11.08.24
NOTA: Este 'post' é respeitante a Sexta-feira, 9 de Agosto de 2024.
Um dos aspetos mais marcantes dos anos 90 foi o seu inconfundível sentido estético e de moda. Em sextas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das marcas e modas mais memoráveis entre os jovens da ‘nossa’ década.
Todo o jovem dos anos 90 os usou, ou conheceu alguém que usasse, e sentiu um ligeiro sentimento de vergonha, quer própria, quer alheia. Falamos dos fatos de banho em formato 'slip', conhecidos por diversos nomes (sendo os mais comuns sunga, tanga ou Speedo) e que, num período de menos de dez anos, passaram de ícone de moda 'praieira' a motivo de embaraço para qualquer veraneante que não fosse praticante de natação.
De facto, entre finais dos anos 80 e o Novo Milénio, esta peça de vestuário veranil passou de 'farda' obrigatória de qualquer 'pintas' que quisesse impressionar o sexo oposto a repelente activo do mesmo, sendo quase exclusivamente extinto do cenário estival português em favor do universal calção de banho, ainda hoje a peça-padrão para o sexo masculino. A tanga ficou, assim, temporariamente restrita a uma demografia infantil muito nova, antes de mesmo essa passar também a usar calção, remetendo a antecessora para o domínio exclusivo da piscina de competição, onde o formato da referida peça era favorecido por ajudar à deslocação aerodinâmica do atleta. Já para todos os outros grupos de portugueses com cromossomas XY, o 'slip' da Speedo ou de qualquer outra marca passou a vestimenta praticamente proibida no contexto da praia, sob pena de quem a usasse ser vítima de 'gozo' por parte dos pares – situação que, aliás, se mantém até aos dias de hoje. Com a recente vaga de nostalgia pelas décadas de 80 e 90 é, no entanto, bem possível que a sunga volte a estar na moda a dado ponto num futuro próximo – embora, para quem a usou em criança ou adolescente e conheça as gerações Z e Alfa, tal cenário se afigure muito pouco provável...