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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

19.03.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Em todas as gerações, existem produtos e acessórios que, não estando ao alcance de todos, são activamente desejados por quem não os tem, e motivo de espanto, admiração e inveja para quem os tem; e enquanto que os jovens actuais encontram nas tecnologias o seu principal foco de cobiça, nos anos 90, esse papel pertencia aos brinquedos caros, como o castelo do He-Man e o barco pirata da Playmobil, aos veículos eléctricos para montar e andar, e a produtos de exterior, como o que focamos hoje.

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Razão principal para qualquer 'puto' urbano, residente num apartamento, desejar ter um jardim, as casinhas de brincar eram presença assídua nos catálogos de brinquedos, ao lado de outros acessórios de exterior, como as piscinas de quintal - outro produto, aliás, activamente cobiçado por grande parte das crianças citadinas.

O motivo para este fascínio é, simultaneamente, muito fácil e muito difícil de explicar; isto porque a maioria das referidas casinhas não tinha, à primeira vista, nada de particularmente interessant. Até mesmo as tematizadas para se assemelharem à casa dos Sete Anões ou algo semelhante, apenas tinham como diferencial essa ligação a algo conhecido e querido pelo público-alvo; as restantes, que não gozavam sequer desse elo, saldavam-se como blocos de plástico não particularmente espaçosos, e que com sorte ofereciam um banco ou mesinha, sendo que a maioria obrigava mesmo as crianças a levarem consigo os seus próprios assentos, bem como todos os acessórios necessários à brincadeira.

E, no entanto, quem falasse com crianças de uma certa idade naquele tempo, certamente sairia a pensar que estes simples acessórios valiam o seu peso em ouro, tal era o entusiasmo com que se desejava ter uma; tratava-se de um daqueles fenónenos difíceis de explicar, e que se podem atribuir, sobretudo, ao inevitável elencar mental de possibilidades que se abririam, se ao menos se tivesse o produto – algo que continua a afectar grande parte da população humana, mesmo depois de adulta.

Fosse qual fosse o seu atractivo, a verdade é que uma combinação de falta de espaço e preços proibitivos (mesmo quem tinha jardim, talvez encontrasse neste último ponto um obstáculo impeditivo ao tentar convencer os pais) mantinham as casinhas de brincar para ter no quintal fora do alcance de grande parte das crianças, que se viam resignadas a 'sonhar' com elas sempre que um novo catálogo caía na caixa do correio, sem que, da perspectiva adulta, se consiga verdadeiramente perceber porquê - ainda que, da perspectiva de quando se tinha a idade certa, se perceba perfeitamente...

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