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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

04.12.21

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Na última edição desta rubrica, falámos aqui dos veículos eléctricos, montados nos quais muitos de nós gozaram grandes 'corridas' no pátio ou no jardim; hoje, falamos de outro tipo de veículo, o qual, apesar de não ser exclusivamente destinado a uso no exterior, não deixou ainda assim de ser companheiro de muitos passeios para as crianças dos anos 90, sobretudo as do sexo masculino.

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Falamos dos famosos carrinhos tele-comandados, a dada altura da História um dos presentes mais cobiçados por esta altura do ano (a par das consolas e das bicicletas) muito por culpa dos seus mirabolantes anúncios, que prometiam que o referido veículo seria capaz, sem grandes problemas, de trepar e atravessar formações rochosas e outros tipos de terreno agreste; e embora a verdade não fosse, nem de longe, tão impressionante, estes brinquedos não deixavam, ainda assim, de exsudar um certo 'cool factor' que os apontava directamente aos corações de qualquer rapaz pré-adolescente daquela época.

Com anúncios como este, não admira que estes carros fossem desejados por qualquer rapaz daquele tempo...

Convém, no entanto, realçar que, como sucedia com outros brinquedos da época, nem todos os carros teleguiados eram exactamente iguais; pelo contrário, existiam não só variantes bem definidas, como uma hierarquia para as mesmas entre as crianças daquele tempo. No topo da pirâmide (e de muitas listas de Natal) encontravam-se os excelentes veículos da Nikko (distribuídos em Portugal pela inevitável Concentra), os quais eram, invariavelmente, visualmente apelativos, de manuseamento excelente, e de longe mais poderosos e versáteis do que quaisquer outros; logo de seguida, embora a alguma distância, vinham os 'imitadores' desta marca, menos resistentes e mais simplistas, mas perfeitamente funcionais para o preço que custavam; e em último lugar, reservados sobretudo aos utilizadores mais novos, vinham os modelos mais simplistas, coloridos e de formas arrendondadas, muitos dos quais apenas eram 'tele-comandados' no sentido mais literal da palavra, já que se encontravam presos ao seu próprio comando por um fio, oferecendo por isso um raio de acção extremamente limitado.

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Exemplo de um modelo de carro telecomandado mais simples, com fio, e destinado a um público mais jovem

Qualquer que fosse o tipo ou modelo de carro, no entanto, não era de todo incomum, à época ver um destes brinquedos a rolar numa qualquer rua ou jardim do país, seguido alguns metros mais atrás por um utilizador tão eufórico quanto absorto na manobra do veículo; infelizmente, como tantos outros produtos que aqui abordamos, também os carros tele-comandados acabaram por cair em desuso, substituídos nos catálogos de Natal e prateleiras dos hipermercados por 'gadgets' e brinquedos de cariz mais electrónico. Ainda assim, quem viveu a época áurea destes brinquedos não esquece a emoção de receber um no Natal, nem de o tirar do armário e o levar como companheiro de uma Saída ao Sábado...

20.11.21

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Um dos aspectos mais memoráveis para quem nasceu ou cresceu nos anos 90 será, certamente, enorme variedade de meios de locomoção 'divertidos' disponíveis para as crianças e jovens daquele tempo. Os 90s foram, afinal de contas, a década que viu popularizarem-se as bicicletas BMX, os 'skates' e os patins em linha, bem como outros apetrechos mais especializados e específicos, como as pranchas de surf e bodyboard em tamanhos reduzidos, dirigidas especificamente à demografia mais nova. A acrescentar a estes veículos há, ainda, outro tipo, favorecido por crianças mais novas, mas que não deixava de causar alguma inveja de quem era sortudo o suficiente para ter: os carros e motas eléctricos.

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Presença assídua (e, normalmente, destacada) nos catálogos de Natal que começavam, por esta altura, a chegar às caixas do correio, da parte dos diversos supermercados e hipermercados nacionais, estes brinquedos tinham, normalmente, um preço de venda ao público algo elevado, ainda que maioritariamente justificado pela tecnologia eléctrica no qual estes veículos se baseavam. Nem todas as crianças tinham, por isso, oportunidade de experienciar a sensação de 'andar' num daqueles carros ou motos do catálogo; quem tinha ou teve, no entanto, sabe que valia bem a pena, mais não fosse pela eterna sensação de ter algo que os amigos cobiçavam.

Curiosamente, ao contrário de muitos dos brinquedos que focamos neste blog - que 'pegavam' com pessoas de todas as idades - este era um tipo de meio de transporte que ficava, normalmente, restrito a uma faixa etária mais nova, quase não existindo veículos deste tipo dirigidos a crianças com mais do que oito ou nove anos. Sorte, pois, de quem era pequeno e leve o suficiente para conseguir dar umas voltas pelo jardim ou parque montado num destes veículos sem os pés roçarem no chão ou o motor se recusar a funcionar...

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Quem era do tamanho certo sentia-se sempre um 'boss' em cima de um veículo destes

Tal como quase tudo o que abordamos aqui no Anos 90, também os carros e motas eléctricos acabaram por cair em desuso, sendo hoje raro ver uma criança montada num deles; no entanto, a popularidade das bicicletas e trotinetes eléctricas leva a crer que talvez muitos dos 'ex-putos' que naquele tempo eram já demasiado velhos para terem estes veículos, estejam agora a 'desforrar-se' depois de adultos...

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