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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

23.07.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

Com a época balnear oficialmente em curso, e as temperaturas a atingirem máximas poucas vezes vistas, poucas coisas apetecem mais do que um mergulho, seja na praia, numa piscina pública ou num dos cada vez mais raros aqua-parques ainda resistentes em certos pontos do País; isto porque, infelizmente, a outra opção disponível para as crianças e jovens dos anos 90 e 2000 já não é, pelo menos para esses mesmos ex-'putos', viável.

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Quem sabe, sabe...

Falamos das piscinas de quintal, aqueles mistos de brinquedo e instrumento utilitário que, depois de devidamente insuflados, davam a quem tinha a sorte de os possuir muitos momentos de diversão em dias de maior calor, muitas vezes até na companhia de familiares ou amigos da mesma idade.

E se é verdade que, na era do digital e da conectividade global, é difícil perceber o apelo do que era basicamente uma versão mais 'chique' de uma tina ou tanque (especialmente uma que apenas permitia um volume de água extremamente raso) a verdade é que nenhuma criança daquela época que tenha tido a sorte de ter essa experiência a trocaria por qualquer aparelho 'Bluetooth' ou 'drone', especialmente em épocas como a que actualmente se vive em Portugal, com o calor abrasador e a fazer estragos; a conveniência de apenas ter de chegar ao quintal para se refrescar (e de poder permanecer na água o tempo que se quisesse, ao contrário do que acontecia, por exemplo, com os banhos de mangueira) tinha muito mais valor do que se pudesse, à primeira vista, pensar – tanto assim que quem não tinha espaço ou dinheiro para adquirir uma destas piscinas, normalmente desejava que a situação fosse a contrária, para que também eles pudessem disfrutar da experiência que os amigos e colegas viviam naqueles Sábados em que os únicos Saltos que apetecem dar são mesmo dentro de água...

É de crer que, hoje em dia, as piscinas de quintal para crianças não tenham ainda desaparecido; afinal, a simples diversão de um banho rodeado de brinquedos (e, com sorte, amigos) é daquelas sensações verdadeiramente intemporais. A verdade, no entanto, é que estes apetrechos cada vez se vêem menos, quer em lojas, supermercados e hipermercados, quer em quintais por esse País fora, pelo que resta esperar que este não seja mais um daqueles produtos nostálgicos para toda uma geração, mas actualmente em 'vias de extinção'...

17.07.21

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

E num fim-de-semana em que o calor bate intenso, as temperaturas sobem, e o que apetece mesmo é estar na praia ou na piscina, nada melhor do que recordar uma das principais ‘soluções de compromisso’ para quem não podia usufruir desses recursos – as Super Soaker, ‘metralhadoras de água’ de maior ou menor potência popularizadas durante os anos 90, e que ajudaram muitas crianças (portuguesas e não só) a refrescarem-se em dias quentes de Verão.

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Criadas pela norte-americana Nerf, conhecida pelas suas versões ‘seguras’ – normalmente de espuma – de populares jogos e brinquedos, a Super Soaker fugia um pouco dos moldes da companhia, tendo mesmo chegado a criar controvérsia devido à força e pressão com os jactos de água eram emanados quando se pressionava o gatilho; e se no modelo básico, a Super Soaker 50, esse já era um problema de relevo, imagine-se com os modelos mais poderosos! Esta característica fazia com que muitos pais, com receio de acidentes graves, não deixassem os filhos ter destas pistolas, acelerando assim a retirada das mesmas do mercado.

Ainda assim, enquanto existiram, as Super Soaker – que eram distribuídas em Portugal pela omnipresente Concentra – eram, passe a expressão, o ‘sonho molhado’ de qualquer criança, especialmente das que tinham um jardim e vários amigos com os quais recriar as cenas mostradas nos anúncios ao produto; afinal, o que havia para não gostar na ideia de molhar os amigos com uma pistola que parecia a arma do Rambo - e que, em pelo menos uma instância, aparecia nas mãos DO PRÓPRIO RAMBO?!

Nem o Rambo resiste ao encanto da Super Soaker...

E, claro, como qualquer produto popular entre a massa jovem, a Super Soaker teve a sua quota-parte de imitações ‘marca branca’, as quais, paradoxalmente, acabavam por ser mais seguras, devido à menor pressão de água que atingiam relativamente à arma ‘oficial’, a qual as tornava menos conducente a acidentes.

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Um exemplo de 'Super Faker' - ou 'Faker Soaker', se preferirem...

Infelizmente, os referidos receios relativos à pressão dos jactos de água faziam com que apenas alguns ‘sortudos’ pudessem desfrutar das sensações e experiências acima referidas, ficando a maioria dos seus amigos relegados a imaginar como seria encenar essas ‘guerras’. Curiosamente, esses medos não foram suficientes para deixar a Super Soaker ‘fora de combate’ de forma permanente, sendo que a Nerf lançou, recentemente, um modelo atualizado da famosa pistola de água, com um visual totalmente redesenhado e, presumivelmente, jactos de água menos potentes, até devido à maior preocupação com os padrões de segurança de brinquedos e outros produtos dirigidos a um público infanto-juvenil. É, pois, perfeitamente possível que as crianças do novo milénio continuem a ter ‘guerras’ de Super Soakers com os amigos, semelhante às que aconteciam na ‘nossa’ época; e, num dia como hoje, quase que dá vontade de ter novamente 10 ou 12 anos, e podermos, nós próprios, reviver essa experiência…

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