05.04.25
NOTA: Este 'post' é parcialmente respeitante a Quinta-feira, 3 de Abril e Sexta-feira, 4 de Abril de 2025.
Os anos 90 viram surgir nas bancas muitas e boas revistas, não só dirigidas ao público jovem como também generalistas, mas de interesse para o mesmo. Nesta rubrica, recordamos alguns dos títulos mais marcantes dentro desse espectro.
Um dos aspetos mais marcantes dos anos 90 foi o seu inconfundível sentido estético e de moda. Em sextas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das marcas e modas mais memoráveis entre os jovens da ‘nossa’ década.
Clássicos de décadas passadas, encontravam-se já em declínio nos anos 90, mas – nas suas versões modernizadas – conseguiram ainda conquistar os corações de uma última geração de crianças e jovens antes de se remeterem à obsolescência. Falamos das revistas de recortes e construção de indumentárias, um produto que combina na perfeição as temáticas das Quintas no Quiosque e das Sextas com Style, num único conceito tão simples quanto apelativo para um certo sector da população.
Exemplo moderno
A ideia era por demais simples: cada revista oferecia, nas primeiras páginas, um ou dois 'modelos' (nos anos 90, normalmente, um de cada sexo) aos quais podiam, depois, ser aplicados os conjuntos de roupa presentes nas restantes páginas. A diversão advinha do facto de todos estes elementos serem recortáveis, podendo os bonecos também ser erguidos em posição vertical, servindo efectivamente como 'manequins' para as indumentárias incluídas na revista, as quais se podiam acoplar a eles mediante dobragens nos sítios indicados.
É claro que nem sempre esta experiência era cem por cento 'limpa' – até porque era precisa grande precisão para recortar em volta das roupas, podendo esta experiência facilmente redundar em frustração para os mais 'desastrados' de mãos; mesmo quem conseguia cortar bem arriscava-se a que as dobras necessárias para 'vestir' os modelos se rasgassem, tornando a respectiva peça inutilizável. Tudo isto era, no entanto, aceite como parte da experiência, ajudando a torná-la ainda mais desafiante e divertida.
Como tal, mesmo sendo de 'utilização única' (uma vez 'experimentadas' todas as roupas, o interesse desvanecia-se consideravelmente) estas tradicionais revistas conseguiam, ainda, proporcionar bons momentos de diversão às crianças e jovens de finais do século XX, tal como já o haviam feito com os seus pais. Infelizmente, o dealbar da era digital veio retirar a última réstia de relevância a produtos deste tipo, e a Geração Z já sequer chegaria a ter contacto com os mesmos; quem alguma vez passou uma tarde divertida a 'vestir' aqueles bonecos da revista, no entanto, decerto compreenderá o surgimento de tais publicações nas nossas páginas, e recordará aqueles tempos de criança em que algo tão simples podia, simultaneamente, ser tão divertido...