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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

12.12.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024.

Em quartas-feiras alternadas, falamos sobre tudo aquilo que não cabe em nenhum outro dia ou categoria do blog.

A época natalícia é, já de si, farta em momentos e motivos de entusiasmo para os mais pequenos, seja em Portugal ou em qualquer outra parte do Mundo ocidental; entre escolher e decorar a árvore, ir ver as iluminações com a família, abrir diariamente uma das portinholas do Calendário do Advento, marcar no catálogo de Natal os presentes pretendidos (ou, nos dias que correm, escolhê-los na Amazon), escrever a carta ao Pai Natal (e visitá-lo no hipermercado). ver pela centésima vez o 'Sozinho em Casa' e fazer as compras necessárias para a ceia – e isto ainda sem contar com quaisquer potenciais festas da escola ou do trabalho dos pais – o mês de Dezembro afirma-se como um dos mais excitantes (a par dos meses de Verão) para as demografias mais novas. É, pois, de questionar se um livro cujos conteúdos consistem apenas e só de (ainda mais) actividades natalícias se afigura como uma boa ideia; no entanto, foi isso mesmo que a Editora Civilização decidiu lançar, em plena Primavera (o livro saiu em Abril!) de há exactos trinta anos, permitindo aos interessados começar a preparar com absurda antecedência o advento de 1994.

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Da autoria de Angela Wilkes, e parte de uma colecção mais alargada que incluía também volumes sobre cozinha e matemática, entre outros, “O Meu Primeiro Livro de Natal” sugere, no subtítulo, “actividades divertidas para fazeres no Natal”, a maioria das quais centradas nos trabalhos manuais, uma maneira simples, singela e divertida de criar bons momentos em família naquela que é a época dedicada, por excelência, à mesma. Da criação dos habituais enfeites típicos da quadra a actividades algo mais originais, são páginas atrás de páginas de actividades que terão, certamente, feito as delícias das crianças das gerações 'X' e 'millennial' com mais apetência para a criação de objectos decorativos. Assim, até por este volume se encontrar, hoje em dia, algo 'Esquecido Pela Net' – sobrevivendo apenas a capa e o nome da autora – não poderíamos deixar de lhe dedicar algumas linhas nesta nossa rubrica mais 'generalista', como forma de assinalar os trinta Natais desde a sua publicação, naquele que era um País significativamente diferente, mas de tradições natalícias praticamente idênticas às dos dias que correm.

01.11.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Quarta-feira, 30 de Outubro de 2024.

Em quartas-feiras alternadas, falamos sobre tudo aquilo que não cabe em nenhum outro dia ou categoria do blog.

Os anos 90 ficaram, em Portugal, parcialmente marcados por uma alteração das atitudes dos jovens relativamente ao conhecimento. Embora houvesse ainda muitas crianças e adolescentes com renitência em aprender – postura a que não ajudava a forma burocrática e aborrecida como muitas escolas nacionais veiculavam conhecimentos – uma parcela crescente da referida demografia encontrava, gradualmente, assuntos de interesse que os motivavam a aprofundar a sabedoria; e, felizmente para esses 'exploradores do conhecimento', não faltavam no mercado editorial português materiais e recursos didácticos de qualidade. É o caso da colecção que abordamos esta Quarta-feira, a qual, depois de ter gozado de enorme sucesso a nível internacional, chegava a Portugal algures nos anos 90, pela mão da Editora Civilização.

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Dois dos mais populares títulos da colecção.

Falamos dos diversos 'Atlas' direccionados ao público infanto-juvenil, e que conseguiam, desde logo, captar a atenção do mesmo com as suas temáticas, invariavelmente fascinantes para a demografia em causa. Dos dinossauros (inevitáveis naquele período de 'dinomania' pós-'Parque Jurássico') ao espaço ou aos oceanos, eram diversos os assuntos explorados em cada 'Atlas', sempre com recurso a textos simples e minimalistas, mas ainda assim informativos, e a imagens ou fotografias hiper-detalhadas, que constituíam o principal ponto de interesse de cada livro, e eram, só por si, suficientes para fazer dos mesmos uma prenda apreciada nos anos ou Natal, e para lhes garantir um lugar proeminente na estante do quarto.

Tão elevada era a qualidade destes livros, aliás, que os mesmos continuam, ainda hoje, em circulação nas livrarias portuguesas, embora com as inevitáveis mudanças e actualizações gráficas, a fim de os tornar mais apelativos às crianças de hoje. E se o seu valor relativo é, nos dias que correm, algo discutível – já que os mesmos não oferecem, actualmente, qualquer vantagem relativamente a uma rápida consulta a um 'website' ou motor de pesquisa – a verdade é que as temáticas abordadas continuam a ser tão relevantes quanto fascinantes para a demografia-alvo, e que os livros em si continuam a possuir inegável apelo visual, tanto a nível do formato (um A3 perfeitamente 'gigantesco' para mãos pequenas) como dos próprios conteúdos, fazendo deles – hoje, como há trinta anos – uma boa proposta para a estante de qualquer jovem lusitano.

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