25.06.22
Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.
Quando, há algum tempo, abordámos os jogos tradicionais de rua mais apreciados pelas crianças dos anos 90, deixámos involuntariamente de fora um dos mais populares: o jogo da 'Meia-Noite'.
Sim, esse mesmo, em que um dos participantes era escolhido como 'líder´, a quem cabia, a cada novo turno, decidir que cor 'não queria ver à meia-noite'. Cabia, então, a todas as crianças com roupa ou acessórios da referida cor esconderem-se – ou, pelo menos, saírem do campo de visão do líder – sob pena de serem 'apanhados' e excluídos do jogo.
Uma premissa tão simples quanto a de qualquer dos outros jogos mencionados no referido post, mas que rendia momentos tão ou mais bem disputados e divertidos, especialmente em grupos onde as regras fossem alargadas a QUALQUER artigo da referida cor, ainda que o mesmo mal fosse visível a olho nu – quem não perdeu uma ronda de 'Meia-Noite' porque a pulseira, as meias ou a camisola de baixo eram da 'cor proibida', nunca desfrutou das plenas potencialidades deste jogo.
Enfim, tal como congéneres como a 'Mamã Dá Licença', 'Macaquinho do Chinês' ou 'Barra do Lenço', a 'Meia-Noite' é daqueles jogos de transmissão social capazes de entreter um grupo de crianças durante um período relativamente longo, sem que para isso seja necessário adquirir qualquer acessório, ou até aprender conjuntos complexos de regras; perfeito, portanto, para um Sábado aos Saltos na rua com os amigos.