03.04.22
Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.
No Sábado aos Saltos desta semana, falámos dos tubos giratórios que, ao serem abanados, cortam o ar, produzindo um som ululante que faz as delícias de qualquer criança. No entanto, esses estavam longe de ser os únicos brinquedos a fazer uso desta 'tecnologia' que tanto êxito surtia, e como tal, vamos hoje falar de outra aplicação de enorme sucesso dada a este método durante os anos 90: os microfones de brincar.
Não, não falamos daqueles que, normalmente, acompanhavam os gravadores ou leitores de cassettes para crianças (outro produto, já agora, do qual teremos a seu tempo de aqui falar); referimo-nos, antes, à variante oca, de plástico, e que tinha na criação de ecos de qualquer som feito para dentro deles o principal motivo de interesse.
De facto, o eco é um daqueles fenómenos que desperta um fascínio inexplicável sobre os seres humanos em idade formativa, mesmo quando é aplicado a uma escala bastante reduzida, como era o caso com estes brinquedos. O simples facto de este artefacto 'responder' ao que quer que lhe fosse dito era já, por si só, suficiente para fazer as delícias da maioria das crianças; o facto de as fazer, também, sentir como verdadeiras estrelas da 'pop' era apenas um bónus, que tornava o referido brinquedo ainda mais atractivo do que já era por si só.
Em suma, apesar de não ser daqueles produtos 'de parar recreios', nem de incitar febres à escala nacional, os microfones de eco eram (ou melhor, continuam a ser) apenas mais uma prova - como se ainda fosse necessário – de que não eram precisos conceitos mirabolantes para proporcionar bons momentos e criar um potencial 'brinquedo favorito' para as crianças dos anos 90 – muitas vezes, bastava mesmo um pedaço de plástico oco equipado com a revolucionária tecnologia da reverberação de ar...