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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

06.08.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

O Verão é, em Portugal, praticamente sinónimo com as idas à praia ou para parques de campismo e caravanismo – duas situações que, por sua vez, são praticamente sinónimas com os jogos de raquetes. E se, de entre estes, o 'rei' era e continua a ser o Beach Ball – que já aqui abordámos – a verdade é que os anos 90 trouxeram, pelo menos, um competidor à altura para as famosas raquetes de madeira: as luvas com velcro e bola condicentemente 'pegajosa'.

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Conhecidos no Brasil pelo nome de 'frescobol', estes híbridos de raquete, luva, e acessório de treino de artes marciais – pela maneira como eram seguros, deslizando a mão por dentro de uma pega localizada nas costas de cada raquete – foi, também, sobejamente conhecido dos 'putos' dos anos 90, tanto pelos largos momentos de diversão que proporcionava, como pela habilidade que requeria; afinal, neste jogo, não bastava atirar a bola ao ar e batê-la para o parceiro – era necessário lançá-la directamente da própria luva, à qual se encontrava colada, uma nuance que requeria tanta habilidade e 'jogo de pulso' como força por parte do lançador, sob pena de o apanhador ser obrigado a fazer uma 'acrobacia' ou ir mesmo buscar a bola ao chão. O facto de a referida bola ser aproximadamente do tamanho e peso de uma de ténis ainda tornava tudo ainda mais complicado e desafiante – e, quando corria bem, ainda mais gratificante e divertido.

Estas características, aliadas ao preço relativamente acessível e larga oferta deste tipo de jogo (à época, disponíveis em qualquer loja de praia, e mesmo em algumas lojas 'generalistas' e supermercados) fez com que o mesmo se tornasse um favorito de Verão para grande parte das crianças e jovens dessa época – uma tendência que, presumivelmente, teria continuado, não fosse o facto de este jogo (como tantos outros de que aqui falamos) ter, gradualmente, desaparecido das prateleiras, até se tornar uma daquelas anomalias nostálgicas que uma rápida pesquisa no AliExpress revela ainda existirem para compra, embora o público-alvo tenha desaparecido há pelo menos vinte anos; ainda assim, é bom saber que ainda é possível a quem teve – e adorou – este tipo de raquete apresentá-la às novas gerações, despoletando assim, potencialmente, um 'reviver' da mesma em praias e parques de campismo por esse Portugal afora, tal como se verificava no 'nosso' tempo...

 

11.06.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

E porque a época balnear oficialmente abriu, e o calor aperta e convida a uma ida à praia, piscina ou parque aquático, nada melhor do que recordar um dos passatempos por excelência de qualquer Saída ao Sábado desse tipo – o clássico Beach Ball, ou 'jogo das raquetes'.

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O clássico 'design' da grande maioria das raquetes deste tipo comercializadas em Portugal durante os anos 90

Uma das poucas actividades verdadeiramente intemporais abordadas neste blog (ainda hoje é possível ver pessoas de todas as idades a disputar uma partida em qualquer praia de Norte a Sul do país, e a clássica 'redinha' com duas raquetes de madeira ou plástico e uma bola de borracha continua a ser omnipresente em qualquer loja de praia, e até em lojas generalistas ou de bairro) o Beach Ball é um daqueles jogos sem regras definidas, e que convidam cada par ou grupo a inventar as suas próprias variantes – há quem delimite 'campos', há quem simplesmente se coloque a uma certa distância, há quem permita dois toques enquanto outros apenas admitem um único....em suma, cada um joga da maneira que mais lhe aprouver, sem grandes preocupações quanto às regras.

O 'outro lado' desta questão surge, claro, quando jogadores habituados a jogar de forma distinta se juntam, causando potenciais discordâncias quanto ao que é, ou não, permitido – no fundo, o mesmo problema que se coloca com o popular jogo de cartas Uno; no entanto, muito mais do que com o referido jogo, qualquer 'desavença' resultante de experiências distintas tende a ser rapidamente sanada em nome da diversão conjunta.

Qualquer que seja a forma de jogar de cada indivíduo, no entanto, uma coisa é certa – o Beach Ball foi, é e certamente continuará a ser, para a maioria dos jovens portugueses, sinónimo com o Verão e a praia, merecendo, portanto, ser o primeiro tema contemplado no início desta nova época balnear.

19.02.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Os anos 90 foram pródigos em 'febres' no que toca a brincadeiras de exterior. De várias delas, já aqui falámos, como foi o caso com as bicicletas BMX, o skate, os patins em linha ou o 'diabolo'; no entanto, existiu durante essa década outra moda que, embora mais discreta e menos declaradamente 'datada' do que as acima mencionadas, não deixa de estar ligada ao período em causa: o pingue-pongue.

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O 'kit' essencial do entusiasta de pingue-pongue dos anos 90

Sim, os anos 90 foram a época em que muitas crianças e jovens de Norte a Sul de Portugal descobriram a beleza desse jogo simples, mas que se pode tornar estupidamente competitivo, chamado ténis de mesa – e em que, encorajados pela difusão em larga escala dos acessórios necessários, se dedicaram à prática do mesmo, sobretudo nos intervalos das aulas. Aproveitando o facto de a maioria das escolas básicas e secundárias do País terem qualquer tipo de instalação ou equipamento para a prática do pingue-pongue, os referidos jovens (na sua maioria, do sexo masculino) trataram de adicionar uma ou duas raquetes e outras tantas bolas à sua lista de 'materiais indispensáveis' a colocar na mochila todas as manhãs.

Escusado será dizer que, como acontece com a maioria dos outros produtos de que aqui falamos, também as raquetes de pingue-pongue tinham a sua 'hierarquia' própria, havendo uma linha qualitativa definida entre as compradas nas lojas de desporto (mais pesadas, e com revestimento normalmente liso de um dos lados) e as disponíveis nas comuns lojas de brinquedos, ou até dos 'trezentos' (as quais eram significativamente mais leves, e tinham um revestimento rugoso em ambas as faces.) No entanto, sendo essas diferenças menos imediatamente aparentes do que em outros casos, tendia a não haver tanto o estigma do 'falso' entre os praticantes de pingue-pongue – até porque, melhores ou piores, todas as raquetes sofriam o mesmo fim, acabando invariavelmente desprovidas de 'capas' em pelo menos um dos lados, e provavelmente com a capa do outro já a 'pingar', a ameaçar destino idêntico dentro em breve. Não, no jogo de pingue-pongue, o facto de se ter ou não uma raquete de qualidade apenas afectava o próprio jogador, já que quanto mais pesada a raquete, mais precisão se conseguia ter no contacto com a bola.

E por falar em bolas, também estas variavam em qualidade, embora não tanto como as raquetes. As universalmente consideradas melhores entre a juventude da época eram cor-de-laranja vivo, enquanto que, entre as brancas, a qualidade era determinada pelo peso e pela facilidade com que 'amolgavam' (e se prestavam às subsequentes tentativas de 'desamolgar'.); ainda assim, por muita qualidade que as suas bolas de pingue-pongue tivessem, o jogador médio podia esperar perder, pelo menos, uma por semana, dependendo da frequência com que disputasse partidas.

Como a maioria das modas de que falamos nestas páginas, também a febre do pingue-pongue acabou por passar, ainda que este desporto continue a ser um passatempo extremamente popular nos intervalos das aulas, sobretudo entre crianças de uma certa idade; quem viveu a 'época áurea' nos anos 90, no entanto, e se recordar das multidões de 'mirones' que uma partida bem disputada atraía, certamente concordará que – ao contrário do imortal futebol de recreio e de rua – o ténis de mesa já não é o que foi durante esses anos...

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