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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

30.03.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sábado, 29 de Março de 2025.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Não foram exclusivas da década de 80 e 90, antes pelo contrário (aliás, continuam a existir), mas marcaram, ainda assim, a infância de muitas crianças desse tempo, tendo potencialmente estado entre os primeiros brinquedos a figurar no 'parque' ou cesto dos brinquedos de bebé, ao lado das figuras de borracha até pela sua natureza segura e incontroversa. Falamos das bolas macias, de espuma, ideais para serem atiradas ou chutadas sem risco de magoar quer a própria criança, quer quaisquer circundantes.

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Disponíveis na variante genérica (adquirível em qualquer loja de brinquedos ou drogaria) e mais elaborada (a Chicco, por exemplo, teve nos anos 80 uma linha que imitava bolas de diferentes desportos, tendo existido lá por casa uma de futebol americano/râguebi, tingida em suaves tons de azul-bebé e rosa e com um guizo dentro, que soava quando atirada) estas bolas ofereciam a mesma combinação de simplicidade e diversão de qualquer outro tipo de esférico, com o 'bónus' adicional, acima descrito, de não causarem mossa aquando do contacto com uma qualquer superfície ou até ser vivo – algo que, num brinquedo dirigido a crianças ainda sem perfeita coordenação motora, se afirma como factor essencial.

É fácil, portanto, ver como a simplicidade, versatilidade, acessibilidade e natureza segura deste tipo de brinquedo (tanto em termos de distribuição como de preço) o tornava presença frequente, senão mesmo obrigatória, no quarto de qualquer criança pequena, e mesmo em contextos como o das aulas de ginástica infantil – tendência que, aliás, se tende a manter até aos dias de hoje, comprovando a longevidade deste tipo de produto e justificando a sua presença nesta nossa rubrica.

23.02.25

NOTA: Este 'post' é parcialmente respeitante a Sábado, 22 de Fevereiro de 2025.

NOTA: Por motivos de relevância, este Domingo será Desportivo.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Aos Domingos, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos principais acontecimentos e personalidade do desporto da década.

Recentemente, falámos aqui dos conjuntos de 'bowling' e golfe de brincar; no entanto, essas estavam longe de ser as únicas tentativas de replicar desportos reais à escala infantil. De facto, não só existiam outros desportos visados por este tipo de prática, como os instrumentos veiculados para simular esses mesmos desportos nem sempre eram tão obviamente 'falsos' como nos casos acima citados, como vem comprovar o brinquedo que abordamos este fim-de-semana.

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Não que as raquetes de ténis de brinquedo tivessem alguma pretensão ao realismo; não se tratavam de verdadeiros instrumentos para a prática do desporto à escala reduzida, mas antes de réplicas em plástico relativamente leve, o mesmo se aplicando à bola ou 'volante' de 'badminton' com que tendiam a ser comercializadas. No entanto, não deixa também de ser verdade que, mesmo com estas limitações, estes conjuntos potenciavam uma experiência muito mais próxima do verdadeiro desporto que simulavam do que qualquer dos seus congéneres anteriormente abordados nestas páginas, sendo perfeitamente possível organizar um jogo de ténis durante um Domingo Desportivo em família ou entre amigos apenas com recurso às mesmas. Talvez por isso a sensação de brincar com estas raquetes fosse ainda mais gratificante do que em qualquer dos casos acima referidos, permitindo mesmo rever-se como 'às' do ténis mundial, ainda que apenas por breves instantes...

Tal como muitos dos outros brinquedos de que aqui vimos falando, também as raquetes em plástico se encontram, ainda, disponíveis no mercado, mas em larga medida remetidas para 'sites' grossistas, sendo menos frequente encontrá-las no contexto da vida real. Ainda assim, tal como os outros 'kits' de pseudo-desporto, este é um produto relativamente intemporal, e que quiçá faça ainda as delícias das crianças da nova 'Geração Alfa', no intervalo entre dois vídeos de YouTube ou 'posts' nas redes sociais, durante um Sábado aos Saltos de sol...

09.02.25

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

O gosto pela música é uma das características mais inatas do ser humano, revelando-se, muitas vezes, logo desde tenra idade; o mesmo se passa com a tendência para imitar os gestos e comportamentos dos adultos, que principia assim que a criança tem idade suficiente para estar ciente do que a rodeia, e tomar decisões conscientes. Assim, não é de surpreender que um dos muitos brinquedos de sucesso entre as crianças dos anos 80 e 90 tenha tido por base uma combinação destas duas vertentes com a tecnologia da época, com um resultado final que não poderia deixar de ser irresistível. Nada melhor, portanto, do que dedicar mais um 'post' duplo a esta 'pérola' algo esquecida de muitos Domingos Divertidos.

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Falamos do gira-discos de brincar da Fisher-Price, o qual emulava o principal método de reprodução musical da época pré-dispositivos portáteis, mas substituindo as frágeis circunferências de vinil estriado por algo bastante mais resistente e adequado a ser manuseado pela demografia-alvo do brinquedo – no caso, discos em plástico duro, cada um deles codificado com uma respectiva cor pastel, que permitia às crianças em idade de pré-literacia saber que música neles estava contida sem, para isso, precisar de decifrar qualquer rótulo. Os temas, esses, consistiam de uma selecção de temas de domínio público, alguns deles especificamente criados para um público infantil (como 'A Ponte de Londres') e outros apenas de cariz apelativo para o mesmo (como a valsa 'Danúbio Azul'). E, apesar da 'distorção' natural derivada dos limitados aspectos técnicos do produto, a verdade é que cada um destes temas era perfeitamente inteligível, e muito agradável de ser ouvido.

No restante, o brinquedo funcionava exactamente como uma versão simplificada de um verdadeiro leitor de LP's, com o disco a ter de ser inserido no prato, a agulha posta em contacto com o mesmo e a corda dada antes de a canção poder ser reproduzida – uma mecânica que obrigava a criança a despender esforços mentais e processuais, ao mesmo tempo que lhe dava a conhecer o funcionamento de um gira-discos de verdade, como o que os pais possivelmente teriam na sala de casa. Assim, não é de admirar que muitos Domingos Divertidos se tenham transformado em Segundas de Sucessos graças a este 'sucedâneo' infantil de um produto para adultos, e à meia-dúzia de 'singles' incluídos no mesmo, que terão ajudado muitas crianças (portuguesas e não só) a descobrir e nutrir o gosto pela música.

Infelizmente, a era do CD viria a tornar este tipo de brinquedo obsoleto, nunca tendo havido uma 'versão' do mesmo em formato de Discman ou 'tijolo'. Assim, é provável que apenas os mais velhos de entre os leitores deste blog – crescidos ainda na era do vinil – recordem este saudoso produto; para esses, no entanto, é bem possível que este 'post' tenha despoletado uma vaga de nostalgia, e um daqueles momentos de recordação da infância (e respectivas exclamações de surpresa e espanto) tão característicos da natureza humana...

25.01.25

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Já aqui por diversas vezes falámos de brinquedos que procuravam simular e adaptar desportos 'reais' à realidade infantil, nomeadamente através do uso de plástico leve, o qual não só tornava os jogos mais seguros como também adequava os objectivos à força e destreza do público-alvo. Era assim, por exemplo, com o bilhar, os dardos, o bólingue, e também com o desporto de que falamos neste 'post', o golfe.

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De facto, nas mesmas lojas que vendiam os outros produtos acima elencados, era também possível encontrar estojos de golfe em miniatura, contendo no interior vários tacos e uma bola, todos em plástico oco, semelhante ao utilizado para os conjuntos de bólingue, por exemplo. Tal como acontecia com estes, a criança podia, assim, recriar um jogo de golfe, com todas as suas tacadas 'impossíveis', ainda que sem a presença de buracos, os quais tinham de ser 'improvisados' (com recipientes colocados na horizontal, por exemplo) ou ficar a cargo da imaginação. Fosse qual fosse o método escolhido, no entanto, os referidos conjuntos eram, invariavelmente, capazes de proporcionar tanto Sábados aos Saltos, com o quintal a servir de 'green', como Domingos Divertidos, como o jogo a desenrolar-se no chão do quarto - ainda que, em ambos os casos, provavelmente muito mais breves do que um verdadeiro jogo de golfe, com o seu ritmo lento e as suas quase duas dezenas de buracos.

Tal como sucede com os seus congéneres acima citados, continua a ser possível adquirir conjuntos de golfe deste tipo; no entanto, como também sucede com muitos dos outros 'kits' de desporto de brincar, os mesmos encontram-se confinados, em larga medida, a 'sites' grossistas da Internet, sendo raro encontrar um 'ao vivo e a cores', numa qualquer loja 'dos trezentos' ou chinesa. Quem viveu o período de maior popularidade destes brinquedos, no entanto, certamente se recordará de muitos fins-de-semana passados a aperfeiçoar a sua técnica de tacada, qual Tiger Woods em miniatura...

02.01.25

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Já aqui por diversas vezes falámos da apetência das crianças (independentemente da geração em que cresceram) para fazer barulho, seja por que meio fôr, e sob qualquer pretexto. Assim, não é de surpreender que uma das quinquilharias mais populares entre a juventude de finais do século XX se destinasse, precisamente, a esse fim.

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Utilizada sobretudo na noite de Ano Novo e durante a semana do Carnaval - alturas em que a sua funcionalidade e finalidade eram melhor aceites, dados os respectivos contextos, e de cujas gama de acessórios formavam parte integrante - as 'línguas-da-sogra' (não confundir com a bolacha do mesmo nome, clássico das praias portuguesas do mesmo período) eram um daqueles conceitos tão simples quanto genialmente apelativos, consistindo tão-sómente de um tubo de plástico do qual 'emergia' uma tira (ou língua) de papel, decorada com cores vivas ou mesmo desenhos, a qual se desenrolava mediante a aplicação de ar ao tubo de plástico, produzindo um som característico, semelhante ao de uma flatulência. O apelo deste brinquedo era, pois, não só evidente como duplo, já que o mesmo não só gerava um barulho divertido como também uma explosão de cor e efeitos visuais; junte-se a isso o preço eminentemente acessível deste produto, e estão reunidas as condições para tal 'quinquilharia' ter feito sucesso junto da juventude de um tempo mais simples, e em que era preciso bastante menos para divertir a criança ou jovem comum.

Tal como sucede com quase todos os produtos dessa época, no entanto, também a 'língua-da-sogra' se encontra hoje desaparecida do seu 'ambiente natural' de lojas de bairro, quiosques e papelarias (embora ainda possa ser comprada nos habituais sites 'vende-tudo' na Internet), e, por conseguinte, da consciência colectiva da juventude 'Alfa'. Para quem viveu momentos de diversão simples a soprar numa destas linguetas e a tentar não se rir do som produzido, no entanto, esta permanece sem dúvida como uma das muitas quinquilharias de infância lembradas com carinho e nostalgia em certas épocas do ano, e cuja memória é reavivada ao ler 'posts' como o que acabamos de concluir, no rescaldo de uma celebração que, há não muito tempo, teria sido, pelo menos em casas com crianças, tão pautada pelo som destes brinquedos como pelo de foguetes ou tampas de panela.

16.12.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Domingo, 15 de Dezembro de 2024.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Já aqui anteriormente falámos das figuras de acção e outros 'bonecos', e do papel fulcral que os mesmos desempenharam na infância das gerações 'X' e 'millennial', tanto em Portugal como um pouco por todo o Mundo ocidental. No entanto, estas figuras nem sempre eram acessíveis do ponto de vista financeiro, pelo que muitas crianças tinham que se contentar com a 'alternativa' – as figuras estáticas, em plástico duro (normalmente de uma só cor) adquiríveis ora em 'baldes' com dezenas ou centenas de bonecos, ora individualmente, por um preço irrisório, em drogarias e outras lojas tradicionais. E se os soldados do exército eram os 'reis' desta categoria, os dois tipos de figuras que partilhavam o 'segundo lugar' continuavam ainda, nos anos 90, a dar-lhes luta, pese embora ambas fossem relíquias de décadas passadas.

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Falamos dos índios e cowboys que, mesmo naqueles anos finais do século XX – em meio às atitudes 'radicais' e ironia crescente para com coisas mais 'inocentes' de outros tempos – continuavam a travar a sua perpétua batalha no chão de muitos quartos de criança de Norte a Sul de Portugal (e não só), proporcionando às referidas crianças Domingos quase tão Divertidos quanto teriam conseguido criar com os mais recentes 'bonecos' dos Power Rangers ou Dragon Ball Z, e com a vantagem adicional de obrigarem a puxar mais pela imaginação para criar cenários e aventuras vividas pelas figuras.

Infelizmente, os anos 80 e 90 foram mesmo o último momento em que brinquedos destes tiveram o seu espaço na vida quotidiana das crianças, já que o meteórico crescimento dos meios digitais nos últimos dez anos do século XX e inícios do seguinte rapidamente tornou figuras simples e sem grandes atributos, como estas, numa coisa do passado, impossível de comparar aos videojogos e 'bonecos' cada vez mais interactivos e realistas que os iam gradualmente substituindo – ao ponto de a parcela mais nova de leitores deste 'blog' já não ter, provavelmente, tido a experiência de brincar com o produto aqui homenageado. Para os restantes, no entanto, talvez este 'post' tenha despertado uma memória nostálgica, e quiçá uma vontade de ir 'desenterrar' os velhos índios e 'cowboys' do sótão, arrecadação ou garagem, para os mostrar aos filhos...

15.12.24

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Hoje em dia, a venda de réplicas de armamento a crianças é bastante mais regulada do que há trinta anos, por razões óbvias; no entanto, em finais do século XX, era ainda não só possível como aceitável comprar a um menor de idade uma versão 'a fingir' de uma arma de fogo ou equipamento de guerra autêntico – e, numa altura em que tanto os índios e 'cowboys' como Robin dos Bosques gozavam ainda de alguma popularidade entre o público jovem, não é de admirar que um arco com flechas de borracha figurasse entre as muitas escolhas disponíveis neste aspecto.

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Com um fio feito de cordel – mas, ainda assim, com tensão suficiente para fazer voar as flechas que o acompanhavam – e projécteis de ventosa aderente, o brinquedo em causa permitia a quem o empunhava imaginar-se a cavalo nas planícies do Faroeste, defendendo a sua aldeia das investidas dos colonos, na Floresta de Sherwood, roubando sacos de dinheiro, ou mesmo apenas em competições de arco e flecha, podendo estas últimas ser facilmente recriadas se, além do arco, se tivesse também uma réplica de um alvo. Fosse qual fosse a brincadeira, no entanto, a posse desta pseudo-arma bastava para proporcionar muitos e bons momentos, sozinho ou com os amigos, durante um Sábado aos Saltos.

Tal como acima mencionado, dificilmente um brinquedo deste tipo será visto numa loja de brinquedos, drogaria ou hipermercado actual – não só pela sua natureza rudimentar e quase artesanal (sem luzes LED ou quaisquer outros efeitos) como também pela mudança acentuada de mentalidades relativamente às armas, sejam elas de que natureza forem. Ainda assim, as gerações 'X' e 'millennial' – e até mesmo algumas das anteriores – não terão decerto deixado de criar memórias nostálgicas ligadas a este 'produto do seu tempo', hoje obsoleto e quase extinto, mas que em tempos fez a felicidade de muitos jovens no decurso de um Sábado aos Saltos.

01.12.24

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Em edições anteriores desta rubrica, falámos de brinquedos prevalentes em finais do século XX e nos primeiros anos do seguinte, e que eram capazes de proporcionar tanto um Sábado aos Saltos como um Domingo Divertido à sua demografia-alvo. Este fim-de-semana, voltamos a combinar as duas rubricas para juntar mais um nome a essa restrita, mas crescente lista.

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Falamos das bolas desmontáveis, um daqueles conceitos tão simples quanto brilhantes, e irresistíveis para qualquer ser humano de uma certa faixa etária. Tal como o nome indica, tratavam-se de bolas em plástico duro constituídas por vários painéis segmentados, os quais se podiam separar e juntar à boa maneira de peças de 'puzzle'. Era, assim, possível 'construir' uma bola, utilizá-la da forma convencional durante um Sábado aos Saltos e, terminada a brincadeira, 'parti-la' no chão e juntar as peças para, no dia seguinte, passar um Domingo Divertido a reconstruí-la. Um verdadeiro 'dois em um' que, apesar de não ser tão eficiente em cada uma das suas funções como o equivalente de 'uso único' (sendo, por exemplo, demasiado duro para ser atirado com força, e demasiado simplista para ser verdadeiramente desafiante enquanto quebra-cabeças) não deixava ainda assim de desempenhar ambas as funções de forma suficientemente competente para atrair a atenção e curiosidade do público-alvo.

Ao contrário de outros produtos aqui abordados, as bolas desmontáveis nunca chegaram a desaparecer totalmente do mercado. No entanto, tal como vários outros brinquedos de que aqui fomos falando, o seu 'nicho' actual consiste, sobretudo, de páginas e plataformas de venda grossista na Internet, sendo as mesmas praticamente impossíveis de detectar na vida quotidiana – algo que não deixa de ser curioso, dado o seu conceito relativamente intemporal, e capaz de apelar aos mais básicos insintos e gostos da população infanto-juvenil. As Gerações Z e Alfa ficam assim, infelizmente, privadas de conhecer o prazer vivido pelos seus pais em 'destruir' uma destas bolas com uma valente pancada no chão, apenas para a reconstruir quase de imediato, e reiniciar novamente o ciclo - uma daquelas sensações que nenhuma 'app' será, jamais, capaz de recriar...

 

04.11.24

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sábado, 02 de Novembro de 2024.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Existem conceitos sobre os quais é difícil inovar, e as tradicionais bolas são, certamente, um deles. Àparte a cosmética, o material e os aspectos técnicos, como o tamanho e o peso, este tipo de objecto tem permanecido quase imutável na forma e no uso durante grande parte da História da humanidade. Tal não obsta, no entanto, a que certas companhias tentem, ainda assim, dar o seu próprio cunho ao produto em causa, tendo um dos melhores exemplos disso mesmo ocorrido durante os anos 90, quando a norte-americana Balzac tentou juntar, num só produto, dois dos mais tradicionais objectos normalmente associados à infância.

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O resultado dessa experiência foi a chamada 'bola Balzac', que mais não era do que um invólucro de tecido esticado por cima de um balão extra-resistente, dando azo a uma bola ultra-leve, apropriada para todos os tipos de jogos, e que resolvia o problema da fragilidade dos balões tradicionais através do uso de borracha reforçada para o que lhe servia de recheio. Melhor – caso o mesmo rebentasse, podia ser utilizado qualquer outro, já que o revestimento exterior era removível através de um fecho-éclair. Esta medida não só garantia uma longevidade quase infinita para o produto em análise – pelo menos até o 'dono' se cansar do mesmo – como também oferecia uma vantagem adicional em termos de practicidade, já que o 'saco' exterior era facilmente lavável na máquina da roupa, ou mesmo à mão, permitindo assim manter o brinquedo limpo e asseado quando o mesmo não estava a uso.

Apesar de ser um produto marcadamente 'do seu tempo' – bastando olhar para os padrões fluorescentes do invólucro exterior para a situar nos anos 80 e 90 – a bola Balzac foi alvo de um surpreendente 'renascimento', encontrando-se, hoje, novamente disponível no mercado. E apesar de o seu interesse relativo para as gerações Z e Alfa ser, no mínimo, discutível, a verdade é que existem conceitos intemporais e bem conseguidos o suficiente para atravessar barreiras generacionais, e a bola Balzac tem tudo para ser um deles – o tempo o dirá. Nos entrementes, fica a breve homenagem a um produto que merecia ter tido mais repercussão em Portugal, à semelhança do que sucedeu em outros países a nível mundial.

26.10.24

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

A maioria dos brinquedos, jogos e produtos de que falamos nestas páginas, e nestas secções em particular, tinham ou têm como destinatário um público infanto-juvenil, já na plena posse das suas faculdades; tal não significa, no entanto, que os anos 80, 90 e 2000 portugueses não proporcionassem, também, inúmeras formas de crianças mais pequenas, e até bebés, conseguirem passar um Sábado aos Saltos seguido de um Domingo Divertido. O brinquedo que abordamos em mais um 'post' duplo do Anos 90 insere-se, precisamente, nessa categoria, conseguindo estimular, de uma só vez, as faculdades motoras, intelectuais e sensoriais da criança.

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Um dos poucos exemplos actuais deste tipo de brinquedo.

Falamos dos clássicos carrinhos de empurrar com os pés, tão icónicos das primeiras etapas de desenvolvimento das crianças quanto os cavalinhos de baloiço ou triciclos, e que, nos anos 90, se viram 'incrementados' de uma série de ferramentas educativas adicionais, que os tornavam, efectivamente, em 'híbridos dois-em-um'; por um lado, veículos de deslocação e, por outros, superfícies interactivas para quando as 'pilhas' se esgotassem e apetecesse ao bebé algo mais calmo. Isto porque as actividades adicionadas a estes carrinhos iam desde botões e buzinas para apertar a fim de produzir sons, até 'roletas' ou discos com imagens – uma espécie de 'slot-machines' inofensivas, em que os símbolos eram substituídos por animais – ou mesmo superfícies irregulares, cujo único objectivo era mesmo a descoberta através do toque, proporcionando assim uma experiência completa que ajudava a fomentar o desenvolvimento do bebé através da diversão.

Tal como muitos outros produtos abordados nestas páginas, também estes carrinhos acabaram, inevitavelmente, por sofrer uma mutação – curiosamente, no sentido inverso ao habitual, tendo-se novamente tornado mais simples e padronizados. Quem teve a sorte de crescer no breve período em que estes brinquedos tiveram 'funcionalidades extra', no entanto, sabe o quão divertidas as mesmas podiam ser – senão em primeira mão, pelo menos através da observação dos irmãos ou parentes mais novos – e desejará, certamente, que este tipo de carrinho voltasse a estar disponível, para que a geração actualmente na primeira infância (muitos dos quais filhos, precisamente, desses 'millennials') pudesse também passar muitos Sábados aos Saltos e Domingos Divertidos a brincar com um deles...

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