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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

21.05.23

Aos Domingos, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos principais acontecimentos e personalidade do desporto da década.

Por vezes, acontecem coincidências destas: duas pessoas (neste caso, dois jogadores) com o mesmo dia de aniversário partilham um local de trabalho (neste caso, dois clubes), criando uma efeméride interessante não só para aqueles que os rodeiam como também para quem os conheça fora do referido meio. É, precisamente, esse o caso com os dois jogadores de que falamos este Domingo, cujos caminhos se cruzaram não só nas camadas de formação do Benfica como, mais directamente, no histórico satélite do clube da Luz, o Futebol Clube de Alverca, durante a primeira metade da época 1997/98.

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A passagem pela Selecção foi apenas um dos muitos factores partilhados pelos dois jogadores

Falamos de Bruno Miguel Leite Basto, nascido neste dia em 1978, e de Hugo Miguel Ribeiro Leal, exactamente dois anos mais novo, e que celebra este fim-de-semana o seu quadragésimo-terceiro aniversário. Nascidos, respectivamente, em Lisboa e em Cascais, os dois jogadores viriam a ingressar no clube da Segunda Circular ainda ao nível de Infantis, tendo Hugo passado antes pelos mais 'locais' Alcabideche e Estoril,enquanto que Bruno teria mesmo em Benfica a sua primeira experiência futebolística. A partir daí, o percurso de formação dos dois é praticamente idêntico, apenas diferindo as posições, já que Basto actuava a defesa-esquerdo, enquanto que Hugo Leal era médio.

Essa semelhança estende-se também à primeira experiência sénior dos dois jogadores, tendo ambos sido emprestados ao satélite Alverca, famoso, na altura, por acolher jogadores como Deco (com quem ambos os jogadores se encontraram no Ribatejo) e, mais tarde, por ter revelado ao Mundo um tal de Pedro Mantorras. Mais velho, Bruno Basto vai primeiro, realizando no Ribatejo a época de 1996/97, durante a qual, previsivelmente,'pega de estaca', realizando mais de trinta e cinco partidos e contribuindo também com um golo; na época seguinte, junta-se-lhe o mais novo Hugo Leal, que – apesar da concorrência do prodigioso Deco – consegue, ainda assim, amealhar mais de duas dezenas presenças pelos ribatejanos, no decurso das quais marca três golos. Apenas os primeiros de entre esses jogos seriam, no entanto, realizados ao lado do colega das escolas benfiquistas, já que Bruno Basto impressionava suficientemente os responsáveis benfiquistas para ser integrado no plantel principal logo em Dezembro; no final da época, o mesmo sucederia com Hugo Leal, que voltaria, assim, a reencontrar o colega com quem partilhava o aniversário. no seio de um plantel sénior (e não deixa de ser curioso que, dos três jogadores, o único a não ser reintegrado tenha sido precisamente Deco...)

Também curioso é o facto de até mesmo as carreiras de Hugo Leal e Bruno Basto após saírem do Benfica terem sido semelhantes, pelo menos no imediato, já que ambos os jogadores saíram para se tornar ídolos em grandes equipas internacionais – Basto no Bordéus, onde foi parte importante da equipa durante as quatro primeiras épocas completas do Novo Milénio, e Hugo Leal no Atlético de Madrid, onde foi pedra basilar durante duas épocas antes de rumar, também ele, a França, para completar três épocas no Paris Saint-Germain, onde viria a reencontrar o seu antigo colega de equipa, agora na condição de adversário.

É neste ponto, no entanto,que os percursos dos dois jogadores finalmente divergem, com Basto a transitar de França para a Holanda para representar outro clube de grande expressão internacional, o Feyenoord, enquanto Leal regressa a Portugal como uma daquelas contratações de um 'grande' que custam a perceber, fazendo apenas dois jogos pelo Futebol Clube do Porto antes de rumar a outro 'histórico' do futebol nacional, a Académica. A partir daí, o percurso do jogador seria semelhante ao de tantos outros, com passagens por históricos da segunda linha do desporto-rei português, como Braga, Belenenses, Trofense e Vitória de Setúbal, e ainda um 'saltinho' a Espanha, para jogar no Salamanca, antes de terminar carreira no clube que o vira despontar para o futebol, o Estoril, onde penduraria as botas aos trinta e três anos. Já o retorno a Portugal de Basto seria mais protelado, tendo o defesa-esquerdo passado, ainda, pelo Saint-Étienne antes de, em 2006, surgir como suplente do Nacional da Madeira; a carreira, essa, acabaria na época seguinte, com apenas trinta anos, ao iserviço do Shinnik, do campeonato russo.

No geral, duas trajectórias mais do que honrosas – ambas, também, com passagem pelas Selecções Nacionais jovens, inclusivamente enquanto militavam no Alverca, e até pela Selecção A, embora apenas como solução de recurso – para dois homens que partilharam, durante as respectivas carreiras, muito mais do que apenas o dia de aniversário. Parabéns a ambos!

20.05.23

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados (e, ocasionalmente, consecutivos), o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais e momentos.

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Em finais do século XX e inícios do seguinte – e ainda, até certo ponto, hoje em dia - a chegada do bom tempo, e fim (quase) definitivo da época das chuvas primaveris em Portugal era o mote para o aparecimento, tanto nas cidades e vilas como em localidades mais recônditas, de feiras de diversões itinerantes, as quais – tal como acontecia com os circos nos meses invernais – 'assentavam arraiais' durante um período de algumas semanas (ou, por vezes, até apenas de alguns dias) antes de seguirem caminho rumo ao seu próximo destino. Escusado será dizer que, para quem não morava em Lisboa e não tinha, portanto, acesso a uma Feira Popular durante a maior parte do ano, este tipo de estrutura constituía um verdadeiro 'acontecimento', atraindo inevitavelmente a população jovem da área onde surgia – e, por vezes, até alguns visitantes mais 'crescidos', aliciados pelas diversões mais 'de risco' oferecidas por este tipo de feiras.

A razão para este sucesso era evidente, e traduzia-se numa combinação de oferta e 'timing', Muitas vezes montadas para coincidir com as Festas da localidade a que chegavam (embora nem sempre fosse esse o caso) estas feiras ofereciam à juventude da área diversões de feira a que a mesma dificilmente teria, de outro modo, acesso, como o barco pirata oscilante, os carrinhos de choque, as cadeiras voadoras, o comboio-fantasma, e pelo menos uma atracção que implicasse subir a grande altura e cair abruptamente até ao solo, fosse qual fosse a sua configuração; as companhias mais endinheiradas ou elaboradas poderiam, mesmo, dispôr de uma roda gigante ou montanha-russa, tornando a perspectiva de uma Saída de Sábado à noite ainda mais atractiva para o público-alvo.

Infelizmente, tal como sucede com muitas das outras excursões e atracções de que aqui falamos, as crescentes preocupações com a segurança e a criação de novos regulamentos relativos às diversões de feira vieram restringir significativamente tanto o alcance como a frequência deste tipo de companhias itinerantes, que se vêem hoje muito reduzidas tanto em número como na variedade de atracções de que podem dispôr; naqueles tempos mais simples de finais do Segundo Milénio, no entanto, este tipo de feira de diversões temporária veio alegrar o final do ano lectivo e início de férias de muitas crianças e jovens, fornecendo-lhes uma Saída de Sábado diferenciada e bem demarcada da rotina quotidiana, e que, como tal, terá certamente criado memórias nostálgicas indeléveis na geração que com elas conviveu.

19.05.23

Os anos 90 estiveram entre as melhores décadas no que toca à produção de filmes de interesse para crianças e jovens. Às sextas, recordamos aqui alguns dos mais marcantes.

Num panorama cinematográfico em que os super-heróis da Marvel avançam rapidamente para um monopólio nos géneros de acção e fantasia – com cada novo filme a constituir um sucesso de bilheteira tão automático como garantido – pode parecer irónico que, há apenas pouco mais de duas décadas, as longas-metragens adaptadas da banda desenhada norte-americana redundassem, quase sempre, em falhanços a quase toda a linha. No entanto, a verdade é que, antes da adaptação ao cinema de 'X-Men' realizada por Bryan Singer já no Novo Milénio, era mesmo quase impossível encontrar um único filme de super-heróis que reunisse o consenso de críticos e fãs. Alguns chegavam a atingir estatuto de culto (como o 'Blade' de Wesley Snipes) e outros afirmavam-se mesmo como sucessos de bilheteira (caso de 'A Máscara', da série 'Homens de Negro' ou dos filmes de Batman e das Tartarugas Ninja) mas a maioria acabava mesmo por se 'afundar' no mesmo 'buraco negro' que 'vitimava' as adaptações cinematográficas de videojogos.

'Spawn - O Justiceiro das Trevas', a longa-metragem de 1997 que completou o mês passado vinte e cinco anos sobre a sua estreia em Portugal, é apenas mais um exemplo desta tendência, a juntar a filmes como 'Howard, o Pato', de George Lucas (sim, esse mesmo!) ou 'Steel – O Homem de Aço', com Shaquille O'Neal. Apesar do enorme sucesso gozado, à época, pela criação homónima de Todd McFarlane (que ajudara, quase por si só, a lançar a Image Comics como 'terceira grande' na 'guerra' da BD norte-americana) a sua adaptação para o grande ecrã foi, e é, universalmente considerada desapontante, conseguindo capturar o espírito da banda desenhada original, mas sendo prejudicada pelo baixo orçamento e subsequentes limitações na produção.

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Não são apenas os 'trailers' que mentem - os cartazes, por vezes, também o fazem...

Trazendo o musculado e sorumbático Michael Jai White no papel do demoníaco protagonista (um falecido ex-polícia trazido de volta à vida como vigilante sobrenatural) e John Leguizamo por trás da maquiagem de palhaço do vilão, e coadjuvantes como Martin Sheen, Theresa Randle e D. B. Sweeney, o filme tinha tudo para dar certo; no entanto, apesar das maquiagens cuidadas dos protagonistas sobrenaturais, aspectos como a história, cenários ou efeitos especiais (todos típicos da época, ou até de alguns anos antes) deixam algo a desejar, acabando por fazer com que o produto final fique aquém das expectativas. Filmes como 'O Corvo' (lançado três anos antes) já haviam mostrado ser possível 'contornar' esse tipo de questões e criar, ainda assim, um produto entusiasmante e bem conseguido, mas, infelizmente, 'Spawn – O Justiceiro das Trevas' não consegue ser bem-sucedido nessa missão, acabando por ser mais um dos muitos filmes de super-heróis pré-Milénio a merecer o escárnio tanto de cinéfilos como de fãs da BD original.

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Michael Jai White na pele do protagonista.

Ainda assim, para as crianças e jovens fãs do herói de McFarlane (e, em Portugal,ia já havendo umas quantas, graças à cada vez maior penetração de BD's americanas no nosso País, pela mão da Abril/Controljornal) o filme terá representado uma oportunidade de ouro de ver o 'seu' herói, em carne e osso, no grande ecrã – um factor que terá certamente, à época, ajudado a mitigar quaisquer críticas ao filme ao nível técnico. À distância de um quarto de século, no entanto, é fácil perceber as razões para 'O Justiceiro das Trevas' não ser lembrado e discutido no mesmo patamar de 'X-Men', 'O Homem-Aranha' ou até 'Blade', e muito menos da actual safra de filmes da Marvel; hoje em dia, a longa-metragem é, sobretudo, documento de uma época em que os fãs de banda desenhada sofriam 'as passas do Algarve' de cada vez que iam ao cinema ver o mais recente 'assassinato' cinematográfico da sua forma de arte de eleição...

18.05.23

Os anos 90 viram surgir nas bancas muitas e boas revistas, não só dirigidas ao público jovem como também generalistas, mas de interesse para o mesmo. Nesta rubrica, recordamos alguns dos títulos mais marcantes dentro desse espectro.

Uma das principais regras não-escritas da comunicação social é que o sensacionalismo 'vende'; apesar de o código deontológico dos jornalistas os cingir à verdade dos factos, a forma de apresentar e transmitir esses mesmos factos possui elasticidade suficiente para englobar uma abordagem mais propositalmente 'exagerada' e alarmista, por oposição ao estilo sóbrio e neutro que a maioria da sociedade ocidental tende a associar a este tipo de cargo. Esta mesma flexibilidade levou, por sua vez, ao surgimento de um tipo específico de jornalismo (e publicação) inteiramente dedicado a essa vertente mais sensacionalizante da transmissão de informação, o qual recebeu o epíteto de 'tablóide', derivado do formato adoptado pelos primeiros exemplares do género. Inicialmente associado sobretudo aos países anglófilos, nomeadamente o Reino Unido e os EUA, este tipo de jornal viria, nas décadas seguintes, a expandir-se também a outros países – incluindo, já na 'recta final' do século XX, Portugal, que acolhia há quase exactos trinta anos o primeiro tablóide 'declarado' da História da imprensa nacionalÇ o jornal '24 Horas'.

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E dizemos 'declarado' porque Portugal possuía já algumas publicações cujo conceito 'beirava' o dos tablóides ingleses, fosse mais discretamente (como sucedia com 'A Capital' e 'Tal & Qual', este último do mesmo director do '24 Horas') ou mais 'descaradamente' (como no caso do jornal 'O Crime'); no entanto, o periódico inaugurado a 5 de Maio de 1998 foi o primeiro a assumir o objectivo de constituir uma 'versão portuguesa' de jornais como os ingleses 'The Sun', 'Daily Star' e 'Daily Mirror' ou os norte-americanos 'National Enquirer', 'The Star' e 'The Globe' - dos quais adoptava, inclusivamente, o grafismo de capa, com um esquema de cores centrado no vermelho, branco e preto e chamadas de capa sensacionalistas impressas em letras garrafais.

E tal como os seus 'antecessores espirituais' haviam encontrado o seu público nos respectivos países, também o '24 Horas' conseguiu, rapidamente, estabelecer uma base de leitores, com grande parte dos portugueses a aderir, mais ou menos ironicamente, à proposta do jornal, que (para quem nunca havia lido, ou sequer visto, um tablóide) se assemelhava a uma espécie de 'versão noticiosa' das revistas cor-de-rosa e de 'fofocas' que dominavam o mercado de periódicos da época. Esta forte adesão inicial permitiu ao jornal firmar-se (e afirmar-se) dentro do panorama noticioso português, dando o mote para um 'reino' de mais de uma década nas bancas nacionais que, pesem embora algumas controvérsias (em especial a ligada ao processo Casa Pia, que resultou em buscas na redacção e processos criminais por acesso indevido a dados pessoais) não deixa de ter sido marcante para toda uma geração de portugueses.

Infelizmente, o rápido declínio da imprensa escrita (não só em Portugal como um pouco por todo o Mundo) viria, também, a vitimar o tablóide 'à portuguesa', cuja circulação sofreu um declínio acentuado a partir de 2009, obrigando mesmo ao encerrar de actividades a 30 de Junho do ano seguinte, um pouco mais de doze anos após a primeira edição do jornal. Esta extinção não significou, no entanto, o fim do jornalismo sensacionalista em Portugal – pelo contrário, o estilo do '24 Horas' criou raízes, embora não tanto na imprensa escrita; é, sim, nos canais noticiosos de televisão (como a TVI24 ou a CMTv) que fica mais patente o 'legado' da publicação de José Rocha Vieira, tornando-a mais do que apenas uma memória nostálgica para a geração a quem apresentou, há quase exactamente um quarto de século, uma nova forma de fazer jornalismo, e que ajudou a polarizar quanto aos méritos relativos da sua existência durante os doze anos seguintes...

 

17.05.23

A banda desenhada fez, desde sempre, parte da vida das crianças e jovens portugueses. Às quartas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos títulos e séries mais marcantes lançados em território nacional.

Em edições anteriores desta rubrica, falámos tanto da colecção 'Álbuns Disney', que publicava histórias originais protagonizadas por heróis menos óbvios ou conhecidos do elenco Disney, como dos álbuns bilingues que ofereciam versões em banda desenhada dos principais filmes da companhia, em Português e Inglês. A colecção de que falamos esta semana, editada em 1996 e que contou com apenas quatro números, representa um ponto intermédio entre as duas, ainda que seja bastante menos lembrada (e tenha bastante menos presença digital) do que qualquer uma delas.

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Exemplar da série brasileira, que inspirou a portuguesa.

Trata-se de 'Novos Clássicos Disney', a versão portuguesa de um formato originalmente idealizado e publicado no Brasil (onde mais?) mas que usava como fonte a revista 'Disney Adventures', icónica publicação norte-americana que marcou a infância e juventude da geração noventista do outro lado do Atlântico. Foi, efectivamente, das selecções de banda desenhada inseridas nas páginas do referido periódico que foram retiradas as histórias que perfazem os quatro números da série; e, tendo em conta que a maior parte do referido material dizia respeito aos heróis das séries animadas então exibidas no Disney Channel – e que, na sua esmagadora maioria, eram baseadas nos filmes da companhia – não é de estranhar que os volumes desta série tenham como foco os núcleos de personagens de Aladino (que protagoniza metade dos números da série), A Bela e o Monstro e A Pequena Sereia.

Está aí, aliás, o principal e único atractivo da série – oferecer aos leitores assíduos das revistas Disney histórias com clima e temáticas diferentes das habituais aventuras de Mickey e Pateta ou Donald e Patinhas, ou das histórias curtas e algo básicas protagonizadas por Quincas, Tico e Teco ou Havita. De resto, estes quatro volumes não passam de revistas Disney como qualquer outras (embora editadas no formato maior, típico das BD's norte-americanas), ficando a dúvida quanto ao facto de não terem sido incorporados a qualquer das duas séries de 'Álbuns Disney´, onde nada destoariam ao lado de heróis como Mulan, Puff ou Pato da Capa Preta, e onde talvez pudessem ter gozado de maior visibilidade. Tal e como existiu, no entanto, esta mini-série é (foi) mais uma que, apesar de ter presumivelmente deleitado os leitores da época, estava fadada a perder-se no oceano de publicações da Abril/Controljornal de finais do século XX, muitas das quais bem mais nostálgicas do que ela...

16.05.23

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

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O apresentador nos tempos do programa.

Quem cresceu entre a década de 80 e a actualidade certamente conhece bem o nome de Herman José. Inicialmente revelado como humorista, nos anos 70 e 80, o luso-alemão viria, na década seguinte, a viver um 'novo fôlego' na carreira enquanto apresentador de concursos televisivos – posição na qual a sua popularidade rivalizava com a de nomes como Carlos Cruz, António Sala ou Júlio Isidro – antes de regressar à comédia com a lendária 'Herman Enciclopédia', que o viria a apresentar a toda uma nova geração, demasiado nova para ter visto o especial de Fim de Ano transmitido pela RTP no último dia de 1991, tido a 'Roda da Sorte' como ruído de fundo das noites da sua infância, ou se interessar pelo 'Parabéns'. Pelo meio, no entanto, o humorista tentou ainda outro 'desvio' na carreira, menos antológico e bem-sucedido, mas que viria ainda assim a abrir novas possibilidades para a sua carreira.

Falamos de 'Herman 98', estreado há quase exactos vinte e cinco anos, em Maio de 1998, e que trazia Herman à cabeça de um formato 'talk show' com música e muito humor à mistura, nos moldes de programas como o 'Tonight Show' ou 'Late Night' norte-americanos. A acompanhar o luso-alemão nesta aventura estavam todos os suspeitos do costume, dos argumentistas das Produções Fictícias a actores como Maria Rueff e Vítor de Sousa, que davam, com Herman, vida aos diferentes 'sketches' encenados por entre as entrevistas a convidados e os esporádicos números musicais; e se este formato parece familiar, é porque se trata, precisamente, do mesmo adoptado em 'Cá Por Casa', o mais recente programa do humorista, actualmente em exibição na RTP.

De facto, reside precisamente aí o grande mérito de 'Herman 98' e da sua sequela do ano seguinte – nomeadamente, o de ter dado confiança a Herman José como apresentador de um formato (ligeiramente) mais sério que o habitual – sem, com isso, perder a personalidade muito própria que qualquer programa de Herman apresenta – servindo, assim, como inspiração para projectos futuros do humorista, a começar pelo acima mencionado. E apesar de, à época, o programa ter talvez parecido um pouco aborrecido para quem estava habituado a ver Herman a 'debitar' ininterruptamente piadas e dichotes dirigidos a concorrentes ou assistentes de palco, a verdade é que, à distância de um quarto de século, as qualidades do formato (e da forma como o mesmo foi executado) se tornam bem evidentes, tornando 'Herman 98' merecedor de algumas linhas de homenagem por altura do trigésimo aniversário da sua estreia em televisão.

Quem se atrever, pode ver acima três horas de Herman José...

...ou, para quem tenha menos tempo e paciência, aqui fica a actuação dos então popularíssimos Excesso no programa em causa.

15.05.23

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

A cena 'punk' lisboeta era, nos anos 80 e 90, um dos mais famosos e prolíferos movimentos musicais portugueses, com actividade e impacto ao nível daquele que viria a ser o movimento hip-hop nortenho em inícios do novo milénio. Centrada em bairros como Alvalade, localidades da Linha de Cascais e espaços como o Johnny Guitar ou o Rock Rendez-Vous, a sobredita vaga de grupos 'punk' e 'new wave' (todos, sem excepção, com letras cantadas em português) viu nascer grupos tão emblemáticos como os Xutos e Pontapés, Peste & Sida, Mata-Ratos, Capitão Fantasma, ou uma banda que, apesar da literal meia dúzia de anos de carreira, viria a adquirir estatuto de culto entre os fãs de rock rápido e agressivo 'made in' Portugal: os Censurados.

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O grupo em 'pose Ramones'.

Formada no referido bairro de Alvalade em finais da década de 80, a banda resultou da junção de quatro músicos – Orlando Cohen na guitarra, Fred Valsassina no baixo, Samuel Palitos na bateria e o icónico e malogrado João Ribas na voz – que, no melhor espírito 'punk rock', se juntaram num estúdio improvisado (situado no quarto de Ribas) para escrever músicas 'curtas e grossas' com letras contestatárias, cujo principal alvo eram os políticos e figuras de autoridade da época; esses temas, posteriormente apresentados ao vivo nos 'buracos' do costume, acabaram por ganhar tracção entre a comunidade de 'troca de cassettes', a qual ajudou a popularizar o nome do grupo através da partilha das suas canções - mais de uma década antes do dealbar da Internet e do 'boom' da partilha de ficheiros – fazendo com que as mesmas fossem já sobejamente conhecidas ainda antes do lançamento do álbum de estreia do grupo. Uma história que quase parece ter sido escrita, de tal modo encarna o 'estereótipo' normalmente associado ao 'punk', mas que apenas vem provar algo que os Ramones já haviam demonstrado uma década e meia antes – nomeadamente que, para se tocar 'punk rock', só era precisa muita vontade e alguma capacidade de improviso.

Naturalmente, com uma base de fãs já estabelecida e uma reputação em rápida ascensão, o próximo passo do grupo passou pela gravação de um álbum de estreia homónimo, saído em 1990 e considerado um dos marcos históricos do movimento 'punk' português, tendo a sua qualidade, inclusivamente, atraído interesse do estrangeiro – nomeadamente, da maior 'fanzine' sobre 'punk' da época, a Maximum Rock'n'Roll, que teceu loas ao álbum nas suas páginas.

O lendário álbum de estreia do grupo, lançado logo no início da década de 90

Com a cotação de tal modo 'em alta', não é, pois, de admirar que o grupo tenha demorado apenas cerca de um ano a lançar novo registo, tendo 'Confusão', de 1991, sido bem-sucedido em manter o nome Censurados bem presente na memória colectiva da cena 'punk' nacional durante os dois anos seguintes, tempo que demora a sair o terceiro e último álbum de estúdio, 'Sopa”. Já de créditos bem firmados na cena nacional, e com ligações a espaços como o supramencionado Johnny Guitar (tendo, inclusivamente, participado na lendária colectânea lançada pelo mesmo em 1993), o grupo consegue neste registo final uma 'cunha' de respeito, na pessoa de Jorge Palma, que surge no tema 'Estou Agarrado a Ti.'

Dada a sua preponderância na cena rock nacional, não é, igualmente, de estranhar que os Censurados tenham sido convidados a participar em dois dos mais famosos álbuns de tributo do referido movimento, comparecendo tanto em 'Filhos da Madrugada' – o tributo a Zeca Afonso lançado em 1994 e que reúne a 'nata' do movimento musical lusófono, dos inevitáveis Xutos, GNR e UHF a Madredeus, Sitiados, Delfins, Entre Aspas, Resistência, os 'colegas' Peste & Sida, os cabo-verdianos Tubarões e até o Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras! – e 'XX Anos, XX Bandas', o álbum celebratório dos vinte anos de carreira dos Xutos e Pontapés, editado em 1999, e que conta com nomes como Rádio Macau, Da Weasel, Paulo Gonzo, Boss AC, Quinta do Bill, Ornatos Violeta, Bizarra Locomotiva, Cool Hipnoise, Lulu Blind ou o 'alter ego' dos Peste & Sida, Despe e Siga, além de alguns 'repetentes' do tributo a Zeca. Os Censurados participam, respectivamente, com os temas 'O Que Faz Falta' e 'Enquanto a Noite Cai', aqueles que viriam a ser os últimos temas gravados em estúdio pelo colectivo – sendo o segundo, inclusivamente, já póstumo, ainda que tenha dado azo a uma 'tourné' de reunião ao lado dos próprios Xutos, da qual resulta um lendário micro-concerto de apenas quinze minutos na edição de 1999 do Festival do Sudoeste, bem como um álbum ao vivo, gravado na Queima das Fitas de Coimbra no mesmo ano e lançado em 2002 – esse, sim, o último registo oficial do grupo.

Versão ao vivo da 'cover' dos Xutos incluída em 'XX Anos, XX Bandas', captada no último concerto oficial do grupo, na Queima das Fitas de Coimbra de 1999

A dissolução dos Censurados não significou, no entanto, o afastamento dos seus integrantes da música, ou sequer do movimento 'punk' – pelo contrário. João Ribas formaria, logo no ano seguinte, os não menos lendários Tara Perdida - cuja carreira soma e segue até hoje, tendo mesmo conseguido resistir ao falecimento do seu fundador e figura de proa - e os restantes integrantes também se manteriam activos na cena musical, embora de forma mais discreta. Mesmo que o fim dos Censurados tivesse equivalido ao fim das suas carreiras, no entanto, os quatro músicos poder-se-iam sempre orgulhar de terem sido banda de culto do movimento rock português de finais do século XX, e de, em apenas seis anos, terem construído um legado de fazer inveja a muitas bandas com várias décadas de carreira, validando a famosa máxima de Kurt Cobain de que 'é melhor acabar carbonizado do que desaparecer lentamente.'

A algo incongruente aparição do grupo na 'Hora do Lecas', em 1990.

 

14.05.23

Ser criança é gostar de se divertir, e por isso, em Domingos alternados, o Anos 90 relembra algumas das diversões que não cabem em qualquer outra rubrica deste blog.

Já aqui por diversas vezes falámos do impacto que a redução do preço dos componentes electrónicos, e a maior facilidade na importação de produtos, tiveram no comércio de brinquedos e outros produtos dirigidos a um público jovem; no espaço de apenas alguns anos, as lojas portuguesas (especialmente as mais modestas ou tradicionais) viam-se positivamente 'invadidas' por um sem-fim de brinquedos electrónicos de qualidade duvidosa e funcionalidade básica, mas com preços acessíveis, oriundos da China ou do Taipei, e destinados puramente a entreter o comprador durante os dez a quinze minutos após a compra, sendo prontamente abandonados após a chegada a casa, e apenas esporadicamente revisitados subsequentemente, acabando por 'morrer de velhos' numa gaveta, onde as pilhas (invariavelmente daquelas redondas, ao estilo relógio) lentamente se esgotavam. E, de entre estes, um dos mais comuns e populares foram os telemóveis de brincar.

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Destinados, tal como os portáteis educativos, a emular uma experiência marcadamente 'adulta' e a que, à época, muito poucas crianças tinham acesso, os telemóveis de brincar distinguem-se daqueles seus congéneres por nem sequer procurarem ser mais do que aquilo que, à primeira vista, apregoavam – um produto de plástico barato, com um teclado embutido (o qual, muitas vezes, acabava 'desalinhado' dos buracos das teclas após uma pressão mais intensa) e um 'chip' sonoro básico, com um punhado de efeitos sonoros vagamente relacionados ao acto de falar ao telefone, como toques de chamada, sons a lembrar os de um 'fax' ou 'modem', ou uma operadora de voz esganiçada ao estilo Minnie Mouse. Cada um destes efeitos era activado através da pressão de uma tecla, mas desengane-se quem pensar que todas as teclas geravam um som distinto, já que a tecnologia deste produto a tanto não chegava; em vez disso, os referidos sons estavam, regra geral, ligados a pelo menos duas das teclas do pseudo-telefone, sendo alguns, até, mais comuns e frequentes do que outros.

Explicado assim, e à distância de três décadas, este brinquedo parece perfeitamente ridículo, sendo questionável como conseguiu tanta tracção entre as crianças de finais do século XX; no entanto, esta é uma daquelas situações em que o contexto se torna importante, já que as demografias infantis da época tinham significativamente menos acesso a brinquedos de índole tecnológica, e, como tal, um grau de exigência bastante menor, que conseguia tornar algo tão básico como estes telefones num produto minimamente apetecível. O facto de os mesmos terem, conforme mencionámos, um custo de venda relativamente acessível tornava-os também, em presentes 'casuais' ideais, daqueles que se traziam para casa após uma Saída de Sábado ou ida à drogaria. Esta junção de factores tornava os telemóveis de brincar naquele produto que ninguém activamente queria, mas toda a gente acabava por ter, e que, como tal, acaba por ser tão ou mais nostálgico do que outros de que aqui vimos falando; afinal, a nostalgia não se restringe a produtos activamente cobiçados à época da aquisição, mas antes engloba toda a categoria de produtos com os quais se teve convivência aprazível ao nível quotidiano – na qual, para as crianças da segunda metade dos anos 90 e primeiros anos da década seguinte, estes telemóveis definitivamente se inseriram.

14.05.23

NOTA: Este post é respeitante a Sábado, 13 de Maio de 2023.

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos, acessórios e jogos de exterior disponíveis naquela década.

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Um tipo de local tão interdito como irresistível para os jovens de finais do século XX.

As interdições de origem parental são parte integrante da infância de qualquer criança, independentemente da época em que tenha crescido. Apesar de alguns jovens terem mais liberdade do que outros, seja por que motivo for, poucos ou nenhuns haverá que possam, honestamente, dizer que nunca foram proibidos de participar em certas actividades ou visitar certos locais, ou admoestados por desobedecerem a essa regra. E a verdade é que, numa época em que as crianças e jovens eram consideravelmente menos vigiados do que hoje em dia, a tentação de visitar locais ou tomar parte em actividades de alto risco era quase irresistível. Edifícios abandonados, ribeiros de forte corrente, zonas interditas de locais públicos ou até lagos ou poços de considerável profundidade suscitavam um inexorável e inegável fascínio aos jovens noventistas, que os fazia arriscar um ralhete, ou até uma 'sova', simplesmente para satisfazer o desejo de explorar os referidos locais, e descobrir que maravilhas os mesmos poderiam conter.

À distância de três décadas, e tantos outros anos de experiência, é fácil ver a razão pela qual a maioria dos pais procurava manter a sua prole afastada de tais locais – desde os perigos naturais à potencial presença de elementos nocivos, ou simplesmente o risco físico que a situação acarretava, havia mil e uma razões para acatar os avisos dos mais velhos. Para uma criança, no entanto, tais alertas não passavam de paranóias, parecendo a probabilidade de os mesmos se concretizarem suficientemente remota para sequer ser factor a considerar – uma situação que se alterou, e muito, a partir do momento em que esses mesmos jovens passaram, eles próprios, a ser pais, e recordaram as situações electrizantes em que se colocavam durante um Sábado aos Saltos longe da supervisão dos adultos. Se tal mudança pode ser considerada positiva ou negativa, só o tempo o dirá, mas uma coisa é certa: a Geração Z será, certamente, bastante menos castigada por este motivo específico do que o foram os 'X' e 'millennials'...

12.05.23

Um dos aspetos mais marcantes dos anos 90 foi o seu inconfundível sentido estético e de moda. Em sextas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das marcas e modas mais memoráveis entre os jovens da ‘nossa’ década.

Ter 'estilo' e parecer 'fixe' – seja junto dos amigos ou perante um potencial par romântico – sempre foi, e há de continuar a ser, um dos principais objectivos de qualquer criança ou jovem, independentemente da geração em que tenha crescido; a necessidade de afirmação e aceitação é parte integrante da conquista da identidade própria, e o aspecto fisico tem, quer se queira ou não, um papel preponderante nessa mesma jornada. E se, hoje em dia, as gerações mais jovens são bastante mais abertas à diferença e à procura de um estilo individual, a sua congénere dos anos 80, 90 e 2000 almejava precisamente ao oposto, procurando o máximo de padronização possível em termos de vestuário, calçado e apresentação em geral.

O resultado inevitável desta tendência foi uma sucessão de 'febres' ligadas a peças de roupa, cada uma mais cobiçada que a anterior pela então nova geração, das camisas da Sacoor às sweat-shirts da No Fear, Quebramar, Mad+Bad e GAP, passando pelas calças da Resinablusões da Duffy ou t-shirts da Fiorucci. Como um dos principais elementos identificadores de qualquer estilo, o calçado não ficou, de todo, imune a este fenómeno, tendo sido também inúmeros os exemplos de sapatos altamente cobiçados por grande parte da juventude portuguesa, dos ténis pisa-e-brilha aos Airwalk, Redley e Converse, passando pelos botins, socas de plataforma, botas de biqueira de aço, e pelo tema desta Sexta com Style, as botas Texanas.

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Exemplo moderno deste tipo de peça.

Como o próprio nome dá a indicar, estas botas pretendiam emular o peculiar e emblemático estilo de calçado que continua, desde os tempos do lendário Velho Oeste, a ser utilizado pelos rancheiros da região do Texas, nos Estados Unidos: aquele tipo de bota de cano bem alto e biqueira pontiaguda, normalmente feita de pele de um qualquer animal, muitas vezes uma cobra ou crocodilo. Uma peça que, longe de ser 'para todos os gostos', tem alguns evidentes atractivos que a ajudaram a popularizar entre a juventude dos anos 90, pese embora o proibitivo preço as tornasse – para quem tinha a sorte de ter um par, claro – peças estritamente 'de festa', apenas utilizadas em ocasiões especiais, como uma ida à discoteca, e longe de se adequarem ao 'rame-rame' quotidiano da escola e dos encontros com amigos no café ou no jardim.

Tal como a maioria dos artigos que acima elencámos, também as botas Texanas acabaram, inevitavelmente, por ser 'levadas' na constante 'enxurrada' das tendências de moda, sendo já totalmente alheias à geração nascida em meados de 80, e que entrou na adolescência no final da década seguinte; os seus congéneres ligeiramente mais velhos, no entanto, certamente terão bastas memórias de tirar do armário e polir as suas Texanas, para poder 'fazer estilo' numa qualquer festa entre pares...

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