11.12.22
Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.
Já aqui diversas vezes referimos que nem todas os meios de uma criança ou jovem se divertir implicam necessariamente produtos especificamente concebidos para o efeito. Muitas vezes, é a própria experiência que torna um Domingo Divertido – e é certamente esse o caso no que toca a decorar a árvore de Natal.
Uma daquelas experiências intemporais que entusiasmam qualquer menor de idade (e também muitos adultos) a colocação de enfeites na árvore representava – ainda mais do que a compra da mesma – o momento em que o Natal entrava, verdadeiramente, na casa de muitas crianças ou jovens portugueses. E se as caixas repletas de bolinhas, fios de luzes e aquelas estranhas 'cobras' de angorá já providenciavam divertimento suficiente, a adição a este lote de enfeites personalizados (fossem trabalhos manuais feitos na escola, enfeites comestíveis ou 'penduricalhos' não necessariamente alusivos ao Natal, como peluches) apenas vinha tornar a sessão de decoração ainda mais memorável e divertida, ajudando a cimentá-la como uma das mais agradáveis experiências em família da quadra natalina.
Ao contrário do que sucede com os pinheiros naturais e onde encontrá-los, o 'ritual' de tirar os enfeites do armário e de os colocar na árvore – seja a mesma natural ou artificial – mudou muito pouco ao longo dos anos, continuando a ser uma experiência maioritariamente física e táctil, que muito dificilmente conseguirá ser trasladada para o plano digital e virtual – ainda que a ideia de uma 'app de enfeite da árvore de Natal' vir a estar disponível na Google Play num futuro próximo seja tudo menos descabida... Até lá, no entanto, há que continuar a aproveitar o tempo em família que a decoração da árvore proporciona, e que a torna um dos principais momentos simbólicos da época da Consoada – tanto nos anos 90 como hoje em dia e, previsivelmente, também em décadas vindouras.