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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

19.08.21

Todas as crianças gostam de comer (desde que não seja peixe nem vegetais), e os anos 90 foram uma das melhores épocas para se crescer no que toca a comidas apelativas para crianças e jovens. Em quintas-feiras alternadas, recordamos aqui alguns dos mais memoráveis ‘snacks’ daquela época.

E numa altura em que o assunto do dia é a retirada das cafetarias das escolas de certos ‘clássicos’ (os pães com chouriço) e outros produtos que nunca nenhum bar de escola teve (se a vossa escola servia pizzas, tiveram mais sorte do que nós...) nada melhor do que prestar homenagem a esses indispensáveis espaços, tal como eles eram na ‘nossa’ década – verdadeiros repositórios de tudo o que era apetecível para as crianças em termos de comida, desde os clássicos bolos (poucos outros países rivalizam com Portugal nesse aspecto) passando por snacks tradicionais como os Bollycaos ou as batatas fritas, até guloseimas como chocolates, pastilhas elásticas ou chupa-chupas, ou ofertas um pouco mais elaboradas, como as sandes de ovo, os rissóis ou os referidos pães com chouriço) isto sem, claro, esquecer os sumos e refrigerantes).

Em suma, qualquer que fosse a opinião de um jovem sobre o que se devia ou não comer no intervalo, era (quase) certo e sabido que o encontraria no bar ou cafetaria da escola; só não havia mesmo sanduíches feitas em casa pela Mãe…

É, assim, mais que merecida esta nossa homenagem a esses espaços que alimentaram milhões de crianças durante toda uma década, fornecendo-lhes sempre aquilo de que elas mais gostavam. Por isso, o nosso obrigado, cafetarias de escola!

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29.07.21

Todas as crianças gostam de comer (desde que não seja peixe nem vegetais), e os anos 90 foram uma das melhores épocas para se crescer no que toca a comidas apelativas para crianças e jovens. Em quintas-feiras alternadas, recordamos aqui alguns dos mais memoráveis ‘snacks’ daquela época.

Puxa um Push Pop

Puxa-lhe o gusto

Fecha um Push-Pop

E guarda o restooo!

Chupa-chupas com ‘caixinha’, que permitia guardá-los para ‘segundas núpcias’ – uma oportunidade de mercado tão útil, lógica e rentável que o mais surpreendente é ter levado até 1996 até alguém se lembrar de a tornar realidade. E escusado será dizer que, quando isso aconteceu, o sucesso foi imediato, e considerável.

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Sim, chegou hoje a vez de falarmos do Push-Pop, um dos quatro chupa-chupas que toda a criança dos anos 90 recorda com nostalgia (sendo os outros os chupas de apito, os chupas azedos e, claro, os ‘oficiais’ da Chupa Chups) e o único que se podia levar no bolso para a sala de aula sem ficar com as calças todas pegajosas e o chupa feito em geleia.

Isto porque, como já explicámos acima, os Push Pop tinham uma mecânica tão simples quanto genial, a qual se reflectia no próprio nome; em vez de virem no tradicional ‘pauzinho’, estes doces eram apresentados num tubo ao estilo batom de cieiro, e com um modo de funcionamento semelhante – para comer o chupa, rodava-se o tubo, e quando se queria parar, bastava rodar no sentido contrário, pôr a tampinha, e ele era novamente empurrado para baixo, onde ficava a aguardar a próxima ocasião. Um modo de funcionamento aparentemente básico, mas que abria inúmeras possibilidades para o público-alvo, que se via subitamente cara-a-cara com uma solução para o problema dos chupas engolidos à pressa porque estava na hora de entrar na aula, ou no treino de karaté, ou de jantar; agora, qualquer que fosse a situação, bastava fazer como indicava o anúncio, fechar o Push Pop, e guardar o resto. E a verdade é que, a maioria das vezes, era mesmo preciso fazer uso desta funcionalidade, porque estes chupas tinham muito que comer!

É claro que, por muito bem que funcionasse, este mecanismo não era perfeito; dependendo do ‘tratamento’ que se tivesse dado ao chupa, era possível que este se colasse um pouco à tampa, deteriorando a sua própria qualidade; no entanto, este era um risco que a maioria das crianças não se importava de correr, só para poder usufruir da magnífica funcionalidade concebida pelos criadores deste doce (um daqueles conceitos a que hoje em dia se chamaria ‘disruptivo’).

E para quem está, neste momento, a ter acessos de nostalgia ao lembrar este mítico chupa-chupa da sua infância, resta ressalvar que o Push Pop ainda hoje é fabricado vendido – embora não seja bem certo onde se podem encontrar estes nostálgicos doces. Será, talvez, um típico caso de ‘Google to the rescue’… Entretanto, vale bem a pena recordar aquela que foi uma das guloseimas mais marcantes para a geração que nasceu ou cresceu na segunda metade dos anos 90.

 

08.07.21

Todas as crianças gostam de comer (desde que não seja peixe nem vegetais), e os anos 90 foram uma das melhores épocas para se crescer no que toca a comidas apelativas para crianças e jovens. Em quintas-feiras alternadas, recordamos aqui alguns dos mais memoráveis ‘snacks’ daquela época.

A maioria das crianças gosta de chupa-chupas. A maioria das crianças também gosta de brinquedos e acessórios que lhes permitam fazer muito barulho sem grande esforço, como apitos. Era apenas uma questão de tempo até alguém juntar as duas ideias e criar um sucesso de vendas. Nos anos 90, esse ‘alguém’ acabou por ser a espanhola Chupa Chups, que lançava no mercado os seus Melody Pops, também conhecidos pela sua designação alternativa de ‘chupas de apito’.

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O conceito deste doce era único na sua simplicidade: cada Melody Pop era, basicamente, um mini-apito – daqueles compridos e longos estilo flauta, não dos de polícia ou árbitro desportivo - mas feito de doce com sabor artificial de morango, em vez de plástico ou metal. A criança podia, pois, unir o útil ao agradável, fazendo tanto ‘estardalhaço’ quanto quisesse (ou quanto o mecanismo básico de ‘ar pela ranhura’ do apito permitisse) enquanto saboreava um chupa-chupa acima da média, como era apanágio da Chupa Chups. Só era preciso ter cuidado para não cair na tentação de trincar o topo do chupa-chupa – caso contrário, passar-se-ia a ter ‘apenas’ um doce, em vez do apelativo dois-em-um inicial…

Mesmo tendo isto em conta, o grau de popularidade destes doces entre o público-alvo não era, de todo, de estranhar; antes pelo contrário, curioso seria se estes doces NÃO tivessem pegado entre as crianças e jovens. Numa era em que a Chupa-Chups procurava inovar o mercado dos doces – era, também, da marca espanhola o outro grande ‘chupa’ memorável da década, o Push Pop – os ‘chupas de apito’ foram, sem dúvida, um excelente acrescento às escolhas já disponíveis nos balcões e prateleiras de estabelecimentos Portugal fora, e os números de vendas provavam isso mesmo. Tanto assim que não tardaram a surgir chupa-chupas de apito de ‘marca branca’, conceptualmente funcionais, mas de acabamento e apresentação menos cuidada, os quais se podiam muitas vezes encontrar entre as gomas e os chupa-chupas azedos, em tabacarias e cafés de Norte a Sul do País.

Qualquer que fosse a versão consumida – e a ‘marca branca’ devia surpreendentemente pouco à oficial, diga-se de passagem – uma coisa é certa: os Melody Pops e outros ‘chupas de apito’ foram um dos principais elementos de uma ‘época de ouro’ no que toca  a doces industriais em Portugal, e mereciam ser tão lembrados quanto os igualmente saudosos Push Pops. Talvez esta pequena homenagem neste nosso blog em ascensão ajude a pôr em marcha um reviver deste populares ‘pirulitos’; ou, se não, pelo menos deu para recordar um doce que muitos de nós adorávamos, e gostávamos de ver regressar…

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