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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

10.09.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

por várias vezes aqui mencionámos que, por vezes, os conceitos mais simples são mais do que suficientes para entreter uma criança ou jovem – e o item de que falaremos neste 'post' é prova disso mesmo. Isto porque, apesar de não ser o brinquedo MAIS básico de sempre, o tema deste Sábado aos Saltos não deixa de ser pouco mais do que um pedaço de plástico ou borracha moldado numa forma arredondada – o que não o impede de ser um dos divertimentos mais populares um pouco por todo o Mundo desde, pelo menos, de finais do século XX.

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Dois 'primos' diferentes, mas de propósitos muito semelhantes.

Falamos, claro, dos clássicos 'discos voadores' (conhecidos internacionalmente como 'frisbees'), e dos seus 'irmãos mais novos', os ringues de borracha – dois tipos de produto que, em Portugal, constituíam mesmo a principal alternativa às raquetes e à tradicional bola (insuflável ou de futebol ou vólei) como o jogo de Verão por excelência. Embora tivessem, em relação aos mesmos, um 'handicap' considerável – nomeadamente, o facto de estarem sujeitos aos caprichos do vento, o que resultava em lançamentos muito pouco precisos que obrigavam, a maioria das vezes, a que um dos jogadores fosse buscar o brinquedo a uma distância considerável – estes dois 'primos direitos' colmatavam essa pecha com o facto de serem, como as raquetes, universalmente aceites por jovens e adultos de todas as idades, constituindo portanto um excelente divertimento familiar.

Também à semelhança das raquetes, os 'discos voadores' em plástico continuam a ser vendidos em larga escala hoje em dia, ainda que a sua presença nas praias e jardins portugueses seja, agora, muito menor, e o seu uso esteja maioritariamente confinado aos donos de cães de companhia – o que, aliás, acontece também com os ringues de borracha; quem cresceu em finais do século passado, no entanto, certamente terá memórias associadas a 'correrias' pela areia atrás de um disco que, de tão alta e rapidamente que voava, parecia em riscos de ir parar à praia seguinte...

09.01.22

NOTA: Este post é respeitante a Sábado, 09 de Janeiro de 2022.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Se houve coisa que não faltou nos anos 90, foram brinquedos de exterior direccionados a um público maioritariamente masculino e baseados nos veículos que os mesmos sonhavam, grande parte das vezes, com poder conduzir. Dos carros telecomandados aos veículos eléctricos ou a pedais, eram muitas e boas as alternativas para os 'putos' dos anos 90 poderem passar um Sábado aos Saltos a fingir serem condutores de corridas, ou até pilotos de avião.

No meio de toda esta oferta, talvez não fosse de esperar que um simples brinquedo movido por um mecanismo de fios conseguisse ganhar tanta popularidade; e, no entanto, foi precisamente isso que aconteceu com os aviões e helicópteros lançados por fio, de que falaremos no post de hoje.

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Exemplo moderno deste tipo de brinquedo

Surgidos em décadas anteriores, mas ainda bem vivos nos anos 90 - havia, até, versões mais elaboradas, em que se faziam voar personagens como fadas ou elfos, ao invés de simples veículos - estes produtos baseavam-se num sistema da mais pura simplicidade: o brinquedo assentava numa base da qual emergia um fio com uma argola na ponta, o qual se puxava para fazer levantar o helicóptero, avião, personagem, ou fosse o que fosse. Quanto mais força se aplicasse a este puxão, mais alto o brinquedo subiria - o que, claro, motivava a maioria das crianças a puxar o fio com quantas forças tinham, tornando estes produtos em alvos preferenciais dos pais, devido ao perigo que tal acção representava, quer para a criança, quer para aqueles que a rodeavam.

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Exemplo do modo de operação destes brinquedos

Nada, no entanto, que pudesse beliscar a popularidade destes produtos entre o público-alvo, sendo habitual ver, em parques e jardins por esse Portugal fora, crianças a lançarem este tipo de brinquedo (algumas, inclusivamente, tentavam fazê-lo em casa, o que motivava ainda mais a irritação dos pais); no cômputo geral - e apesar de, como tantas outras coisas de que aqui falamos, terem caído em desuso em décadas subsequentes, substituídos por alternativas digitais bem mais versáteis - estes brinquedos foram, durante várias décadas, prova do axioma que postula que algo nem sempre precisa de ser complicado ou complexo para ser bem-sucedido.

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