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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

09.12.21

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Numa edição anterior desta rubrica, dedicámos a nossa atenção às colecções de cromos, uma das principais categorias de 'quinquilharia' presentes no bolso ou estojo de qualquer criança dos anos 90. Os 'stickers' para a caderneta estavam, no entanto, longe de ser o único artigo deste tipo a merecer a atenção dos mais pequenos durante aquela época; pelo contrário, qualquer pedaço de papel plastificado com verso aderente era grandemente apreciado – e avidamente procurado – pela demografia em causa.

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As famosas folhas de autocolantes dos anos 90

Os autocolantes estavam longe de ser um fenómeno exclusivo dos anos 90 – na verdade, a sua época áurea tivera início na década anterior – mas não há como negar que, no final do século XX, os mesmos se encontravam ainda muito em voga entre as crianças e jovens, fossem eles adquiridos por via promocional ou adquiridos na tabacaria, naquelas famosas folhas com séries de pequenos desenhos relacionados ao mesmo tema. E havia autocolantes alusivos a tudo, desde as óbvias motas, monstros, princesas e cenas 'fofinhas' até bandas, países, desenhos animados e, claro, produtos e serviços oferecidos por companhias que procuravam estabelecer-se no mercado - isto, claro, sem esquecer os oferecidos como brinde na compra de artigos alimentares, como as famosas colecções dos 'Tou's' do Bollycao ou dos jogos da Sega, das Donetes.

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Uma das mais famosas séries de autocolantes da década

Qualquer que fosse a origem ou temática, no entanto, os autocolantes eram invariavelmente açambarcados, e tinham sensivelmente os mesmos destinos: a capa do caderno ou 'dossier' (que, se fosse lisa, era revestida de autocolantes na frente e verso para formar uma colagem ao estilo mosaico), o armário do quarto ou cabeceira da cama, a tampa da consola, o 'skate' ou bicicleta e até, para os mais imaginativos, locais como o tanque do peixinho ou tartaruga (nos anos 90, rara era a casa com crianças que não tinha, pelo menos, um autocolante num sítio insólito ou inesperado.) As crianças dos anos 90 simplesmente adoravam o efeito que aqueles pedaços de papel adesivo colorido davam a superfícies que, sem eles, pouco brilho tinham, e não é portanto de admirar que os mesmos fossem presença assídua nos bolsos dos mesmos, no meio de todas as outras 'quinquilharias' de que aqui falamos regularmente.

Como quase tudo de que aqui falamos, também os autocolantes foram praticamente 'obliterados' pelo advento da era digital – excepto, estranhamente, no mundo da música, onde continuam a ser um brinde bastante utilizado e apreciado. Ainda assim, qualquer pessoa que tenha decorado a tampa do seu portátil com um cromo ou adesivo se lembrará do tempo em que não era só um, mas muitos, espalhados um pouco por todo o quarto, nos brinquedos e nos livros da escola...

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