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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

11.06.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

E porque a época balnear oficialmente abriu, e o calor aperta e convida a uma ida à praia, piscina ou parque aquático, nada melhor do que recordar um dos passatempos por excelência de qualquer Saída ao Sábado desse tipo – o clássico Beach Ball, ou 'jogo das raquetes'.

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O clássico 'design' da grande maioria das raquetes deste tipo comercializadas em Portugal durante os anos 90

Uma das poucas actividades verdadeiramente intemporais abordadas neste blog (ainda hoje é possível ver pessoas de todas as idades a disputar uma partida em qualquer praia de Norte a Sul do país, e a clássica 'redinha' com duas raquetes de madeira ou plástico e uma bola de borracha continua a ser omnipresente em qualquer loja de praia, e até em lojas generalistas ou de bairro) o Beach Ball é um daqueles jogos sem regras definidas, e que convidam cada par ou grupo a inventar as suas próprias variantes – há quem delimite 'campos', há quem simplesmente se coloque a uma certa distância, há quem permita dois toques enquanto outros apenas admitem um único....em suma, cada um joga da maneira que mais lhe aprouver, sem grandes preocupações quanto às regras.

O 'outro lado' desta questão surge, claro, quando jogadores habituados a jogar de forma distinta se juntam, causando potenciais discordâncias quanto ao que é, ou não, permitido – no fundo, o mesmo problema que se coloca com o popular jogo de cartas Uno; no entanto, muito mais do que com o referido jogo, qualquer 'desavença' resultante de experiências distintas tende a ser rapidamente sanada em nome da diversão conjunta.

Qualquer que seja a forma de jogar de cada indivíduo, no entanto, uma coisa é certa – o Beach Ball foi, é e certamente continuará a ser, para a maioria dos jovens portugueses, sinónimo com o Verão e a praia, merecendo, portanto, ser o primeiro tema contemplado no início desta nova época balnear.

14.05.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Como já ficou demonstrado em edições anteriores desta rubrica, os jogos de rua e de recreio constituíam uma das mais populares distracções para as crianças de uma certa idade durante os últimos anos do século XX e primeiros do seguinte, rivalizando com a bicicleta, o skate ou os patins em linha, e tendo sobre estes a vantagem de não requererem a compra de equipamentos caros para serem desfrutados; pelo contrário, a maioria era perfeitamente executável sem recurso a qualquer apetrecho, e mesmo os restantes não requeriam mais do que uma bola ou um pedaço de corda ou elástico.

Não eram, no entanto, apenas os equipamentos necessários que eram simples; a maioria destes jogos partia de uma premissa básica, e adicionava-lhe apenas o número suficiente de regras para que se tornasse divertido e funcional. Um dos melhores exemplos disto mesmo é um dos jogos mais populares entre os rapazes da época, que misturava a habitual demonstração de habilidade a um enorme potencial para a 'violência regrada' que tanto agrada a essa demografia.

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Falamos do vulgarmente chamado 'jogo da parede', uma competição com que qualquer grupo de jovens com uma bola podia ocupar um intervalo, ou até parte de uma tarde. As regras, conforme referido acima, eram da mais pura simplicidade: na referida parede, demarcavam-se linhas imaginárias, que constituíam uma espécie de baliza, tendo os jogadores de, à vez, pontapear a bola contra a parede de modo a que a mesma acerte dentro das linhas estabelecidas. Um jogador cujo 'tiro' saisse ao lado, ou por cima, da zona demarcada era obrigado a ir para a parede, passando ele próprio a ser o alvo dos 'chutos' dos colegas. Este processo era, naturalmente, repetido até restar apenas um jogador do lado 'de cá' da parede, o qual era declarado vencedor.

Um jogo com tudo para agradar à demografia masculina, portanto, visto apresentar uma mistura entre futebol e tiro ao alvo (ou o também muito popular 'jogo do mata') que apelava tanto à veia competitiva como à mais sádica, até porque a bola não precisava necessariamente de ser de futebol (quem não participou num jogo da parede em que era usada uma bola de basquetebol ou voleibol não sabe a sorte que teve); menos previsível era o facto de este jogo agradar também, muitas vezes, a raparigas, que se mostravam jogadoras tão ou mais letais do que os seus pares do sexo oposto!

Ao contrário de muitos dos jogos aqui abordados, é pouco provável que o jogo da parede tenha passado de moda; embora não possamos confirmar a cem por cento, é de crer que esta simples mas eficaz diversão continue a ter lugar nos recreios portugueses da década de 2020, e que ainda hoje haja que se reveja na experiência de ser enviado para a parede, e se depara com os colegas, com um brilhozinho maldoso nos olhos, a tirarem-lhe as medidas no momento de chutar...

02.04.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Já aqui por diversas vezes referimos que, nos anos da infância, são, por vezes, os brinquedos mais simples aqueles que mais sucesso fazem entre o público-alvo, sobretudo no que toca a acessórios de exterior. De bolas de borracha ou vidro a pedaços de corda ou elástico ou bexigas de látex, não é preciso muito para entreter uma criança numa tarde de sol, e o assunto do 'post' de hoje é (mais uma) prova disso mesmo; afinal, o que pode ser mais simples do que um tubo de plástico oco?

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E, no entanto, esse continua a ser ainda hoje um produto viável para comercialização junto de uma determinada demografia, tendo ainda este fim-de-semana sido encontrado numa loja do Reino Unido; ao que parece, o apelo dos chamados 'tubos de ar' ou 'tubos giratórios' atravessa décadas, séculos e gerações, sendo tão atraente para a geração que já nasceu agarrada a um iPad como o foi para a que passou o primeiro terço ou metade da vida sem sequer saber o que era um computador. E porque não? Afinal de contas, o conceito deste produto continua a ser sólido, simples e atraente o suficiente para aliciar qualquer criança às compras com os pais em tarde de sol...

Semelhantes a tubos de construção, mas feitos de plástico de cores berrantes ao invés de metal pesado, estes tubos destinam-se, especificamente, a serem vigorosamente agitados no ar, de preferência em movimentos giratórios, de modo a que a sua trajectória corte o ar, produzindo um característico som ululante; sim, precisamente o mesmo conceito que, décadas depois da criação deste brinquedo, traria popularidade ao pior inimigo de qualquer futebolista internacional moderno, a vuvuzela.

A junção da mecânica quinética com o atractivo efeito produzido – sem descurar o facto de estes tubos também constituirem excelentes armas de contusão, fosse propositalmente ou apenas por acidente, a quem passasse demasiado perto – ajuda a explicar a continuada popularidade destes brinquedos, que ainda hoje propiciarão, certamente, largos momentos de simples diversão para qualquer pré-adolescente durante um Sábado aos Saltos.

Em suma, sem ser o tipo de produto que suscite brincadeiras prolongadas – sendo provável que seja posto de lado ao fim de meia dúzia de tentativas – este acessório constitui, ainda assim, um excelente complemento a uma tarde de fim-de-semana solarenga, como a época primaveril costuma propiciar; melhor, o factor nostálgico deste brinquedo faz do mesmo um excelente elo de ligação entre pais e filhos – embora se recomende precaução, não vá o pequenote, no seu entusiasmo, acertar na cara do pai ou da mãe...

 

09.10.21

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Numa era da História em que predominam os brinquedos e produtos para crianças multi-funcionais e integrados com a toda-poderosa Internet, pode parecer pitoresco dizer que, até décadas bem recentes, um simples pedaço de corda com dois manípulos consistia veículo para horas de diversão numa tarde de fim-de-semana de sol, quer sózinho, quer (bem) acompanhado por amigos.

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O facto, no entanto, é que as cordas de saltar só há bem pouco tempo deixaram de ser um dos esteios das brincadeiras ao ar livre de uma certa demografia, a mesma que via num pedaço de banda elástica potencial suficiente para ocupar uma semana de recreios. Fosse a tentar bater o próprio recorde de saltos sem tropeçar, fosse a avaliar o momento certo para entrar no círculo infindável da corda girada por dois amigos - e lá se manter mais tempo do qualquer outra pessoa – as crianças do final do século XX e inícios do novo milénio continuavam, apesar de toda a tecnologia que os rodeava, a extrair muitos e bons momentos de brincadeira daquele brinquedo tão simples, singelo e até algo antiquado, que já havia feito as delícias dos seus pais, e até avós…

Como é habitual com a maioria dos brinquedos, também as cordas de saltar vinham em vários modelos e padrões de qualidade, das simples e literais cordas (daquelas grossas, para amarrar objectos pesados) passando por tipos especiais para ginástica e desporto, até outras já mais com aspecto de ‘brinquedo’ propriamente dito (normalmente em plástico colorido e com manípulos duros e bem delineados) adquiríveis nas lojas de brindes e brinquedos. Fosse qual fosse o tipo, no entanto, a diversão era a mesma…

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Exemplo do tipo de corda mais trabalhado e abertamente comercial.

Hoje em dia, é extremamente raro encontrar uma corda de saltar fora do contexto de uma aula de Educação Física ou ginásio de ‘fitness’, embora as mesmas ainda existam, e muitas vezes como produtos licenciados (existem, por exemplo, cordas alusivas ao filme Frozen e à linha de bonecas LOL Surprise); no entanto, é impossível não ter a sensação que, se fosse veiculado aos Alfas contacto com essa tão simples mas tão viciante brincadeira, o legado da corda de saltar não deixaria de se estender a mais uma geração…

11.09.21

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

E neste que potencialmente será um dos últimos Sábados de verdadeiro calor de 2021, nada melhor do que recordar uma das melhores – ou piores, dependendo a quem perguntem – maneiras de se manter fresco quando as temperaturas subiam a pique nos anos 90: os balões de água.

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Esta imagem pode causar stress pós-traumático, dependendo de que lado de uma 'guerra' costumavam ficar...

Ainda que fazendo parte daquele lote de brinquedos e diversões que não têm, verdadeiramente, época, os balões de água têm vindo a tornar-se uma visão cada vez mais rara à medida que a sociedade avança para um paradigma cada vez mais seguro e averso a toda e qualquer fonte de dano físico ou psicológico às crianças (não que os balões de água magoassem, mas apanhar com um era sempre um pouco lesante, quanto mais não fosse por ficarmos todos molhados…)

Nos anos 90, no entanto, ainda não havia tanto essa preocupação, e como tal, os balões de água eram visão corrente, tanto no Verão, a serem usados em ‘guerras de água’ entre familiares, amigos, vizinhos ou colegas de escola, como (estranhamente) no Carnaval, altura em que eram frequentemente lançados das varandas de prédios citadinos – sem pré-aviso, claro, senão não tinha piada. E se levar com um balão de água quando o tempo a isso convida já não é ideal, apanhar com um em FEVEREIRO, e sem se estar à espera, era ainda muito pior! Apesar disso, ninguém nunca se queixou da existência destas pequenas bexigas, que decerto terão ajudado muitas crianças a melhorarem os reflexos e a motricidade, para se poderem desviar deles…

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Muito educativo, de facto... 

Hoje em dia, os balões de água ainda se encontram para venda em diversos tipos de lojas, tanto físicas como online (onde, estranhamente, aparecem rotulados como brinquedos educativos!) Ainda assim, como já foi dito mais acima neste post, a sua presença e popularidade entre a juventude já não é o que era, e é de duvidar que uma criança de hoje em dia se aproxime com extremo cuidado de um grupo de ‘rufias’ que avança na sua direcção, não vão estes estar ‘armados’ com uma panóplia de balões de água prontos a atirar… Relíquias de uma época que já não volta, mas que, felizmente, conseguimos pelo menos continuar a recordar nas páginas deste nosso blog…

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