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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

20.01.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sábado, 18 e Domingo, 19 de Janeiro de 2025.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Aos Domingos, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos principais acontecimentos e personalidade do desporto da década.

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O 'antes' e o 'depois' do desporto de rua em Portugal.

Apesar de, hoje em dia, ser praticamente impossível visitar qualquer localidade portuguesa sem deparar com, pelo menos, um recinto modernamente equipado para a prática de desporto (normalmente inserido num espaço verde urbano, como um parque ou jardim), tal não era, de todo, o caso há meras três décadas - antes pelo contrário, em meados dos anos 90, a maioria das crianças (sobretudo as residentes fora dos principais pólos urbanos) via-se, ainda, obrigada a improvisar no tocante a 'instalações' para os seus jogos de futebol de rua, ou qualquer outro desporto.

De facto, o mais provável é que a grande maioria dos 'millennials' portugueses tenha crescido aos 'chutos' na bola em 'campos' de areia ou terra sem quaisquer marcações, descalço ou com os ténis mais velhos que ainda tivesse (para poder sujar à vontade) e com três traves de ferro ou mesmo apenas alguns paus a servir de balizas. Isto porque foi apenas já 'às portas' do século XXI que as autarquias nacionais investiram em esforços urbanísticos, a maioria dos quais se traduziu em novos espaços verdes e infra-estruturas de lazer, como parques infantis (quem não se recorda de um famoso anúncio com Vítor de Sousa, a proclamar a construção de um recinto deste tipo?) ou ringues para a prática de futebol ou basquetebol.

Os 'millennials' mais novos (bem como a geração que lhes sucedeu) já pôde, assim, desfrutar de espaços adequados para Sábados aos Saltos e Domingos Desportivos, com e sem bola; quem nasceu ainda nos anos 80 ou inícios de 90, no entanto, assistiu em 'primeira mão' à transição de 'campos' quase imaginados em baldios e terrenos pelados para quadras de piso sintético na escola ou parque municipal, tendo assim podido experienciar o 'melhor de dois Mundos' no tocante ao desporto de rua nacional.

31.03.23

NOTA: Este post é correspondente a Quarta-feira, 29 de Março de 1998.

Em quartas-feiras alternadas, falamos sobre tudo aquilo que não cabe em nenhum outro dia ou categoria do blog.

Há exactos vinte e cinco anos, em Março de 1998, vivia-se já em Portugal a 'febre' de antecipação da Expo '98, o mega-evento que colocaria definitivamente o País no mapa cultural internacional esse Verão. Tal como aconteceria com o Euro 2004 alguns anos mais tarde, a vontade de apresentar um certame memorável para os visitantes estrangeiros levou a que fossem feitos consideráveis investimentos em vários campos, dos quais um dos mais notáveis foi o das infra-estruturas, o qual, além das habituais melhorias a estruturas existentes, viu ser recuperada toda uma área devoluta da cidade de Lisboa, o hoje denominado Parque das Nações.

Nesse âmbito, foram construídas - de raiz - algumas das, ainda hoje, mais reputadas e úteis infra-estruturas da capital, entre as quais se destacam uma estação de comboios, a Gare do Oriente, a principal sala de espectáculos da cidade -a NOS Arena, então conhecida como Pavilhão Atlântico - um dos grandes 'shoppings' da área metropolitana circundante (o Centro Comercial Vasco da Gama) e, claro, a décima-sexta ponte sobre o Tejo - segunda na Grande Lisboa - a Ponte Vasco da Gama, inaugurada há quase exactos trinta anos, a 29 de Março de 1998.

Esta última, em particular, deu azo a um dos eventos públicos mais recordados pela geração crescida nos anos 80 e 90, e que quase contaria como uma Saída de Sábado, não fora o seu carácter de evento único e 'a convite', que a maioria dos jovens da época apenas viu pela televisão. Falamos, é claro, da lendária feijoada comida sobre a própria ponte - numa mesa com vários quilómetros de comprimento - uma semana antes da sua inauguração, por uns impressionantes dezassete mil convidados, naquele que foi, à época, um duplo Recorde do Guinness para Portugal - pela maior ponte da Europa e pela maior mesa do Mundo.

O que quem assistiu em directo a este marco cultural do Portugal moderno também dificilmente esquecerá é o patrocínio da Fairy, marca que, nos meses imediatamente subsequentes, incorporou o evento na sua estratégia de marketing - e porque não? A verdade é que o detergente foi mesmo utilizado para lavar dezassete mil pratos, o que não só o valida como produto de qualidade, mas também constitui motivo de orgulho. Por conta da sobredita campanha, no entanto, a feijoada na 'Ponte Vasco' ficou, para os jovens da altura, indelevelmente ligada à popular marca de detergentes, da qual é, ainda hoje, indissociável.

Pelo carácter único, grandioso e marcante,  por aquilo que representou e pela infra-estrutura inegavelmente útil que ajudou a inaugurar, este evento adquiriu merecido lugar de destaque na História contemporânea portuguesa, pelo que - no ano em que se celebra um quarto de século sobre a sua ocorrência, e sobre a Expo '98 como um todo - não podíamos deixar de lhe dedicar algumas linhas neste nosso blog nostálgico - até porque, nos dias que correm, é improvável que algo deste género se torne a repetir...

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