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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

26.10.24

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

A maioria dos brinquedos, jogos e produtos de que falamos nestas páginas, e nestas secções em particular, tinham ou têm como destinatário um público infanto-juvenil, já na plena posse das suas faculdades; tal não significa, no entanto, que os anos 80, 90 e 2000 portugueses não proporcionassem, também, inúmeras formas de crianças mais pequenas, e até bebés, conseguirem passar um Sábado aos Saltos seguido de um Domingo Divertido. O brinquedo que abordamos em mais um 'post' duplo do Anos 90 insere-se, precisamente, nessa categoria, conseguindo estimular, de uma só vez, as faculdades motoras, intelectuais e sensoriais da criança.

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Um dos poucos exemplos actuais deste tipo de brinquedo.

Falamos dos clássicos carrinhos de empurrar com os pés, tão icónicos das primeiras etapas de desenvolvimento das crianças quanto os cavalinhos de baloiço ou triciclos, e que, nos anos 90, se viram 'incrementados' de uma série de ferramentas educativas adicionais, que os tornavam, efectivamente, em 'híbridos dois-em-um'; por um lado, veículos de deslocação e, por outros, superfícies interactivas para quando as 'pilhas' se esgotassem e apetecesse ao bebé algo mais calmo. Isto porque as actividades adicionadas a estes carrinhos iam desde botões e buzinas para apertar a fim de produzir sons, até 'roletas' ou discos com imagens – uma espécie de 'slot-machines' inofensivas, em que os símbolos eram substituídos por animais – ou mesmo superfícies irregulares, cujo único objectivo era mesmo a descoberta através do toque, proporcionando assim uma experiência completa que ajudava a fomentar o desenvolvimento do bebé através da diversão.

Tal como muitos outros produtos abordados nestas páginas, também estes carrinhos acabaram, inevitavelmente, por sofrer uma mutação – curiosamente, no sentido inverso ao habitual, tendo-se novamente tornado mais simples e padronizados. Quem teve a sorte de crescer no breve período em que estes brinquedos tiveram 'funcionalidades extra', no entanto, sabe o quão divertidas as mesmas podiam ser – senão em primeira mão, pelo menos através da observação dos irmãos ou parentes mais novos – e desejará, certamente, que este tipo de carrinho voltasse a estar disponível, para que a geração actualmente na primeira infância (muitos dos quais filhos, precisamente, desses 'millennials') pudesse também passar muitos Sábados aos Saltos e Domingos Divertidos a brincar com um deles...

22.09.24

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Já aqui anteriormente falámos dos carrinhos de metal em escala reduzida, um dos mais tradicionais e nostálgicos brinquedos entre as gerações hoje adultas, e sobretudo entre a sua parcela masculina. Pois bem, não é só sobre os carros em si que recaem as memórias de Domingos Divertidos passados a simular corridas ou combates automóveis inspirados em 'Destruction Derby' e 'Twisted Metal' – também as garagens e parques de estacionamento para os referidos veículos ajudam a adicionar toda uma nova dimensão a essas recordações, tal como o faziam com as próprias brincadeiras em si.

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Uma garagem de brincar da Hot Wheels, bem exemplificativa deste tipo de brinquedo.

De facto, estas estruturas – muito populares junto das gerações 'X' e 'millennial', em particular – prestavam-se a grande variedade de usos, podendo tanto servir para simplesmente 'arrumar' os carrinhos ao fim do dia, como de palco para as referidas corridas e colisões, grandemente auxiliadas pelas rampas que constituíam parte obrigatória de qualquer estrutura deste tipo que se prezasse. Nem só de rampas e patrocínios viviam estes brinquedos, no entanto; as melhores garagens-modelo chegavam a ter bombas de gasolina e zonas de lavagem a jacto, permitindo emular ao máximo a experiência de visitar uma área de serviço automóvel – uma ilusão ainda mais propiciada pelo uso de logotipos oficiais de marcas ligadas ao mercado autómovel, como a Shell ou a Mobil.

Não admira, pois, que as garagens, parques de estacionamento e estações de serviço em miniatura provoquem junto de uma certa demografia um sentimento nostálgico semelhante ao causado por certos cenários para figuras de acção, os quais serviam uma finalidade muito semelhante, e com resultados igualmente bem conseguidos. E apesar de, em anos subsequentes, terem virtualmente desaparecido do quotidiano infantil – como vem, progressivamente, sucedendo também com os próprios carrinhos-modelo – este género de produto fará, para sempre, parte das memórias de Domingos Divertidos da infância de pelo menos duas gerações de portugueses, os quais certamente terão, após ler este post, ficado com vontade de ir 'lançar' um carrinho pela rampa de uma destas estruturas abaixo, e de o ver ganhar velocidade até 'disparar' pela saída..

03.03.24

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

No último Domingo Divertido, há já várias semanas, virámos a nossa atenção para os Micro Machines da Concentra, uma de duas gamas de carros em miniatura a chegar a Portugal na década de 90; nada mais justo, pois, do que debruçarmo-nos agora sobre a segunda dessas colecções, e única sobrevivente até aos dias de hoje – os Hot Wheels, da Mattel.

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Fundamentalmente semelhantes aos Micro Machines, na medida em que se tratavam de carrinhos de brincar a escalas muito reduzidas, e com aparência entre o desportivo e o futurista, os Hot Wheels tinham um importante diferencial em relação à gama da Concentra, que lhes permitiu reter a sua popularidade até aos dias de hoje – as suas pistas. De facto, pese embora a ausência de um apresentador 'tagarela' a debitar mil palavras por minuto nos anúncios televisivos, a Hot Wheels punha especial foco nos circuitos nos quais as crianças e jovens podiam utilizar os carros - os quais incluíam, invariavelmente, pelo menos um 'looping', como convinha às melhores pistas de carros da época. Isto porque, enquanto que a abordagem dos Micro Machines era, sobretudo, centrada no tamanho reduzidíssimo das miniaturas, a Hot Wheels jogava mais com o factor 'espectáculo', enfatizando o facto de os seus carros serem especialmente desenhados para realizarem proezas e façanhas espectaculares – uma narrativa que se prolongou, inclusivamente, aos jogos interactivos da série.

Talvez por isso os Hot Wheels tenham conseguido não só fazer concorrência aos carrinhos da Galoob/Concentra – pese embora a sua chegada relativamente tardia ao mercado luso, já na ponta final da década de 90 - mas também superá-los, 'resistindo' a todas as flutuações e 'modas' no mercado dos brinquedos e mantendo-se firmes nas prateleiras das lojas de brinquedos, supermercados e hipermercados do século XXI. Assim, quem quiser mostrar aos filhos aquilo com que brincava quando tinha a mesma idade (ou, quem sabe, 'abrir-lhes o apetite' para a própria gama em si) pode facilmente fazê-lo com uma rápida visita a uma grande superfície, por oposição a ter de 'vasculhar' nas caixas de arrumação da infância – apenas mais uma vantagem daquela que, a quase três décadas de distância, se pode dizer ter sido a grande vencedora da 'guerra' de carrinhos em miniatura dos anos 90.

04.02.24

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Como já aqui foi mencionado numa edição anterior desta rubrica, os carrinhos de modelo, em escala reduzida, estiveram entre os brinquedos mais populares dos anos 90, em especial junto do público masculino. Quer se tivesse ou não uma das famosas e icónicas garagens, os carrinhos reuniam as características perfeitas para serem peça fulcral em qualquer Domingo Divertido – nomeadamente, a excelente relação entre preço, qualidade, e 'factor diversão' que proporcionavam, e que faziam com que a maioria dos rapazes da época (e também, adivinha-se, muitas raparigas) tivessem caixas cheias de diferentes modelos, prontos a serem empregues numa qualquer corrida ou 'campeonato de destruição' durante uma tarde de fim-de-semana em casa. E apesar de a grande maioria dos conteúdos destas mesmas caixas consistir, normalmente, de veículos da Matchbox ou congéneres de 'marca branca' comprados na loja 'dos trezentos', havia também altas probabilidades de encontrar, em meio a estes, pelo menos um carro da gama Micro Machines.

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De facto, os anos 90 (sobretudo a primeira metade) representaram o período áureo da gama de carrinhos a escala super-reduzida distribuídos em Portugal pela inevitável Concentra. Grande parte deste sucesso devia-se, como nos seus EUA natais, tanto à aparição dos minúsculos carrinhos no mega-sucesso 'Sozinho em Casa' - onde formam a base de uma das mais memoráveis armalhidas montadas por Kevin – como aos bem-conseguidos anúncios aos diferentes modelos da marca, 'debitados' ao melhor estilo 'relato de futebol de rádio' por um 'dobrador' com uma missão espinhosa – igualar a velocidade de discurso de John Moschitta Jr., o 'homem dos Micro Machines' original, cujo nome consta do livro de recordes do Guinness precisamente por esse feito. E a verdade é que o esforço do 'substituto' português em nada prejudicava a essência dos anúncios, que contavam ainda com um 'jingle' memorável, que ajudava a compôr ainda mais o 'ramalhete' – e a tornar os Micro Machines parte integrante das listas de Natal e anos de muitas crianças da época, pese embora o preço proibitivo por comparação aos carrinhos mais 'normais'.

Outra vertente que ajudava a distinguir os Micro Machines dos seus congéneres a escalas menos exageradas era a presença de pistas, muitas das quais 'disfarçadas' de edifícios ou veículos gigantes – uma daquelas propostas feitas à medida para cair no gosto das crianças noventistas, e que, suspeita-se, conseguiria mesmo algum sucesso nos dias de hoje. Assim – e apesar de, como os carros, não serem exactamente baratas – estas pistas não deixaram, certamente, de marcar presença nos quartos dos pequenos fãs da gama em causa, ajudando a tornar a experiência de brincar com os Micro Machines ainda mais entusiasmante.

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Uma das pistas da gama.

Face a todo este sucesso, não é, também, de estranhar que a marca tenha tido direito a adaptações para jogo de vídeo, todas elas bastante bem cotadas entre os adeptos do formato da altura, bem como a nada menos que três 'ressurreições': a primeira logo após a venda da licença à Hasbro, em finais dos anos 2000, a primeira em conjunção com o primeiro episódio da terceira saga 'Guerra das Estrelas', em mados da década de 2010, e a terceira já em inícios de 2020, encontrando-se esta, ainda hoje, disponível em certos mercados. Assim - e apesar de, em Portugal, a sua relevância se ter há muito, esfumado - é ainda bem possível que os elementos mais novos da chamada 'geração Z' venham a descobrir estes veículos, tal como sucedeu com os seus pais três décadas antes, e tornem a trazer o nome Micro Machines para a ribalta; até lá, ficam as memórias daquela linha de carrinhos tão pequenos que quase se podiam qualificar para a secção Quintas de Quinquilharia deste nosso blog...

12.09.21

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

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Este é daqueles posts que se podia ficar por uma imagem. Porque, a sério, basta mostrar algo como o retratado acima para a mente de uma criança dos anos 90 (principalmente do sexo masculine) imediatamente se encher de memórias de tardes passadas de volta dos seus ‘carrinhos’, a fazê-los correr e rodar por superfícies tão distintas como o sofá de casa (onde raramente rodavam) e o chão do quarto (onde provavelmente rolariam bem.)

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Quem nunca?

Fossem simples ou de fricção (o chamado ‘pull-back’), com ou sem suspensão realisticamente ‘saltitona’, feitos de ferro à prova de tudo ou de plástico mal-amanhado com rodas que mal rodavam, os carrinhos da Matchbox e suas marcas concorrentes marcaram, sem qualquer dúvida, época em Portugal, e poucos eram os rapazes que, à época, não tinham pelo menos um exemplar deste tipo de brinquedo no quarto – mesmo que fosse um daqueles bem ‘janosos’ saídos nas máquinas de bolinhas. Quem tivesse dos ‘bons’, com suspensão e tudo – ou, melhor ainda, uma garagem onde os colocar – podia considerar ter-lhe saído a ‘sorte grande’, pois uma configuração deste tipo era garantia de muitas e boas brincadeiras, quer sozinho, quer com amigos.

Enfim, a verdade é que, com perdão pelo post algo curto, pouco mais há a dizer sobre os carrinhos dos anos 90. Este tipo de brinquedo era tão simples e, ao mesmo tempo, tão omnipresente – podendo ser adquirido, individualmente ou em multipacks, em sítios tão variados quanto drogarias, lojas de brinquedos, barracas de feira, as supramencionadas máquinas de ‘bolinhas’, ou até como prémio do McDonald’s – que poucos serão os leitores deste blog que nunca tenham tido uma interacção directa com um, quanto mais não fosse por intermédio dos irmãos ou amigos. Palavras para quê? São carrinhos de brincar dos anos 90. Não é preciso dizer mais nada…

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