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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

07.07.22

NOTA: Este post é respeitante a Quarta-feira, 06 de Julho de 2022.

A banda desenhada fez, desde sempre, parte da vida das crianças e jovens portugueses. Às quartas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos títulos e séries mais marcantes lançados em território nacional.

Embora seja um dos tópicos mais importantes do currículo escolar básico, a História de Portugal não é, de modo algum, consensual entre os alunos desse nível de ensino, dado o seu pronunciado ênfase na memorização de datas, locais e nomes, que rapidamente se torna algo 'maçuda'; assim, não é de todo de admirar que, ao longo das últimas décadas, tenham sido levadas a cabo uma série de tentativas de tornar o estudo dos acontecimentos que levaram ao momento presente mais atractivo e agradável para a demografia-alvo.

Destas, uma das mais marcantes e bem-sucedidas surgiu pela mão (e pena) de A. do Carmo Reis (também responsável pela colecção História Júnior, de índole bastante semelhante), em finais dos anos 80 – embora a sua presença nas livrarias e estantes infantis durante a década seguinte tenha sido suficientemente vasta para justificar a sua inclusão nestas páginas. Tratava-se de uma série de adaptações em banda desenhada de momentos-chave da História lusitana, publicadas pelas Edições Asa sob o auto-explicativo nome de 'História de Portugal em BD'.

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Um número da colecção com o grafismo original de finais da década de 80, entretanto alterado

Com início em 1987, esta série continua hoje – exactas três décadas e meia depois – a marcar presença nos escaparates, e por bom motivo: além do método mais 'leve' e ligeiro como a informação é transmitida, a série pauta-se pelo excelente grafismo, algures entre a vertente mais séria e adulta da BD franco-belga e o estilo que ia, à época, imperando 'dentro de portas'. O resultado, ainda que potencialmente 'adulto' demais para o público-alvo (e atractivo, sobretudo, para quem já tinha interesse prévio no tema) é de evidente e indisfarçável qualidade, factor que terá contribuído para tornar esta colecção popular em bibliotecas quer tradicionais, quer inseridas num contexto escolar – onde se presume que continue a marcar presença até aos dias de hoje, ainda que em edições póstumas e ligeiramente diferentes a nível de apresentação gráfica.

Em suma, ainda que incapaz de ultrapassar os preconceitos da maioria dos alunos em relação ao estudo da História, esta colecção representou uma tentativa corajosa de mudar esse paradigma, missão na qual foi, infelizmente, apenas parcialmente bem sucedida – mas, ainda assim mais do que suficiente para lhe dedicarmos alguns parágrafos nesta Quarta de Quadradinhos...

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