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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

09.12.21

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

Numa edição anterior desta rubrica, dedicámos a nossa atenção às colecções de cromos, uma das principais categorias de 'quinquilharia' presentes no bolso ou estojo de qualquer criança dos anos 90. Os 'stickers' para a caderneta estavam, no entanto, longe de ser o único artigo deste tipo a merecer a atenção dos mais pequenos durante aquela época; pelo contrário, qualquer pedaço de papel plastificado com verso aderente era grandemente apreciado – e avidamente procurado – pela demografia em causa.

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As famosas folhas de autocolantes dos anos 90

Os autocolantes estavam longe de ser um fenómeno exclusivo dos anos 90 – na verdade, a sua época áurea tivera início na década anterior – mas não há como negar que, no final do século XX, os mesmos se encontravam ainda muito em voga entre as crianças e jovens, fossem eles adquiridos por via promocional ou adquiridos na tabacaria, naquelas famosas folhas com séries de pequenos desenhos relacionados ao mesmo tema. E havia autocolantes alusivos a tudo, desde as óbvias motas, monstros, princesas e cenas 'fofinhas' até bandas, países, desenhos animados e, claro, produtos e serviços oferecidos por companhias que procuravam estabelecer-se no mercado - isto, claro, sem esquecer os oferecidos como brinde na compra de artigos alimentares, como as famosas colecções dos 'Tou's' do Bollycao ou dos jogos da Sega, das Donetes.

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Uma das mais famosas séries de autocolantes da década

Qualquer que fosse a origem ou temática, no entanto, os autocolantes eram invariavelmente açambarcados, e tinham sensivelmente os mesmos destinos: a capa do caderno ou 'dossier' (que, se fosse lisa, era revestida de autocolantes na frente e verso para formar uma colagem ao estilo mosaico), o armário do quarto ou cabeceira da cama, a tampa da consola, o 'skate' ou bicicleta e até, para os mais imaginativos, locais como o tanque do peixinho ou tartaruga (nos anos 90, rara era a casa com crianças que não tinha, pelo menos, um autocolante num sítio insólito ou inesperado.) As crianças dos anos 90 simplesmente adoravam o efeito que aqueles pedaços de papel adesivo colorido davam a superfícies que, sem eles, pouco brilho tinham, e não é portanto de admirar que os mesmos fossem presença assídua nos bolsos dos mesmos, no meio de todas as outras 'quinquilharias' de que aqui falamos regularmente.

Como quase tudo de que aqui falamos, também os autocolantes foram praticamente 'obliterados' pelo advento da era digital – excepto, estranhamente, no mundo da música, onde continuam a ser um brinde bastante utilizado e apreciado. Ainda assim, qualquer pessoa que tenha decorado a tampa do seu portátil com um cromo ou adesivo se lembrará do tempo em que não era só um, mas muitos, espalhados um pouco por todo o quarto, nos brinquedos e nos livros da escola...

08.12.21

Em quartas-feiras alternadas, falamos sobre tudo aquilo que não cabe em nenhum outro dia ou categoria do blog.

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Para mutas crianças – de qualquer idade, nacionalidade ou era – a escola primária é a única que chega a ser divertida, em grande parte graças aos esforços dos professores deste sector em tornar a aprendizagem intuitiva, variada e até algo relaxada, o que deixa quase totalmente de acontecer do quinto ano em diante. Nos anos 90, em Portugal, a situação não era diferente, e havia certas alturas do ano – sobretudo na aproximação aos diferentes períodos de férias – em que os professores ajuizavam (acertadamente) que qualquer tentativa de aprendizagem sairia frustrada, e as aulas eram passadas a pintar desenhos alusivos à estação ou período festivo em curso.

O Natal não era, claro, diferente – afinal de contas, das diversas festas que povoam o calendário português, essa é, talvez, a que maior significado tem para as crianças e jovens. E se na Páscoa havia ovos e desenhos de coelhinhos, e no S. Martinho se comiam castanhas no pátio, era certo e sabido que, no Natal, a sala de aula se iria decorar com motivos alusivos a esta festa (e, com sorte, uma árvore com luzinhas, junto à qual se tiravam fotos), e que se iriam pintar desenhos de Pais Natais, árvores, anjos e estrelinhas para pendurar à entrada da sala (alguns, inevitavelmente, com a cara verde, roxa ou amarela e a roupa da cor errada), fazer presentes artesanais para os pais, e que (com sorte) iria ter lugar uma festa de Natal ou troca de prendas – ou, melhor ainda, se iria tão simplesmente RECEBER uma prenda, entregue por um dos ajudantes do velhote de barbas brancas (a quem, a propósito, já se escrevera uma carta, em papel especial fornecido pelos CTT, que os pais ou a própria professora haviam ajudado a depositar no marco do correio, em envelope também expressamente fornecido para o efeito.) Eram dias mágicos em que a sensação de férias se combinava com o típico ambiente natalício para criar memórias que, à distância de duas ou três décadas, parecem ainda mais idílicas.

Infelizmente, este tipo de experiência não perdurava para lá do quinto ano, altura em que o sistema de ensino principia o seu processo de formatação dos futuros adultos que acolhe; ainda assim, qualquer pessoa que tenha vivenciado aquelas semanas antes do Natal numa sala de aula primária ainda hoje, certamente, os recorda, e espera sinceramente que os filhos, sobrinhos e outras crianças na sua vida possam, a seu tempo, vivenciar algo semelhante...

07.12.21

Porque nem só de séries se fazia o quotidiano televisivo das crianças portuguesas nos anos 90, em terças alternadas, este blog dá destaque a alguns dos outros programas que fizeram história durante aquela década.

Nos anos pré-Internet, as mascotes de produto eram ferramentas de marketing tão ou mais importante do que são hoje em dia as redes sociais, sendo que qualquer marca orientada ao público jovem sabia que ter uma mascote apelativa e memorável era 'meio caminho andado' para conseguir a tão desejada conexão com o seu consumidor-alvo. Não era, portanto, de admirar que este tipo de personagem proliferasse nas prateleiras de lojas e supermercados um pouco por todo o País, aparecendo em caixas de produtos tão díspares quanto os cereais, os croissants com chocolate industriais, as bebidas com sabores, e até, por vezes, em produtos que em nada apelavam ao público infanto-juvenil, como no caso dos lendários 'Glutões' do detergente Presto.

Tendo em conta este paradigma, também não é de estranhar que, a dado ponto, as entidades institucionais tenham, também elas, procurado 'entrar na onda' das mascotes, como forma de sensibilizar as camadas populacionais mais jovens para a sua mensagem ou serviços – um desejo que ganhou ainda mais impulso às costas do sucesso de personagens como o Fibras (mascote da TV Cabo nos primórdios do serviço em Portugal) ou o ainda hoje relevante Gil, mascote da Expo '98. Foi o caso, por exemplo, da EDP, que em finais do século XX e inícios do seguinte procurou implementar o seu próprio representante animado, um ser andrógino com uma onda de cabelo azul e t-shirt amarelo-berrante, que mais parecia ter a ver com o mar do que com a energia, mas cujo nome não deixava margem para dúvidas. O Luzinha (que apenas se sabe ser do sexo masculinho graças à Prova do Luzinha, uma corrida de atletismo patrocinada pela EDP que marcou as últimas aparições do personagem) era mesmo a personificação da luz que a companhia eléctrica fazia chegar aos lares de todo o País, e a sua missão na vida era combater todos aqueles que procurassem extinguir ou dificultar a criação distribuição de energia eléctrica – isso, ou apenas surfar, tocar guitarra eléctrica enquanto saltava no sofá, fazer asa-delta, e ser, no geral, o personagem mais tipicamente 'anos 90' que imaginar se possa.

A impressão com que se ficava, de entre as duas detalhadas acima, dependia de qual dos dois veículos de divulgação do personagem se ficava a conhecer primeiro; isto porque, enquanto a banda desenhada das aventuras do personagem o pintava como um vingador da energia eléctrica, os dois anúncios produzidos pela EDP como complemento audio-visual da campanha deixavam a impressão oposta, transformando Luzinha numa mascote 'buéda radical' ao estilo do Poochie, dos Simpsons. E apesar de um destes anúncios se encontrar perdido nas areias do tempo (ou seja, não disponível no YouTube nem no Dailymotion), o segundo ainda pode ser visualizado no site de logotipo vermelho e branco – ou, alternativamente, clicando no vídeo que deixamos aqui abaixo. E acreditem – vale a pena gastar um minuto e meio a ver este clipe tão, mas tão '90s' que quase parece ser uma paródia da estética da altura. O facto de não ser – de ser, pelo contrário, uma coisa mesmo muito séria - diz muito acerca da mentalidade publicitária naquele virar de década, século e milénio.

Quem quiser perceber o que foi a cultura jovem dos anos 90 e 2000, tem aqui um muito bom resumo.

No fim de contas, e apesar de bem estruturado, muito bem animado e com uma música razoavelmente memorável e 'catchy', é fácil perceber porque é que este anúncio (e o seu 'irmão mais velho' menos 'radical') não fizeram história, e porque é que Luzinha não mereceu um lugar no panteão das mascotes, ao lado do Urso Tuli, do Tampinhas da Frisumo ou dos dois Capitães, Estrela e Iglo; o facto é que este tipo de iniciativa é 'topado' à distância pelo público-alvo, que cria quase de imediato aversão ao mesmo – um fenómeno, aliás, muito bem satirizado no referido episódio d''Os Simpsons' sobre a inclusão do cão Poochie no clássico desenho animado de Itchy e Scratchy, numa tentativa (falhada, claro) de modernizar aquilo que ninguém queria ver modernizado. No caso do Luzinha, o princípio foi o mesmo – a EDP é daquelas instituições que não precisava, de todo, de uma mascote, e a tentativa forçada de criar uma (e de a tornar popular junto do público-alvo através de uma imagética 'radical') só podia mesmo redundar num falhanço...

07.12.21

NOTA: Este post diz respeito a Segunda-feira, 06 de Dezembro de 2021.

Qualquer jovem é, inevitavelmente, influenciado pela música que ouve – e nos anos 90, havia muito por onde escolher. Em segundas alternadas, exploramos aqui alguns dos muitos artistas e géneros que faziam sucesso entre as crianças daquela época.

O Natal não é, exactamente, um tema comum no que toca a colectâneas de música alternativa; normalmente, as compilações deste tipo centram-se sobretudo nos clássicos intemporais (e de domínio público) que a maioria dos comuns mortais transforma em banda-sonora para esta época do ano,

Em 1995, no entanto, a editora independente portuguesa Dínamo Discos resolveu explorar precisamente esse conceito, juntando num mesmo disco alguns dos maiores e mais conhecidos artistas da música portuguesa e fomentando uma série de colaborações, as quais viriam mais tarde a fazer parte do disco. E o mínimo que se pode dizer é que, apesar do sucesso comercial não ter sido por aí além significativo, em termos qualitativos, a empreitada valeu bem a pena.

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Intitulado 'Espanta-Espìritos' e lançado em Novembro (com uma capa que remete mais ao Halloween do que propriamente ao Natal), o disco apresenta doze músicas bem eclécticas e diversificadas, com as sonoridades alternativas e a temática natalícia como únicos denominadores comuns – uma característica proposital, e que assegura que a colectânea oferece algo para os fãs de todos os géneros da música alternativa, com a notória excepção do hard rock e metal, talvez por serem géneros demasiado 'de nicho' ou pouco agradáveis ao ouvido do melómano médio português.

De resto, há para todos os gostos, do pop-rock de 'Final do Ano (Zero a Zero)' (interpretado por Xana dos Rádio Macau ao lado de Jorge Palma) ao fado de 'Minha Alma de Amor Sedenta', de Alcindo Carvalho, passando pelo funk Jamiroquai-esco de '+ 1 Comboio' (novamente com Jorge Palma em dueto com um elemento dos Rádio Macau, no caso o guitarrista Flak), o rock sarcástico-cómico de 'Família Virtual' (uma inesperada colaboração entre o fadista Carvalho e os anarco-ska-punks Despe & Siga) e 'Natal dos Pequeninos' - dueto de João Aguardela, dos Sitiados, com duas crianças - ou mesmo o hip-hop de 'Apenas Um Irmão', faixa que consegue a proeza dupla de inserir, à sorrelfa, uma palavra menos própria na letra (por sinal, bem rebelde e contestatária, como era apanágio do hip-hop português da época) e de pôr Sérgio Godinho a fazer rap ao lado dos mestres Pacman (hoje Carlão) e Boss AC – e quem nunca ouviu Sérgio Godinho numa música de rap, não sabe o que anda a perder...

Ouçam por vocês mesmos...

As restantes músicas são mais tradicionais deste tipo de empreitada, e desenvolvem-se num ritmo mais calmo e baladesco – o que não significa que tenham menos qualidade. 'A Rocha Negra', em particular, é um tema assombroso, em todos os sentidos, alicerçado numa grande prestação vocal, quase 'a capella' de Tim (ainda em fase de estado de graça com os seus Xutos) e Andreia (dos desconhecidos Valium Electric), enquanto 'São Nicolau' é um bonito tema em toada pop-rock, cantado por Viviane, dos Entre Aspas. Em suma, são poucos os temas mais fracos deste registo, e mesmo esses nunca passam o limiar do aceitável-para-bom.

Não deixa, pois, de ser surpreendente que o principal contributo de 'Espanta Espíritos' para a mùsica portuguesa tenha sido a inclusão de alguns dos seus temas em álbuns 'verdadeiros' de alguns dos participantes; como colectânea, e apesar de ter sido considerado um dos vinte melhores discos de Natal lançados em Portugal pela Time Out (uma daquelas distinções tão de nicho, que acaba por fazer pouco ou nenhum sentido) o álbum esteve longe de ser um sucesso, e encontra-se largamente esquecido nos dias que correm. Uma pena, visto que – como qualquer pessoa que tenha o álbum certamente afirmará – este se trata de um projecto que merecia bastante melhor do que apenas um estatuto de culto...

05.12.21

Aos Domingos, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos principais acontecimentos desportivos da década.

Já aqui falámos, aquando do último encontro entre Benfica e Sporting, na época passada, da importância que o 'derby' de Lisboa tem para os adeptos de ambos os clubes, ao ponto de, muitas vezes, o seu resultado ser quase mais importante do que o desempenho de cada uma das equipas na restante prova; agora, na ressaca de novo encontro entre os dois emblemas, já no âmbito da nova época, recordamos um jogo em que se verificou, precisamente, essa situação - o famoso 3-6 de 1994, ainda hoje uma das partidas mais históricas e recordadas da História do futebol português.

Ainda hoje custa a ver, para um adepto do Sporting...

Corria o mês de Maio de 1994, e o então Campeonato Português da I Divisão aproximava-se a passos largos do final, quando os eternos rivais da Segunda Circular lisboeta se encontravam, sob chuva torrencial, no velhinho e saudoso Estádio José Alvalade, em partida a contar para a 30ª jornada. O Benfica liderava a prova, mas o Sporting mantinha acesa a perseguição, 'mordendo os calcanhares' às águias na segunda posição da tabela. O 'derby' de Alvalade era, portanto, um daqueles jogos que ajudaria a definir a classificação: o Sporting precisava de ganhar para manter a luta em aberto, e não se deixar ultrapassar pelo outro rival de ambas as equipas, o FC Porto, enquanto que o Benfica tinha na partida uma oportunidade de cimentar a liderança, deixando os dois adversários na luta apenas pelo posto de vice-campeão.

E foi precisamente isso que acabou por se verificar, muito graças a uma das melhores exibições individuais de sempre num jogo do campeonato português, por parte de um 'loirinho' endiabrado com talento inversamente proporcional à altura, de seu nome João Vieira Pinto; o número 8 benfiquista ajudou a manter o Benfica na luta durante a primeira parte de um jogo que até havia começado com o Sporting em vantagem (por duas vezes), tendo os golos do empate sido apontados, em ambas as instãncias, por...João Vieira Pinto. Foi, também, dele o golo que deu a vantagem ao Benfica pela primeira vez, assegurando que os encarnados iam para o intervalo a vencer por 2-3, num jogo em que haviam estado em desvantagem por 1-0 e 2-1 (golos de Cadete e Figo.)

Na segunda parte, foi a vez de outro jogador benfiquista 'abrir o livro' – no caso, o avançado brasileiro Isaías, que ajudou a dilatar e avolumar o resultado em favor das águias, com dois golos consecutivos, aos 48 e 57'. Aos 74', Hélder Cristóvão dava ao resultado contornos de massacre, que nem um penálti tardio do 'mago' Balakov ajudou a suavizar; o Sporting saía, mesmo, de sua casa humilhado (e bem!) pelo eterno rival, e com o Campeonato definitivamente perdido (esta mesma equipa viria aliás, semanas depois, a pôr o ponto final numa época desapontante, ao perder também a Taça de Portugal para o outro rival, por 1-2 após finalíssima.)

À distância de quase três décadas, é fácil perceber porque continua este a ser um dos jogos mais falados de sempre do futebol português: um resultado de 3-6 é tudo menos comum, e quando associado a um 'derby', com todas as 'picardias' que esse tipo de jogo acarreta, ainda mais memorável se torna. E ainda que o Sporting tivesse, mais de uma década e meia depois, conseguido 'vingar-se' deste resultado com um 5-3 para a Taça de Portugal, o jogo de 14 de Maio de 1994 continua a ser uma das 'feridas abertas' para os adeptos leões, e um dos maiores motivos de orgulho para os adeptos benfiquistas que o presenciaram...

FICHA DE JOGO

SPORTING 3-6 BENFICA

14/05/1994

Estádio José Alvalade

Campeonato Nacional da I Divisão – 30ª Jornada

Árbitro: António Marçal

SPORTING: Lemajic; Nélson, Valckx, Vujacic e Paulo Torres (Pacheco, int.); Paulo Sousa, Capucho, Balakov e Figo; Cadete e Iordanov (Poejo, 60').

BENFICA: Neno; Hélder Cristóvão, Mozer, Abel Xavier e Veloso; Kenedy, Paneira, Schwarz e Aílton; João Vieira Pinto (Rui Águas, 78') e Kenedy (Rui Costa, 71').

GOLOS: 1-0 por Cadete (8'); 1-1, por João Vieira Pinto (30'); 2-1 por Figo (35'); 2-2, por João Vieira Pinto (37'); 2-3, por João Vieira Pinto (44'); 2-4, por Isaías (47'); 2-5, por Isaías (57'); 2-6 por Hélder Cristóvão (74'); 3-6 por Balakov (pen, 80'.)

04.12.21

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Na última edição desta rubrica, falámos aqui dos veículos eléctricos, montados nos quais muitos de nós gozaram grandes 'corridas' no pátio ou no jardim; hoje, falamos de outro tipo de veículo, o qual, apesar de não ser exclusivamente destinado a uso no exterior, não deixou ainda assim de ser companheiro de muitos passeios para as crianças dos anos 90, sobretudo as do sexo masculino.

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Falamos dos famosos carrinhos tele-comandados, a dada altura da História um dos presentes mais cobiçados por esta altura do ano (a par das consolas e das bicicletas) muito por culpa dos seus mirabolantes anúncios, que prometiam que o referido veículo seria capaz, sem grandes problemas, de trepar e atravessar formações rochosas e outros tipos de terreno agreste; e embora a verdade não fosse, nem de longe, tão impressionante, estes brinquedos não deixavam, ainda assim, de exsudar um certo 'cool factor' que os apontava directamente aos corações de qualquer rapaz pré-adolescente daquela época.

Com anúncios como este, não admira que estes carros fossem desejados por qualquer rapaz daquele tempo...

Convém, no entanto, realçar que, como sucedia com outros brinquedos da época, nem todos os carros teleguiados eram exactamente iguais; pelo contrário, existiam não só variantes bem definidas, como uma hierarquia para as mesmas entre as crianças daquele tempo. No topo da pirâmide (e de muitas listas de Natal) encontravam-se os excelentes veículos da Nikko (distribuídos em Portugal pela inevitável Concentra), os quais eram, invariavelmente, visualmente apelativos, de manuseamento excelente, e de longe mais poderosos e versáteis do que quaisquer outros; logo de seguida, embora a alguma distância, vinham os 'imitadores' desta marca, menos resistentes e mais simplistas, mas perfeitamente funcionais para o preço que custavam; e em último lugar, reservados sobretudo aos utilizadores mais novos, vinham os modelos mais simplistas, coloridos e de formas arrendondadas, muitos dos quais apenas eram 'tele-comandados' no sentido mais literal da palavra, já que se encontravam presos ao seu próprio comando por um fio, oferecendo por isso um raio de acção extremamente limitado.

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Exemplo de um modelo de carro telecomandado mais simples, com fio, e destinado a um público mais jovem

Qualquer que fosse o tipo ou modelo de carro, no entanto, não era de todo incomum, à época ver um destes brinquedos a rolar numa qualquer rua ou jardim do país, seguido alguns metros mais atrás por um utilizador tão eufórico quanto absorto na manobra do veículo; infelizmente, como tantos outros produtos que aqui abordamos, também os carros tele-comandados acabaram por cair em desuso, substituídos nos catálogos de Natal e prateleiras dos hipermercados por 'gadgets' e brinquedos de cariz mais electrónico. Ainda assim, quem viveu a época áurea destes brinquedos não esquece a emoção de receber um no Natal, nem de o tirar do armário e o levar como companheiro de uma Saída ao Sábado...

03.12.21

Os anos 90 estiveram entre as melhores décadas no que toca à produção de filmes de interesse para crianças e jovens. Às sextas, recordamos aqui alguns dos mais marcantes.

Um dos mais antigos e universalmente aceites axiomas do cinema diz que 'as sequelas nunca são tão boas quanto os originais'. E embora esta afirmação já não seja cem por cento verdadeira ('Shrek 2', por exemplo, é um filme vastamente superior ao original em quase todos os aspectos) o rácio de sequelas de valor para sequelas desapontantes permanece baixo o suficiente para a podermos considerar, no cômputo geral, correcta.

Ainda assim, 'abaixo do original' nem sempre significa, necessariamente, 'mau'; existem casos em que o filme de origem se situa tão acima da média que mesmo uma sequela menos bem conseguida não deixa de ser um bom filme. A 13 de Dezembro de 1991, há quase exactamente trinta anos, estreava em Portugal um filme que ilustrava perfeitamente este paradigma, ficando uns furos abaixo do magnífico original, mas afirmando-se mesmo assim como uma experiência cinematográfica bem divertida.

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Falamos de 'Fievel no Faroeste', a primeira das três sequelas para 'Fievel: Um Conto Americano', a obra-prima de Don Bluth lançada em 1987, e que conseguia a proeza de usar roedores animados para explorar (e de forma bastante séria!) o fenómeno da imigração de cidadãos europeus para a América, em finais do século XIX e inícios do seguinte. Com momentos tocantes, assustadores e divertidos em igual medida, este filme foi um merecido sucesso entre o seu público-alvo, e continua hoje a ser lembrado como talvez o melhor dos vários grandes filmes lançados por Bluth – um feito nada desprezível, se considerarmos que essa lista também inclui clássicos como 'Em Busca do Vale Encantado' e 'Todos os Cães Merecem o Céu', cada um dos quais capaz de ombrear com o melhor que a Disney vinha oferecendo na altura.

'Fievel no Faroeste' não está a esse nível, mas verdade seja dita, também não parece muito preocupado em o atingir; trata-se de um filme muito mais assumidamente 'para crianças', que tem no gato vocalizado (no original) por Dom DeLuise muitos dos seus motivos de interesse, e em que a vertente de análise e crítica social é muito menos pronunciada. Tal não significa, no entanto, que se trate de uma sequela 'às três pancadas', antes pelo contrário – a par de 'Todos os Cães...2', é uma das poucas sequelas dos estúdios de Bluth que NÃO se insere nesta categoria, apresentando um trabalho técnico cuidado e um enredo sem momentos mortos nem cenas 'para encher chouriços', que faz com que os seus cerca de 80 minutos de duração passem prazerosamente.

Em suma, sem ser um clássico intemporal como o seu antecessor, 'Fievel no Faroeste' é – ainda hoje – um filme para crianças acima da média, que não deixa o primeiro 'Conto Americano' ficar mal, e que certamente será alvo de boas reacções por parte do seu público-alvo, mesmo nos dias de hoje (por aqui, foi visto à época da estreia, com seis anos, e muito apreciado.) Pena é, pois, que tanto Bluth como os seus antigos empregadores, e mais tarde rivais – a Disney – tenham decidido enveredar pelo ramo das sequelas 'directas para vídeo' destinadas exclusivamente a 'sossegar os putos' durante uma hora – fazem falta filmes (e sequelas) como 'Fievel no Faroeste', capazes de justificar a transformação de uma propriedade intelectual em 'franchise', e de se 'aguentarem' tão bem ao fim de três décadas como na época da sua estreia.

02.12.21

Todas as crianças gostam de comer (desde que não seja peixe nem vegetais), e os anos 90 foram uma das melhores épocas para se crescer no que toca a comidas apelativas para crianças e jovens. Em quintas-feiras alternadas, recordamos aqui alguns dos mais memoráveis ‘snacks’ daquela época.

'O bom sabor da selva.'

Este é um 'daqueles' posts; aqueles que não começam com qualquer tipo de introdução ou contextualização, mas que arrancam da única maneira possível quando se fala do assunto em causa: com aquilo pelo qual o mesmo é mais lembrado hoje em dia. E no caso do Um Bongo, esse aspecto é mesmo, e definitivamente, a música e o 'slogan' do lendário anúncio televisivo, que muitos dos que nos lêem ainda serão decerto capazes de recitar (ou cantarolar) palavra por palavra. Ainda hoje um dos momentos maiores da publicidade em Portugal, o anúncio do Um Bongo é prova cabal do poder que uma boa campanha de 'marketing' verdadeiramente exerce sobre o destino de um produto.

Isto porque o Um Bongo, enquanto sumo, não se destacava particularmente da concorrência em nenhum aspecto. O sabor 'tutti-frutti' - a 'festa de oito frutos' de que fala o anùncio - era a sua característica mais distintiva, numa era em que tudo era laranja ou ananás (o próprio Um Bongo era também comercializado numa variante de laranja, bem menos popular do que a original), mas apesar de ser acima da média para um sumo de supermercado, a oferta da Libby's (mais conhecida, à época, como distribuidora do Lipton Ice Tea) não se podia exactamente considerar extraordinária; em suma, sem o anúncio, o Um Bongo era 'apenas' mais um bom sumo – tanto assim que, ainda hoje, a marca é sobretudo lembrada pela cantilena entoada pelos animais animados, sendo a nostalgia referente ao mesmo mais centrada na campanha publicitária do que propriamente no sabor.

E o alcance e influência dessa campanha não se ficou pelas vendas e criação de nostalgia pelo seu 'jingle'; no seu auge, nos anos 90, o Um Bongo era um dos principais patrocinadores do Jardim Zoológico de Lisboa, fazendo a óbvia conexão com a espécie de antílope do mesmo nome, bem como entre os elefantes e macacos animados que o representavam e aqueles, de carne e osso, que se podiam ver no Zoo. (Esta táctica era, aliás, também empregue por produtos como o Nesquik e o Tuli-Creme, que encontravam na publicidade em cartaz e patrocínio dos animais do Zoo uma oportnnidade de porem o seu produto à frente de um elevadíssimo número de crianças e, ao mesmo tempo, saírem 'bem na fotografia' por apadrinharem a conservação animal.)

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Cinismos à parte, no entanto, a verdade é que o Um Bongo – que, aliás, ainda hoje existe, sendo agora produzido pela Sumol/Compal – foi um dos produtos alimentares mais marcantes dos 'nossos' anos 90, surgindo apenas atrás de clássicos como o Bollycao ou as batatas da Matutano (que, aliás, muitas vezes acompanhava) na lista dos mais lembrados pelos ex-'putos' daquela geração. No entanto, seria também desingénuo fingir que muitas dessas lembranças não estão ligadas ao seu mítico anúncio televisivo... 'Um Bongo, Um Bongo, o bom sabor da selva...!'

01.12.21

A banda desenhada fez, desde sempre, parte da vida das crianças e jovens portugueses. Às quartas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos títulos e séries mais marcantes lançados em território nacional.

A comunicação institucional e educacional dirigida aos jovens sempre foi (e continua a ser) uma das maiores pechas da estratégia de marketing da maioria das empresas e organizações. Muito mais inteligentes e argutos do que normalmente se pensa serem – bem como brutalmente honestos – os jovens não têm qualquer pejo em 'votar com os pés' quando algo que lhes é ditigido fica abaixo das expectativas – uma atitude que ainda se agrava mais quando o conteúdo em causa adopta um tom condescendente ou forçado.

Este facto – já sobejamente comprovado – não desencoraja, no entanto, as empresas de continuarem a tentar a conexão com o público jovem, através dos mais variados meios; e, nos anos 90, Portugal assistiu precisamente a uma destas tentativas, por parte da companhia nacional de energia e electricidade, a EDP.

Com o intuito de sensibilizar as demografias mais jovens para a problemática da poupança de energia, a companhia apresentava, em meados da década, uma campanha baseada em dois veículos, ambos protagonizados pela tentativa de mascote da EDP, o (ou A) Luzinha; do anúncio de televisão animado, falaremos aqui dentro em breve, sendo que hoje examinaremos (na medida do possível) o volume de banda desenhada editado pela distribuidora energética como parte desta campanha.

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A capa do Volume

E dizemos 'na medida do possível' porque 'Operação Contra-Luz' se insere firmemente na categoria dos 'Esquecidos Pela Net'; à parte a listagem em directorias de BD editada em Portugal, não existe informação absolutamente NENHUMA sobre esta publicação, nem sequer nos habituais e sempre confiáveis blogs sobre nostalgia (olá, malta!) Este é um daqueles posts em que o Anos 90 vai desbravar caminho rumo ao topo dos resultados do Google...sobre um tema que decerto interessará a muito pouca gente.

Passemos, pois, à nossa missão documental, e falemos de 'Luzinha em Operação Contra-Luz'. Editado pela empresa de comunicação Espectro, autora da campanha e criadora do personagem, parece tratar-se da habitual história em que um vilão tenta roubar ou gastar energia, cabendo ao nosso andrógino herói (ou será heroína?) tentar travá-lo. E dizemos 'parece' porque – mais uma vez – só existe UM painel da história digitalizado, e é perfeitamente inconclusivo.

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O único painel da história existente em formato digital

Pela pequena amostra que existe, no entanto – um painel e a capa – consegue perceber-se que esta é, pelo menos, uma BD cuidada do ponto de vista técnico e gráfico – como, aliás, também o é o anúncio televisivo. Embora a escolha de fonte para as letras não seja a melhor, os desenhos são bons e têm um estilo próprio e personalizado, na linha do que vinham produzindo outras agências e estúdios portugueses, como a Animanostra; se a história estava ao mesmo nível, nunca saberemos, embora a natureza institucional e educacional do volume faça prever que não seja esse o caso...

Ainda assim, é sempre curioso relembrar este tipo de obra muito situacional e que, precisamente por isso, poucas ou nenhumas repercussões culturais acarreta; é crível que, hoje em dia, sejamos dos poucos que sequer se lembram do/a Luzinha (de quem, aliás, tínhamos um boneco em vinil), quanto mais da banda desenhada que protagonizou. Se aí por fora houver mesmo quem tenha lido isto, no entanto, fica a nota: adorávamos saber mais sobre este volume, que concerteza lemos na altura, mas que esquecemos totalmente no quarto de século subsequente – como, aliás, tende a ser o caso com tomos como este...

01.12.21

NOTA: Este post corresponde a Terça-feira, 30 de Novembro de 2021.

A década de 90 viu surgirem e popularizarem-se algumas das mais mirabolantes inovações tecnológicas da segunda metade do século XX, muitas das quais foram aplicadas a jogos e brinquedos. Às terças, o Portugal Anos 90 recorda algumas das mais memoráveis a aterrar em terras lusitanas.

Na era anterior ao aparecimento e posterior expansão dos 'shopping centers' em Portugal, o conceito de 'centro comercial' dizia quase exclusivamente respeito a um espaço de vários andares, mais ou menos escuro e esconso (normalmente 'mais') onde se podiam encontrar os mais diversos tipos de estabelecimentos, desde cafés a papelarias, lojas de roupa, informática, música, brinquedos, desporto ou bugigangas, ou até uma ou duas salas de cinema. No entanto, para uma criança ou jovem de final dos anos 80 ou inícios dos 90, estes estavam longe de ser os únicos atractivos deste tipo de espaço; havia outro aspecto dos mesmos que podia bem ditar a preferência desse mesmo jovem por aquele estabelecimento em detrimento de todos os outros – as máquinas e brinquedos oferecidas pelo mesmo.

Já aqui falámos, numa ocasião anterior, das máquinas de 'garra'; no entanto, estas estavam longe de ser o único tipo de 'engenhoca' electrónica encontrada nos antigos centros comerciais deste nosso Portugal. Além destas 'engolidoras de dinheiro', o 'shopping' de bairro médio daqueles anos continha normalmente uma mão-cheia de 'brinquedos de abanar' movidos a moeda e – se as crianças daquela área fossem particularmente sortudas – uma máquina de jogo 'Hang-On', da Sega.

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O modelo mais comum deste tipo de máquina encontrado em Portugal

Embora a partir de meados da década se viessem a tornar cada vez mais raras, no início dos anos 90 estas máquinas eram relativamente comuns em espaços como os descritos acima, tendo extravasado o seu 'habitat' natural nos salões de jogos para captar também um público bem mais novo, mas não menos ávido por aquilo que as mesmas tinham para oferecer.

E esta oferta era tão simples como apelativa, consistindo tão simplesmente na possibilidade de jogar o excelente 'Super Hang-On', não na Mega Drive ou Master System lá de casa, mas montado numa réplica à escala de uma mota 'superbike', que oscilava para um lado e para o outro à medida que se 'atacavam' curvas no próprio jogo! Uma proposta irresistível para qualquer 'puto', especialmente se o mesmo fosse fã de motas, e que fazia com que valesse bem a pena gastar a moeda para disfrutar daqueles minutos de diversão – ou, em alternativa, explorar uma característica específica da máquina e divertir-se de graça.

Isto porque a maioria destas máquinas estavam programadas para levar a cabo um ciclo de testes automático sempre que eram desligadas da ficha – e um dos testes era, precisamente, o de movimento. Assim, quem fosse 'valente' o suficiente para desligar a máquina da tomada (e rápido o suficiente para voltar a 'montar' nos poucos segundos que tinha para o fazer) podia desfrutar de alguns segundos de oscilação sem para isso ter que inserir moeda – uma excelente opção para quem tinha pouco dinheiro, pais pouco dispostos a financiar este tipo de diversões, ou simplesmente quisesse impressionar os amigos com tal 'truque'.

Como já referimos, no entanto, estas máquinas foram vítimas de um desaparecimento acelerado a partir de meados da década, encontrando-se, em fnais da mesma, já praticamente extintas - um ou outro exemplar ainda ia sobrevivendo nos mais retrógrados e moribundos centros comerciais de bairro, mas enquanto que os referidos 'brinquedos de abanar' continuavam (e continuaram) a ser uma visão comum neste tipo de espaços, e novos modelos deste tipo de máquina continuavam a grassar nos salões de jogos de todo o país – para jogos como Manx TT Superbike, também da Sega – mas as agora obsoletas motas 'Hang-On' tinham mesmo sido condenadas à inevitável reforma. Ainda assim, estas máquinas marcaram época para uma boa parcela da população portuguesa, e merecem que o tempo em que pululavam nos 'shoppings' de bairro por esse país fora não caia totalmente no esquecimento...

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