22.05.25
NOTA: Este 'post' é parcialmente respeitante a Quarta-feira, 21 de Maio de 2025.
A banda desenhada fez, desde sempre, parte da vida das crianças e jovens portugueses. Às quartas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos títulos e séries mais marcantes lançados em território nacional.
Os anos 90 viram surgir nas bancas muitas e boas revistas, não só dirigidas ao público jovem como também generalistas, mas de interesse para o mesmo. Nesta rubrica, recordamos alguns dos títulos mais marcantes dentro desse espectro.
Uma das primeiras edições desta rubrica foi dedicada à Turma da Mônica, o popular conjunto de personagens criados pelo 'cartoonista' brasileiro Mauricio de Sousa e cujas revistas fizeram, durante várias décadas, tanto furor entre as crianças portuguesas como entre as do seu país natal, continuando inclusivamente a ser publicadas em ambos os territórios até aos dias de hoje. Foi, no entanto, nos anos 80 e 90 que a titular 'dona' do grupo e os seus inseparáveis amigos viveram a sua época áurea, motivando o lançamento de inúmeros produtos de 'merchandising' oficiais - de brinquedos a roupas e até alimentos – alguns dos quais chegaram mesmo a ser comercializados em Portugal. É de um destes – talvez o mais óbvio – que falamos em mais este 'post' combinado.
De facto, à parte o lançamento de um livro ou de antologias de histórias (ambos os quais existiram na mesma época do que o tópico desta semana) uma revista de 'cruzadexes' talvez fosse mesmo o produto licenciado mais próximo da 'fonte' da Turma da Mônica, cujas revistas já incluíam, por vezes, uma secção de passatempos, tornando ainda mais simples a transposição e expansão dos referidos conteúdos para toda uma revista a eles dedicada.
Era disto – nem mais, nem menos – que consistiam os diversos volumes das 'Cruzadas da Turma da Mônica', tomos sensivelmente da mesma grossura das revistas mais finas de Mauricio – como 'Magali', 'Cascão' ou 'Chico Bento' – surgidas algures na primeira metade dos anos 90, tematizados aos diferentes personagens do autor e recheados não só das titulares cruzadas como também de outros populares tipos de passatempos, desde sopa de letras a quebra-cabeças e jogos das diferenças, não faltando também as inevitáveis e indispensáveis secções para colorir. Cada passatempo estava, por sua vez, rodeado dos característicos desenhos de Mauricio, que tornavam a proposta ainda mais apelativa, quer para fãs, quer mesmo para quem 'descobrisse' por acaso a revista na tabacaria, quiosque ou banca. Surpreendente, portanto, é o facto de esta edição ter tido um ciclo de vida relativamente curto, parecendo desaparecer dos escaparates sem grande alarido após apenas alguns números; enquanto durou, no entanto, a mesma revelou-se de 'consumo obrigatório' para os fãs de Mauricio e dos seus personagens, sobretudo aqueles com maior apetência e gosto pelas secções de passatempos incluídas nas suas revistas.