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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

25.06.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

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Quando, há algum tempo, abordámos os jogos tradicionais de rua mais apreciados pelas crianças dos anos 90, deixámos involuntariamente de fora um dos mais populares: o jogo da 'Meia-Noite'.

Sim, esse mesmo, em que um dos participantes era escolhido como 'líder´, a quem cabia, a cada novo turno, decidir que cor 'não queria ver à meia-noite'. Cabia, então, a todas as crianças com roupa ou acessórios da referida cor esconderem-se – ou, pelo menos, saírem do campo de visão do líder – sob pena de serem 'apanhados' e excluídos do jogo.

Uma premissa tão simples quanto a de qualquer dos outros jogos mencionados no referido post, mas que rendia momentos tão ou mais bem disputados e divertidos, especialmente em grupos onde as regras fossem alargadas a QUALQUER artigo da referida cor, ainda que o mesmo mal fosse visível a olho nu – quem não perdeu uma ronda de 'Meia-Noite' porque a pulseira, as meias ou a camisola de baixo eram da 'cor proibida', nunca desfrutou das plenas potencialidades deste jogo.

Enfim, tal como congéneres como a 'Mamã Dá Licença', 'Macaquinho do Chinês' ou 'Barra do Lenço', a 'Meia-Noite' é daqueles jogos de transmissão social capazes de entreter um grupo de crianças durante um período relativamente longo, sem que para isso seja necessário adquirir qualquer acessório, ou até aprender conjuntos complexos de regras; perfeito, portanto, para um Sábado aos Saltos na rua com os amigos.

11.06.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

E porque a época balnear oficialmente abriu, e o calor aperta e convida a uma ida à praia, piscina ou parque aquático, nada melhor do que recordar um dos passatempos por excelência de qualquer Saída ao Sábado desse tipo – o clássico Beach Ball, ou 'jogo das raquetes'.

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O clássico 'design' da grande maioria das raquetes deste tipo comercializadas em Portugal durante os anos 90

Uma das poucas actividades verdadeiramente intemporais abordadas neste blog (ainda hoje é possível ver pessoas de todas as idades a disputar uma partida em qualquer praia de Norte a Sul do país, e a clássica 'redinha' com duas raquetes de madeira ou plástico e uma bola de borracha continua a ser omnipresente em qualquer loja de praia, e até em lojas generalistas ou de bairro) o Beach Ball é um daqueles jogos sem regras definidas, e que convidam cada par ou grupo a inventar as suas próprias variantes – há quem delimite 'campos', há quem simplesmente se coloque a uma certa distância, há quem permita dois toques enquanto outros apenas admitem um único....em suma, cada um joga da maneira que mais lhe aprouver, sem grandes preocupações quanto às regras.

O 'outro lado' desta questão surge, claro, quando jogadores habituados a jogar de forma distinta se juntam, causando potenciais discordâncias quanto ao que é, ou não, permitido – no fundo, o mesmo problema que se coloca com o popular jogo de cartas Uno; no entanto, muito mais do que com o referido jogo, qualquer 'desavença' resultante de experiências distintas tende a ser rapidamente sanada em nome da diversão conjunta.

Qualquer que seja a forma de jogar de cada indivíduo, no entanto, uma coisa é certa – o Beach Ball foi, é e certamente continuará a ser, para a maioria dos jovens portugueses, sinónimo com o Verão e a praia, merecendo, portanto, ser o primeiro tema contemplado no início desta nova época balnear.

29.05.22

NOTA: Este post é respeitante a Sábado, 28 de Maio de 2022.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

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Poucos eram tão valentes quanto o Cebolinha está a ser neste desenho...

Os anos da pré-adolescência marcam o período em que a maioria das crianças tem, pela primeira vez, consciência da existência de sentimentos especiais e particulares em relação a outros indivíduos, na grande maioria das vezes do sexo oposto – os quais, uma vez apercebidos, são imediatamente processados e exteriorizados de uma variedade de maneiras.

Nos anos 90, uma das formas mais populares de lidar com estes novos e desconhecidos sentimentos – pelo menos dentro de certos grupos ou instituições de ensino – era o jogo conhecido como 'Bate-Pé' (ou 'Bate-O-Pé'), uma actividade que parecia propositalmente desenhada para testar não só as afinidades românticas, como também os limites da bravura e da vergonha dos jogadores. Senão veja-se; o conceito do jogo consistia na divisão dos jogadores conforme o sexo, cabendo à parcela masculina escolher de entre uma série de números de um a seis, cada um associado a uma determinada acção, estando as mesmas agrupadas em ordem crescente, do casto aperto de mão representado pelo 'um', até aos números que apenas os mais valentes escolhiam – 'cinco' para um beijo na boca, e o quase impensável 'seis', correspondente a um beijo com língua. Cada uma destas acções era, então, proposta à rapariga da escolha do jogador ('cinco à Marta', 'três à Inês', etc.) podendo a mesma aceitar a proposta, ou recusá-la, mediante o gesto que dava nome ao jogo.

Escusado será dizer que esta premissa resultava, inevitavelmente, numa panóplia de momentos e situações, de actos de inesperada bravura (por aqui, tentou-se uma vez pedir um 'cinco') a momentos de embaraço e humilhação quando a proposta era recusada pela rapariga escolhida; nada, no entanto, que desencorajasse as crianças daquele tempo – bem mais desprendidas em questões desse tipo do que as actuais – de levarem a cabo nova sessão do jogo no intervalo ou dia seguintes; afinal, quem sabe, talvez dessa vez a pessoa por quem se nutriam sentimentos se sentisse benevolente, e resolvesse aceitar a proposta que lhe era feita...

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