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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

19.10.25

NOTA: Este 'post' é parcialmente respeitante a Sábado, 18 de Outubro de 2025.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Hoje em dia, estão disponíveis uma série de tipos de 'veículos' de brincar destinados a ajudar crianças pequenas a ganhar confiança nas suas próprias funções motoras, a fim de mais tarde poderem passar aos tradicionais triciclos e bicicletas. Muitas destas formas de 'locomoção assistida' surgiram, no entanto, apenas nas últimas décadas do século XX, para complementar os tradicionais 'andarilhos', tendo as gerações 'X' e 'millennial' servido de 'cobaias', ajudando a aperfeiçoar o modelo que, até aos dias de hoje, continua a divertir os bebés em fase de desenvolvimento. E talvez o melhor exemplo deste paradigma tenha sido o produto que focamos neste 'post' – nomeadamente, os carros de empurrar com os pés.

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Um exemplo moderno, mas muito semelhante aos modelos 'clássicos'

Capazes de proporcionar bons momentos tanto num Sábado aos Saltos como num Domingo Divertido, estes carros surgiam pela primeira vez nos anos 80, na sua forma mais primitiva, ou seja, apenas com rodas e um volante que as crianças podiam girar enquanto fingiam 'guiar' a 'viatura'. Um formato básico, mas que permitia ainda assim o mais importante – que as crianças treinassem, e se habituassem, ao movimento de pernas necessário ao acto de andar – e que, por se tratar de um conceito relativamente novo, ainda não era alvo de escrutínio apertado por parte do grande público.

À medida que as décadas avançavam, no entanto, o produto em causa foi, naturalmente, obrigado a evoluir, tendo não só começado a surgir em formatos mais apelativos, como também a adicionar funcionalidades, sendo a primeira – e mais famosa – a capacidade de a criança (ou um educador) empurrar o carro, o que permitia não só aos pais oferecerem apoio físico nesta crucial fase de desenvolvimento, como também às próprias crianças 'passear' bonecas e peluches, o que, por sua vez, proporcionava excelentes momentos de https://portugalanos90.blogs.sapo.pt/sabados-aos-saltos-brincar-ao-529599faz-de-conta, também tão importante naquela fase da vida. São estes modelos que prevalecem até aos dias de hoje no mercado, sendo possível que muitos dos que aprenderam a andar com a ajuda daqueles carrinhos 'básicos' de finais dos anos 80 vejam, presentemente, os filhos viver a mesma experiência na versão 'evoluída' do brinquedo que ajudaram a 'testar' naqueles tempos mais simples...

21.09.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sábado, 20 de Setembro de 2025.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Os anos finais do século XX representaram o último 'sopro de vida' para muitos dos brinquedos e brincadeiras que haviam inspirado e entretido as gerações passadas. O advento e rápida expansão das novas tecnologias, bem como a globalização do comércio e consequente decréscimo dos preços de muitos produtos, fizeram com que muitas crianças da Geração 'X' em diante não quisessem ou sequer precisassem de conhecer os jogos e objectos de lazer 'improvisados' com que os seus pais e avós conviviam. Havia, é claro, excepções à regra – algumas das quais se mantêm até aos dias de hoje – mas, grosso modo, as décadas de 80 e 90 foram mesmo as últimas em que se utilizaram, ou sequer viram, certos produtos.

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Um bom exemplo deste paradigma são (ou foram) as bolas de trapos, um daqueles brinquedos 'inventados' pela falta de recursos, e que viria a ser erradicado pela facilidade em obter uma bola de espuma, borracha ou couro em qualquer loja de brinquedos ou desporto, drogaria, supermercado, grande superfície ou mesmo loja dos 'trezentos'. Com tal variedade e facilidade de acesso, aquele amontoado de folhas de jornal dentro de uma meia que os mais velhos haviam usado na sua infância acabava por parecer redundante, e até um pouco risível.

Apesar disto, ainda terá havido, no período em causa, quem tenha recheado, ou visto familiares rechearem, o referido pedaço de tecido com trapos, meias, jornais ou papel rasgado, para criar um brinquedo perfeitamente funcional, e que, por ser leve, podia mesmo ser utilizado dentro de casa, durante um Domingo Divertido – ainda que a maioria dos familiares não visse com bons olhos esse tipo de ideia. Por essa razão, e apesar de já à época serem praticamente uma relíquia do passado, fica apenas bem dedicar estas breves linhas a um dos últimos brinquedos clássicos do século XX a verdadeiramente deixar de existir.

 

08.09.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sábado, 06 de Setembro e Domingo, 07 de Setembro de 2025.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Numa ocasião anterior, lembrámos aqui os icónicos brinquedos de 'cone e bola', cujo objectivo passava por conseguir equilibrar a segunda na base do primeiro. Apesar de ter sido, de longe, o mais popular brinquedo de destreza do seu estilo no nosso País, no entanto, esse estava longe de ser o único representante do seu género, havendo pelo menos mais um produto similar que ajudou a 'matar' algum do tempo livre das crianças das gerações de 80 e 90.

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Semelhante, em muitos aspectos, ao famoso cone, a raquete com fio (ao qual estava amarrada a bola) requeria, no entanto, menos 'jeito', passando o objectivo apenas por bater a bola contra a raquete com cada vez maior velocidade, exibindo assim a coordenação motora do jogador. No fundo, uma espécie de cruzamento entre o cone, o não menos icónico 'Diabolo' e uma raquete de pingue-pongue – mas que, ao contrário dos dois últimos, podia ser utilizado em casa, tornando-a adequada tanto a um Sábado aos Saltos no exterior como a um Domingo Divertido entre paredes. Um brinquedo, portanto, que, estando longe de ser prioritizado em relação a um Game Boy ou bola de futebol – ou mesmo a algo mais 'à sua escala' como uma Ondamania – não deixava de constituir uma boa opção de recurso para aqueles dias mais 'parados' ou em que falta a inspiração para novas brincadeiras.

Tal como tantos outros produtos abordados nestas rubricas, estes brinquedos ainda são comercializados, embora sobretudo em grossistas 'online', os 'cemitérios' de conceitos cujo tempo já há muito passou. Ainda assim, naqueles anos mais simples e menos tecnologicamente carregados de finais do século XX, este brinquedo chegou a divertir, ainda que momentaneamente, muitas crianças em Portugal e não só, fazendo assim por merecer esta breve menção nas nossas páginas.

23.06.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sábado, 21 de Junho e Domingo, 22 de Junho de 2025.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

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Já aqui repetidamente mencionámos o facto de não ser, de todo, preciso grande complexidade de conceitos para entreter as crianças de finais do século XX; pelo contrário, alguns dos mais memoráveis brinquedos desse período primam pela simplicidade, bastando lembrar as 'febres' que foram as Ondamanias e os 'Diabolos'. Este paradigma estendia-se, também, a brinquedos que simulavam objectos ou elementos da vida real, estando por detrás não só de linhas como Lego Duplo, Playmobil e Pinypon, como também de brinquedos como os que abordamos neste 'post' duplo de fim-de-semana.

Isto porque, numa era em que o controlo remoto se principiava ainda a impôr, os aeromodelos eram caros e os carrinhos à escala eram a melhor opção para simular deslocações veiculares, não é de espantar que um brinquedo grande, relativamente económico e extremamente versátil (capaz de preencher tanto um Sábado aos Saltos como um Domingo Divertido) captasse a atenção das crianças. E era, precisamente, isso que acontecia com os barcos de brincar, muitos dos quais reuníam muitas ou todas as características supracitadas.

De facto, os anos 90 viam surgir nas drogarias, lojas de brinquedos e até lojas 'dos trezentos' todo o tipo de barcos à escala, desde os preparados para verdadeiramente 'navegar' ou 'velejar' (e que podiam ser testados na banheira de casa ou, pelos mais valentes, num curso de água exterior) até modelos de corda, ou outros que mais explicitamente se destinavam a um Domingo Divertido em casa, longe da água, ou até mesmo apenas à decoração de prateleiras, como o lendário e icónico barco pirata da Playmobil – isto sem falar daqueles que apresentavam 'função múltipla', afirmando-se como adequados para todas as funções supracitadas.

Fosse qual fosse a variante escolhida, no entanto, a diversão e o exercício da imaginação estavam garantidos, numa época em que a mente era mesmo o principal recurso para quem quisesse 'visitar' ou embrenhar-se em outros mundos. Talvez por isso tantas crianças, de ambos os sexos e de todas as idades, tivessem no quarto ou armário um qualquer tipo de barco de brincar, pronto a 'levantar âncora' sempre que para isso houvesse vontade...

05.06.25

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

A estimulação sensorial (incluindo visual) é das primeiras faculdades a ser desenvolvida em qualquer criança humana, tendendo as mesmas a reagir de forma entusiástica a padrões ou cores vivas, como as que adornam a maioria dos brinquedos para recém-nascido ou bebé. Não é, pois, de surpreender que uma versão ligeiramente mais 'avançada' do mesmo conceito fizesse as delícias das crianças portuguesas dos anos 80 e 90, sob a forma de uma pequena 'quinquilharia' que, quando investigava, revelava padrões fascinantes.

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Apesar de não serem, de todo, exclusivos desta época (as gerações mais antigas terão utilizado versões menos 'de bolso' em certos contextos psicotrópicos, ou apenas de festa) os caleidoscópios estavam, à entrada para a recta final do século XX, ainda algo em voga entre as crianças lusitanas, podendo ser encontrados com relativa facilidade tanto em lojas de brindes como dos trezentos. A versão noventista deste estimulante visual surgia, concretamente, sob a forma de uma pequena luneta, cujo vidro era moldado para, sob contacto com a luz, revelar um efeito visual ou colorido apelativo, que podia depois ser movimentado ou controlado através de um mecanismo rotativo situado em torno da lente. Um daqueles conceitos aparentemente simples mas que, na era pré-digital, ajudavam a 'matar' uns bons momentos, e podiam facilmente ser partilhada com os amigos e familiares, para que também eles disfrutassem da agradável surpresa visual contida naquele minúsculo objecto.

Tal como tantos outros brinquedos e conceitos de que falamos nesta e noutras rubricas, também os caleidoscópios acabaram por efectuar uma retirada discreta do mercado nacional, tendo simplesmente desaparecido da consciência colectiva infantil após a viragem do Milénio. Quem com eles brincou, no entanto, certamente recordará a surpresa de, subitamente, ver aquele vidro aparentemente simples desdobrar-se em reflexos e padrões aparentemente impossíveis, e anteriormente insuspeitos. Razão mais que suficiente para dedicarmos algumas linhas a mais uma das muitas 'quinquilharias' noventistas que as novas gerações nunca conhecerão, mas que os seus pais recordam com carinho.

27.05.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Domingo, 25 e Segunda-feira, 26 de Maio de 2025.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

Já aqui em ocasiões passadas falámos dos instrumentos musicais de brincar, os quais ocupavam uma 'zona cinzenta' entre a autenticidade e a pura fantasia, e permitiam às crianças não só fazer de conta que eram músicos famosos mas também, caso desejassem, explorar e desenvolver as suas capacidades e talento para a música. Apesar do destaque que então lhes outorgámos, no entanto, estes estavam longe de ser os instrumentos mais comuns ou populares entre as crianças portuguesas das gerações 'X' e 'millennial'; pelo contrário, havia um outro que, por ser simultaneamente mais barato e mais acessível, acabava por surgir com muito maior frequência nos Domingos Divertidos dessa demografia,

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Pequena e 'descartável' o suficiente para quase se poder qualificar para as Quintas de Quinquilharia, a harmónica era um daqueles 'brindes' que facilmente se traziam para casa após uma visita à drogaria ou loja dos 'trezentos', e que se 'desenterrava' periodicamente do 'desterro' da gaveta para alguns minutos bem passados a tentar 'tirar' ou criar músicas. Normalmente feitas em metal meio 'dourado' e sem quaisquer adereços – se bem houvesse também versões adornadas com desenhos apelativos para o público infantil – as também chamadas 'gaitas de beiços' não permitiam grande amplitude no tocante à composição, mas colmatavam essa desvantagem com o facto de serem fáceis de tocar, levando a que a maioria das crianças acreditasse saber fazê-lo – o que, escusado será dizer, nem sempre era verdade. Aliado à irresistível apetência para 'fazer barulho' partilhado pelas sucessivas gerações de crianças um pouco por todo o Mundo, e à facilidade de substituição quando inevitavelmente se amolgassem ou perdessem, este factor contribuía para fazer das harmónicas um daqueles objectos que 'viviam' na 'periferia' da vida quotidiana das gerações em causa, estando normalmente à distância de um braço, prontas a serem 'repescadas' para mais uma 'sessão compositiva'.

Tal como muitos outros produtos de que aqui vimos falando (brinquedos e não só) as harmónicas tiveram uma saída extremamente discreta do mercado português, com pouca ou nenhuma percentagem do seu público-alvo a dar pela sua falta, e gerações subsequentes a nunca sequer saberem da sua existência. Durante o seu período áureo em finais do século XX, no entanto, as 'gaitas de beiços' representaram um daqueles passatempos 'perenes', perfeitos para 'tapar buracos' durante um Domingo Divertido.

30.03.25

NOTA: Este 'post' é respeitante a Sábado, 29 de Março de 2025.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Não foram exclusivas da década de 80 e 90, antes pelo contrário (aliás, continuam a existir), mas marcaram, ainda assim, a infância de muitas crianças desse tempo, tendo potencialmente estado entre os primeiros brinquedos a figurar no 'parque' ou cesto dos brinquedos de bebé, ao lado das figuras de borracha até pela sua natureza segura e incontroversa. Falamos das bolas macias, de espuma, ideais para serem atiradas ou chutadas sem risco de magoar quer a própria criança, quer quaisquer circundantes.

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Disponíveis na variante genérica (adquirível em qualquer loja de brinquedos ou drogaria) e mais elaborada (a Chicco, por exemplo, teve nos anos 80 uma linha que imitava bolas de diferentes desportos, tendo existido lá por casa uma de futebol americano/râguebi, tingida em suaves tons de azul-bebé e rosa e com um guizo dentro, que soava quando atirada) estas bolas ofereciam a mesma combinação de simplicidade e diversão de qualquer outro tipo de esférico, com o 'bónus' adicional, acima descrito, de não causarem mossa aquando do contacto com uma qualquer superfície ou até ser vivo – algo que, num brinquedo dirigido a crianças ainda sem perfeita coordenação motora, se afirma como factor essencial.

É fácil, portanto, ver como a simplicidade, versatilidade, acessibilidade e natureza segura deste tipo de brinquedo (tanto em termos de distribuição como de preço) o tornava presença frequente, senão mesmo obrigatória, no quarto de qualquer criança pequena, e mesmo em contextos como o das aulas de ginástica infantil – tendência que, aliás, se tende a manter até aos dias de hoje, comprovando a longevidade deste tipo de produto e justificando a sua presença nesta nossa rubrica.

23.02.25

NOTA: Este 'post' é parcialmente respeitante a Sábado, 22 de Fevereiro de 2025.

NOTA: Por motivos de relevância, este Domingo será Desportivo.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Aos Domingos, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos principais acontecimentos e personalidade do desporto da década.

Recentemente, falámos aqui dos conjuntos de 'bowling' e golfe de brincar; no entanto, essas estavam longe de ser as únicas tentativas de replicar desportos reais à escala infantil. De facto, não só existiam outros desportos visados por este tipo de prática, como os instrumentos veiculados para simular esses mesmos desportos nem sempre eram tão obviamente 'falsos' como nos casos acima citados, como vem comprovar o brinquedo que abordamos este fim-de-semana.

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Não que as raquetes de ténis de brinquedo tivessem alguma pretensão ao realismo; não se tratavam de verdadeiros instrumentos para a prática do desporto à escala reduzida, mas antes de réplicas em plástico relativamente leve, o mesmo se aplicando à bola ou 'volante' de 'badminton' com que tendiam a ser comercializadas. No entanto, não deixa também de ser verdade que, mesmo com estas limitações, estes conjuntos potenciavam uma experiência muito mais próxima do verdadeiro desporto que simulavam do que qualquer dos seus congéneres anteriormente abordados nestas páginas, sendo perfeitamente possível organizar um jogo de ténis durante um Domingo Desportivo em família ou entre amigos apenas com recurso às mesmas. Talvez por isso a sensação de brincar com estas raquetes fosse ainda mais gratificante do que em qualquer dos casos acima referidos, permitindo mesmo rever-se como 'às' do ténis mundial, ainda que apenas por breves instantes...

Tal como muitos dos outros brinquedos de que aqui vimos falando, também as raquetes em plástico se encontram, ainda, disponíveis no mercado, mas em larga medida remetidas para 'sites' grossistas, sendo menos frequente encontrá-las no contexto da vida real. Ainda assim, tal como os outros 'kits' de pseudo-desporto, este é um produto relativamente intemporal, e que quiçá faça ainda as delícias das crianças da nova 'Geração Alfa', no intervalo entre dois vídeos de YouTube ou 'posts' nas redes sociais, durante um Sábado aos Saltos de sol...

09.02.25

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

O gosto pela música é uma das características mais inatas do ser humano, revelando-se, muitas vezes, logo desde tenra idade; o mesmo se passa com a tendência para imitar os gestos e comportamentos dos adultos, que principia assim que a criança tem idade suficiente para estar ciente do que a rodeia, e tomar decisões conscientes. Assim, não é de surpreender que um dos muitos brinquedos de sucesso entre as crianças dos anos 80 e 90 tenha tido por base uma combinação destas duas vertentes com a tecnologia da época, com um resultado final que não poderia deixar de ser irresistível. Nada melhor, portanto, do que dedicar mais um 'post' duplo a esta 'pérola' algo esquecida de muitos Domingos Divertidos.

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Falamos do gira-discos de brincar da Fisher-Price, o qual emulava o principal método de reprodução musical da época pré-dispositivos portáteis, mas substituindo as frágeis circunferências de vinil estriado por algo bastante mais resistente e adequado a ser manuseado pela demografia-alvo do brinquedo – no caso, discos em plástico duro, cada um deles codificado com uma respectiva cor pastel, que permitia às crianças em idade de pré-literacia saber que música neles estava contida sem, para isso, precisar de decifrar qualquer rótulo. Os temas, esses, consistiam de uma selecção de temas de domínio público, alguns deles especificamente criados para um público infantil (como 'A Ponte de Londres') e outros apenas de cariz apelativo para o mesmo (como a valsa 'Danúbio Azul'). E, apesar da 'distorção' natural derivada dos limitados aspectos técnicos do produto, a verdade é que cada um destes temas era perfeitamente inteligível, e muito agradável de ser ouvido.

No restante, o brinquedo funcionava exactamente como uma versão simplificada de um verdadeiro leitor de LP's, com o disco a ter de ser inserido no prato, a agulha posta em contacto com o mesmo e a corda dada antes de a canção poder ser reproduzida – uma mecânica que obrigava a criança a despender esforços mentais e processuais, ao mesmo tempo que lhe dava a conhecer o funcionamento de um gira-discos de verdade, como o que os pais possivelmente teriam na sala de casa. Assim, não é de admirar que muitos Domingos Divertidos se tenham transformado em Segundas de Sucessos graças a este 'sucedâneo' infantil de um produto para adultos, e à meia-dúzia de 'singles' incluídos no mesmo, que terão ajudado muitas crianças (portuguesas e não só) a descobrir e nutrir o gosto pela música.

Infelizmente, a era do CD viria a tornar este tipo de brinquedo obsoleto, nunca tendo havido uma 'versão' do mesmo em formato de Discman ou 'tijolo'. Assim, é provável que apenas os mais velhos de entre os leitores deste blog – crescidos ainda na era do vinil – recordem este saudoso produto; para esses, no entanto, é bem possível que este 'post' tenha despoletado uma vaga de nostalgia, e um daqueles momentos de recordação da infância (e respectivas exclamações de surpresa e espanto) tão característicos da natureza humana...

25.01.25

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Já aqui por diversas vezes falámos de brinquedos que procuravam simular e adaptar desportos 'reais' à realidade infantil, nomeadamente através do uso de plástico leve, o qual não só tornava os jogos mais seguros como também adequava os objectivos à força e destreza do público-alvo. Era assim, por exemplo, com o bilhar, os dardos, o bólingue, e também com o desporto de que falamos neste 'post', o golfe.

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De facto, nas mesmas lojas que vendiam os outros produtos acima elencados, era também possível encontrar estojos de golfe em miniatura, contendo no interior vários tacos e uma bola, todos em plástico oco, semelhante ao utilizado para os conjuntos de bólingue, por exemplo. Tal como acontecia com estes, a criança podia, assim, recriar um jogo de golfe, com todas as suas tacadas 'impossíveis', ainda que sem a presença de buracos, os quais tinham de ser 'improvisados' (com recipientes colocados na horizontal, por exemplo) ou ficar a cargo da imaginação. Fosse qual fosse o método escolhido, no entanto, os referidos conjuntos eram, invariavelmente, capazes de proporcionar tanto Sábados aos Saltos, com o quintal a servir de 'green', como Domingos Divertidos, como o jogo a desenrolar-se no chão do quarto - ainda que, em ambos os casos, provavelmente muito mais breves do que um verdadeiro jogo de golfe, com o seu ritmo lento e as suas quase duas dezenas de buracos.

Tal como sucede com os seus congéneres acima citados, continua a ser possível adquirir conjuntos de golfe deste tipo; no entanto, como também sucede com muitos dos outros 'kits' de desporto de brincar, os mesmos encontram-se confinados, em larga medida, a 'sites' grossistas da Internet, sendo raro encontrar um 'ao vivo e a cores', numa qualquer loja 'dos trezentos' ou chinesa. Quem viveu o período de maior popularidade destes brinquedos, no entanto, certamente se recordará de muitos fins-de-semana passados a aperfeiçoar a sua técnica de tacada, qual Tiger Woods em miniatura...

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