22.10.21
NOTA: Este post é respeitante a Quinta-feira, 21 de Outubro de 2021.
Todas as crianças gostam de comer (desde que não seja peixe nem vegetais), e os anos 90 foram uma das melhores épocas para se crescer no que toca a comidas apelativas para crianças e jovens. Em quintas-feiras alternadas, recordamos aqui alguns dos mais memoráveis ‘snacks’ daquela época.
Qualquer pessoa que tenha frequentado uma festa de anos, festa da escola, ou até visitado uma avó ou tia certamente terá sido transportado para esses tempos simplesmente por ler o título deste post. Isto porque o doce que hoje abordaremos foi e continua a ser um clássico de qualquer gaveta de guloseimas ou festa infantil, pelo seu sabor tão agradável quanto o preço.
Falamos dos rebuçados Penha, que ainda hoje continuam a ser vendidos – e, certamente, a marcar a infância de tantas crianças quanto naqueles tempos. Fossem os tradicionais rebuçados de fruta, de invólucro branco com 'lacinhos' de cores distintas e uma imagem do próprio fruto como principal indicador do sabor, ou os inacreditáveis rebuçados de nata (ou, mais concretamente, 'toffee') os doces da Penha estavam entre as opções mais fiáveis, incontroversas e universalmente aceites de entre os doces processados disponíveis no mercado português da época; ninguém gostava particularmente destes doces (com possível excepção dos de nata) e poucos os teriam como primeira opção no momento de comprar guloseimas...mas, ao mesmo tempo, não havia quem NÃO gostasse deles, e não ficasse satisfeito por os ver numa mesa de festa, saquinho de brindes, ou na gaveta de casa da avó. Constituíam, pois, uma aposta segura, tanto para quem os comprava como para quem os comia, o que talvez ajude a explicar a sua continuada popularidade.
'If you know, you know...'
Outro potencial factor dessa mesma popularidade era a consistência destes rebuçados, diferente da da maioria dos competidores, e mais próxima da dos Sugus (que também paulatinamente abordaremos aqui no blog) do que de uns Bola de Neve, por exemplo (e sim, os Bola de Neve também vão aparecer por aqui mais cedo ou mais tarde.) O próprio sabor ficava próximo do dos Sugus, sendo tão abertamente artificial como inegavelmente agradável – a combinação perfeita para apelar ao público-alvo, tanto naquele tempo como agora.
Enfim, este é daqueles tópicos sobre os quais não há muito a dizer; são aqueles rebuçados da nossa infância, que a professora distribuía na aula, ou que apanhávamos da mesa da festa de anos do nosso melhor amigo, e mais tarde punhamos na nossa para ele e outros comerem. No entanto, apesar de simples e 'sem história', a verdade é que estas pequenas guloseimas acabaram por deixar uma marca indelével em todas as nossas infâncias, justificando assim plenamente a sua presença neste nosso blog...