08.03.25
NOTA: Este 'post' é respeitante a Quinta-feira, 6 de Março de 2025.
Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.
Faziam parte da colecção de quinquilharias de qualquer criança ou jovem de finais do século XX, embora muita vezes acabassem por raramente ser usados, e servissem sobretudo para ser admirados, enquanto esperavam 'aquela' ocasião especial. Falamos dos blocos de notas com desenhos como pano de fundo das páginas, sobre os quais nos debruçaremos nas linhas seguintes.
Exemplo moderno do produto em causa.
Normalmente em formato 'de bolso', e destinados a servir como 'bloco de cabeceira' ao lado do telefone ou em cima da secretária, eram facilmente adquiríveis em qualquer boa papelaria ou tabacaria, com uma enorme variedade de motivos, desde padrões como flores ou espirais até bonecos 'genéricos', ou mesmo, em ocasiões mais raras, personagens licenciados, como Hello Kitty; por vezes, chegavam mesmo a ser levemente perfumados, o que ainda acrescia mais ao estatuto 'super-especial', e os tornava pouco adequados a anotar números de telefone ou moradas. Talvez por isso a maioria dos jovens os tirasse da gaveta apenas para mandar mensagens aos amigos ou 'paixonetas', para fazer listas de interesse pessoal, ou para admirar os motivos que adornavam as páginas, fazendo com que apenas um bloco chegasse a durar vários anos.
Apesar deste uso 'religiosamente' regrado, no entanto – e apesar de raramente saírem da gaveta das quinquilharias – pelo menos um destes blocos fará, certamente, parte das memórias remotas de qualquer português das gerações 'X' e 'millennial', as últimas para quem este tipo de produto fez sentido, antes de tudo passar a poder ser guardado no telemóvel, relegando os blocos com motivos de fundo para a pilha de produtos obsoletos que as demografias mais novas dificilmente voltarão a usar...