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Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

Portugal Anos 90

Uma viagem nostálgica pelo universo infanto-juvenil português dos anos 90, em todas as suas vertentes.

02.04.22

Os Sábados marcam o início do fim-de-semana, altura que muitas crianças aproveitam para sair e brincar na rua ou no parque. Nos anos 90, esta situação não era diferente, com o atrativo adicional de, naquela época, a miudagem disfrutar de muitos e bons complementos a estas brincadeiras. Em Sábados alternados, este blog vai recordar os mais memoráveis de entre os brinquedos e acessórios de exterior disponíveis naquela década.

Já aqui por diversas vezes referimos que, nos anos da infância, são, por vezes, os brinquedos mais simples aqueles que mais sucesso fazem entre o público-alvo, sobretudo no que toca a acessórios de exterior. De bolas de borracha ou vidro a pedaços de corda ou elástico ou bexigas de látex, não é preciso muito para entreter uma criança numa tarde de sol, e o assunto do 'post' de hoje é (mais uma) prova disso mesmo; afinal, o que pode ser mais simples do que um tubo de plástico oco?

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E, no entanto, esse continua a ser ainda hoje um produto viável para comercialização junto de uma determinada demografia, tendo ainda este fim-de-semana sido encontrado numa loja do Reino Unido; ao que parece, o apelo dos chamados 'tubos de ar' ou 'tubos giratórios' atravessa décadas, séculos e gerações, sendo tão atraente para a geração que já nasceu agarrada a um iPad como o foi para a que passou o primeiro terço ou metade da vida sem sequer saber o que era um computador. E porque não? Afinal de contas, o conceito deste produto continua a ser sólido, simples e atraente o suficiente para aliciar qualquer criança às compras com os pais em tarde de sol...

Semelhantes a tubos de construção, mas feitos de plástico de cores berrantes ao invés de metal pesado, estes tubos destinam-se, especificamente, a serem vigorosamente agitados no ar, de preferência em movimentos giratórios, de modo a que a sua trajectória corte o ar, produzindo um característico som ululante; sim, precisamente o mesmo conceito que, décadas depois da criação deste brinquedo, traria popularidade ao pior inimigo de qualquer futebolista internacional moderno, a vuvuzela.

A junção da mecânica quinética com o atractivo efeito produzido – sem descurar o facto de estes tubos também constituirem excelentes armas de contusão, fosse propositalmente ou apenas por acidente, a quem passasse demasiado perto – ajuda a explicar a continuada popularidade destes brinquedos, que ainda hoje propiciarão, certamente, largos momentos de simples diversão para qualquer pré-adolescente durante um Sábado aos Saltos.

Em suma, sem ser o tipo de produto que suscite brincadeiras prolongadas – sendo provável que seja posto de lado ao fim de meia dúzia de tentativas – este acessório constitui, ainda assim, um excelente complemento a uma tarde de fim-de-semana solarenga, como a época primaveril costuma propiciar; melhor, o factor nostálgico deste brinquedo faz do mesmo um excelente elo de ligação entre pais e filhos – embora se recomende precaução, não vá o pequenote, no seu entusiasmo, acertar na cara do pai ou da mãe...

 

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