07.10.23
As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais e momentos.
Na última edição desta rubrica, falámos do Oceanário, uma das mais memoráveis Saídas de Sábado para as crianças e jovens de finais dos anos 90, sobretudo as residentes na região de Lisboa. Para essas, no entanto, a nova atracção criada como parte da infra-estrutura da Expo '98 não era o único local onde se podiam ver, ao vivo e a cores, peixes e outros elementos da fauna aquática; nada mais justo, portanto, do que dedicarmos esta semana algumas linhas ao seu principal 'concorrente'.
A fachada do edifício permanece praticamente inalterada desde a época em causa.
Falamos do 'velhinho' mas icónico Aquário Vasco da Gama, já à época centenário, mas ainda capaz de fazer as delícias dos entusiastas da vida aquática, com a sua vasta gama de peixes e algumas 'atracções especiais', que faziam com que uma Saída de Sábado ao dito estabelecimento valesse bem a pena – mesmo tendo em conta as relativas dificuldades em chegar à zona limítrofe de Algés e Dafundo, onde o mesmo se situava. Isto porque, se o Oceanário aliciava os visitantes com a possibilidade de ver lontras-marinhas, o Aquário contava, à época, com uma instalação dedicada aos leões-marinhos, onde os visitantes podiam admirar alguns exemplares da dita espécie; mais tarde, este mesmo recinto, localizado no extremo mais distante do edifício, passou a albergar pinguins, uma alternativa apenas marginalmente menos interessante e entusiasmante.
Além desta 'atracção principal', o Aquário Vasco da Gama dos anos 90 contava, ainda, com outro aliciante óbvio – no caso, um fóssil de lula gigante, com lugar de honra perto da entrada, e que não deixava de causar espanto e admiração nos jovens visitantes. Em conjunto com outros pequenos 'toques' interactivos (como a caixa que permitia ouvir os 'choques' emitidos pelas enguias eléctricas do outro lado do vidro) e com as instalações já de si atractivas e bem decoradas, estes elementos contribuíam para fazer do Aquário uma alternativa mais clássica e antiquada, mas não menos interessante ou apelativa, ao Oceanário, dando às crianças e jovens de Lisboa e arredores a possibilidade de escolha no tocante à observação de animais aquáticos – razão mais que suficiente para lhe dedicarmos algumas linhas nesta nossa rubrica dedicada a locais memoráveis para uma saída de fim-de-semana.