03.04.23
NOTA: Este 'post' é correspondente a Sábado, 01 de Abril de 2023.
Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.
No dia 1 de Abril celebra-se, tradicionalmente, o Dia das Mentiras, uma data sem grande significado para os adultos, mas que, para os mais novos, era o pretexto perfeito para contar 'petas' sem por isso se meter em sarilhos, bem como para levar a cabo algumas 'partidas' mais ou menos inofensivas tendo como 'vítimas' os familiares, vizinhos ou amigos. É de algumas das mais clássicas entre essas brincadeiras que falaremos neste 'post'.
Uma partida clássica e intemporal
Havia, por exemplo, as clássicas partidas com recurso a balões de água ou estalinhos, que embora tivessem no Carnaval o seu auge, eram também por vezes levadas a cabo em outras alturas do ano. Outro clássico eram os insectos de borracha, à época bem fáceis de arranjar como brinde nas máquinas de bolas ou em qualquer tabacaria, drogaria ou loja de brinquedos, e perfeitos para assustar os familiares à mesa ou 'esconder' num sítio onde causassem o máximo impacto. Havia, ainda, a velha brincadeira de bater à porta ou tocar à campainha e sair em disparada antes que o dono da casa aparecesse, bem como as tradicionais partidas telefónicas, normalmente efectuadas a partir de cabines telefónicas, e tendo como alvo os números gratuitos, caso em que as consequências monetárias eram mínimas (nem sequer era preciso gastar impulsos no Credifone), e a possibilidade de ser descoberto através do número menor ainda.
Estas não eram, claro, as únicas partidas levadas a cabo pelas crianças daquela época; antes pelo contrário, havia um sem-número de outras, de variados graus de 'gravidade' (dos 'nhecos' aos toques nas costas, imediatamente seguidos de um ar inocente, como se não se tivesse tocado) sendo o único limite a imaginação (e, por vezes, os princípios morais). Algumas dessas (e algumas das que acima mencionámos) continuam, mesmo, a divertir a nova geração de crianças nos dias que correm - embora, actualmente, o meio preferencial para pregar 'partidas' seja mesmo a Internet, e o cariz das mesmas se prenda mais com as identidades falsas e o chamado 'catfishing'. Quem viveu a sua juventude em finais do século XX, no entanto, terá - esperemos - chegado a estas últimas linhas deste 'post' com um enorme sorriso, ao recordar as partidas em que tomava parte ao lado dos amigos...