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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

03.08.23

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Na última edição desta rubrica, falámos dos 'Tous', a colecção de autocolantes do Bollycao que constituiu um dos primeiros casos de brindes grátis em produtos alimentares em Portugal, uma faceta pela qual a própria Panrico, a par da Matutano, Kellogg's e Nestlé, se viria a tornar conhecida durante as três décadas seguinte. Agora, chega a vez de falarmos de outra popular promoção da panificadora, lançada alguns anos depois da pioneira colecção e das suas 'sucessoras', as Janelas Mágicas: a colecção de cromos da Sega.

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Algumas das reproduções de capas constantes da colecção.

Como a própria descrição indica, tratava-se de uma série de autocolantes alusivos a uma das duas principais companhias produtoras de consolas e videojogos da época, sendo a maior parte dedicada a reproduções das capas de alguns dos mais populares títulos para as suas, então, três consolas, e a restante parcela reservada para uma série de desenhos originais e inéditos com a mascote da empresa, o popularíssimo Sonic, como protagonista, e que se dividiam entre situações quotidianas e imagens do famoso porco-espinho a segurar ou interagir com letras do alfabeto árabe.

Assim, além de reproduções fiéis das capas de alguns dos vários cartuchos disponíveis para Master System, Game Gear e Mega Drive (numa época em que as capas da maioria das caixas de videojogos eram, em si mesmas, uma forma de arte), os consumidores de Bollycao (e, conforme já referimos no artigo sobre o produto em si, essa demografia englobava a esmagadora maioria dos jovens portugueses) podiam também, com alguma sorte, contar com algumas ilustrações ´à maneira' para colar nos móveis do quarto ou nas capas dos 'dossiers' e cadernos, ou até para soletrarem o próprio nome – vertente que, quando aliada ao atractivo inerente à própria marca, ajudava a assegurar um sucesso fácil para a promoção.

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Os dois tipos de cromos com Sonic como protagonista.

E a verdade é que, apesar de menos recordada hoje em dia do que a colecção dos 'Tous' (já para não falar de outras promoções equivalentes, sobretudo as lançadas pela Matutano) a colecção de autocolantes da Sega contou, à época, com bastante sucesso e aderência por parte do público infanto-juvenil português, que se começava rapidamente a habituar à ideia de obter um brinde atractivo na compra das suas 'comidas de plástico' favoritas – razão suficiente para, mais de trinta anos após o seu aparecimento nas embalagens dos famosos pães com chocolate da Panrico, lhe dedicarmos algumas linhas neste nosso blog nostálgico.

13.07.23

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Comprar certos produtos alimentícios (como cereais, batatas fritas, produtos à base de pão ou ovos de chocolate) era, para a juventude dos anos 90, sinónimo de ganhar uma qualquer 'quinquilharia' de brinde com o pacote; e se a Matutano era a 'rainha' deste tipo de oferta, com quase todas as suas promoções a entrarem na 'História' nostálgica portuguesa, o Bollycao da Panrico pouco lhe ficava atrás, tendo sido responsável por várias outras das ofertas mais memoráveis daqueles anos mágicos de finais do século XX. E, dessas, talvez a mais saudosamente recordada tenha mesmo sido a original – a dos cromos conhecidos como 'Tous'.

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Introduzida no país vizinho ainda nos anos 80, a emblemática colecção 'aterrava' em Portugal logo no início da década seguinte, tornando-se a primeira de muitas promoções de que as crianças e jovens nacionais desfrutariam ao longo dos vinte anos seguintes; e se o conceito era relativamente simples (tratavam-se, apenas, de autocolantes, sem qualquer 'especialidade' ou 'truque') o grafismo irreverente e a personagem ao estilo desenho animado ou 'graffitti' aliaram-se ao 'factor novidade' para garantir que esta colecção ficava indelevelmente gravada na memória colectiva da geração 'millennial'.

O sucesso dos 'Tous' foi, aliás, tal que a colecção gozou, à época, de uma segunda série e, três décadas mais tarde, de um 'reboot', pela mão da Paniniem que a carismática personagem verde se via envolvida em acções mais actualizadas - como participação nas redes sociais, entre outras – como forma de aliciar a nova geração digital. No entanto, para os seus antecessores, foram mesmo aquelas duas séries de inícios dos 'noventa' – num total de cento e quinze cromos, cinquenta da primeira série e sessenta e cinco da segunda – que deixaram 'marca', a um nível a que, poucos anos mais tarde, apenas promoções bem mais elaboradas e publicitadas (como os Tazos ou os Pega-Monstro) conseguiriam almejar, tendo mesmo sido recordada por Nuno Markl num episódio da sua 'Caderneta de Cromos'. Como reza o adágio dos Corn Flakes da Kellogg's, 'o original é sempre o melhor' – e, no caso dos 'Tous', tal afirmação só se pode considerar verdadeira.

11.05.23

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Qualquer cidadão nacional que tenha tido a sua infância e adolescência entre finais da década de 80 e inícios do Novo Milénio concederá, sem grandes hesitações nem celeumas, o título de 'rainha dos brindes' à Matutano. Com promoções tão memoráveis quanto a das Matutolas, das Caveiras Luminosas, dos Pega-Monstros e, claro, dos lendários Tazos, a companhia de batatas fritas foi responsável por ditar quase todas as 'febres de recreio' daquelas décadas. E dizemos 'quase' porque a Matutano teve, durante esse período, a concorrência constante de três outros tipos de produtos alimentícios: os ovos de chocolate da Kinder, com as suas tradicionais colecções de mini-figuras, os cereais da Kellogg's e Nestlé, e os produtos da panificadora Panrico, responsável por marcas tão populares quanto o Bollycao, os Donuts e as Donettes.

Esta última, em particular, viu várias das suas promoções tornarem-se êxitos entre as crianças e jovens da época, com particular destaque para as icónicas colecções da 'Janela Mágica', na década de 80, e dos 'Tous', no início da seguinte, e para o jogo dos BollyKaos, já nos últimos anos do Segundo Milénio. Pelo meio, no entanto, houve outras promoções que, embora menos memoráveis, não deixaram ainda assim de ter sucesso, sobretudo devido ao seu uso de propriedades licenciadas; destas, destaque para as tatuagens temporárias (as então chamadas 'Decalcomanias') das Tartarugas Ninja, e para o brinde de que falamos hoje – os desdobráveis do Dragon Ball Z.

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(Crédito da foto: OLX)

Oferecidos com os produtos da panificadora algures em 1998 (quando a 'febre' em torno do 'anime' de Akira Toriyama ainda não apresentava sinais de abrandar) os referidos brindes conseguiam a tão almejada união entre custos de produção baixos e grau de apelatividade relativamente alto. Tratavam-se de simples cromos em papel cartonado que eram apresentados dobrados e que, quando abertos, revelavam uma imagem do 'anime', regra geral um 'close-up' de um dos personagens; um conceito tão simples quanto cativante, mas que se via severamente afectado pela fragilidade do material, que começava a rasgar ao mínimo toque mais intenso. Assim, por muito entusiasmante que fosse desdobrar o brinde e ver a imagem na sua plenitude, o processo tornava-se também, inevitavelmente, frustrante, sendo necessário passar quase tanto tempo a tentar que o brinde não se desfizesse quando manuseado como a apreciar a própria imagem.

Por essas e outras razões, torna-se difícil, à distância de um quarto de século e num contexto social completamente distinto, perceber como algo tão 'mal-amanhado' e básico conseguiu entreter e até entusiasmar fosse quem fosse; na conjuntura do ano em que o brinde foi lançado, no entanto – com a 'febre' do Dragon Ball Z ainda ao rubro e as novas tecnologias ainda numa fase muito mais incipiente – estes quadrados de frágil cartolina eram mesmo capazes de proporcionar alguns minutos de lazer, após o consumo de um Bollycao, a mostrar aos amigos, familiares ou colegas de escola o cromo adquirido, e a admirar a imagem nele impressa. Um bom exemplo de como a sociedade mudou nas últimas três décadas, e que certamente trará memórias nostálgicas a quem alguma vez tentou (ou conseguiu!) coleccionar os quarenta desdobráveis da série, á base de muitas semanadas repetidamente gastas em 'calorias más' no café do bairro ou bar da escola.

 

16.06.22

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Qualquer jovem interessado no coleccionismo de cartas, cromos ou autocolantes sabe o valor – efectivo ou atribuído – de um exemplar metalizado; mesmo em instâncias em que estas não são as peças mais difíceis de conseguir da colecção, há algo na aparência, brilho e 'efeito especial' de uma imagem deste tipo que a distingue, para melhor, de todas as outras, tornando-a inevitavelmente numa das mais cobiçadas de qualquer conjunto.

Em meados dos anos 90, a omnipresente editora Abril/Controljornal percebeu o valor deste fenómeno e resolveu capitalizar sobre o mesmo, através da criação de uma colecção constituída INTEIRAMENTE por autocolantes metalizados, e 'reforçados' com um efeito holográfico, para garantir que se tornavam apelativos junto do público-alvo.

Nasciam assim as Holoucuras, oferecidas como brinde com as revistas aos quadradinhos da Abril – quer da Marvel e DC, quer da Disney – durante um determinado período, por volta de 1996/97, e cujas saquetas amarelo-vivo traziam uma indicação relativa a um determinado número de pontos, que podiam ser coleccionados e trocados por prémios, ainda que a natureza dos ditos cujos se perca hoje nas brumas do tempo.


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Exemplo de uma publicação da editora com a saqueta de brinde.

A razão para esta falta de informação é, aliás, simples de explicar – fosse por que razão fosse, as Holoucuras não 'pegaram' como a Abril certamente esperava, constituindo hoje em dia apenas uma vaga lembrança remota na mente de quem, à época, lia os títulos de banda desenhada da editora; de resto, a colecção holográfica da Abril (por sinal, até bastante bem conseguida) não passa de mais uma de muitas tentativas falhadas de criar uma nova 'febre' de recreio, que se junta às suas congéneres como apenas mais uma nota de rodapé na História global da década de 90 em Portugal.

03.03.22

NOTA: Para celebrar a estreia, esta sexta-feira, do novo filme de Batman, todos os 'posts' desta semana serão dedicados ao Homem-Morcego.

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Um dos mais demonstráveis axiomas dos anos 90 era que qualquer propriedade intelectual popular entre o público jovem seria alvo da sua própria colecção de cromos; e com bom motivo, já que s autocolantes temáticos coleccionáveis estavam em alta entre a referida demografia, e lançar uma colecção alusiva a uma série, artista ou obra literária de sucesso era receita segura para manter a mesma ou o mesmo relevante junto do sector infanto-juvenil, prolongando assim a sua popularidade ao mesmo tempo que se aumentavam as receitas de vendas. Foi assim com o Dragon Ball Z, as Tartarugas Ninja, os Simpsons, A Máscara e – numa altura em que o Cavaleiro das Trevas atravessava a sua fase de maior exposição mediática até então, graças à sua popular série de filmes e a algumas excelentes histórias nas suas bandas desenhadas – era de prever que assim fosse, também, com Batman.

A diferença entre o caso do Vingador Mascarado e os referidos no parágrafo anterior reside no facto de que, sendo a sua popularidade bem mais 'continuada' do que a da maioria das propriedades intelectuais para crianças, o mesmo teve direito, não a uma, mas a duas colecções de cromos durante a década a que este blog respeita, conseguindo através das mesmas fazer parte das memórias coleccionistas de duas gerações distintas.

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O primeiro dos dois lançamentos (nenhum dos quais, surpreendentemente, lançado pela Panini) deu-se logo no início da década, aquando da estreia do primeiríssimo filme do justiceiro de Gotham, da autoria de Tim Burton, o qual foi alvo de uma aguerrida campanha de marketing e divulgação, na qual a caderneta da Editorial Impala se inseria. Com cromos que retratavam as diferentes cenas do filme, o álbum oferecia às crianças e jovens um meio de recordar o filme de que tanto haviam gostado no cinema, ao mesmo tempo que aguçava o 'apetite' de quem ainda não o tinha visto – exactamente como se pede a uma publicação deste tipo.

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O mesmo, aliás, se passava com a segunda caderneta, lançada em 1995 pela Merlin como complemento ao terceiro filme da série, 'Batman Para Sempre'. De facto, apesar do aspecto visual algo mais cuidado, e que reflectia a passagem de tempo que se havia verificado deste a caderneta original, esta colecção possuía estrutura e conteúdos muito semelhantes aos da sua antecessora, oferecendo uma visão geral simplificada do filme, passível de agradar tanto a quem o vira no cinema, como a quem ainda não tinha tido oportunidade. E é claro que também não faltavam os habituais cromos 'especiais', duplos e quádruplos, que tornavam a experîência de completar a colecção ainda mais desafiante e emocionante.

No cômputo geral, e apesar de não apresentarem rigorosamente nada de novo em relação a outras colecções marcantes da época, os dois álbuns de cromos de Batman lançados nos anos 90 mostravam-se exímios naquilo que se pedia a uma colecção de cromos à época, possuindo múltiplos pontos de interesse para o público que se dedicava a este tipo de actividade.

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Uma das cadernetas de Batman lançadas já no novo milénio

O Homem-Morcego seria, aliás, um filão que o meio continuaria a explorar em décadas subsequentes, com pelo menos mais dois álbuns alusivos ao Cavaleiro das Trevas a serem lançados desde então; esses, no entanto, ficam já fora do âmbito deste blog, pelo que hoje nos ficamos por recordar as duas colecções que marcaram o início do percurso do herói de Gotham no mundo das cadernetas de cromos...

 

09.12.21

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Numa edição anterior desta rubrica, dedicámos a nossa atenção às colecções de cromos, uma das principais categorias de 'quinquilharia' presentes no bolso ou estojo de qualquer criança dos anos 90. Os 'stickers' para a caderneta estavam, no entanto, longe de ser o único artigo deste tipo a merecer a atenção dos mais pequenos durante aquela época; pelo contrário, qualquer pedaço de papel plastificado com verso aderente era grandemente apreciado – e avidamente procurado – pela demografia em causa.

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As famosas folhas de autocolantes dos anos 90

Os autocolantes estavam longe de ser um fenómeno exclusivo dos anos 90 – na verdade, a sua época áurea tivera início na década anterior – mas não há como negar que, no final do século XX, os mesmos se encontravam ainda muito em voga entre as crianças e jovens, fossem eles adquiridos por via promocional ou adquiridos na tabacaria, naquelas famosas folhas com séries de pequenos desenhos relacionados ao mesmo tema. E havia autocolantes alusivos a tudo, desde as óbvias motas, monstros, princesas e cenas 'fofinhas' até bandas, países, desenhos animados e, claro, produtos e serviços oferecidos por companhias que procuravam estabelecer-se no mercado - isto, claro, sem esquecer os oferecidos como brinde na compra de artigos alimentares, como as famosas colecções dos 'Tou's' do Bollycao ou dos jogos da Sega, das Donetes.

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Uma das mais famosas séries de autocolantes da década

Qualquer que fosse a origem ou temática, no entanto, os autocolantes eram invariavelmente açambarcados, e tinham sensivelmente os mesmos destinos: a capa do caderno ou 'dossier' (que, se fosse lisa, era revestida de autocolantes na frente e verso para formar uma colagem ao estilo mosaico), o armário do quarto ou cabeceira da cama, a tampa da consola, o 'skate' ou bicicleta e até, para os mais imaginativos, locais como o tanque do peixinho ou tartaruga (nos anos 90, rara era a casa com crianças que não tinha, pelo menos, um autocolante num sítio insólito ou inesperado.) As crianças dos anos 90 simplesmente adoravam o efeito que aqueles pedaços de papel adesivo colorido davam a superfícies que, sem eles, pouco brilho tinham, e não é portanto de admirar que os mesmos fossem presença assídua nos bolsos dos mesmos, no meio de todas as outras 'quinquilharias' de que aqui falamos regularmente.

Como quase tudo de que aqui falamos, também os autocolantes foram praticamente 'obliterados' pelo advento da era digital – excepto, estranhamente, no mundo da música, onde continuam a ser um brinde bastante utilizado e apreciado. Ainda assim, qualquer pessoa que tenha decorado a tampa do seu portátil com um cromo ou adesivo se lembrará do tempo em que não era só um, mas muitos, espalhados um pouco por todo o quarto, nos brinquedos e nos livros da escola...

15.07.21

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

E porque em edições passadas desta rubrica já recordamos colecções de cromos promocionais associadas a produtos alimentares (como a das Tartarugas Ninja, veiculada pela Panrico) chegou hoje a vez de falar da série ‘Viaja Com os Looney Tunes’, oferecida em 1992 pela Longa Vida, em conjunção com os seus produtos lácteos, nomeadamente os seus iogurtes de aromas.

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Os 25 cromos que constituíam a colecção

Uma das mais perenes propriedades intelectuais da História (como fica bem provado pela estreia, esta semana, da segunda parte de Space Jam, exactos vinte e cinco anos após o primeiro filme e quase cinquenta (!) após a produção do último ‘cartoon’ da era clássica de Bugs Bunny e companhia) os Looney Tunes são daqueles produtos com os quais nunca se pode errar muito – qualquer que seja a época da História em que estejamos, produtos baseados em torno dos mais famosos personagens da Warner Bros irão, inevitavelmente, encontrar o seu público. Assim, uma colecção de cromos protagonizada pelos mesmos – numa década em que o coleccionismo, e os cromos em particular, estavam em alta – era uma proposta mais que segura por parte da Longa Vida, o que torna algo surpreendente que esta série de autocolantes não seja, hoje em dia, tão lembrada quanto os ‘Tous’ do Bollycao, por exemplo.

A situação torna-se tanto mais surpreendente quando verificamos que a produtora de lacticínios teve, inclusivamente, a inteligência de associar esta colecção a uma promoção, a qual habilitava os participantes a uma viagem para três pessoas aos estúdios da Warner Bros nos Estados Unidos, em troca de cinco ‘costas’ de cromos da colecção e, claro, dos dados pessoais da criança (quem hoje se preocupa tanto com dar os seus dados pessoais à Amazon ou ao Facebook, certamente não se recorda das regras dos concursos do ‘nosso’ tempo…)

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As regras do concurso eram reproduzidas nos versos dos cromos da colecção

Mesmo sem este atrativo extra, no entanto, esta série de cromos fazia o suficiente para justificar a tentativa de coleccionar todos os 25 autocolantes que a compunham; os desenhos, que retratavam os personagens em diversas partes do Mundo e eras da História, eram previsivelmente cuidados, e os produtos a que estavam associados, bastante acima da média do seu campo em termos de qualidade. Assim, não deixa de ser surpreendente que o único vestígio desta colecção, hoje em dia, venha de uma página de leilões espanhola (!), da qual, aliás, foram tiradas as imagens que ilustram este post - daí o estado ‘menos que perfeito’ dos itens representados, que parecem ter passado as duas décadas desde a promoção ao sol.

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Exemplo de embalagem promocional alusiva a esta colecção, representativa do melhor sabor de iogurte de aromas

Mesmo com estas limitações, no entanto, é bem evidente que, no seu tempo (e em bom estado), estes terão sido cromos bastante apetecíveis para o seu público-alvo – o que torna a suscitar a pergunta: porque terão sido tão ‘esquecidos pela Internet’ (e pelas ex-crianças dessa época)? A resposta continuará, por agora, a ser uma incógnita – mas entretanto, e graças aos Anos 90, estes cromos já têm pelo menos uma página de tributo na Internet...

18.06.21

NOTA: Este post corresponde a Quinta-feira, 17 de Junho de 2021.

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

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Numa das primeiras edições desta rubrica, falámos das colecções de cromos, um dos mais populares passatempos entre as crianças dos anos 90; e como qualquer pessoa que tenha ‘estado lá’ prontamente admitirá, as colecções mais conhecidas e ferventemente ‘negociadas’ e completadas eram as de futebol.

Destas, havia dois grandes tipos, ambos popularizados pela Panini, e ambos com sensivelmente o mesmo formato: as anuais, relativas às formações dos clubes da Liga Portuguesa da respectiva época, e as alusivas às competições internacionais. Ambas ofereciam aos ‘putos’ da época (quase todos do sexo masculino) a oportunidade de colar as caras dos seus jogadores nacionais e internacionais favoritos nas sempre atractivas cadernetas, e de ‘gabarolar’ junto dos amigos quando completavam as mesmas antes deles.

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...o quê, vão dizer que em 96 não sonhavam ter a cara do Secretário colada em qualquer lado?

A caderneta alusiva ao Euro ’96 não constituía excepção a qualquer destas regras, ficando apenas na memória por ser uma das primeiras a incluir a Selecção Nacional portuguesa - o que a terá, sem dúvida, tornado ainda mais popular junto do público-alvo. De resto, a caderneta era igual a todas as suas congéneres, tanto em formato – além dos jogadores, cada página dedicava um lugar à foto de equipa e outro ao símbolo de cada Selecção – como em aspecto, com as tradicionais ‘molduras’ à volta da imagem de cada jogador, e o não menos característico papel brilhante, que realçava o colorido dos fundos de página alusivos a cada país, ou à competição em geral.

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Uma das páginas da caderneta

Cabe realçar, no entanto, que apesar de os conteúdos serem os mesmos em todos os países onde a caderneta era comercializada, o mesmo não se passava com as capas; Portugal recebeu apenas a variante ‘standard’, mostrada no início deste post, mas a Alemanha, por exemplo, tinha a mesma imagem em fundo vermelho-escuro, enquanto que outra variante encontrada na Internet se destaca por não ter absolutamente NADA a ver com qualquer das outras.

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Capas ‘estranhas’ à parte, no entanto, não há muito mais a dizer sobre os cromos do Euro ’96; tratava-se de uma colecção de futebol perfeitamente vulgar pelos padrões da sempre fiável Panini, que seguia à risca a receita futebolística de ‘em equipa que ganha, não se mexe’ – a qual já havia dado resultado no passado, daria resultado aqui, e voltaria a dar resultado aquando da próxima competição internacional, que renderia à editora uma das suas mais bem-sucedidas cadernetas da década. Quanto a ‘Europa ‘96’, a mesma também se pode inserir nesse leque, como bem atesta a caderneta que por estas bandas se preencheu, e que ainda há pouco tempo ‘morava’ algures na Área Metropolitana de Lisboa…

 

30.04.21

NOTA: Este post é correspondente a Quinta-Feira, 29 de Abril de 2021.

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

E desta feita, voltamos a pegar num tema do qual falámos há algumas Quintas-feiras atrás, e em outro do qual temos vindo a falar ao longo de toda esta semana – respectivamente, os cromos, e as Tartarugas Ninja. Porque a verdade é que, entre os muitos items de ‘merchandising’ relativos ao quarteto animado comercializados em Portugal contavam-se, não uma, mas duas colecções de cromos, além de outra tangencialmente relacionada a esse tipo de passatempo. É dessas colecções que falaremos neste post.

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Um cromo da caderneta 'Turtles' da Panini

E começamos, desde já, pela inevitável Panini, ainda hoje a ‘rainha’ das cadernetas de cromos, e que naquele início de década não perdeu a oportunidade de licenciar também aquela que era uma das propriedades intelectuais mais lucrativas e rentáveis da época. Assim, quase em simultâneo com o aparecimento da série em Portugal, saía o ‘Sticker Collectors Album’ das ‘Teenage Mutant Hero Turtles’, com um autocolante adicionado de forma ‘subtil’ à capa com a tradução portuguesa, para o caso de alguém não saber quem eram aqueles quatro répteis antropomórficos animados.

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A capa da caderneta da Panini. Reparem no autocolante de tradução, super-discreto e nada com ar de solução de última hora...

Em termos de estrutura, a caderneta das Tartarugas era bastante típica para aquele tempo, consistindo de cenas retiradas dos episódios da série animada original que se colavam por cima de panos de fundo também alusivos à série, com algum texto à mistura e – como a Panini orgulhosamente apregoava na capa – também um poster grátis, o qual constituía mais um incentivo (como se tal fosse necessário) à aquisição da mesma. Previsivelmente, o público-alvo respondeu de forma entusiasta, rapidamente colocando a colecção no mesmo patamar de sucesso imediato de que gozavam a maioria dos outros produtos com a marca Turtles naqueles primeiros anos da década de 90.

Ao mesmo tempo que a Panini lançava a sua habitual adaptação em formato cromos da série ‘do momento’, também as bolachas Triunfo lançavam uma colecção ‘alternativa’, embalada com a sua gama de bolachas wafers. Em relação aos da Panini, estes cromos eram bem mais simples, mas para quem gostava de bolachas e das Tartarugas Ninja (ou seja, 95% dos ‘putos’ portugueses) esta constituía uma proposta irresistível, e uma desculpa perfeita para aumentar o quociente ‘bolachistico’ dos armários lá de casa. Até porque a promoção associada aos cromos prometia uma ‘prenda ‘muita’ gira’ (sic) a quem encontrasse um dos cromos premiados, incentivando assim as crianças portuguesas a darem uma de Charlie Bucket e comprarem o máximo de pacotes de wafers possível, em busca do fugidio bilhete dourado. Não que tal incentivo fosse necessário, já que as wafers da Triunfo eram, à época, boas o suficiente para justificar a compra por si só.

(O que seria a tal prenda-surpresa, infelizmente, já não é possível saber. Será que alguém aí por casa encontrou um cromo premiado, e nos pode elucidar?)

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Poster alusivo à promoção Tarta-Heróis (ou 'Hero Turtles', porque traduzir sai caro e o dinheiro foi todo na licença) das bolachas Triunfo.

Recordadas que estão as duas colecções de cromos ‘de época’ das Tartarugas Ninja, resta recordar um outro brinde que, apesar de não ser exactamente igual, pertence à mesma categoria: as tatuagens temporárias oferecidas nos produtos da Panrico (Bollycao, Donettes, etc) durante o auge da ‘Tarta-Mania.’

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  Uma das tatuagens temporárias da Panrico

Tal como os cromos da Triunfo, estes decalques eram muito simples, consistindo apenas de uma ‘pose’ de um dos personagens sobre um fundo transparente, com o logotipo 'português' da série na parte superior e o da Panrico na parte inferior. Obviamente, neste caso, a opção pela simplicidade era feita por razões de necessidade, pois um desenho excessivamente complicado poderia não aguentar bem o processo de transferência do autocolante para a pele, ou para qualquer outra superfície onde a criança desejasse colocá-la (no nosso caso, a parede da cozinha da casa onde passámos a infância.)

Também à semelhança do que aconteceu com os cromos da Triunfo, estes brindes foram quase totalmente esquecidos pela Internet, tendo sido encontrada exactamente UMA imagem das mesmas, disponível acima (obrigado, Twitter!) Ainda assim, vale recordar uma promoção que, no auge das ‘febres’ das 'decalcomanias’ e das Tartarugas Ninja, soube combinar ambas num brinde muito apetecível para o público-alvo, disponibilizado na compra de snacks que, como referimos no nosso post a esse respeito, eram igualmente apetecíveis para esse segmento etário.

Fica, assim, completa esta retrospectiva sobre as principais ‘quinquilharias’ associadas às Tartarugas Ninja. Podíamos ainda falar dos ‘pins’ (outro ‘marco’ dos anos 90) e outras ‘tralhas’ semelhantes, mas por agora ficamo-nos por aqui. Chegou, pois, a vossa vez de se manifestarem: coleccionaram estes cromos ou as tatuagens? Que memórias guardam dos mesmos? Por aqui, e além da tatuagem na parede da cozinha, temos uma vaga memória de ter feito a colecção da Panini, embora nada tão vivo como no caso dos cromos do Dragon Ball Z – até porque a dos Tartas é muito anterior… E vocês? Lembram-se? Partilhem nos comentários!

01.04.21

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

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E se inaugurámos esta secção com os inesquecíveis Matutazos, hoje, falamos de algo não menos memorável e icónico para os ‘putos’ daquela geração: as cadernetas de cromos, sobretudo as editadas pela Panini, que detinha o monopólio quase absoluto deste género de publicação, e à qual poucas concorrentes ousaram fazer frente, e sempre sem sucesso.

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Nos anos 80 e 90, este símbolo era praticamente sinónimo de colecções de cromos...

Apesar de os cromos ainda existirem e serem vendidos hoje, ninguém pode negar não só que os mesmos já não têm a mesma expressão que em tempos tiveram, como que os tempos áureos para este tipo de passatempo foram os anos 80 e 90. Durante estas duas décadas, cada nova propriedade ou moda que cativasse a criançada tinha direito a caderneta de cromos própria, a qual era (mais ou menos) avidamente colecionada e completada pela miudagem de Norte a Sul do País.

E dizemos ‘mais ou menos’ porque um dos principais fatores de fazer colecções de cromos era saber escolher QUAL a colecção a fazer. Por muito ‘fixe’ ou ‘in’ que uma propriedade ou ‘franchise’ fosse, se não houvesse uma quantidade significativa de outras crianças também a fazer a colecção, não valia de nada investir tempo nem dinheiro, pois não só não haveria com quem trocar os ‘repetidos’, como também se perderia outra das principais características deste tipo de coleccionismo: o direito a exibir a caderneta completa aos amigos que ainda continuavam à procura dos últimos cromos que lhes faltavam. Se mais ninguém estivesse interessado, tudo o que restava era uma caderneta, que a criança entretanto perdia a vontade de completar. Terá talvez sido por isto que tantas cadernetas de cromos caíram no esquecimento, com a maioria dos ‘putos’ a preferir investir nas perenes colecções do futebol – expoente máximo deste passatempo apreciado, sobretudo, pelos rapazes – ou esperar para ver o que ‘pegava’ no grupo de amigos ou lá na escola.

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Duas das mais populares colecções de cromos nos anos 90, ambas editadas pela Panini.

Quando uma caderneta se tornava popular, no entanto, não havia volta atrás – até os jovens mais velhos, já demasiado ‘crescidos’ para tais criancices, entravam na onda, e eram vistos a trocar cromos nos corredores da escola tão afanosamente quanto qualquer ‘puto’ mais novo.

Era precisamente este aspeto coleccionista, de desafio e ‘gabarolice’, que tornava o ‘hobby’ dos cromos tão especial e divertido – e que, ao mesmo tempo, fazia com que as colecções lançadas já completas, com a caderneta e todos os cromos necessários e sem os famosos ‘repetidos’, se afigurassem tão pouco lógicas e fossem repudiadas pela maioria das crianças adeptas deste passatempo. Afinal, qual era a graça de ter ‘a papinha toda feita’, sem ter de trocar com os amigos nem comprar 30 saquetas numa semana à procura daquele cromo raro que ninguém parecia ter? Sem estes aspetos, mais uma vez, tudo o que sobrava era uma caderneta algo ‘parva’, e que nem demorava assim tanto a tornar ‘bonita’…

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Exemplo de uma colecção lançada já 'pronta a completar'.

Terá, talvez, sido também por isso que o passatempo dos cromos caiu em desuso entre a geração ‘do ecrã’, que prefere o imediatismo de ter o conteúdo todo disponível de uma só vez, ao invés de ter de porfiar, esperar e trabalhar para o conseguir ter completo. Ironicamente, a Geração Z talvez gostasse daquelas cadernetas já completas que os Ys repudiavam – afinal, tratavam-se da versão em cromos daquelas series da Netflix, lançadas na Plataforma todas de uma só vez…

Ainda assim, um tipo de cromo resiste ainda e sempre ao invasor. Por mais que as gerações se sucedam e os seus gostos mudem, o futebol nunca, mas nunca passa de moda, pelo que não é de surpreender que as colecções dedicadas ao desporto-rei sejam das poucas a ainda sobreviver no formato ‘clássico’ que tanto deliciou as crianças dos finais do Século XX. É, no entanto, pouco provável que se venha a assistir a um renascer do ‘hobby’ dos cromos, tal como ele era naqueles tempos – a sociedade ocidental mudou demasiado para que pequenos pedaços de plástico adesivo possam cativar as crianças do mesmo modo que o costumavam fazer… Como diriam os Metallica, ‘Sad But True’.

Os ‘90s kids’, no entanto, nunca esquecerão este passatempo de eleição nos recreios de escolas, encontros de amigos ou atividades extra-curriculares. Pelo que resta perguntar: qual a mais memorável colecção de cromos da vossa juventude? Por aqui, foram a do Dragon Ball Z (claro), a da França 98, e também a da World Wildlife Fund e das motos de corrida, estas ainda nos anos 80. E vocês? De quais mais gostaram? Partilhem nos comentários!

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