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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

08.10.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Apesar de, tecnicamente, o Verão ter já findado, e o regresso às aulas estar já instaurado em pleno nas escolas portuguesas, o calor que se vem fazendo sentir continua a convidar a uma ida à praia ou piscina, ou pelo menos, a uns salpicos na piscina de quintal; e a verdade é que, especialmente nos anos 90, nenhuma dessas actividades ficava completa sem a presença de um colchão insuflável.

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O modelo mais comum deste tipo de acessório.

Acessório intemporal, mas que teve em finais do século XX o seu auge de popularidade, os colchões aquáticos são daqueles produtos cujo apelo é, por demais, fácil de explicar – afinal, qual a criança que não gosta de se sentir a flutuar em cima de algo que oferece perfeita segurança? É o mesmo princípio das pranchas de bodyboard (outra diversão 'de praia' super-popular entre o segmento mais jovem, tanto da época como de hoje em dia) mas com a diferença de ser preciso muito mais para virar um insuflável do que uma prancha. Ainda assim, estes colchões não ficavam alheios a alguns 'tombos', sobretudo por parte de quem achava boa ideia pôr-se de pé em cima dos mesmos...

E apesar de os colchões 'normais' serem já por demais apelativos para o seu público-alvo, alguns fabricantes aperfeiçoavam ainda mais a fórmula oferecendo insufláveis com partes translúcidas ou transparentes, que permitiam ver o que se passava por debaixo do colchão, na água; e apesar de jamais criança alguma ter ido longe o suficiente da costa para ver mais do que quantidades infindáveis de areia batidas periodicamente pelas ondas, os colchões com esta simples mas entusiasmante característica puxavam, inevitavelmente, pela imaginação, criando a fantasia e expectativa de, um dia, se conseguir ver algo mais...

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Os colchões com 'janela' proporcionavam uma experiência ainda mais divertida que o habitual.

Com ou sem 'janela', no entanto, a verdade é que os colchões insufláveis (bem como os seus outros congéneres, como canoas ou barcos) foram parte integrante da infância de muitas crianças portuguesas de finais do Segundo Milénio – e, ainda que em menor escala, também de hoje em dia – tornando justificada a sua presença nesta rubrica.

21.08.21

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais.

E numa altura em que se avança a passos rápidos para o fim do Verão, nada melhor do que aproveitar o calor que ainda se faz sentir com umas idas até à praia, ao bom estilo ‘puto dos anos 90’. Ou seja: com as forminhas, as raquetes, as belas das sanduíches, e dinheiro no bolso para uma bola de Berlim ou língua-da-sogra. O ponto de encontro é debaixo da Bola Nivea da Praia dos Pescadores, OK?

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Uma praia da Costa da Caparica, Lisboa, nos anos 90, com a tradicional 'bola Nivea' ao centro.

Agora a sério, a experiência de ir à praia enquanto criança não mudou assim tanto nos últimos trinta anos; continua a envolver areia – areia nos pés, nas toalhas, nos calções, no cabelo – água (para tomar umas belas ‘banhocas’ e dar uns ainda melhores mergulhos) bolos e sanduíches à sombra do guarda-sol, brincadeiras com os amigos (ou conversa até anoitecer, no caso dos mais velhos) e aquela sensação de cansaço bom, na volta, que faz adormecer ainda no carro ou na camioneta. Ou seja, todas as peças fundamentais do ‘bolo’ estão lá – o que muda são apenas os enfeites.

Isto porque algumas das principais diversões infantis dos anos 90 caíram um pouco no esquecimento – ou antes, no desuso – nas últimas décadas. Enquanto os jogos de bola ou a construção de castelos de areia ou ‘fossos’ mesmo junto ao mar (que rapidamente se enchem, claro) continuam a ser focos de interesse para os banhistas mais novos, alguns dos apetrechos mais comuns nas praias portuguesas dos anos 90 - as pranchas de bodyboard de tamanho e grafismo infantil, por exemplo, ou os colchões flutuadores, ou ainda as barbatanas e óculos de mergulho para ver debaixo das ondas – desapareceram quase por completo da beira-mar, vivendo, hoje em dia, apenas na memória dos pais e mães das crianças que hoje correm, de peito mais ou menos feito, para a água. Até mesmo as famosas raquetes parecem, hoje em dia, ter significativamente menos praticantes…

Ainda assim, como o regresso da Bola Nivea às praias da Costa da Caparica, em Lisboa parece indicar, existe ainda grande nostalgia por aqueles tempos inesquecíveis, em que cada ida à praia era uma experiência inesquecível, que ajudava a ‘fazer’ o Verão…

Um dia típico numa praia portuguesa dos anos 90, com os cumprimentos do YouTube.

 

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