01.12.23
Os anos 90 estiveram entre as melhores décadas no que toca à produção de filmes de interesse para crianças e jovens. Às sextas, recordamos aqui alguns dos mais marcantes.
Os anos 90 estiveram entre as décadas mais pródigas no que a filmes de família diz respeito. Senão, veja-se: o início da década viu serem lançados clássicos como 'O Meu Primeiro Beijo', 'Voando P'ra Casa', 'Beethoven', 'Sozinho em Casa', 'Papá Para Sempre', 'Três Bruxas Loucas', 'Hook' e 'Um Porquinho Chamado Babe', bem como vários dos melhores filmes da Disney, enquanto que os últimos anos antes da viragem do Milénio viram surgir a sequela do referido 'Babe', 'Pequenos Guerreiros', 'Anastasia', 'Matilda a Espalha-Brasas' ou a adaptação em 'acção real' d''Os 101 Dálmatas', além de ainda mais clássicos intemporais da chamada 'Renascença Disney'. A esta ilustre lista, há ainda que juntar um filme que comemora dentro de poucos dias vinte e cinco anos sobre a sua estreia em Portugal, e que, certamente, terá marcado a infância de muitos dos membros mais novos da geração 'millennial'.
Trata-se de 'Pai Para Ti...Mãe Para Mim', um daqueles títulos desnecessariamente longos e complexos para um filme que, no original, se chamava simplesmente 'The Parent Trap'. Estreada em Portugal a 11 de Dezembro de 1998, esta actualização do filme do mesmo nome originalmente produzido em 1961 é, hoje em dia, famosa por ter servido de 'rampa de lançamento' para a carreira de uma tal Lindsay Lohan, que, na década seguinte, se tornaria presença frequente nas páginas dos tablóides e imprensa 'cor-de-rosa'. Em 1998, no entanto, a jovem actriz contava apenas doze anos, surgindo ainda com a inocência e charme infantil intactos, no papel de duas gémeas fisicamente idênticas, mas de personalidades opostas, que concebem um plano para evitar que os pais se separem, dando azo às habituais confusões e peripécias típicas deste género de filme.
E se Lohan era mesmo o principal foco de interesse para o público-alvo, já os espectadores adultos podiam apreciar as interpretações de Dennis Quaid e Natasha Richardson como pais das meninas, as quais podem ajudar a aliviar um pouco o tédio que, inevitavelmente, se abate sobre esta demografia ao assistir a filmes infantis – categoria na qual 'Pai Para Mim...' definitivamente se insere. De facto, este é um daqueles filmes em que um adulto sem filhos dificilmente terá interesse, sendo que mesmo os mais jovens apenas o revisitarão por questões mais nostálgicas. Para quem tem a cargo crianças da idade apropriada, no entanto, 'Pai Para Mim...' pode constituir uma interessante 'descoberta', e introduzir alguma variedade na infinita rotação de 'Frozen', 'Encanto', 'Carros' e 'Homem-Aranha'...