02.10.21
NOTA: Este post corresponde a Sexta-feira, 01 de Outubro de 2021.
Um dos aspetos mais marcantes dos anos 90 foi o seu inconfundível sentido estético e de moda. Em sextas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das marcas e modas mais memoráveis entre os jovens da ‘nossa’ década.
Hoje em dia, com a chegada a Portugal de cadeias internacionais como a Primark e a abundância de outras lojas de roupa dirigidas a jovens, é fácil esquecer o impacto que, durante anos, a Zara teve entre a demografia mais joven na Península Ibérica, e em especial em Portugal. Por ser oriunda do país vizinho, a marca teve uma implementação muito mais fácil e bem sucedida em Portugal do que em países como o Reino Unido, por exemplo (onde ainda hoje é pouco conhecida e considerada ‘de nicho’) e tornou-se local de ‘romaria’ para jovens de ambos os sexos durante quase duas décadas.
Um logotipo bem conhecido de quem mora (ou cresceu) perto de um centro urbano.
Uma das principais razões para esta frequência ‘religiosa’ da cadeia (para além dos preços, que à época eram ao nível do que se vê hoje num Primark) eram as colecções de t-shirts lançadas anualmente quer nas próprias lojas Zara, quer nas suas filiais mais ‘cool’ e alternativas, as Pull & Bear. Com temas diferentes todos os anos – mas sempre o mesmo grau de sucesso e implantação entre os jovens – estas colecções tinham a particularidade de, muitas vezes, consistirem de produtos licenciados, que normalmente não se encontrariam numa cadeia de lojas de roupa vulgar - houve, por exemplo, colecções da Hanna-Barbera, e outra com logotipos de bandas de rock clássico (ambas já no novo milénio, mas ainda assim relevantes para este artigo.)
Uma t-shirt que marcou época no início do século/milénio
Os jovens daquela época (que não tinham, nem de longe, os meios de que os de hoje dispõem) tinham, assim, oportunidade de comprar t-shirts ou sweatshirts alusivas às suas propriedades intelectuais favoritas, a um preço mais convidativo do que o praticado por lojas especializadas. E enquanto que, hoje em dia, essa prática é comum em cadeias como (novamente) a Primark, na altura, era rara e inovadora o suficiente para granjear à Zara (ainda mais) sucesso entre os jovens.
Não eram apenas as t-shirts licenciadas que faziam sucesso, no entanto – os ‘designs’ próprios das peças com marca Zara ou Pull também eram, regra geral, apelativos o suficiente para gozarem de enorme sucesso entre os jovens (por aqui, por exemplo perdemo-nos a certa altura de amores por um casaco de fecho e capuz verde-seco, e estivemos longe de ser os únicos nesse ano…), merecendo assim ser incluídos nesta breve homenagem à cadeia de roupa por excelência do adolescente citadino dos anos 90 e 2000.