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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

03.09.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Segunda-feira, 2 de Setembro de 2024.

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

Embora pareça obsoleto em plena era do 'streaming', o conceito de colectânea musical alimentou, durante décadas, o mercado fonográfico, com um número incontável de lançamentos anuais a caírem numa das suas duas sub-vertentes: por um lado, a compilação de 'artista único', que possibilitava a um fã mais casual ou simples 'curioso' ter um apanhado de toda uma carreira em duas dezenas de músicas, e, por outro, a reunião mais 'pura e dura' de temas de diversas bandas e artistas em um ou mais LPs, cassettes ou CDs.

Destas últimas, uma percentagem surpreendentemente significativa centrava-se sobre a música electrónica e de dança, um género que vivia, à época, uma época áurea, graças ao rápido crescimento e popularização, um pouco por todo o Mundo, da profissão de DJ. A Península Ibérica não era, de todo, excepção a esta regra, tendo a última década do século XX assistido ao lançamento de colectâneas electrónicas tanto no molde de compilação de canções no formato original (como a famosa série 'Electricidade', apadrinhada pela Rádio Cidade) como no de 'remixes' revistas, re-trabalhadas e alargadas para melhor se adaptarem às pistas de dança, como no caso da série anual espanhola 'Supermix' ou da 'resposta' lusitana à mesma, que analisamos neste 'post'.

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Capa do primeiro volume da série, lançado em 1990.

Surgida logo nos primeiros meses da década de 90, a série 'Top Star' lograria manter-se relevante através tanto da era do LP como do CD, vindo a extinguir-se apenas já no dealbar da era do mp3, quando as músicas passaram a estar disponíveis em formato digital e os próprios DJ's a ter acesso a novos recursos tecnológicos, tornando este tipo de lançamento redundante e até algo obsoleto. A premissa, essa, manteve-se coerente ao longo da quase década e meia que durou o ciclo de vida da série, propondo uma saudável mistura entre os temas de maior sucesso nas pistas de dança nacionais durante o ano em questão e remisturas dos mais populares temas radiofónicos do mesmo período, que ajudavam a atrair melómanos mais 'casuais' e menos versados nas lides da música electrónica. Ainda assim, o público-alvo destas colectâneas (elas próprias concebidas por DJ's de vulto da cena nacional) ficava bem evidente pelo foco dado, na capa, a nomes desconhecidos para a grande maioria dos fãs de música da época.

Uma premissa, pois, em tudo semelhante à da referida 'Supermix', com apenas uma diferença significativa, nomeadamente o facto de os temas serem apresentados, não numa 'super mistura' de várias dezenas de minutos, mas antes a título individual, com inícios e fins bem definidos – escolha que, curiosamente, aproximava a série dos volumes mais 'tardios' da concorrente. Recaísse a preferência em que série caísse, no entanto, o certo é que não faltavam aos aficionados nacionais de música electrónica opções de entre as quais escolher na hora de adicionar mais um disco à sua colecção.

22.07.24

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

De entre todos os estilos de música moderna, talvez o mais imediatamente associado à época estival seja a música de dança, ou pelo menos, dançável – seja na sua vertente Europop, 'pimba', ou de electrónica mais 'pura e dura'. Assim, não é de estranhar que, a cada Verão, continuem a sair colectâneas (ou, nos dias que correm, 'playlists') compostas especificamente por músicas feitas para tocar num qualquer estabelecimento nocturno à beira da praia. E se, hoje em dia, a escolha dentro desta vertente é praticamente ilimitada, em finais do século XX, as colectâneas de electrónica e música de dança eram, grosso modo, sinónimas com dois nomes: por um lado, as compilações 'Electricidade', da Rádio Cidade e, por outro, a série anual 'Supermix'.

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'Supermix 5', de 1990, o primeiro volume da série misturado por um DJ português

Criada no país vizinho em meados dos anos 80, como forma de replicar 'dentro de portas' o sucesso de que o fenómeno das 'megamixes' vinha gozando a nível global, a referida série de colectâneas lograria manter-se relevante (e bem-sucedida) durante quase duas décadas, sempre fiel ao mesmo formato (excepção feita ao penúltimo lançamento, lançado já no Novo Milénio, em 2004, e que privilegiava os temas individuais em detrimento do formato homónimo da série.) No total, foram dezoito lançamentos (embora o último seja já 'póstumo') misturados por alguns dos nomes mais sonantes da electrónica espanhola e, mais tarde, também portuguesa.

De facto, embora os volumes lançados ainda nos anos oitenta tivessem ficado a cargo de DJ's espanhóis, o criador e ideólogo da série, Miquel Casas, não tardaria a tirar proveito da sua boa relação com executivos da Vidisco para dar também destaque a nomes portugueses, os quais 'entrariam em cena' a partir do quinto volume da série, e primeiro lançado na década de 90. De entre os vários nomes envolvidos, destacava-se o do DJ Jorginho, responsável pela mixagem de sete volumes consecutivos entre 1990 e 1997, ano em que 'passaria o testemunho' ao outro grande nome ligado ao Supermix, DJ Jash Hook ('nome de guerra' de Nélson Horta) que misturaria os últimos dois volumes lançados no século XX, e os dois primeiros da década, século e Milénio seguintes. O volume seguinte, Supermix 17, seria a 'excepção da regra' acima mencionada, enquanto o décimo-oitavo, lançado após um hiato de oito anos, traria misturas a cargo de Ricardo Jorge Pires, conhecido no meio como Massivedrum.

Por essa altura (2012) o meio musical, tanto em Portugal como um pouco por todo o Mundo, rumava já numa direcção mais centrada em músicas individuais e 'singles', que viria a tornar obsoleto o formato de colectânea em álbum, substituído gradual mas indelevelmente pelas 'playlists' gratuitas disponibilizadas em 'sites' como o YouTube. E embora o processo de transição para esta nova conjuntura fosse tudo menos imediato, o mesmo não deixou, ainda assim, de fazer vítimas, entre elas conceitos como o 'Super Mix', agora possíveis de forma independente, personalizada e gratuita. Ainda assim, é inegável que esta colectânea marcou época no seio do movimento da música de dança em Portugal, tanto entre os entusiastas do género como junto dos profissionais, justificando assim plenamente a sua presença nas páginas do nosso 'blog', numa altura em que começa, precisamente, a estação do ano em que desfrutaria de maior rotação em festas, bares, discotecas e praias de Norte a Sul do nosso País.

22.08.23

NOTA: Este post é respeitante a Segunda-feira, 21 de Agosto de 2023.

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

Eram parte obrigatória de qualquer Verão da segunda metade dos anos 90; assim chegava o calor, lá surgiam nos escaparates tanto de lojas de discos como de tabacarias, papelarias e estações de serviço de Norte a Sul do País, entre os últimos de Marco Paulo, Ana e José Malhoa, Excesso ou Santamaria, além das compilações Electricidade. Destacando-se de entre esta 'maralha' pelas capas coloridas a evocar o calor dos trópicos em que as músicas que continham abertamente se inspiravam, acabavam invariavelmente por fornecer a banda sonora para muitas festas de Verão, quer nas discotecas e bares da moda, quer simplesmente em quintais, casas de praia ou caravanas particulares.

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Capa do primeiro volume da série.

Falamos das compilações 'Caribe Mix', presença familiar e expectável do Verão musical português desde 1996 - a tal ponto que, mau-grado a sua natureza de compilação (hoje facilmente substituível por uma qualquer 'playlist' de Spotify ou Apple Music) foram dos poucos títulos do seu tipo a sobreviver à passagem da música em geral para meios digitais, continuando um novo título a ser lançado anualmente, em formato físico, até aos dias que correm, estando 'Caribe Mix 2023' já disponível em lojas como a FNAC. Um autêntico testamento ao sucesso, popularidade e, sobretudo, eficácia de uma fórmula que se mantém largamente inalterada (mudando apenas, obviamente, os artistas) há vinte e sete anos!

Oriundos da vizinha Espanha (o que explica a sua omnipresença e sucesso em Portugal) estes discos tendem, a cada ano, a produzir um ou dois verdadeiros 'hits' - os quais, naqueles distantes anos da era pré-MP3, era, normalmente, suficiente para justificar a compra. O primeiro volume, por exemplo, trazia 'Ritmo de La Noche', de Mystic - hino de dança latino ainda hoje tocado em festas e eventos semelhantes - enquanto 'Caribe Mix 2' trazia 'Samba de Janeiro', de Carrillio, e o 'hino pimba' 'É o Tchan', do grupo com o mesmo nome. Além destes êxitos autênticos (e, por vezes, 'repetentes' entre discos) cada nova edição trazia, também, pelo menos uma 'cover' 'manhosa' de um legítimo 'hit' latino, com algumas a repetirem entre anos, por artistas nominalmente diferentes (caso de 'La Copa de La Vida', que foi 'versionada' tanto pela Bocachica Band como por Los Fernandos - dois nomes cujas únicas outras aparições são em outras compilações da mesma Open Records, levando a crer que se trate de bandas 'da casa', formadas e recrutadas precisamente para esse propósito.

Na era das músicas soltas, é de crer que estes já não sejam factores aliciantes, mas também não será estranho que a referida série continue a 'soltar' uma ou outra música para as 'playlists' estivais de sítios com climas tão 'calientes' quanto as suas capas. Goste-se ou não, no entanto, há que louvar e admirar a longevidade e êxito continuado de uma série que 'agita' ininterruptamente os Verões Ibéricos há mais tempo do que alguns dos leitores mais jovens deste 'blog' têm de vida.

06.09.22

NOTA: Este post é respeitante a Segunda-feira, 05 de Setembro de 2022.

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

Para a juventude portuguesa de finais dos anos 90 (como, presumivelmente, para as de outras décadas) há músicas que ficam, indelevelmente, ligadas a certos anos, e sobretudo à época de Verão, em que a disponibilidade e oportunidades para ouvir e apreciar música aumentam; e se o Verão de 1997 foi, sem dúvida, dominado pelo êxito dos escandinavos Aqua, 'Barbie Girl', houve outra música que – sobretudo para fãs de videojogos ou de música mais alternativa – também não deixou de marcar a segunda metade daquele ano, e a primeira do seguinte.

Falamos de 'Firestarter', primeiro single retirado do terceiro álbum de um colectivo britânico que, apesar de vir já 'fazendo algumas ondas' no seu país natal, era ainda maioritariamente desconhecido por terras lusas, situação que se alterou quando o referido tema surgiu como parte da banda sonora de 'Wipeout 2097', o jogo de corridas futurista que constituiu um dos maiores sucessos do ano - e de toda a biblioteca das consolas em que foi lançado, a Playstation e a Sega Saturn – muito graças à sua banda sonora, que incluía nomes tão sonantes no meio da electrónica como Chemical Brothers, Underworld, e o colectivo em causa, The Prodigy.

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Formados no condado de Essex, a sul de Londres, logo no início da década, o projecto liderado por Liam Howlett e que tinha como 'cara' o dançarino e vocalista Keith Flint tinha, desde então, vindo a construir 'a pulso' a sua reputação entre os 'ravers' britânicos, tendo os seus dois primeiros álbuns – os excelentes 'The Prodigy Experience', de 1992, e 'Music For The Jilted Generation', de 1994 – granjeado desde logo considerável sucesso não só junto dessa mesma demografia, mas também de uma população generalista - os dois singles retirados de 'Experience', por exemplo, chegam ao Top 5 de música nas Ilhas Britãnicas, e 'Music...' ocupa o primeiro posto do 'top' de álbuns do país logo desde o seu lançamento.

No estrangeiro, no entanto, o nome 'The Prodigy' só se popularizaria mesmo após o lançamento de 'Firestarter', que – com a irreverente prestação vocal de Flint e os característicos coros de 'hey-hey-hey' – ajuda também a propulsionar as vendas do terceiro álbum do colectivo, 'The Fat of the Land'. Longe de se 'apoiar' no single e mega-sucesso, no entanto, o álbum com o icónico caranguejo na capa oferece a quem o adquire um punhado de músicas tão boas como 'Firestarter' (ou mesmo melhores, como o segundo single, 'Breathe', um dos clássicos do grupo) o que só ajuda a cimentar a reputação de Howlett, Flint e companhia junto da sua demografia-alvo – que, curiosamente, inclui uma parcela considerável de fãs de 'rock', um sector da população que, regra geral, não tende a gravitar para grupos de electrónica pura e dura como é o caso dos ingleses; o controverso tema de abertura do álbum, 'Smack My Bitch Up', era mesmo alvo de atenção por parte de rádios de pendor mais 'rock', o que talvez tenha contribuído para este sucesso inter-demográfico.

Escusado será dizer que, obtido o reconhecimento, o nome e a música dos Prodigy não tardou em começar a aparecer associado a outros meios, ficando particularmente na memória o assombroso 'trailer' da 'Manga Vídeo' editado ao som de 'Voodoo People', outro clássico do grupo, este retirado do seu segundo álbum. Naquele Verão de 1997 e inícios de 1998, o colectivo britânico parecia inescapável, tendo mesmo conseguido a 'proeza' de render a então todo-poderosa MTV aos seus encantos – 'Smack My Bitch Up' arrecadava não um, mas dois prémios na edição de 1998 dos igualmente influentes Video Music Awards realizados anualmente pelo canal.

Um dos melhores anúncios alguma vez exibidos em Portugal teve música do colectivo

O que ninguém podia prever, no entanto, era que os Prodigy entrassem em hiato menos de dois anos após o lançamento do seu maior êxito discográfico; foi, no entanto, precisamente isto que se passou, com a saída de Leeroy Thornhill, parceiro de Flint na 'linha da frente', a precipitar uma 'pausa' de três anos na carreira do colectivo. O regresso dava-se com 'Always Outnumbered, Never Outgunned', de 2001, álbum de sonoridade pouco característica e, como tal, considerado inferior e algo 'esquecido' na discografia do grupo; o verdadeiro 'som Prodigy' só retornaria, pois, em 'Invaders Must Die', de 2008, que se posiciona como o sucessor natural de 'Fat', não só pela sonoridade mas também por assinalar a reunião dos três membros originais do grupo, com Thornhill a regressar finalmente ao seio da banda. 'Omen' e a devastadora faixa-título são excelentes cartões de visita, mostrando o grupo no seu melhor e juntando-se merecidamente à lista de clássicos dos Prodigy,

Após este lançamento, no entanto, o grupo volta a não conseguir atrair atenções com os próximos dois álbuns, ficando tanto 'The Day Is My Enemy', de 2015, como 'No Tourists', de 2018, restritos apenas a uma audiência de 'fiéis convertidos' – fiéis esses que recebem com choque e horror a notícia da morte de Keith Flint, encontrado sem vida na sua casa em Essex a 4 de Março de 2019. Longe de acabar com a carreira do projecto, no entanto, a morte do vocalista, dançarino e fundador apenas inspira os dois membros restantes do projecto a lançar nova música e a partir em digressão – um objectivo que realizam em 2022, com uma série de dez datas no seu país natal a assinalar um quarto de século sobre o lançamento de 'The Fat of The Land'. E a verdade é que, ainda que esse álbum tenha, sem dúvida, apresentado o grupo a muitos futuros fãs, para outros tantos jovens portugueses, o mesmo continua a ser sinónimo com a música do grupo, e o único elemento da mesma que alguma vez conheceram. Mesmo esses, no entanto, não hesitarão em reconhecer o 'poder de fogo' de 'Firestarter', um dos maiores sucessos musicais entre a 'malta jovem' não só do seu ano, mas de toda a ponta final do século XX.

17.10.21

NOTA: Este post corresponde a Sábado, 16 de Outubro de 2021.

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais.

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Um dos principais elementos da vida de muitas crianças ou jovens, sobretudo em meios urbanos, são as actividades extra-curriculares. Nos anos 90, a situação não era diferente; para além do tempo passado diariamente na escola, muitas crianças dedicavam uma parte das suas semanas à actividade ou desporto da sua preferência (ou dos pais) – algumas das quais tinham lugar, sim, ao Sábado (vêem como conseguimos ligar o tema ao título do blog?) E ainda que essa tendência se mantenha relativamente inalterada até aos dias de hoje, as actividades propriamente ditas sofreram algumas alterações, fazendo com que valha a pena recordar como este 'ritual' se passava no tempo em que todos fomos crianças.

Como quem esteve lá certamente recordará, os anos 90 foram a era das artes marciais (para os rapazes), dança e equitação (para as raparigas), além das sempre populares natação e ginástica e dos eternos cursos de línguas. Já na recta final da década, vir-se-iam a intrometer também neste paradigma as danças de rua (vulgo hip-hop), as quais ganhariam ainda maior expressão na década, século e milénio seguintes.

Fosse qual fosse a actividade escolhida, no entanto, o ritual era o mesmo: às segundas, quartas e sextas, terças e quintas ou (sim) Sábados, lá íamos muitos de nós para o treino ou para a aula, chegando muitas vezes a casa completamente derreados (ainda que no bom sentido) e com vontade de tomar um banho, comer alguma coisa e ir dormir – o que se tornava complicado quando havia trabalhos de casa para fazer para o dia seguinte, ou um fim-de-semana inteiro ainda para gozar... Ainda assim, poucos eram os que se queixavam, visto estas actividades acarretarem consigo uma certa sensação de progressão e recompensa do esforço, que por sua vez incitava a um ainda maior grau de aplicação e práctica; tanto assim era que o mais provável é que muitos dos que nos estão neste momento a ler, e que têm eles próprios filhos em idade de ingressar nestas actividades, provavelmente já os terão inscrito nas mesmas, reiniciando assim o ciclo e mantendo vivo o ritual por mais uma geração...

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