09.11.25
NOTA: Este 'post' é respeitante a Sexta-feira, 07 e Sábado, 08 de Novembro de 2025.
Um dos aspetos mais marcantes dos anos 90 foi o seu inconfundível sentido estético e de moda. Em sextas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das marcas e modas mais memoráveis entre os jovens da ‘nossa’ década.
As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais e momentos.
Em alguns dos 'posts' mais recentes desta rubrica, temos vindo a abordar lojas fundadas ou surgidas em Portugal pela primeira vez nos anos 90, mas que, grosso modo, se encontram ainda em actividade, em maior ou menor grau. Desta feita, no entanto, partilhamos a memória de uma companhia cem por cento nacional que, ainda que em tempos saudável e apreciada por uma larga fatia do público nacional, acabou mesmo por sucumbir ao mesmo destino de companhias como a Coronel Tapiocca, declarando insolvência após vários anos de declínio e dificuldades.

Uma das lojas da companhia, já do tempo dos centros comerciais.
Falamos da Maconde (não confundir com a grossista francesa do mesmo nome, ainda hoje existente) uma proeminente companhia de manufactura têxtil aberta no dealbar da década de 70, na prolífica zona de Vila do Conde, e que, no auge da popularidade da marca, chegou a ter uma sucursal em Marrocos, duas cadeias de lojas presentes um pouco por toda a Península Ibérica, e mais de dois mil trabalhadores. Fazendo da comprovada qualidade do têxtil nacional o seu principal argumento, a companhia – liderada, durante esse período áureo dos anos 90, por Joaquim Cardoso – dividia-se, à época, entre a Macmoda (que apontava à faixa etária então entre os vinte e cinco e os quarenta anos, e com um estilo de vida mais executivo ou corporativo, como principal público-alvo, procurando oferecer peças relativamente intemporais e neutras com uma relação preço-qualidade apelativa) e a Tribo, sob cuja égide se inseriam as peças mais casuais e juvenis produzidas pelas fábricas da companhia. Ambas as marcas são, para uma determinada parcela da população nacional, emblemáticas do comércio português de finais dos anos 90 e inícios de 2000,
Infelizmente, esses anos viriam, mesmo, a representar o apogeu da Maconde; a saída de Cardoso, em 2002, precipita uma súbita 'espiral' de despedimentos, fechos de lojas e outras reduções necessárias que, em literal meia dúzia de anos, vê a outrora próspera empresa ser obrigada a declarar insolvência, acabando mesmo por se extinguir ainda antes do final da década de 2000. Um final triste e algo inglório (embora, infelizmente, longe de ser inaudito) para uma das mais emblemáticas lojas portuguesas dos tempos do comércio de rua e dos primeiros anos dos 'shoppings', e que terá, durante esse período, constituído uma Saída de Sábado para muitos portugueses, em busca de artigos de qualidade 'à moda antiga' para usar numa Sexta com Style.










