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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

21.05.21

Os anos 90 estiveram entre as melhores décadas no que toca à produção de filmes de interesse para crianças e jovens. Às sextas, recordamos aqui alguns dos mais marcantes.

E se na primeira destas nossas Sessões falámos dos filmes da segunda época áurea da Walt Disney, nada mais justo do que falarmos hoje daquelas animações que se pareciam ‘materializar’ nos escaparates, do nada, de cada vez que um deles estreava; animações comercializadas em VHS’s manhosos, muitas vezes em bancas de jornal, e cujos títulos e capas remetiam invariavelmente para um dos filmes recentes da Disney, Fox ou Warner Bros., sem no entanto resistirem a um escrutínio mais apertado.

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Acima: ideias cem por cento originais e sem inspiração em nenhuma companhia em especial

Comercializados em Portugal pela Goodtimes e pela Trisan Vídeo (sob a sigla ‘Classic Animations’, cuja escolha de tipo de letra para o logo era certamente aleatória e de forma alguma deliberada), estes filmes apresentavam-se, normalmente, divididos em dois tipos; por um lado, havia produções originais especificamente concebidas para serem ‘mockbusters’ dos filmes animados de grande orçamento, e por outro, havia desenhos animados mais antigos, alguns já com várias décadas, que eram oportunisticamente colocados de volta no mercado como tentativa de lucrar com a ‘febre’ invariavelmente causada por qualquer que fosse o novo filme animado em estreia nos cinemas - ambas práticas que, aliás, se mantêm até aos dias de hoje, agora com o DVD e o 'streaming' como formatos de eleição.

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Não lembra nada, pois não...?

E se estes últimos ainda gozam de alguma boa-vontade – por terem sido feitos muito tempo antes de a Disney ou Warner Bros. terem a mesma ideia – o primeiro tipo, que era também o mais frequente, só ganha pontos pelo seu descaramento. Basicamente, estes vídeos (a maioria deles da Goodtimes) eram as ‘cassettes amarelas’ dos filmes animados infantis – prometiam um produto excitante q.b. e ofereciam outro muito menos entusiasmante. A diferença é que, no caso dos vídeos, era fácil de perceber que aquele não seria o filme ‘oficial’ apenas olhando para a capa – ainda que algumas tentassem ao máximo confundir-se com as da ‘casa-mãe…

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'Coincidence? I THINK NOT!!'

Também ao contrário dos cartuchos amarelos, muitos destes filmes nem sequer eram, necessariamente, toscos ou mal feitos; pelo contrário, a maioria dos enredos tendia a manter-se mais fiel ao material original que a habitual ‘adaptação livre’ da Disney, e embora a animação ficasse obviamente muitos furos abaixo, o nível de qualidade era, normalmente, equiparante ao de uma série televisiva média. Ou seja, havia muito para gostar nestes vídeos – ainda que os pontos positivos fossem, infelizmente, ofuscados pela estratégia de marketing, essa sim, tosca e desingénua.

Mesmo assim, talvez devido ao baixo preço e fácil acessibilidade (muitas, como referimos acima, eram vendidas em papelarias e bancas de jornais, coladas àquelas icónicas cartolinas que eram sinónimas com o ‘VHS de quiosque’) estas cassettes conseguiram encontrar lugar nas colecções de VHS de muits crianças por esse Portugal fora. E embora (pelo menos por cá) não fossem dos filmes mais vezes postos a rodar, eram sempre uma óptima solução de recurso quando não apetecia ver mais nada – isto, claro, se soubéssemos de antemão ao que íamos, e não estivéssemos à espera de ver o filme oficial quando puséssemos a cassette no VHS…

20.05.21

Trazer milhões de ‘quinquilharias’ nos bolsos, no estojo ou na pasta faz parte da experiência de ser criança. Às quintas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos brindes e ‘porcarias’ preferidos da juventude daquela época.

E depois de na edição inaugural desta rubrica termos falado do mais famoso brinde de sempre da Matutano – os lendários Matutazos – hoje vamos falar de outro item promocional, ainda anterior a esse, mas que gerou quase o mesmo nível de furor entre a pequenada (bem como algumas dores de cabeça à maioria dos pais): os Pega-Monstro.

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Oferecidos com cada pacote de ‘snacks’ Matutano no início da década, este era daqueles brindes com um conceito tão simples quanto infalível para agradar ao público-alvo; tratavam-se de pedaços de borracha multicoloridos, moldados na forma dos titulares ‘Monstros’ - ou, em alternativa, de mãos – e revestidos com material aderente, que os fazia colarem-se a qualquer superfície (pelo menos enquanto a ‘cola’ não secasse, o que normalmente acontecia ao fim de dois ou três usos.) O longo 'fio’ com uma anilha na ponta, que representava quase metade da superfície total do brinquedo, permitia à criança atirá-los contra a parede, vidro, porta ou até mesa mais próxima, podendo depois vê-los ‘escorregar’ pela referida superfície, até caírem e se reiniciar o processo. Em alternativa, a criança podia manter o Pega-Monstro preso na mão, e puxá-lo para o descolar da superfície, ao estilo iô-iô. Qualquer das opções fazia as delícias do público-alvo, que as alternava indiscriminadamente conforme as circunstâncias, e arriscava danificar irreversivelmente qualquer superfície com que o brinquedo contactasse - daí a aversão de muitos pais a estes aparentemente inofensivos brindes das batatas fritas…

(E ainda bem que no nosso tempo não havia YouTube, porque assim nunca nenhum de nós viu este vídeo e decidiu tentar a gracinha...)

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Os Pega-Monstros em forma de mão eram menos interessantes em formato, mas colavam ainda melhor que os restantes.

O desprazer parental não era, no entanto, suficiente para abafar a ‘febre’ dos Pega-Monstro; pelo contrário, estes brindes eram tão populares que chegavam a ser utilizados como ‘recompensa’ de incentivo em escolas e atividades extra-curriculares. E vendo bem, isso até nem é tão estranho; afinal, estes brinquedos simples, mas estranhos reuniam todas as características necessárias para apelarem ao seu público-alvo - implicavam o consumo de ‘snacks’ salgados para coleccionar, eram vagamente ‘nojentos’, divertidos, chateavam os adultos, e consistiam literalmente de colar coisas a paredes, um dos maiores e mais inexplicáveis fascínios infantis. Em suma, uma receita que tinha tudo para resultar, e resultou mesmo, originando um dos brindes mais memoráveis dos Anos 90.

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Eles bem lhes chamam 'Animal Toys', mas não enganam ninguém...

Ao que parece, apesar de já não verem o interior de um pacote de batatas há praticamente duas décadas, ainda há Pega-Monstros à venda em certas lojas hoje em dia; no entanto, os mesmos não parecem ter a mesma adesão entre a miudagem que tinham na altura – talvez por não terem ligação Bluetooth nem permitirem Deathmatch Multiplayer. O conceito em si, esse, permanece sólido como sempre, e passível de agradar a qualquer pré-adolescente, de qualquer dos sexos, tal como agradou aos seus pais quando eles eram daquela idade. Portanto, se têm filhos, e não se importam de ter uns móveis e paredes cheios de cola de vez em quando, iniciem-nos no maravilhoso mundo dos Pega-Monstro; quem sabe esse esforço não acabe numa ‘segunda vida’ para estes monstrinhos pegajosos?

 

19.05.21

A banda desenhada fez, desde sempre, parte da vida das crianças e jovens portugueses. Às quartas, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos títulos e séries mais marcantes lançados em território nacional.

E se da última vez falámos de um título tão obscuro que apenas gerou alguns resultados numa pesquisa do Google, esta semana falamos de uma série de publicações que verdadeiramente justificam o epíteto de Esquecidos Pela Net; três conjuntos de revistas de BD que, entre elas, e depois de busca MUITO exaustiva, geraram TRÊS resultados em motores de pesquisa (dois no OLX e um no eBay de ESPANHA…) Caros leitores, bem-vindos ao post que quase não teve imagens; hoje, recordamos as revistas aos quadradinhos ‘feitas em Portugal’ dos personagens de Hanna-Barbera.

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Um de apenas dois números da revista dos Flintstones disponíveis online...

Sim, deste lado também não percebemos porque é que estas revistas são TÃO obscuras, quando tratam de personagens que todos conhecemos e estimamos, como Zé Colmeia ou os Flintstones. Mas a verdade é que, ao pesquisar por estes títulos, a esmagadora maioria dos resultados faz referência às edições brasileiras dessas mesmas publicações, as quais também chegaram a ser importadas para Portugal à época (por aqui, por exemplo, tínhamos pelo menos um número da versão brasileira de ‘Manda-Chuva’.) Não fosse pelo facto de nós próprios termos tido vários números das séries portuguesas, juraríamos ter sonhado com a existência das mesmas - e sim, se tivéssemos tido os referidos números ‘à mão’, este post teria sido ilustrado com fotografias do nosso próprio acervo. No entanto, e como a foto acima prova, estas publicações existiram mesmo, ainda que por um período de tempo muito mais breve do que qualquer das outras revistas de que temos vindo a falar, e infinitamente menor do que o das congéneres brasileiras, o que pode explicar o ‘esquecimento’ por parte do grande público.

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...e a ÚNICA imagem da revista 'Zé Colmeia'

Lançadas no início dos anos 90 para tentar aproveitar o sucesso do programa ‘Oh! Hanna Barbera’, que passava as versões em desenho animado destes e outros heróis, as três revistas (uma delas com o mesmo nome do programa, e dedicada a histórias de personagens que não ‘coubessem’ nas outras duas) apresentavam basicamente as mesmas histórias das edições internacionais, mas com traduções em Português ‘de Portugal’ – essencialmente, uma repetição da estratégia que já rendera dividendos à Abril aquando da adaptação das várias revistas Disney. No entanto, ao contrário dos 'gibis' oriundos do ultramar (que eram perfeitamente vulgares e iguais a quaisquer outros) estas revistas tinham lombada 'grossa' -semelhante à das revistas do Pateta ou Mônica - e papel lustroso, de qualidade superior ao dos títulos supra-citados.

No entanto, a boa apresentação e razoável adaptação do material não foi suficiente para garantir a longevidade destas revistas. Talvez por os personagens dizerem menos aos entusiastas de BD, ou talvez por as versões em desenho animado serem mesmo consideradas melhores, o público infantil não se mostrou tão interessado nos quadradinhos da Oh! Hanna-Barbera como no programa, o que fez com que, inevitavelmente, estes títulos acabassem mesmo por desaparecer sem grande alarido quando o mesmo saiu do ar…

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O único outro vestígio remanescente da existência destas revistas

Mesmo assim, vale a pena recordar mais uma série de livros aos quadradinhos Esquecidos Pela Net, mas que fizeram – ainda que fugazmente – a alegria das crianças portuguesas durante aquela década mágica de 90. Contaram-se entre essas crianças? Tinham alguma destas revistas? Partilhem nos comentários, para sabermos que não fomos os únicos a ler isto…

18.05.21

A década de 90 viu surgirem e popularizarem-se algumas das mais mirabolantes inovações tecnológicas da segunda metade do século XX, muitas das quais foram aplicadas a jogos e brinquedos. Às terças, o Portugal Anos 90 recorda algumas das mais memoráveis a aterrar em terras lusitanas.

E se até aqui temos vindo a falar em consolas que foram sucessos de vendas durante a ‘nossa’ década por serem inovadoras e revolucionárias, nada melhor do que conhecer, hoje, uma máquina – ou antes, um conjunto de máquinas – que fizeram sucesso entre as crianças portuguesas dos anos 90, sem no entanto apresentarem quaisquer argumentos técnicos, tecnológicos ou até visuais que o justificassem; um conjunto de consolas que conseguiu (e continua a conseguir) vender um número respeitável de unidades sem nunca ter avançado no tempo para além de finais da década de 80. Senhoras e senhores…as Family Game.

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Adivinhem no que isto é inspirado, se conseguirem...

Sim, as ‘Family Game’, o nome genérico dado a um grupo vastíssimo de consolas que, apesar de aparentemente diferentes e distintas, faziam todas exactamente a mesma coisa - nomeadamente, correr jogos de Famicom, a versão japonesa do tradicional NES. Conhecidas nos países anglófonos como ‘Famiclones’, na Rússia como ‘Dendy’ ou ‘Terminator’ e no Brasil como ‘Polystations’ (nome derivado do modelo mais popular naquele país, e que também chegou a existir no nosso), estas máquinas acabaram, em Portugal, por ser baptizadas com o nome de um dos primeiros modelos a ser comercializado por estas paragens, cuja caixa exibia, desde logo, um dos principais pontos distintivos desta família de consolas – nomeadamente, o ‘layout’, grafismo, nomenclatura e até ‘designs’ directamente copiados das principais consolas de cada época.

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Sim, isto existe. Neste momento, já vai no modelo PolyStation 5. Mais uma vez, adivinhem no que é inspirado...

Independentemente deste facto, no entanto, as ‘entranhas’ destes videojogos eram todas rigorosamente iguais; fossem elas um sucedâneo de NES, Super Nintendo, Playstation, Dreamcast ou Nintendo 64, todas eram máquinas de 8 bits, que funcionavam exatamente com o mesmo tipo de cartucho – as facilmente reconhecíveis, e memoráveis, ‘cassettes’ amarelas, laranjas ou verdes, normalmente encontradas em pequenos estabelecimentos de bairro dedicados à revenda de eletrodomésticos baratos (e, já no novo milénio, também nas lojas chinesas.)

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Uma 'cassette' de Family Game, provavelmente com um jogo original e oficial de Megaman em versão japonesa/NTSC.

O que muitas crianças que jogavam ‘Family Game’ não sabiam é que este formato de cartucho era, em si mesmo, uma apropriação, neste caso dos cartuchos oficiais da Famicom japonesa (os quais são, eles próprios, compatíveis com estes ‘clones’.) Sem esse ponto de referência, no entanto, estas ‘cassettes’ eram para nós uma novidade, com o seu formato alongado e invólucros multi-coloridos. Quase tão atraentes eram, também, as etiquetas afixadas às frentes das ‘cassettes’, que, à falta de caixas, nos diziam o que a mesma continha - ou antes, o que queriam que pensássemos que a mesma continha, o que nos leva a outra característica marcante destes clones. Embora muitos dos títulos disponíveis fossem oficiais (havia, por exemplo, o jogo das Tartarugas Ninja, Tom e Jerry, Batman ou Contra, todos trazidos directamente da NES, sem quaisquer alterações) a maioria destes cartuchos consistia de versões ‘pirateadas’ de jogos existentes, as quais podiam ir de uma criação cem por cento pirata (os chamados ‘Hong Kong originals’) até uma mera troca de título, que ajudava a transformer o ‘Soccer’ da Nintendo (um título de lançamento de jogabilidade básica) no ‘FIFA 98’ (ou...'Super FIFA 98 IV'...)

s-l300 (2).jpg       ...eles já nem tentam que estes títulos façam sentido, pois não...?

Esta era apenas uma das maneiras encontrada pelos fabricantes das Family Game para apregoarem jogos como FIFA 98 nas suas consolas; outros ‘franchises’ populares da época – como Final Fight, O Rei Leão, Street Fighter e Mortal Kombat – viam serem criados de raiz, para estas consolas, jogos sem qualquer tipo de licença, e com títulos mirabolantes como ‘Street Fighter III’ (pelo menos meia década antes do oficial!) e ‘Mortal Combat 5’ (sim, escrito com ‘C’ e um numeral árabe). Este tipo de pirataria foi explorada tão a fundo, que as Family Game chegaram a ver ser lançadas versões piratas de Harry Potter, Resident Evil e até Final Fantasy VII (!!)

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Este, até caixa e manual trazia...

Outros 'franchises', ainda. viam jogos pré-existentes serem (mal) modificados para poderem ser vendidos como parte da série. A principal vítima deste tipo de 'engodo' foi o bom e velho Super Mario, que via o seu personagem de ‘Super Mario Brothers 3’ ser inserido em todo e qualquer jogo que se parecesse sequer minimamente com os originais (de Tiny Toons a Joe & Mac, onde o víamos na pré-história e munido de uma clava!) e até em outros que nem por isso, como Kid Niki, e uma hilariante versão de ‘Jackie Chan Adventures’ com um Mario musculado; isto sem esquecer, é claro, a vez em que o canalizador italiano comeu demasiados cogumelos e acabou a dar estaladas a Ryu num jogo de Street Fighter. Sim, a sério.

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Esta imagem é cem por cento real.

Outro tipo ainda de pirataria, talvez a mais frequentemente associada às máquinas Family Game, consistia nos chamados ‘multi-cartuchos’ – ou seja, cassettes que continham mais do que um jogo. Aqui, o ‘truque’ chamariz consistia, sobretudo, em anunciar literalmente milhões de jogos (cartuchos que apregoavam 9999999 em 1 não eram, de todo, incomuns) e depois oferecer uns quantos – que podiam ir de cinco ou seis a uma ou duas centenas – e ‘encher’ os restantes nove milhões e tal de entradas do indíce com repetições desses mesmos cinco ou dez ou cem, normalmente com início num nível mais avançado, ou com velocidade mais rápida. Mais uma vez, sem acesso a uma caixa, não havia como saber o que íamos encontrar até se pôr o cartucho na consola – e nessa altura já era, normalmente, demasiado tarde.

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Exemplo de multi-cartucho, este provavelmente com os oito jogos representados nas imagens, sendo os restantes repetições dos mesmos

Apesar destas ‘manhas’, no entanto, as consolas Family Game eram bastante atractivas para uma certa geração de crianças, as quais muitas vezes não conseguiam ter as consolas reais, ou preferiam até aqueles jogos mais simples. O ‘design’ das cassettes e consolas, com a sua pirataria tão descarada que se tornava ‘fixe’, e o próprio factor de mistério (e os números grandes nas etiquetas dos multi-cartuchos, que incitavam à gabarolice) faziam com que muitas crianças não ficassem desapontadas ao serem presenteadas com uma destas máquinas, mesmo apesar da falta de poderio técnico.

Hoje, os ‘Famiclones’ experienciam um reviver, graças ao fascínio que suscitam à Internet; antes de alguém sequer saber o que era um ‘browser’, no entanto, já milhões de crianças em todo o Mundo (e também em Portugal) jogavam ‘Mortal Combat 5’ e ‘Super FIFA 98 IV’ nas consolas de cartuchos amarelos que imitavam as oficiais. Se se contaram entre esse número, deixem as vossas memórias nos comentários – e sim, estamos a falar contigo, Riaz…

17.05.21

Em Segundas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das séries mais marcantes para os miúdos daquela década, sejam animadas ou de acção real.

E se a última edição desta rubrica foi dedicada a um dos desenhos animados mais emblemáticos da ‘nossa’ década – as Tartarugas Ninja – hoje falamos de uma série que não só explora um conceito muito próximo, mas é também das mais mencionadas entre os entusiastas deste nosso blog: os Moto-Ratos de Marte.

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À primeira vista, o conceito-base desta série pode parecer uma cópia mais ou menos descarada dos referidos Heróis de Meia-Casca; estas críticas são, no entanto, infundadas, pois a série pouco tem a ver com aquele mega-sucesso de ‘merchandising’. Senão vejamos – ESTA série trata de ratos (e NÃO tartarugas) antropomórficos (de origem, logo, sem mutação nenhuma) oriundos de outro planeta (e portanto, sem nada a ver com lojas de animais em Nova Iorque) e que gostam de andar de mota (por oposição a comer pizza) e cujos adversários são outra raça extraterrestre (ou seja, de outro PLANETA, e não de outra DIMENSÃO.) Nada a ver, portanto. O facto de os referidos personagens serem jovens, se expressarem em calão radical dos anos 90 e terem uma amiga e aliada humana é, claro, mera coincidência – quem diz o contrário, é porque é má-língua.

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Nada a ver uns com os outros, realmente... 

Fora de brincadeiras, a verdade é que esta criação de Rick Ungar deriva forte inspiração da congénere de Eastman e Laird (tal como, aliás, acontecia com várias outras ‘cópias’ mais ou menos descaradas da época, como Street Sharks.) A data de criação do conceito (em 1993, no auge da Tarta-Mania) não deixa, aliás, quaisquer dúvidas quanto à intenção de ‘Biker Mice From Mars’ – isto, claro está, se o próprio conceito do ‘cartoon’ e os ‘designs’ dos personagens não as tivessem já dissipado. ‘Moto-Ratos’ queria mesmo ser o novo ‘Tartarugas Ninja’ – e embora nunca o tivesse conseguido (como, aliás, nenhum destes ‘clones’ conseguiu), foi mesmo a que chegou mais perto, tendo conseguido conquistar o público infantil em vários países, entre eles Portugal, e até vender algum ‘merchandise (por aqui, por exemplo, há uma vaga memória de um boneco do personagem cinzento ‘habitar’ lá por casa.) Este sucesso talvez se devesse ao facto de, para esse mesmo público-alvo, as semelhanças com as Tartarugas Ninja serem uma vantagem, e não um defeito; isto, claro, para além do puro ‘cool factor’ de três ratos espaciais gigantes de 'jeans' e armadura, montados em Harley-Davidsons, a desviarem-se de tiros de 'laser' disparados por extraterrestres - um conceito que fica muito perto do ideal de acção de qualquer miúdo pré-adolescente.

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Aos dez anos de idade, esta é uma daquelas coisas que grita 'FIXE' em maiúsculas

Como já devem ter percebido – aqueles que nunca viram a série, pelo menos – a premissa-base deste ‘cartoon’ era ainda mais pateta do que a da maioria das séries deste tipo – o que, por si só, já é um feito. No entanto, enquanto o espectador adulto pondera exactamente PORQUE é que o ‘hobby’ destes ratos de MARTE era guiar um modelo específico de veículo produzido e encontrado NA TERRA, para o público-alvo, isso pouco interessava – ‘Moto-Ratos’ tinha acção, tiros, piadolas radicais, e personagens com um visual ‘cyberpunk’ estilo ‘Mad Max’ que estava também ainda muito em voga à época. Ou seja, a receita perfeita para ser um sucesso de audiências e vender muito ‘merchandising’ licenciado – objectivos que ‘Biker Mice’ conseguiu atingir, ainda que nunca chegasse ao limiar de ser uma ‘febre’, como a série que procurava emular. Este era, ‘apenas’, um desenho animado ‘fixe’ – o que, feitas as contas, nem é uma coisa má de se ser…

E vocês? Viam os Moto-Ratos? Que recordações guardam desta série? Partilhem nos comentários! E para vos avivar a memória, aqui fica o genérico inicial, tal como era transmitido na SIC nos idos de 1994...

 

16.05.21

Aos Domingos, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos principais acontecimentos desportivos da década.

E porque ontem houve ’derby’ de Lisboa, nada melhor do que falar desses jogos que apaixonavam os pequenos fãs de futebol durante a década de 90.

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Dimas, um dos grandes nomes do futebol português dos anos 90, aqui em jogo contra o Sporting.

Um ‘derby’ – ou seja, uma confrontação directa entre dois clubes historicamente rivais, normalmente da mesma cidade ou de localizações adjacentes – tende a ser, invariavelmente, um dos pontos altos de qualquer campeonato, especialmente se disputado entre equipas de qualidade equivalente, e que ambas militem no primeiro escalão dos respectivos campeonatons nacionais. Os ‘derbies’ portugueses reúnem ambas estas condições, e adicionam-lhe uma terceira – nomeadamente, o facto de as equipas intervenientes serem as maiores e mais poderosas do campeonato. Assim, não é de estranhar que os jogos entre essas equipas sejam sempre os de maior interesse para adeptos de todas as idades, e especialmente para as crianças, que sentem o futebol como ninguém.

Por sorte, quem cresceu nos anos 90 teve oportunidade de assistir a alguns ‘derbies’ verdadeiramente apaixonantes. Os ‘três grandes’ portugueses tiveram, ao longo da década, equipas muito equilibradas, com alguns grandes jogadores - entre eles a grande maioria dos elementos da chamada 'Geração de Ouro' - que ajudavam a garantir a emoção e o bom futebol a cada confronto directo.

No início da década, por exemplo, o Sporting apresentava uma equipa ‘movida’ a Balakov, e que contava ainda com nomes como Figo, Carlos Xavier, Paulo Torres, Oceano ou Cadete; o Benfica, por sua vez, respondia com Rui Águas, Veloso, Paulo Madeira, Paneira, Sánchez e Magnusson, enquanto o Porto apresentava uma equipa muito física, com nomes como Aloísio, Fernando Couto, João (Manuel) Pinto, Jorge Couto, Kostadinov, Madjer e, claro, Domingos. Ao longo dos anos seguintes, pontificariam nos diferentes ‘grandes’ nomes que marcaram época no futebol português, como o binómio Drulovic/Zahovic, Iordanov, Michel Preud’Homme, Vidigal, Marco Aurélio, e os vários ‘Paulos’ que se destacavam à época (como Bento, Futre, Sousa ou Paulinho Santos.)

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Figo (à esquerda) num dos 'derbies' em que participou

Ainda mais à frente, fariam história na I Divisão portuguesa nomes como João Vieira Pinto - um dos mais talentosos futebolistas portugueses de todos os tempos - Rui Jorge, Jorge Costa ou Dimas, além de estrangeiros de enorme qualidade como Karel Poborsky (vindo do Manchester United de Cantona e onde despontava já a Class of '92) ou o incontornável e exímio cabeceador brasileiro, Mário Jardel. Já no final da década, um Sporting campeão após jejum de 18 anos contava com Peter Schmeichel na baliza (uma das mais inacreditáveis contratações da história do futebol nacional) e um ‘velhote’ reabilitado chamado Acosta a mandar ‘charutadas’ na frente, e a rivalizar com o goleador do outro lado da estrada, um jovem de cabelo comprido chamado Nuno Gomes. Mais a Norte, o Porto segurava Jardel mais um ano e revelava ao mundo do futebol um ‘mago’ descoberto no Salgueiros – Anderson Luís de Souza, mais conhecido como Deco…

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Jorge Costa em acção contra o Benfica

É claro que, com nomes deste calibre, os ‘derbies’ da década de 90 (e inícios da seguinte) nunca poderiam ser menos do que emocionantes; no entanto, o entusiasmo natural decorrente deste tipo de jogo era, ainda, aumentado por alguns resultados atípicos em termos de volume de golos, como o 3-3 entre Benfica e Porto, em 1993, o histórico 3-6 do Benfica ao Sporting em Alvalade, em 1994, o 1-4 (novamente em Alvalade) na época seguinte, o outro empate a 3 bolas, desta vez entre os rivais de Lisboa, em 1998-99, ou os ‘três secos’ do Porto ao Sporting, na época em que este último se sagraria campeão. E embora este tipo de resultados acabasse sempre por ‘doer’ a alguém – e ainda mais tratando-se de adeptos jovens e ainda na fase da paixão assolapada pelos ‘seus’ clubes – a verdade é que em termos de espectáculo, estes jogos contavam-se entre o melhor que o campeonato português ainda algo ‘desnivelado’ da época tinha para oferecer.

Infelizmente, a evolução do futebol nas duas décadas subsequentes, de um jogo mais emocional e disputado para outro mais clínico e táctico, tornou este tipo de resultado cada vez menos frequente – o que torna resultados como o 4-3 de ontem (conseguido num jogo emotivo e bem disputado, à moda antiga) ainda mais dignos de nota. Pena, pois, que o contacto das gerações futuras com este tipo de partida tenda a ser cada vez mais ocasional, pois a verdade é que, para um jovem adepto, estes são os jogos que tendem a ficar na memória para sempre…

E vocês? Que memórias têm dos ‘derbies’ daquela época? Por quem ‘sofriam’? Partilhem as vossas histórias nos comentários! Entretanto, fiquem com a recordação da noite mais memorável (seja positiva ou negativamente) do futebol daquela década...

 

15.05.21

As saídas de fim-de-semana eram um dos aspetos mais excitantes da vida de uma criança nos anos 90, que via aparecerem com alguma regularidade novos e excitantes locais para visitar. Em Sábados alternados, o Portugal Anos 90 recorda alguns dos melhores e mais marcantes de entre esses locais.

Mais um Sábado de Sol, e como tal, mais um dia para ir dar uma ‘volta’, ou antes, uma bela Saída de Sábado. E se da última vez rumámos a um eterno favorito, o parque infantil, desta vez, abordamos mais um passeio clássico, mas que nunca chegava a cansar – a ida ao jardim.

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Sim, o jardim – aquele espaço que todas as cidades, vilas e aldeias têm, que pode não ser muito excitante, mas onde ainda hoje uma criança pode passar bons momentos.

Nos anos 90 não era diferente; uma ida ao jardim podia não ser nada fora do comum, mas era sempre uma maneira agradável de passer uma tarde de sol – especialmente se houvesse animais para observar e com quem interagir, mesmo que fossem apenas peixes. De facto, um jardim com um lago com peixinhos (e havia muitos, naquela época) era sempre melhor do que outro que não o tivesse, e se o lago fosse daqueles grandes e com patos, estava a tarde ganha. Muníamo-nos do pão (que, na altura, ainda não se sabia fazer mal a estas aves) e lá nos deliciávamos a vê-los correr para as nossas côdeas, apanhá-las, e por vezes até disputá-las com os pombos, cisnes e outras espécies típicas desse tipo de ambiente. Com os peixinhos não era diferente – também era muito difícil resistir à tentação de lhes deitar pedaços de pão, para os ver nadar até à tona da água e abocanhá-los, naquele gesto muito característico dos peixes.

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Cenário de uma tarde bem passada.

Não quer isto dizer, no entanto, que jardins sem lagos (e, já agora, sem parques infantis, porque também os havia) fossem uma completa perda de tempo. Havia sempre espaço para uma corrida, uma volta ‘ao redondel’ de bicicleta ou patins, ou um jogo de ‘penalties’ ou fintas na relva com os pais, irmãos, primos ou amigos. No cômputo geral, acabavam sempre por ser manhãs ou tardes revigorantes, que passavam a correr e abriam o apetite para o reconfortante almoço ou lanchinho que inevitavelmente esperava no regresso a casa. Enfim, Saídas de Sábado sem grande ‘história’, mas que, como se referiu no início deste post, eram sempre bem-vindas, e nunca chegavam verdadeiramente a cansar ou fartar, justificando plenamente esta rápida homenagem aqui no Anos 90.

14.05.21

Um dos aspetos mais marcantes dos anos 90 foi o seu inconfundível sentido estético e de moda. Em sextas alternadas, o Anos 90 recorda algumas das marcas e modas mais memoráveis entre os jovens da ‘nossa’ década.

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Quem se lembra delas? Sim, as lendárias meias brancas com raquetes, peça indispensável da gaveta e guarda-roupa diário de qualquer criança dos anos 90. Esta era daquelas modas que transcendia sexos, épocas e níveis de popularidade social – TODA a gente de uma certa idade as vestiu, durante TODA a década (e parte da anterior, também!), e sem as habituações preocupações sobre o aspecto com que ia ficar, ou o que os colegas iam dizer na escola. As meias de raquetes eram indiscutíveis, universalmente aceites, e o que dava verdadeiramente azo a comentários era NÃO as usar – porque essa ideia simplesmente não cabia na cabeça de ninguém.

E no entanto…esta é das modas mais inexplicáveis não só dos anos 90, mas da história do vestuário recente. Pensem bem. São meias brancas (também havia de outras cores, mas sejamos sinceros, as verdadeiras meias de raquetes eram BRANCAS), de ténis, com umas raquetes mais ou menos mal amanhadas desenhadas. São uma daquelas poucas coisas ‘retro’ que MERECEM ser gozadas, que justificam o tratamento ‘o-que-é-que-nos-deu-na-cabeça’ que a Internet reserve a quase tudo aquilo de que gostou na infância. Porque, a sério – O QUE É QUE NOS DEU NA CABEÇA para fazer disto não só um item bem aceite socialmente, mas uma moda? Quem foi a primeira pessoa que olhou para AQUELAS meias e disse ‘yep, vou vestir isto para a escola, não tem como dar errado’?

E já que falamos nisso, de onde é que estas meias vieram? Como é que surgiram? Normalmente, é relativamente fácil traçar o percurso de uma peça de roupa ou outro acessório, mas no caso das meias de raquetes, as suas origens perdem-se numa nuvem de mistério. São daqueles itens que parecem ter surgido no mercado português de um dia para o outro, e desaparecido da mesma maneira, sem deixar rasto, a não ser na mente de uma geração de miúdos, entretanto ‘crescidos’ e levemente envergonhados daquelas meias ‘fatelas’ que usavam aos dez anos. Presumivelmente, seriam uma tentativa ‘anónima’ de imitar o que marcas como a Adidas e a Umbro faziam na altura, sem cair na armadilha da imitação barata, e que acabou por resultar quase por acaso – ou não. Ou, se calhar, até foi outra coisa qualquer – quem sabe…

Enfim, qualquer que tenha sido a sua origem, o facto é que estas meias foram uma autêntica ‘febre’ por quase uma década e meia -  apesar de não terem absolutamente nada de especial. A qualidade era média, nada de extraordinário, apenas o normal para meias de ténis em algodão. A estética…enfim. Eram daquelas coisas que uma mãe ou avó compraria para uma criança, mas nunca o tipo de artigo que um miúdo activamente pediria aos pais para comprar. E, no entanto, foi exactamente isso que se passou: estas meias contrariaram as expectativas, e tornaram-se daqueles itens desejados - e orgulhosamente usados - por qualquer criança daquela geração. Aqui no blog, por exemplo, tínhamos vários pares, quase todos iguais – e mais pares tivéssemos tido, mais teríamos orgulhosamente usado para a escola todos os dias. Enfim, inexplicável.

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As nossas eram muito parecidas com estas.

E desse lado? Quantas tinham? (Não vamos perguntar SE tinham, porque CLARO que tinham.) Quando é que se aperceberam que o vosso item de roupa favorito eram umas meias brancas manhosas? Partilhem as vossas memórias nos comentários!

13.05.21

Todas as crianças gostam de comer (desde que não seja peixe nem vegetais), e os anos 90 foram uma das melhores épocas para se crescer no que toca a comidas apelativas para crianças e jovens. Em quintas-feiras alternadas, recordamos aqui alguns dos mais memoráveis ‘snacks’ daquela época.

Olá, e bem vindos de volta ao blog que vos recorda a vossa infância, um post de cada vez. E porque esta paragem forçada nos fez ficar com fome – tanto figurativa, de escrita, como literal – nada melhor do que celebrarmos dois regressos de uma vez com uma Quinta ao Quilo dedicada ao retorno, para esta época balnear, de um ‘clássico’ emblemático dos Verões dos anos 90, e que tinha andado arredado da selecção da respectiva fabricante – o saudoso Super Maxi.

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Parte da ‘tríade sagrada’ de gelados da Olá representados por mascotes – juntamente com Epá e Perna de Pau - o Super Maxi tendia a ser um dos mais frequentemente escolhidos pela miudagem de finais do século XX. Não porque fosse particularmente bom (na prática, era apenas uma versão um bocadinho melhor daqueles gelados de chocolate e creme que se compram no supermercado em caixas de 6 ou 12), mas porque era um dos, senão mesmo o gelado mais barato da Olá – uma característica que, aliás, se mantém neste regresso à activa, em que o Super Maxi se apresenta sem grandes desvio de preço em relação à última vez que o vimos.

Para os bolsos sempre bastante condicionados das crianças daquele tempo, este gelado era dos que oferecia melhor relação preço-quantidade (a de preço-qualidade ficava para os seus ‘irmãos espirituais’ da série das mascotes, bem como para os mais discretos Feast e Mini Milk.) Mesmo não sendo particularmente grande (apesar do nome algo 'enganador'), o Super Maxi era mesmo, de todos os gelados da Olá, aquele que oferecia a combinação mais apelativa de preço, quantidade de gelado, e representação por um bonequinho animado facilmente identificável – a qual nem a promessa da ‘bola de tinta comestível’ no fundo do Epá conseguia, muitas vezes, derrotar. Talvez fosse por isso que tantas crianças o comiam, e com tanta frequência, preferindo-o às opções objectivamente muito melhores que o rodeavam. Isso, ou o facto de, às vezes, só apetecer mesmo um gelado de chocolate e creme básico, até meio ‘rafeiro’ (no pun intended),  descrição que se adapta como uma luva ao Super Maxi.

Sê, pois, bem vindo de volta, Maxi – e que o teu gelado bom, básico e barato cative a nova geração de crianças como cativou a anterior!

 

 

10.05.21

Sim, sabemos que tínhamos falado em regressar hoje...mas afinal, o triunfal regresso vai ser só na Quinta-feira. Pedimos desculpa pelas expectativas defraudadas. 

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