre as franjas mais alternativas da sociedade, com especial incidência nos movimentos gótico e 'heavy metal', para quem a estética sombria e narrativa de tendências poéticas eram sobremaneira apelativas.

Uma pena, pois, que a adaptação cinematográfica do 'comic' independente pouco mais tenha para oferecer do que esses mesmos aspectos estéticos. De facto, um desempenho carismático de Brandon Lee (filho de Bruce) no papel do protagonista homónimo não chega a ser suficiente para colmatar o argumento algo superficial, que reduz a relativa profundidade da narrativa da BD a uma simples história de vingança igual a tantas outras. Ainda assim, não faltam ao benjamim do clã Lee oportunidades para se afirmar como a estrela de acção perfeitamente viável que se teria, sob outras circunstâncias, certamente tornado, e o jovem enfrenta com desenvoltura as múltiplas cenas de pancadaria e tiroteios em que o seu personagem se vê envolvido.

E seria, precisamente, no decurso de um desses tiroteios que se daria a tragédia pela qual o filme é hoje, sobretudo, lembrado, quando Brandon foi fatalmente atingido por uma bala verdadeira, por oposição ao simulacro em borracha que deveria ter sido instalado no seu lugar. Uma morte envolta em inevitável controvérsia, e que ceifava o jovem actor aos apenas vinte e oito anos, pondo um ponto final macabro naquela que poderia ter sido uma carreira honrosa, nas passadas do pai, e cuja sombra assola inevitavelmente o filme, sobrepondo-se às criadas pelos artefactos cénicos do filme.

download (1).jfif

Apesar da trágica perda do seu actor principal, no entanto, os estúdios de Hollywood não desistiram de adaptar as histórias d''O Corvo'; pelo contrário, o filme daria azo a nada menos do que três sequelas antes de ser refeito e iniciar nova continuidade. A primeira destas, 'O Corvo: Cidade dos Anjos', surgia quase exactamente três anos após o lançamento do original, novamente no Verão – estreou em Portugal a 1 de Agosto de 1997 – e trazia 'mais do mesmo', agora com Vincent Perez no papel do justiceiro. O grande relevo, no entanto, não vai para a estrela principal, e sim para a inusitada presença de Iggy Pop no papel de um dos vilões, a qual acentua ainda mais a ligação entre esta série de filmes e o movimento do rock pesado, do qual Iggy foi um dos pioneiros, como líder da banda The Stooges. Apesar do convidado 'de peso', no entanto, o filme falhou redondamente nas bilheteiras mundiais, tendo sido alvo de críticas manifestamente negativas por parte da imprensa especializada.

adf4ba1d00b4746254d3ca901321ef44.jfif

Foi, portanto, com surpresa que os poucos fãs da franquia ainda restantes receberam, em 2001, uma segunda sequela alusiva ao espírito vingador. Chegado a Portugal a 8 de Junho de 2001, 'O Corvo 3: Pena Capital' traz Eric Mabius no papel de Alex Corvis, regressado dos mortos para ilibar o próprio nome num caso de homicídio, ao lado de Kirsten Dunst, então a poucos meses de filmar 'Tudo Por Elas'. Fruto da péssima recepção do filme anterior, esta terceira parte apenas teve direito a exibição limitada nos cinemas, tendo essencialmente sido lançado em formato 'direct-to-video', com orçamento e valores de produção a condizer, e sofrido o mesmo fado da maioria das produções do género, ou seja, o quase total esquecimento.

The_Crow_Wicked_Prayer.jpg

Não ficava ainda por aqui, no entanto, a saga d''O Corvo', sendo que sairia ainda uma quarta parte, em 2005, novamente em formato 'direct-to-video', e que, apesar disso, conta com um elenco de luxo. Senão veja-se: em contraste com os anónimos actores do filme anterior (com excepção de Dunst) 'O Corvo: A Reencarnação' conta com a participação de Edward Furlong (de 'Exterminador Implacável 2' e 'América Proibida'), Tara Reid (de 'American Pie: A Primeira Vez'), David Boreanaz (o Angel de 'Buffy, Caçadora de Vampiros'), Dennis Hopper, Danny Trejo, do lutador Tito Ortiz e até da cantora Macy Gray, então 'em alta' entre a demografia-alvo do filme. Talento até demais para uma quarta parte de uma franquia há muito moribunda, e que era, mais uma vez, alvo de enormes críticas por parte da imprensa especializada.

Felizmente, ao contrário de franquias como 'Halloween' ou 'Sexta-Feira, 13', os criadores dos filmes d''O Corvo' souberam onde parar, deixando 'morrer' definitivamente a série antes de a mesma se adentrar ainda mais na espiral descendente em que já se encontrava. O filme de 2024 é, pois, uma oportunidade para 'começar de novo', e voltar a despertar interesse na obra de James O'Barr, a qual – ao contrário do que as suas adaptações cinematográficas poderiam indicar – tem algum mérito artístico, e merece ser conhecida ou relembrada por fãs de banda desenhada de teor obscuro e gótico. Já os filmes podem ser votados ao esquecimento onde já se encontram, sendo o original o único dos quatro digno de uma Sessão de Sexta nostálgica e de cérebro totalmente 'desligado'...

03.08.22

A banda desenhada fez, desde sempre, parte da vida das crianças e jovens portugueses. Às quartas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos títulos e séries mais marcantes lançados em território nacional.

Apesar de a banda desenhada de maior popularidade em Portugal durante o período a que este blog diz respeito ser, maioritariamente, estrangeira – oriunda do Brasil, Estados Unidos ou do eixo França-Bélgica – existiram ainda assim, nessa época, alguns autores nacionais que se destacaram, ou que já possuíam uma bem merecida fama. Nesta mesma rubrica, já falámos, aliás, de alguns deles, como Carlos Roque, António Jorge Gonçalves e Fernando Relvas, chegando agora a altura de juntar mais um nome a essa lista – o de Luís Louro.

3fc2488dfe65595fc4e0c7d9c968ddd2-square.jpg

Apesar de as suas bandas desenhadas serem dirigidas, sobretudo, a um público mais adulto, que talvez já não faça parte da demografia que habitualmente lê este blog, a carreira de Louro foi notável o suficiente para lhe granjear a presença nestas páginas – quanto mais não seja por o desenhista ter sido o co-criador de uma das mais emblemáticas séries de BD portuguesas de sempre, 'Jim del Mónaco' (paródia do herói franco-belga 'Jim das Selvas', de Alex Raymond, desenhado no mesmo estilo), que assinou em parceria com o argumentista Tozé Simões durante a segunda metade dos anos 80, e cujos quatro álbuns viriam a ser relançados pelas Edições Asa no inicio da década seguinte; o sucesso desta série levaria, aliás, a novas parcerias entre Louro e Simões, que criariam em conjunto a dupla de personagens Roque & Folque, para os quais elaborariam três aventuras no início dos anos 90, e ainda 'O Janeirinho', publicado no defunto jornal 'Primeiro de Janeiro' em 1990.

61Ixr5ZWD5L.jpg

Um dos álbuns de 'Jim del Mónaco'

É, também, no início da referida década que Louro se decide lançar como artista a solo – e, desde logo, com um dos álbuns mais emblemáticos da BD nacional, 'O Corvo', de 1993, sobre um homem que se transforma na ave homónima; segue-se, dois anos depois, 'Alice na Cidade das Maravilhas' – uma reinvenção muito pouco politicamente correcta da obra de Lewis Carroll, com uma Lisboa fantasiosa como cenário de fundo – e, em 1997, 'Coração de Papel', obra que se destaca pela sua palete de cores outonais. Pelo meio, o desenhista colaborou, ainda, no álbum colectivo 'Síndroma de Babel', uma iniciativa da Câmara Municipal da Amadora lançada em 1996, e colabora com ilustrações para meios tão variados como os jornais 'Primeiro de Janeiro' e 'O Académico', as revistas Visão e Valor, os Festivais de BD de Lisboa e da Amadora, e até um disco dos heróis do 'power/thrash metal' português, Ramp!

14622994.jpg

R-2754820-1342476281-2785.jpg

Capas do primeiro volume de 'O Corvo', álbum emblemático da BD portuguesa, e do álbum 'Insurrection', dos Ramp, onde a imagem do protagonista é reutilizada

Após 'Coração de Papel', Louro decide virar-se para as histórias curtas, de aproximadamente três páginas, as quais almeja publicar na primeira série da pouco duradoura revista 'Ego' e, mais tarde, na significativamente mais popular 'Selecções BD', da responsabilidade da Meribérica-Liber, editora que viria, já em 2000, a reunir todas essas histórias em álbum, sob o título 'Cogito Ergo Sum'. Também em 2000, mas pelas Edições ASA, é lançado 'O Halo Casto', uma parceria entre Louro e o também histórico argumentista Rui Zink.

A viragem para o novo milénio em nada afecta a produção ou popularidade de Louro, que encontra nova casa na emergente editora Booktree e lança dois álbuns em dois anos – o segundo volume de 'Cogito Ergo Sum', em 2001, e 'Eden 2.0', no ano seguinte, aqui em parceria com dois argumentistas, João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos. Ainda em 2002, participa numa colecção de postais de Natal ilustrados por desenhistas de BD, e em 2004, ilustra o 'ABC das Coisas Mágicas em Rima Infantil', de Rosa Lobato de Faria; entretanto, em 2003, é lançado o segundo volume de 'O Corvo', novamente pelas Edições Asa, seguindo-se um terceiro, em 2007, este com argumento de um Nuno Markl em estado de graça.

10059503.jpg

Capa de 'Laços de Família', terceiro álbum d''O Corvo', com argumento de Nuno Markl

Após 'Laços de Família', o terceiro 'Corvo', a carreira de Luís Louro entra, no entanto, num aparente hiato, sendo preciso esperar onze anos para ver ser lançada nova obra do desenhista, 'Watchers' novamente pelas Edições Asa. Segue-se, no ano seguinte, 'Sentinel', pela mesma editora, antes de Louro iniciar uma fase prolífica, como que para recuperar o tempo perdido: nos três anos seguintes, são publicadas nada menos do que OITO obras do autor, incluindo dois novos tomos de 'O Corvo', duas reedições de 'Alice', e nova parceria com o velho aliado Tozé Simões, em 'Universo Negro', um lançamento de 2020 da Escorpião Azul. Toda esta actividade parece indicar um segundo fôlego na carreira daquele que é um dos nomes maiores dos 'quadradinhos' portugueses, restando aos seus muitos fãs aguardar para ver o que a mente do desenhista lhes reserva em anos vindouros – podendo, entretanto, deliciar-se com 'Dante' e os dois volumes d''Os Covidiotas', as duas últimas mostras de que a inspiração voltou mesmo a bafejar este histórico da BD nacional...

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub