Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

18.02.23

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

O terceiro fim-de-semana de Fevereiro fica, no calendário lusitano, normalmente marcado pela festividade conhecida como Carnaval, a qual, por sua vez, acarreta consigo uma série de acções e tradições próprias e características, sem as quais a festa não tem o mesmo colorido. E por o Carnaval ser, historicamente, uma festa ligada à diversão (mais ou menos) sem regras, várias destas tradições tem um pendor algo 'maroto', procurando incomodar ou inconvenienciar o próximo – embora, claro, também haja algumas mais 'inocentes' e cujo espírito é meramente de festa. Este Sábado, elencamos cinco das principais diversões que punham os 'putos' noventistas aos Saltos a cada fim-de-semana de Carnaval.

  1. Serpentinas

    download.jpg

A menos lesante das divesões contidas nesta lista, o lançamento das tradicionais fitas em papel colorido tinha (e tem) a desvantagem de poluir bastante as ruas. Ainda assim, a sensação de ver aquela 'cobra' de papel desenrolar-se a um toque de pulso nunca deixará de ser gratificante, especialmente para uma criança ou jovem – à qual acresce, ainda, a possibilidade de ver o rolo embater numa qualquer cabeça mais desprevenida, juntando uma vertente cómico-maliciosa a todo o processo. Ainda assim, as serpentinas ficam mesmo pelos lugares inferiores da lista, por serem menos populares e versáteis do que os restantes divertimentos nela contidos.

  1. Martelinhos

    MARTELINHO-SAO-JOAO-SORTIDO-12840_l.png

'Reciclados' das festas do São João, no Porto, os martelinhos têm a dupla aliciante de 'chatear' sem magoar, já que as suas superfícies são, regra geral, plastificadas e maleáveis, expressamente para permitirem bater nos mais diversos 'alvos', gerando a cada vez o tradicional 'pio', quase tão irritante quanto o próprio acto de levar com eles. Um 'clássico' do Carnaval, ainda hoje, que só fica a perder em relação aos três outros produtos ainda por citar no campo da versatilidade e potencial destrutivo.

  1. Balões de Água

baloesaguag.jpg

Já aqui lhes dedicámos um post completo – no qual, aliás, referimos o perigo de passar desprevenido debaixo de prédios de apartamentos na altura do Carnaval, tornando-se assim o alvo perfeito para um balão de água em queda livre em direcção ao alto da cabeça. Além desta vertente, os balões de água podiam ainda ser atirados a veículos – embora poucos fossem os que se atreviam, pelo alto potencial de acidentes que tal acto causava – ou usados em 'guerras' entre amigos ou rivais, razão que os via ser banidos da maioria das escolas do País nesta época do ano.

  1. Estalinhos

estalinhos-de-carnaval-cantos-1_pc-thumb.jpg

Também já aqui falámos destes pequenos mas ruidosos apetrechos, ideais para assustar os mais distraídos, normalmente fazendo-os estalar mesmo nas suas costas – uma prática a que poucos conseguiam resistir durante este período...

  1. Ovos

ovos-quebrados-no-asfalto-molhado-dia-mau-tempo-ch

Um dos muitos resultados do lançamento de ovos durante o Carnaval.

A mais perigosa das diversões aqui citadas, mas também a que oferecia maior potencial destrutivo – e, por isso mesmo, a mais apreciada por quem via no Carnaval uma oportunidade de 'pregar partidas' e se portar mal sem consequências. Também, naturalmente, banido da maioria dos estabelecimentos escolares, este produto alimentar acabava ainda assim, inevitavelmente, espalhado nas roupas e cabelos dos jovens mais incautos, num efeito semelhante ao dos balões de água, mas ainda mais destrutivo – valendo-lhes, assim, a vantagem sobre os mesmos, e o primeiro lugar nesta nossa lista.

O que acharam deste Top 5? Concordam? Discordam? Esquecemo-nos de alguma 'partida'? Façam-se ouvir nos comentários!

05.03.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Já várias vezes aqui referimos que as melhores brincadeiras nem sempre são, necessariamente, as mais complicadas, antes pelo contrário – por vezes, basta um bocado de elástico suficientemente comprido, ou algumas marcas no chão da rua, para se passar uns bons momentos de brincadeira com os amigos.

Dessa perspectiva, um bocado de plástico ou borracha oco e repleto de hélio ou outro gás pode ser considerado um dos acessórios mais simples de entre todos os que já falámos nesta rubrica, a par do referido elástico; no entanto, como qualquer criança tanto dos anos 90 como dos dias de hoje atestará, o mesmo traz infinita alegria a qualquer jovem de uma certa idade, por mais efémera que a mesma seja.

Sim, hoje falamos dos bons e velhos balões, essa eterna fonte de tantos sorrisos como lágrimas, normalmente de vida curta, mas do qual a maioria das crianças nunca se parece cansar. E apesar de este não ser, de todo, um produto exclusivo dos anos 90 – pelo contrário, mais intemporal seria difícil – a verdade é que o mesmo fez parte de todas as nossas infâncias, merecendo por isso o destaque neste nosso 'blog' nostálgico. Até porque, nos anos 90, não havia apenas um tipo de balão, nem tão-pouco dois, existindo mesmo variedades hoje desaparecidas.

images.jpg

O simples e honesto balão de borracha

Destas, a mais comum era, claro, a de borracha lisa e unicolor e forma vagamente oval, vendida em pacotes com dezenas ou até centenas, que se podia decorar com um desenho ou frase, e que - precisamente devido ao seu baixo custo e alta customização - era presença constante em festas de anos, eventos publicitários ou de empresas, e outras efemérides semelhantes, normalmente amarrada a um pau de plástico que prevenia que escapassem, mas também reduzia a mobilidade.

Bales-Metalizados-20131112161353.jpg

Uma visão que suscitaria a cobiça de qualquer criança

O segundo tipo mais frequentemente vislumbrado na mão de uma criança – ou a voar pelo céu, depois de o fio ter escapado da mesma – era também dos mais cobiçados, e era normalmente encontrado à porta de eventos dedicados ao público infantil, embora também marcasse ocasionalmente presença em parques e jardins movimentados; falamos, é claro, do balão em forma de boneco, normalmente alusivo a uma qualquer propriedade mediática popular entre o público-alvo, mas que também podia representar apenas algo mais genérico, mas ainda assim do interesse do mesmo, como um unicórnio ou um carro de corridas. Este tipo estava, normalmente, associado a uma ocasião ou saída (de Sábado...) especial, e – quando não voava antes de chegar a casa – tendia a atingir o fim de vida junto ao tecto do quarto do dono, onde era alvo de uma 'mirragem' lenta mas inexorável...

17_a260-q.jpg

Os característicos balões de animais

Depois, claro, havia também balões que não eram bem 'balões', na medida em que não subiam, nem eram feitos para subir. Dos balões de água já aqui falámos, mas havia ainda os balões usados por artistas de festa para fazer os famosos 'animais', mais compridos que os 'normais' de festa de anos, e – ao contrário destes – com tendência a ficarem bem 'amarrados' à gravidade, fazendo das suas formas características (normalmente de cavalo, cão, girafa, flor, espada, ou a mais 'preguiçosa' cobra) o seu principal ponto de interesse para o público-alvo.

bulk-punch-ball-assortment-250-pc-_5_765-a02.jpg

Quem nunca fez isto, não sabe até que ponto é divertido...

Para além destes tipos, ainda hoje comuns, havia, conforme referido, outros tipos de balão que já quase não se vêem, dos quais o mais comum talvez fosse o chamado 'Punch Ball' – um balão em forma de esfera perfeita, recheado de algum tipo de grão ou substância dura, e dotado de um elástico estrategicamente colocado no topo do balão, que permitia ao dono sacudi-lo, fazendo assim saltar os grãos do recheio e causando um som estralejante. Uma mecânica por demais simples, mas que ilustra perfeitamente a máxima exposta no início deste post, visto não haver criança que não tirasse deste viciante e satisfatório movimento diversão suficiente para tornar ainda mais prazerosa a ida ao Jardim Zoológico ou feira popular.

Fosse qual fosse o tipo, no entanto, um balão entregue a uma criança era garantia de momentos de extasiante felicidade – pelo menos, até o mesmo fugir ou, pior, rebentar, transformando os sorrisos em lágrimas de desgosto ou susto. Mesmo com este pequeno senão, no entanto, era (e continua a ser) rara a criança que recusa ou se opõe à ideia de receber um balão, fazendo deste imortal acessório de saídas e brincadeiras de exterior um dos mais perenes e duradouros de sempre entre a demografia infanto-juvenil – e, como tal, um tema mais que meritório para este Sábado aos Saltos.

 

11.09.21

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

E neste que potencialmente será um dos últimos Sábados de verdadeiro calor de 2021, nada melhor do que recordar uma das melhores – ou piores, dependendo a quem perguntem – maneiras de se manter fresco quando as temperaturas subiam a pique nos anos 90: os balões de água.

BALOES-DE-AGUA-100-UNID_1_l.jpg

Esta imagem pode causar stress pós-traumático, dependendo de que lado de uma 'guerra' costumavam ficar...

Ainda que fazendo parte daquele lote de brinquedos e diversões que não têm, verdadeiramente, época, os balões de água têm vindo a tornar-se uma visão cada vez mais rara à medida que a sociedade avança para um paradigma cada vez mais seguro e averso a toda e qualquer fonte de dano físico ou psicológico às crianças (não que os balões de água magoassem, mas apanhar com um era sempre um pouco lesante, quanto mais não fosse por ficarmos todos molhados…)

Nos anos 90, no entanto, ainda não havia tanto essa preocupação, e como tal, os balões de água eram visão corrente, tanto no Verão, a serem usados em ‘guerras de água’ entre familiares, amigos, vizinhos ou colegas de escola, como (estranhamente) no Carnaval, altura em que eram frequentemente lançados das varandas de prédios citadinos – sem pré-aviso, claro, senão não tinha piada. E se levar com um balão de água quando o tempo a isso convida já não é ideal, apanhar com um em FEVEREIRO, e sem se estar à espera, era ainda muito pior! Apesar disso, ninguém nunca se queixou da existência destas pequenas bexigas, que decerto terão ajudado muitas crianças a melhorarem os reflexos e a motricidade, para se poderem desviar deles…

download.jpg

Muito educativo, de facto... 

Hoje em dia, os balões de água ainda se encontram para venda em diversos tipos de lojas, tanto físicas como online (onde, estranhamente, aparecem rotulados como brinquedos educativos!) Ainda assim, como já foi dito mais acima neste post, a sua presença e popularidade entre a juventude já não é o que era, e é de duvidar que uma criança de hoje em dia se aproxime com extremo cuidado de um grupo de ‘rufias’ que avança na sua direcção, não vão estes estar ‘armados’ com uma panóplia de balões de água prontos a atirar… Relíquias de uma época que já não volta, mas que, felizmente, conseguimos pelo menos continuar a recordar nas páginas deste nosso blog…

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub