03.09.22
Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.
As primeiras edições desta rubrica foram dedicadas a alguns dos mais populares meios de locomoção assistida entre o público infanto-juvenil da época, como as bicicletas BMX, os skates ou os patins em linha; concomitantemente a todos eles, no entanto, existia um outro 'meio de transporte' que, não sendo tão generalizado como os acima referidos, não deixava de proporcionar excelentes Sábados aos Saltos a quem o possuía.
Um modelo clássico do brinquedo em causa, que poderia perfeitamente ter pertencido a qualquer criança de finais do século XX
Falamos dos 'karts' a pedal, veículos ainda hoje populares em certas partes do Mundo (como a América do Sul) e que também chegaram a ter o seu 'momento ao sol' em Portugal, em finais dos anos 80 e inícios de 90 – embora, conforme já referimos, em muito menor escala do que os seus congéneres, presumivelmente devido ao preço mais elevado.
De funcionamento semelhante ao de uma bicicleta (ou, pelo número de rodas, um triciclo), mas com os pedais colocados na frente (nas posições em que, normalmente, estariam o acelerador e travão de um kart eléctrico ou a motor) estes veículos constituíam - até à chegada dos Playcenters de 'shopping' e respectivas pistas de 'karts 'a sério' - a melhor (e única...) opção para quem queria simular a emoção de uma corrida deste tipo no seu quintal, pátio, ou até na rua; no entanto, a falta de velocidade por comparação a uma bicicleta ou até a uns patins, bem como a maior complexidade e lentidão da manobra, poderão ter jogado contra os 'karts' a pedal no tocante a popularidade - o que, aliado ao já referido preço algo elevado, terá contribuído para que poucas crianças da época tivessem conseguido (ou, até, querido) desfrutar da experiência de conduzir um destes veículos. Uma pena, já que os 'karts' a pedal poderiam perfeitamente (e talvez até merecessem) ter tido uma palavra a dizer no mercado da locomoção divertida de finais do século XX, e ter sido bem mais do que os 'parentes pobres' dos outros veículos mencionados ao longo deste texto.